segunda-feira, dezembro 16, 2019

Como guardar uma imagem abstracta dentro de mim para que se não perca, para que um dia possa materializá-la?





Pensava que ainda ia conseguir escrever um outro post mas, afinal, não consigo. Também tinha pensado que este domingo ia conseguir pintar e não consegui. Tenho aqui a tela e espero que as tintas de que preciso também. Só não tenho tempo. 

Agora estive aqui a debater-me entre combater o cansaço e montar o estaminé para me pôr a pintar. Mas, se me ponho a pintar, vou até às muitas da manhã e isso eu não posso. Para além do mais, pintar sem a luz do dia não faz grande sentido. 

Tenho em mente uma imagem. É uma imagem vaga, umas formas abstractas, suspensas, uns tons leves e em transição. Gostava imenso de me ater a essa imagem, sustendo a sofreguidão dos meus dedos que só querem cores fortes, densas, texturas, carnalidades.

Vou ter que viver com esta ideia durante todos os dias desta semana pois só no próximo fim de semana poderei deixar as mãos em liberdade.

Entretanto vou ver se, até lá, consigo que não se esbatam aquelas formas informes que vejo dentro de mim, de um colorido elegante e suave, num movimento indefinido.
Há coisas assim, impossíveis, possíveis, voos etéreos como o bailado efémero das borboletas, como o canto invisível dos pássaros, como a teia eterna da saudade. Vou ver se consigo lembrar-me muitas vezes desta imagem tão secreta, que existe apenas dentro de mim, para que um dia destes tente transformá-la em realidade.

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Estas fotografias foram feitas este sábado, in heaven
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Desejo-vos uma bela semana a começar já nesta segunda-feira.

1 comentário:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Rica UJM,

Quero ver um quadrinho!!
Enquanto isso temos as bonitas fotos do seu "Heaven".

Ando em modo artigo de revisão sistemática de literatura, hahaha.

Um belíssima semana!