quinta-feira, outubro 30, 2025

O que 85 anos de investigação apontam como a verdadeira chave para a felicidade

 

Continuo com severas limitações no computador e isso corta-me a disposição para escrever pois estou habituada a deixar que os dedos se aventurem à vontade sem que eu tenha que vigiá-los. Ora, agora, para conseguir usá-lo é uma ginástica e um esforço mental para os quais já estou destreinada. Para além das limitações que só com muita dificuldade consigo ultrapassar como, por exemplo, colocar acentos graves ou travar letras que ele desata a escrever sozinho e que me vejo aflita para controlar... Terei que levá-lo a uma loja, mas, caraças, custa-me deixar a minha caixinha dos segredos nas mãos sabe-se lá de quem. Não sei, não.

Por exemplo, estive a ver um vídeo com uma interessante entrevista a Brian Cox, um bacano por quem desenvolvi uma embirração de estimação só porque aquele cabelinho à f...-se e aquele sorrisinho que me parece um misto de falso maroto e de sonsinho abetalhado (abetalhado, de betinho apetatado) tendem a distrair-me do que ele diz. Mas ele sabe do que fala e sabe falar de forma clara e explícita, e isso eu tenho que receber.

Só que o tema da entrevista é, de facto, tão interessante e tem tanto que se lhe diga que me sinto inibida sabendo que vou estar a lutar com o teclado, a tentar encontrar atalhos ou correcções para os disparates que vejo aparecer no ecrã. 'Há vida depois da morte'', é um dos temas que ele aborda. Ora, posso eu chapar aqui um vídeo com temas tão do caraças e não dizer de minha justiça? Não posso, não é? Por isso, tenho que passar adiante.

Assim sendo, vou antes partilhar um vídeo, não tão complexo mas também imperdível, no qual o psiquiatra e professor em Harvard Robert Waldinger fala de um estudo que vem sendo conduzido há 85 anos sobre a felicidade. Não é coisa pouca. A felicidade é dos temas mais relevantes em qualquer sociedade, em qualquer extracto social, em qualquer faixa etária. Sermos felizes, verdadeiramente felizes, é o que todos queremos para nós e para aqueles a quem mais queremos. Contudo, não me parece que seja um objectivo a perseguir a qualquer custo, uma daquelas felicidades instagramáveis, enquadradas em cenários cinéfilos, em que as poses são estereotipadas e as conversas são vãs, conjugadas em torno de lugares comuns. Essa felicidade é efémera, artificial. Vejo mais a felicidade como o prazer de estar bem com as pequenas coisas, como a alegria simples de existir. Mas isto sou eu, leiga, leiga, a dizer.

O vídeo é longo mas é muito interessante. E também não tem que ser visto de penálti... E está legendado. E tem matéria interessante. Solidão, isolamento, partilha, convívio. E de quantos amigos chegados precisamos para sermos felizes? E a nossa experiência infantil tem impacto na nossa felicidade'

What 85 years of research says is the real key to happiness | Robert Waldinger

“Podemos aumentar as nossas hipóteses de sermos felizes construindo uma vida que inclua as condições que contribuem para a felicidade.”

E se o segredo para uma felicidade duradoura estivesse mesmo à frente dos nossos olhos? O psiquiatra de Harvard, Robert Waldinger, revela as conclusões do estudo mais longo do mundo sobre a vida adulta, com 85 anos de dados que desafiam as nossas suposições sobre o sucesso, a saúde e a realização pessoal.

Waldinger explica como as nossas relações e ligações — e não a nossa riqueza, fama ou sucesso — impactam diretamente a nossa mente, o nosso corpo e a nossa longevidade.

 

Dias felizes

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