sábado, agosto 17, 2019

... e o maluco agora diz que quer comprar a Gronelândia...
[quando a malta ainda não consegue sequer reconhecer o país onde vive]
Mas é melhor não me rir muito que pode bem acontecer que, um dia destes, por cá, apareça o Pardal a dizer que o seu sindicato quer comprar a American Airlines


Juro. Estou a precisar de férias. E é que são umas a seguir às outras e todos os dias tenho que fazer isto, aquilo e o outro. De tarde, quando eu estava a trabalhar, o meu marido enviou-me uma sms a ver se o que eu tinha que fazer antes (antes mas depois do trabalho, claro) fazia a tempo de ainda irmos aos meus pais e, de lá, para o campo. Mas não deu. E tive foi pena de não ter um tempinho mais livre para me ter deixado pelo CCB que se estava mesmo bem por lá e a companhia melhor ainda. Mas não deu. Nunca dá para estar à larga onde estou. E não é que haja trânsito. Não há. Lisboa a meio de Agosto é do melhor que há. Mas não há trânsito mas há sempre afazeres, umas coisas numa ponta, outras noutra desta cidade grande. Quem viva em cidades pequenas, vilas ou aldeias talvez não imagine bem o que é fazer quilómetros num sentido, quilómetros noutros, semáforos, controlo de velocidade a 50 km/h. Perde-se muito tempo.

Enfim.

Portanto, de lá ainda me fui juntar a ele para irmos aos meus pais. Ou seja, para isso ainda deu mas já era tarde para ainda nos pormos a arranjar as coisas para irmos depois de jantar, ainda por cima estafados como andamos.

Portanto, aqui estou, no sofá da cidade, com preguiça, quase abúlica.

E a esta hora já não consigo falar de coisa séria. E há assunto importante e que, ao mesmo tempo, me dá bom ânimo para falar e eu, quando o vi, coisa de primeira página, pensei logo que tinha que vir aqui fazer festa e quase deitar foguete. Mas há temas que requerem algum espaço e algum tempo e eu hoje estou toda esgotada, nem espaço, nem tempo, nem energia.

Por isso fico-me pelos temas mais rasteiros e, de entre eles, um que roça o ridículo. E não quero saber se lá para trás, no século passado, um outro teve a mesma brilhante ideia.

Trump quer comprar a Gronelândia. Provavelmente quer derreter o gelo mais depressa. Obviamente a resposta da Dinamarca não se fez esperar: que fosse dar banho ao cão.

E eu relaciono isso com aquela do Jimmy Kimmel, mais uma daquelas dele em que se diverte a constatar quão ignorantes são os seus compatriotas: mostra-lhes o mapa dos Estados Unidos e pergunta-lhes que país é aquele. Claro que, volta e meia, faz por confundi-los. Mas a questão é que, notoriamente, alguns não fazem a mínima. Já carradas de inquéritos ou entrevistas mostraram isto: aquela malta não pesca uma de história ou geografia. Presumo que no resto sejam também uns broncos. Mas nestas áreas a ignorância pode ser hilariante.


E quer o maluco comprar a Gronelândia... Já estou a ver a malta: "Greenland? What? Where? In L.A.? A new Disneyland? Or is it in Europe?'

Há doidos tão varridos, tão egocêntricos, tão despropositados que acham que vale tudo: ser gabarolas, mentirosos, garganeiros, estapafúrdios. Gente que não tem a noção dos limites do ridículo. E, calma, não estou a pensar em nenhum dos artistas da actualidade tuga. Ná. Estou a falar em geral.

E agora vou descansar a minha beleza. E as minhas desculpas a quem tem comentado ou escrito mails e a quem eu não tenho conseguido responder. Se puser o sono em dia, tentarei responder durante o fim de semana. 

E enjoy o fds, ok?

1 comentário:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Quando a a existência verdadeiramente separada e o altruísmo não triunfam temos estes berbicachos que nos tramam a vida...

Um rico fim-de-semana.