Não sou cá de intrigas. Sei lá se hoje em dia são todos maus? Ou se antes eram todos bons? Ou se são maus porque a escola deles é uma escola que ensina a escrever e a falar com os pés? Pode ser. Ou se saem bons da escola e os chefinhos e os patrões é que dão cabo deles? Não sei. Na volta, é. Só sei é que volta e meia a gente vê os totós a fazerem perguntas que até doem. Pode o entrevistado dizer que o primeiro rei de Portugal foi o Rei Felipe VI que o diligente repórter nem pestanejará e lhe perguntará se sabe como vão agora as relações entre a Letízia e a sogra. Uma indigência. E isto já para não falar naquelas vezes em que desatam a falar ininterruptamente, uma conversa redonda em que cada palavra puxa a seguinte e esta a seguinte e... a conversa não anda nem desanda, parecendo não ter o raio de um fim.
Mas, se calhar, estou a ser muito redutora. Então, ó Ambrósio, conta aí: o que é, afinal, um repórter?
Repórter, n. Um escritor que vai adivinhando o caminho até à verdade -- e que depois a dissipa numa tempestade de palavras.
Pois... Ou isso ou uns propagadores de rumores. Ou, mesmo, inventores de rumores.
Mas sejamos objectivos: o que vem a ser um rumor? Diz lá, ó Ambrósio.
Rumor, n. Uma das armas favoritas dos assassinos de carácter
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