quinta-feira, novembro 17, 2016

Chegados a meados de Novembro, o Orçamento para 2017 aprovado, os resultados do ano animadores, Bruxelas a não chatear e o diabo sem dar as caras -- claro que já há quem, no PSD e no CDS, comece a achar que aquilo lá pelas bandas pafianas já não anda a fazer muito sentido e comece a ver a melhor maneira de sair de fininho ou atirar o láparo borda fora.


Vocês sabem. O meu coração é todo ele manteiga. Noutros dias todo açúcar e mel. Não gosto de bater nos desvalidos. Dá-me pena. É a minha alma benta. Mesmo perante láparos bacocos ou galinhas espevitadas o meu espírito vira um docinho, toda eu piedade.

Vem isto a propósito do que por cá vejo. E o que vejo é que o desempenho português, sob a égide da geringonça, começa a receber atenção e manifestações de apreço.
Lá fora já não olham para nós como olhavam nos tempos sombrios em que éramos governados por seres rastejantes: agora já mostram respeito. E respeitinho é coisa muito bonita. Dá gosto a gente sentir-se respeitada.
Perante isto, o láparo e seus apaniguados já só saem à liça para bolsarem anormalidades. O caso é que, coitados, já ninguém lhes liga patavina e as hostes laranjas já se movimentam, quase às claras, para atirar tão fracos líderes pela janela. E eu, perante tal, tenho vontade de lhes dar um balão, um peluche, um chupa-chupa, qualquer coisa que lhes sirva de consolo tão desinfelizes todos se devem andar a sentir. Sinto pena. Coitado do láparo.

A Marilu dos Swaps teve a esperteza de se orientar mal pôde, e arrow com ela, o Vai-Estudar-ó-Relvas pirou-se muito antes, esse sempre a soube toda, é doutor da escola da malandragem, o cromo do Gaspar também teve a ligeireza de se encostar ao FMI a quem tão bem serviu... mas o coitado do láparo -- que sabe abrir portas e pouco mais (já que nem para pagar a segurança social a tempo e horas teve cabeça) -- já deve andar a deitar contas à vida. O que vai ele fazer depois de ser apeado? Limitar-se a rir à porco nas bancadas da Assembleia..? Só se for, mais que isso nem ele nem nós estamos a ver.


Ora, com o líder a perder gás e a olhar à socapa para as páginas de anúncios (linkdin é coisa que ainda não lhe assiste), e face às notícias animadoras do crescimento do país, imagino o que sejam aquelas reuniões lá nas sedes, nas distritais e nas concelhias, do PSD. De cortar à faca. E todos a mandarem SMS's uns aos outros a verem se é só o Rio a perfilar-se ou se há algum outro cavalo com mais probablidades de ganhar. E, para disfarçarem, a falar de coisas só para encher, maluqueiras de gargalhada, piadolas a la jota.


Cá para mim é qualquer coisa como o que se vê no vídeo abaixo.

Real Sociedade para pôr coisas em cima de outras coisas


Monty Python  -- Royal Society for Putting Things on top of other things


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Há também quem me confidencie que, entre as hostes laparianas, já anda tudo a estudar formas mais avançadas de luta para se verem livres do chefe mas, espertos como são todos, ainda não perceberam que o putativo barítono já está mais do que morto (politicamete falando, claro) há que séculos.

Aliás, confesso, a minha alma gentil emudece de compaixão perante a visão daqueles pobres laranjas fora de época a tentarem dar cabo deles próprios. Não há uma que lhes saia bem. É a eles e à turminha da Cristas: tudo ao lado. Andam, andam, andam e, juntos, PSD + CDS, ainda ficam com menos votos do que os Verdes da Heloísa Apolónia. 


Vejo-as na televisão e só me lembro destes aqui de baixo:

Monty Python - Upper Class Twit Of The Year



O estertor do passismo e do cavaquismo.


Festejemos.

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E tenham, meus Caros Leitores, uma feliz quinta-feira.

Enjoy.

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4 comentários:

bea disse...

Os vídeos estão com piada :). Infelizmente os PSD e CDS não me puxam ao riso. Também não me surge peninha por quem tanto descaso fez dos mais pobres e do país em geral. Passam sem ritmo ou glória.

UC disse...

Só tem o apoio da D.Teodósia que continua firme e hirta como uma barra de ferro!...

UC disse...

Queria dizer Teodora. Lá me enganei eu no nome da velha!

bea disse...

UC

ah, ah, ah....boa! E temos de reconhecer: nome mais bem calhado é capaz de não haver.