Ando a chegar a casa a horas impróprias para consumo. Ao contrário do que um Leitor escreveu num comentário ao post a seguir a este, acho que não é que eu seja estranha ou doente. Bem, quer dizer, estranha sou capaz de ser um bocadinho. Vocês que por aqui me acompanham sabem que sim, acredito que, volta e meia, deitem às mãos à cabeça exclamando entredentes, 'caraças, que mulher estranhíssima...' Mas doente eu acho que não estou. Pelo menos, espero que não... Agora tenho-me é visto ultimamente metida em situações de que não consigo escapar-me a tempo e horas. Mas, enfim, há sempre um lado bom nas coisas: hoje, por exemplo, fui poupada ao desgosto de ver o primeiro-ministro deste país. Bem... não estou a falar completamente verdade. É que, se estivesse em casa, acho que não veria na mesma. Para já porque masoquismo não é prática que me assista (como dizia aquele do skate viral) e, por outro lado, mesmo que me desse para me auto-punir, aposto que o meu roommate diria um par de palavrões e o mandaria bugiar em três tempos.
Portanto, enquanto estávamos a jantar, ligámos a televisão e vimos o Ricardo Costa de um lado, à beira de, com as suas certezas sabichonas, enervar um bocadinho o José Miguel Júdice, o qual esteve bem, sempre muito bem, um senhor, lúcido, sereno, inteligentíssimo e, em frente, aquela criatura que, pelas interpretações que tece, mais me parece alguém que tenta parecer normal mas que nitidamente tem uma grande pancada naquela cabeça, o Joaquim Aguiar.
As coisas que aquela criatura diz... Hoje saíu-se com mais umas quantas pérolas: que o Passos Coelho não tem ninguém por baixo, por trás, pelos lados, não tem raízes, nada. Olha quem... E continuou a dizer coisas fora da mãe, sem uma que se aproveitasse. Já no outro dia o vi a desfiar umas cenas que tiraram completamente do sério o José Miguel Júdice o Eduardo Paz Ferreira.
E o que espanta é como as televisões continuam a convidar como comentador uma pessoa que não acerta uma, que só lança confusão, que a única coisa que faz é baralhar e dar de novo -- mas tudo cada vez com menos nexo.
E o que espanta é como as televisões continuam a convidar como comentador uma pessoa que não acerta uma, que só lança confusão, que a única coisa que faz é baralhar e dar de novo -- mas tudo cada vez com menos nexo.
Entretanto, o meu marido disse que às 10 estava o Augusto Santos Silva na TVI24. Mudámos para lá. Qual quê? Lá estava o Paulo Magalhães com o João Cravinho e o Ângelo Correia. Gente até interessante, conversa até boa. Mas o Augusto Santos Silva, viste-o. Leio agora que, uma vez mais, a TVI voltou a portar-se mal. Ele já reagiu, censura, censura!, diz ele, e os jornais online já se estão a fazer eco de mais esta desfaçatez da TVI (muito mal nisto, a direcção de informação da tvi (as letras minúsculas são de propósito).
Enfim, é a televisão a que, pelos vistos, temos direito.
Quanto ao que o inteligente Passos Coelho disse na entrevista, não faço ideia. Mas também não quero saber já que dali nunca vi uma em que se pudesse acreditar ou que valesse a pena registar.
Temos pena, Caro Leitor do tal comentário, mas é verdade: o meu santo não cruza com o santo do láparo. Mas não é só embirração, não pense.
Tenho sempre para mim que, nisto, devem seguir-se os ensinamentos apostólicos: pelos frutos os conhecemos. E, caraças, os frutos do láparo são desemprego, mais dívida, exportação de gente nova e qualificada, atentados sistemáticos contra a classe média, desrespeito para com os reformados e mais desprotegidos, etc, etc. Pode alguém gostar disto, oh meu Caro Leitor...? Olhe, eu não gosto. Temos pena.
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1 comentário:
Ainda tentei encher-me de coragem, mas não consegui ouvir o Grande Manipulador. A Clara podia ter estado melhor.Optou por estar bem vestida em vez de mais acutilante. Depois ainda me atrevi a ouvir aqueles comentadores e de facto o Aguiar já devia era estar a passear ovelhas na Serra da Estrela. Quando ao Ricardo C é um petulante. Mas, o giro é que a criatura leva-se a sério. Um tolo completo. Salvou a coisa o JMJúdice. Já o ex-patrão "do Passos devedor à Segurança Social", o Engº Angelo, faz-me fornicoques. Não suporto o tipo. E do outro lado, noutro canal, estavam outros dois que só visto. O Vitorino, apoiante da Maria de Belém e o Santana apoiante dele. E ainda tive de gramar, num zaping, o manequim da rua dos fanqueiros, a opinar sobre a Grécia. Bem dizia o Júdice, olhando para o Ricardo C, que o tipo, por alturas do resultado das eleições legislativas, era um "pato sentado".
Enfim, depois da capitulação Grega, da reeleição do presidente do Eurogrupo e destes comentadores e após a entrevista do Passos, o melhor é tomar uns comprimidos para a azia e ir dormir!
P.Rufino
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