terça-feira, abril 03, 2012

António Barreto e o anúncio à TOP Garrafeira do Pingo Doce; o desemprego e a dor da gente (que não sai nos jornais); o ataque ao Estado Social por parte deste Governo; e Chico Buarque e Sophia de Mello Breyner ou a intemporalidade da arte


 Música, por favor e com vossa licença

Rosinha - Só quer é fruta


Anúncio aos vinhos do Pingo Doce - 'A escolha é minha, o prazer é todo seu', assinado: António Barreto, sociólogo, e referindo-se à  Top Garrafeira

Fui ao Pingo Doce à pressa e, quando ia a sair, quase a correr, dei de caras com um grande cartaz com a cara do António Barreto. Agora para confirmar que não foi alguma alucinação, pesquisei na net e vejo que, é claro, também já está no site. Cliquem aqui para comprovarem. Lá está ele, a rir, ar matreiro, de saca rolhas na mão.

Estou perplexa. Ao que chegámos. O que o dinheiro faz: o douto, sapiente, impoluto, superior e importante António Barreto aí em cartazes no meio dos cestos com rodas empilhados no meio das hortaliças, a apregoar os vinhos do Pingo Doce. É o que se chama lamber a mão que o alimenta (e, talvez, antes lamber que morder - que eu, nisto, tento ser imparcial). Mas, oh senhores!, o arauto da mais elevada consciência (que, quanto mais o ouço, mais me parece que balança consoante os ventos) agora como figura de cartaz publicitário. Alexandre Soares Franco, que levou a sede social da empresa para a Holanda - não nos esqueçamos - agradecer-lhe-á o frete.

É uma pena. Uma pessoa com um timbre de voz tão bonito, não devia dar-se a este desfrute.

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Ok, já se pode calar o pio à Rosinha. 
Tempo agora para coisas mais sérias.

Chico Buarque de Holanda - Notícia de jornal


Hoje estive a falar com uma amiga com quem não falava há uns meses. O marido ficou desempregado. Na última vez que falámos já as coisas não estavam bem, já estava a receber tardiamente, a dias incertos, apenas parte. Já o medo pairava por perto como uma insidiosa doença.

Agora aconteceu. O marido está em casa a receber subsídio de desemprego, sem qualquer esperança de voltar a arranjar trabalho, aos cinquentas e tais anos.

O filho mais novo está numa empresa de trabalho temporário já vai para três anos. Pouco ganha, expectativas diminutas. A namorada com quem vive está a dar umas aulas, não sei onde, ganha pouco e está com esperança de entrar para um sítio onde primeiro tirará um curso mas onde ganhará um salário mínimo. Menos mal, diz a minha amiga.

Poderia relatar mais uns quantos casos idênticos relacionados com amigos ou conhecidos ou amigos dos meus filhos que já se viram constrangidos a emigrar. Não o faço, seria fastidioso. Histórias assim já são vulgares, falar nelas é maçador para quem lê.

O diabo é quem as sofre na pele. A angústia de quem se vê confrontado com a escolha ‘ou Angola ou o desemprego’, ou ‘um emprego precário e mal pago ou nada’ ou quem nem isso, apenas o desemprego. Ou a infelicidade e tristeza de quem, depois de uma vida de trabalho digna, com filhos e netos, se vê atirado para a inacção forçada, para o desemprego que dói e envergonha como chaga aberta.

A dor da gente não sai nos jornais. Pois não.

Soube-se hoje que as estatísticas oficiais do desemprego bateram o tecto dos 15%. E quando os números oficiais são estes, os números reais, totais, são muito superiores e começam a aproximar-se perigosamente de todos nós.  Quando os nossos inaptos governantes falam de riscos de contágio entre os países da zona euro, falam uma linguagem abstracta. Mas quando falamos do desemprego a tocar os nosso familiares e amigos nós percebemos que é aqui que o risco de contágio é perigoso, viral, sem antídoto à vista.

E ouvi que começam agora novas regras para o subsídio de desemprego: menos dinheiro, menos tempo. Como explicar isto a quem trabalhou uma vida inteira, a quem os impostos levaram o couro o cabelo e que, agora, se vê confrontado com a triste sina de receber uma miséria durante um curto período, sabendo que não vai conseguir arranjar outro trabalho?

E ouço ainda que o governo se prepara para cortar também no subsídio de doença e, claro, também, no subsídio de morte. Explicar-nos-á com o vagar de quem fala com crianças de três anos o Vítor Gaspar que não há dinheiro para pagar aos doentes que não conseguem ir trabalhar e, como corolário, explicar-nos-á, com sorriso superior de quem acha que tem um rei na barriga, o inefável Miguel Relvas, que isso de os pobrezinhos, ainda por cima, quererem ir a enterrar num caixão é coisa de gente que gosta de gastar o que não tem, que é tempo dos pobrezinhos se deixarem de mordomias até na hora da morte.


Não sei se a Notícia de Jornal do Chico já acabou... 
Quando acabar, podem vir aqui, por favor, accionar esta nova música?
Chico Buarque - Morte e Vida Severina


Estamos a regredir, todos os dias regredimos um pouco mais. Um mundo civilizado, livre e democrático, só faz sentido se as pessoas forem respeitadas, se o Estado (através dos que o representam e governam) assumir que a cada pessoa é devido respeito, tratamento digno e se estiver claro que nada pode ser feito que humilhe ou empobreça quem viva uma vida honesta, uma vida de trabalho; e que assegurem os direitos ou uma qualidade de vida digna a quem já viveu uma vida de trabalho e agora tem direito a receber de volta aquilo para que andou anos a descontar. Não tenho receio de usar a expressão Estado Social nem tenho receio de o defender. Um Estado Social (bem gerido) é a razão de ser de um Estado. Se não é para garantir que todos tenham direito à saúde, à educação, à dignidade, à justiça, então qual o significado e o propósito de um Estado?

A estratégia de centrar todas, todas, todas as atenções no combate ao desequilíbrio orçamental e à dívida, conduz a uma austeridade cega e excessiva e isso conduz inevitavelmente a uma recessão crescente, a um desemprego crescente, a desigualdades e injustiças crescentes.

A cada trimestre que passa, recebemos os dados reais e nova actualização das previsões - e é sempre tudo pior, é sempre pior!

Centrando-me, de novo, no desemprego - combater o desemprego não é criar subsídios para integrar jovens ou outras coisas do género. Integrá-los onde, a fazerem o quê?

Combater o desemprego passa exclusivamente por reanimar a economia, por ter uma estratégia de desenvolvimento para o País, por restituir poder de compra aos portugueses, não apenas para consumirem mas para investirem. Voltando a colocar a economia em movimento, as empresas desenvolvem-se, contratam pessoas, o clima de confiança volta pois, sem confiança e sem dinheiro em circulação, não há economia. Ora este Governo está a fazer tudo ao contrário.

A dor da gente não sai nos jornais. A dor da gente nem sai à rua a manifestar-se. A dor da gente é surda, escondida, envergonhada.


Vejo agora, nos meus passeios pelas margens do rio, muitos homens de aspecto muito pobre que nem uma cana têm para pescar. Têm uma simples linha de nylon, por vezes têm um balde de plástico, que antes levou tintas ou outros produtos, que suspendem no rio com um fio mais grosso ou que têm junto a si para guardarem algum peixe que assim apanhem. Ali estão à beira do cais com o fiozito na mão. Às vezes as mulheres estão com eles e até os abraçam, um apoio e um carinho que me comove.

Deixem agora que aqui coloque um poema de Sophia: Nos últimos tempos
Nestes últimos tempos é certo a esquerda fez erros

Caiu em desmandos confusões praticou injustiças 



Mas que diremos da longa tenebrosa e perita 

Degradação das coisas que a direita pratica? 

Que diremos do lixo do seu luxo —  de seu 
Viscoso gozo da nata da vida — que diremos 
De sua feroz ganância e fria possessão? 

Que diremos de sua sábia e tácita injustiça 
Que diremos de seus conluios e negócios 
E do utilitário uso dos seus ócios? 

Que diremos de suas máscaras álibis e pretextos 
De suas fintas labirintos e contextos? 

Nestes últimos tempos é certo a esquerda muita vez 
Desfigurou as linhas do seu rosto 

Mas que diremos da meticulosa eficaz expedita 
Degradação da vida que a direita pratica? 

---   §   ---

Hoje lá no meu Ginjal temos uma première, um belíssimo poema em torno de coisas perfeitas, breves e intangíveis, de Fernando Guimarães. As minhas palavras e a fotografia que antecede um coro infantil de Mussorgsky são apenas um simples complemento. Convido-vos a irem espreitar. Cliquem aqui, está bem?

Nota: Por simplificação, no título deste post, ao referir a intemporalidade da arte, apenas mencionei o Chico e a Sophia. Contudo, neste caso em concreto, as letras das canções que Chico aqui interpreta não são dele.  Refiro em particular a Vida e Morte Severina que é da autoria de João Cabral de Melo Neto. Mas há, ainda assim, a arte, neste caso, da interpretação.

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Meus amigos, tenham, se conseguirem, um belo dia. Apesar das circunstâncias, a vida é uma coisa esplendorosa, continua a ser.

12 comentários:

Anónimo disse...

Cara UJM:
Dizia que é uma pessoa normal, mas são pessoas normais que fazem um mundo justo e bom.
Não são pessoas excepcionais, como António Barreto e outros iguais, que, como especializado está sempre do melhor lado. E lembrando, também, as palavras sábias de Sophia:
“Nesta hora limpa da verdade é preciso dizer a verdade toda
(…)
Meia verdade é como habitar meio quarto
Ganhar meio salário
Como só ter direito
A metade da vida

O demagogo diz da verdade a metade
E o resto joga com habilidade
Porque pensa que o povo só pensa metade

Porque pensa que o povo não percebe nem sabe
A verdade não é uma especialidade
Para especializados clérigos letrados
(…) Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra poética III
Abraço, e DIAS FELIZES
Leanor formosa e segura

Isabel disse...

Nunca pensei ver tal anúncio (ainda não reparei nele), mas tudo vale!

Convivo de perto com alguns casos de desemprego e de emprego precário, e vejo com que esforço as pessoas continuam a levar a vida.

Se eu tivesse uma varinha mágica, sabe o que fazia? trocava de lugar todos os politicos que fizeram a política (governo e oposição) nas últimas décadas - todos, com os desempregados, os velhinhos que vivem sem condições mínimas que lhes permitam algum conforto e dignidade, toda a gente que faz quase milagres para continuar a sobreviver, famílias com deficientes para cuidar...
Depois já podiam opinar com conhecimento de causa.

Infelizmente não tenho uma varinha mágica (só esta ideia levemente vingativa e infantil, que outros já tiveram também), mas tenho pena.
O obrigação de um político eleito pelo povo, é zelar pelos direitos desse povo, pelo evoluir do país e não pelos interesses próprios, que é o que praticamente todos têm feito.

Gostei imenso do seu texto esclarecedor.
Um abraço

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Jeitinho
Prefiro nem comentar de triste que fiquei. É o preço da POR DATA, excelente ferramenta de trabalho... mas é muito alto!
Venho sou tranquiliza-la. O meu Pedro era um belíssimo "chef"!

Anónimo disse...

Ao que se chega! Barreto no anúncio do Pingo Doce! Ainda não tinha reparado, apesar de lá ter ido outro dia (comprei por lá uns bons nacos de porco-preto a bom preço!). O personagem já há muito que me desiludiu.
Tenho, infelizmento, também amigos, colegas e familiares a viverem situaçãoes muito complicadas, ou porque ficaram sem trabalho, ou foram obrigados a aceitar situações muito difíceis. Um deles até com o problema da casa a ter de pagar.
Entretanto, este nosso Governo avança, “mortalmente”: cortes diversos, que arrepiariariam a mais cru alma, menos a deles, governantes. Na Saúde, no Desemprego, na Morte, na Educação, etc, etc.
Leio também, o que já vem sendo vulgar (hoje e antes) que um Ministro está encalacrado com a compra de uns (240+20) blindados adquirido por um antecessor e que não tem dinheiro para os pagar. Com dúvidas como cancelar parcialmente o contrato, consulta um dispendioso escritórios de advogados, sendo que um dos seus mais nomes mais sonantes é militante do PSD. O Estado (contribuintes) paga esta exorbitância, que sucede com quase todos os ministérios! Para que servem os respectivos serviços jurídicos dos mesmos? Para levantar processos disciplinares, entre outras minudências.
Assistimos, por outro lado, ao embuste do que se chama programa de apoio e resgate aos países intervencionados, em vez de o BCE emprestar aos E.M (Estados Membros) o dinheiro dos contribuites da zona euro que alimenta os seus cofres, a juros de 1% como faz à Banca Privada. O mesmo BCE que empresta ao FMI para este depois nos emprestar a nós, E.M intervencionados.
E temos uma Comissão que em vez de procurar auxiliar quem precisa, levando a que o mesmo BCE emprestasse aos tais juros baixos e directamente, vem a terreiro lamentar-se da taxa de 15% de desemprego! O Cininismo não tem limites!
A vida e o futuro nunca estiveram tão maus! Não sei como vai ser 2013/2014, mas temo o pior ainda.
Bela poesia, para nos consolar, a da SdMB!
Todo este conjunto de procedimentos é surreal. Ainda assim, prefiro o Surrealismo a isto. Herbert Marcuse, em tempos, alertava-nos para a mudança de comportamentos do sistema, uma vez a Finança (Capital Financeiro) se sobrepusesse ao Capita Empresarial, so to say. Bem vistas as coisas...
P.Rufino
PS: ah,resta-nos o Tó Zé Seguro!!! Já viram em que mãos estamos??

Um Jeito Manso disse...

Olá Leanor, sempre formosa e segura,

Bela poesia e tão adequada! Agradeço que a junte aqui, fica perfeitamente enquadrada.

Quanto ao António Barreto chega a ser patético vê-lo ali no meio das hortaliças...

Voltando ainda ao poema, é magnífica a parte final: 'a verdade não é uma especialidade para os especializados clérigos letrados'.

Um abraço, Leanor.

Um Jeito Manso disse...

Olá Isabel,

A sua ideia é muito genuína e duplamente bem intencionada: por um lado dava uma vida melhor aos que vivem com tantas dificuldades e, por outro, levava os responsáveis a provar o amargo sabor da pobreza. Era bom que isso fosse possível. Mas acho que é por isso mesmo que devemos lutar. É um objectivo genuíno e muito objectivo. Que os pobres tenham possibilidade de viver melhor e que os políticos sejam responsabilizados pelos seus actos parece-me um propósito muito racional e legítimo.

Um abraço, Isabel.

Um Jeito Manso disse...

Olá, Helena,

Pois, se tiver por hábito fazer compras nalgum Pingo Doce há-de reparar na figura do blasé Barreto, ali de saca-rolhas na mão, a ajudar a vender o vinho nas lojas do patrão. Não é coisa muito bonita de se ver.

Quanto ao esclarecimento, também já lhe agradeci lá no Fio de Prumo. Obrigada. Pena pelo 'seu' e pelo desgosto que deixou na Mãe (que é um tipo de desgosto que nem consigo nem quero sequer imaginar) mas fiquei aliviada por não ser aquele que receei ao ler o seu post.

Um beijinho, Helena.

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Começo pelo tema com que acabou: pelo coitado do Tozé Seguro. Não dá, não é? Deve ser trabalhador, arrumadinho, bem comportadinho, tudo, mas falta-lhe golpe de asa, golpe de rins, falta-lhe a capacidade de dar um murro na mesa quando for necessário.

Por isso, face ao que este Governo anda a fazer (que mais não é do que ser correia de transmissão nem sei bem de quê ou de quem mas Marcuse estava certo), olhamos à volta e não vemos quem nos tire disto.

Concordo com a sua análise e agradeço que aqui tenha deixado estes seus apontamentos pois enriquece a leitura dos acontecimentos e a interpretação dos tempos que correm.

Muito obrigada P. Rufino.

margarida disse...

Caríssimos, digo desde já que gosto muito do António Barreto.
Recordo que já vi na mesma campanha Artur Santos Silva e Zita Seabra.
Trata-se da 'escolha' dos vinhos de seu agrado e, francamente, não vejo mal algum nisso...

Um Jeito Manso disse...

Margarida, olá,

Em tempos gostei do António Barreto. Aos poucos fui deixando de gostar, agora apenas continuo a gostar do timbre da voz e acho que, se calhar, era apenas disso que eu gostava.

Que a Zita Seabra também já tenha feito esse anúncio, não vi mas acho que encaixa na figura. Não gosto dela. Acho que lhe falta tudo. Contudo talvez seja uma boa editora, não sei.

Quanto ao Artur Santos Silva não conheço bem, tenho-o em conta de um homem gentil e, se calhar, foi por gentileza que teve vergonha de dizer que não .

Mas, enfim. Ainda há bocado fui outra vez ao Pingo Doce (é o que me fica mais a jeito à noite) e lá estava ele, ali no meio dos caixotes, a apregoar os vinhos. Acho que, com tanta coisa que apregoa, tão superior que é, deveria poupar-se a isto. Seria escusado. Se fosse uma publicidade mais institucional ainda vá que não vá. Agora cartazes no meio das hortaliças, parece-me ridículo.

Mas, enfim, fazer o quê? Vivam as opiniões díspares e os gostos distintos que assim é que o mundo tem graça.

Um beijinho, Margarida.

PS: Belo swing aquelas moças têm, lá no seu Destino, dançando em frente da jazzband.

margarida disse...

Injusto, injusto...
O senhor não é responsável pela localização desastrada dos cartazes alusivos à promoção.
Existem uns 'flyers' (ou quejandos) muito elegantes, em forma de garrafa, com a selecção dos vinhos de cada 'figura do mês'. Acho que a Jerónimo Martins procurou ser abrangente e democrática nas personalidades convidadas para o 'Top Garrafeira'.
A forma como a campanha é disposta em cada estabelecimento não cabe aos escolhidos, mas aos gerentes dos supermercados que nem sempre têm bom senso (pelo que escreve).
Naquele onde vou, está muito bem, não 'choca' ninguém.
Ó UJM dear, estamos na época do perdão e da ressurreição... tréguas aos demais que não se encaixam aí nos seus parâmetros elevadíssimos, hã? ;)
Paz na Terra aos homens e mulheres de boa vontade...
Beijocas cheias de amêndoas docinhas.

Um Jeito Manso disse...

Está bem Margarida, não digo mais nada...

Mas da próxima vez em que vir o António Barreto a pregar moralismos vou espreitar a ver se ele ainda tem o saca-rolhas na mão...

Pronto, pronto, vou tentar ser boazinha para ver se alguém se lembra de me oferecer amêndoas de chocolate. Agradeço as suas mas não me parece que sejam de chocolate. Mas, enfim, têm uma grande vantagem: são virtuais e eu, com tanta gente que tem andado a fazer anos para as minhas bandas e com tanta necessidade de evitar doces para ver se não fico como a sua patudinha baleia, fico bem é com doces virtuais.

Beijinhos!