Estamos a acabar Agosto e a rentrée adivinha-se fértil: Alberto João Jardim anuncia alto e bom som que desobedeceu a directrizes nacionais causando com isso um rombo que nos vai pôr a todos a dar-lhe metade do nosso subsídio de férias e diz que, se o chateiam, volta fazer o mesmo; a Procuradoria Geral da República, como de costume, em vez de investigar bandidos, investiga agentes da justiça e da polícia, agora investigando os espiões que, à sorrelfa, espiaram um jornalista; um americano e 15 franceses queixam-se que pagam poucos impostos (e pagam - porque a política fiscal no país deles é bem diferente da que é no nosso) e a comunicação social, qual grupo de cãezinhos a quem atiram um osso vai atrás, em matilha, farejando onde estão os ricos... e sem conseguir descobrir nenhum.
Isto promete.
Por isso, enquanto Agosto ainda dura, e antes que eu tenha que deitar mão à artilharia pesada, deixem-me ficar por aqui nas aboborinhas, a dizer mais umas silly coisinhas.
Hoje o meu conselho vai para as mulheres autarcas, a quem daqui presto a minha solidariedade (em tempo quis ser presidente de câmara mas quando percebi que tinha que ter apoio partidário e que teria que andar a inaugurar fontes, becos e paragens de autocarro e a dar beijinhos ao desbarato, arrepiei caminho).
Maria da Luz Rosinha, CM Vila Franca de Xira |
Maria Emília de Sousa, sempiterna na CM Almada |
Maria das Dores Meira, CM Setúbal |
... e demais bravas e enérgicas mulheres autarcas deste país - daqui vos envio o meu conselho: quando forem visitar castelos com ameias, na Turquia ou em Lisboa ou onde for, controlem a vossa libido.
É certo que o ar livre, o ambiente descontraído de férias e a ilusão de que se está só neste mundo, apenas na companhia de quem se ama, pode levar a desvarios, a actos de luxúria desenfreada.
Mas, minhas Caras, recordai-vos do poder de uma potente objectiva. Não acreditam? Não...? Terei mesmo que vos mostrar o que aconteceu a Ilse Uyttersprot, a autarca belga da cidade de Aalst que, ao passear nas ameias de um castelo, na companhia do seu garboso namorado, lhe deu um ataque de licenciosidade e, não cuidando que, cá em baixo, poderia estar um turista de câmara em punho, se vergou ao desejo mais concupiscente...?
Ok, pronto, se tem que ser. Não vos mostro o vídeo porque, já sabeis, aqui respeita-se a moral e os bons costumes mas, para que não duvideis, aqui está em ponto pequenino, a fotografia que o comprova.
Ilse e o namorado: ela olha para baixo, ele para o alto |
Uma coisa que me intriga é que o namorado parece que está ali apenas a apreciar a vista, ora olha sorridente para um lado, ora olha sorridente para o outro - mas enfim é o que é. Domingos Paciência diria: 'Não se deve estar em campo com aquela displicência' mas também não sei se devemos seguir o que ele diz. Pelos frutos os conhecemos e os frutos dele, esta época, não estão a ser lá grande coisa. Mas eu não percebo nada de futebol.
Ilse já veio explicar que isto aconteceu há 4 anos, que não fazia a mínima ideia que estava a ser filmada e que é um acto da sua privada. Eu por mim não tenho nada a dizer. Acho graça, mais nada. Além disso se ela o diz, ela que é uma política de centro-direita, grande defensora dos valores cristãos, então está, com certeza, muito bem.
Além disso parece que se controla muito bem, que, no momento, não abre a boca com a dentuça toda à mostra como a nossa peculiar investigadora Clara Pinto Correia. Agora, para ilustrar a frase, apetecia-me colocar aqui uma daquelas fotografias com que ela e o ex encheram a mediática exposição - mas o meu sentido estético não o permite.
Mas que este caso, da Ilse, sirva de exemplo para as nossas autarcas - que isto agora, com estas câmaras digitais e com objectivas que fazem um zoom do além, nunca se sabe. É que depois é uma maçada também do além, ter que andar a explicar a meio mundo o que se passou. É mais por isso.
Ilse Uyttersprot, uma mulher que aprecia o ar livre |
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PS: Este conselho é extensível às restantes mulheres que ocupam lugares públicos. As restantes não estão abrangidas, excepto de se considerarem ministeriáveis, deputáveis, autarcáveis ou outras coisas do género.
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