Nas discussões prévias sobre o triste e esquálido orçamento que aí vem, ter-se-ão aborrecido.
O primeiro quererá que se corte na despesa, o segundo quererá que se aumente na receita.
O primeiro quererá saber o que tem andado o segundo a fazer.
O segundo quererá um cheque em branco.
Ou não. Sabemos lá. Os media também se alimentam destas cegadas.
Mas sabemos que problemas maiores se anunciam e não, não temos que ser tão pessimistas como o Medina Carreira, para o conseguir antever.
Sabemos que os professores, por exemplo, que têm um horário reduzidíssimo quando comparados com os restantes assalariados, conseguiram um aumento significativo na sua massa salarial, enquanto toda a gente (Paulo Bento e outros do género, excluidos, claro) se mantem sem aumentos, enquanto o número de desempregados sobe, enquanto se teme por nova onda de desemprego quando os bancos deixarem de conceder crédito às empresas.
Pois bem, retroceda-se e retire-se-lhes o que lhes foi dado pela sorridente ministra Isabel Alçada. Hoje, na SIC, o Miguel Sousa Tavares, o José Gomes Ferreira e o Ricardo Costa sugeriram medidas imediatas: analisem-se institutos, fundações, administrações como cogumelos (como nas Águas de Portugal) e todas as grandes fontes de despesismo escusado, faça-se uma análise de urgência e, na base da vassourada, limpe-se tudo o que é supérfluo, tudo o que é abuso, tudo o que é chocante - e que é suportado pelo erário público.
E, tendo ambos a coragem política de enfrentar todos essas corporações, todas essas classes priveligiadas, todos esses sorvedoures de dinheiro, então ponham-se de acordo, por favor, aceitem servir o País e deixem-se de tangos.
Durante o tempo suficiente para que as contas se equilibrem e para que o País encontre o seu rumo, por favor, dancem antes um slow, agarradinhos, sossegadinhos.
A parte do beijinho na boca, não é indispensável.
(Video da BBC, Sebastian and the Prime Minister)
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