domingo, novembro 02, 2025

Corram com a desgraçada* da ministra da saúde
-- A palavra ao meu marido --

 

Como é possível que a ministra da saúde continue no lugar? 

Após tudo o que se tem passado na saúde, e continua a passar!, as tragédias de sexta feira e de sábado são chocantes. E hoje também se soube que uma grávida teve um bebé no próprio carro, depois de ter estado na  maternidade e ter sido mandada para casa. 

É preciso ser absolutamente indigna, não ter o mínimo de decência, ser cretina, cínica, irresponsável e completamente desprovida de empatia e de compreensão pelo que é a coisa pública para a ministra da saúde não se demitir. 

Já aqui escrevi várias vezes que terão que estar a suportar a ministra poderosos interesses que nada têm a ver com os interesses dos portugueses, para que, na situação de caos e de calamidade em que o SNS se encontra, o Montenegro mantenha a ministra. São, provavelmente, os interesses dos laranjas que foram nomeados para os diversos cargos, dos grupos privados que querem uma fatia maior da prestação dos serviços da saúde, não esquecendo os médicos que recebem o salário e o complementam regiamente como tarefeiros. 

A ministra "dirige" a saúde há dezoito meses e tudo piorou. A ministra tem que sair, e isso deveria ser condição sine qua non para a oposição negociar um pacto para a saúde. Esta ministra não serve! 

Espero que, quando tiverem que votar, os portugueses não se esqueçam que o Montenegro prometeu que resolvia o problema da saúde primeiro em sessenta dias e depois em seis meses e que, no entanto, ao fim de ano e meio, a situação é muitíssimo pior do que a situação que tanto criticou quando era oposição. 

Apesar de todas as evidências, e são muitas e algumas bem dramáticas, o Montenegro manteve uma ministra que não tem o mínimo de competência para o cargo sendo, obviamente, responsável pelo estado a que chegou o SNS. 

Prometer é fácil - fazer é que é tramado. 

Muitos portugueses estão anestesiados pelas redes sociais e o discernimento não é o melhor.  Contudo, esperemos que não se esqueçam que, numa área tão crítica como é a saúde -- e tão penalizadora para todos nós quando funciona mal -- o governo revelou uma total inoperância. 

Fora com a ministra da saúde, já! 

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Nota minha 

*  É certo que «desgraçada» = mal sucedida, que tem má sorte, etc., mas, ainda assim, eu não usaria esta expressão. Mas o texto é do meu marido e ele, nestas matérias, é menos meigo que eu.

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5 comentários:

Anónimo disse...

A propósito da grávida que faleceu, a senhora ministra disse no Parlamento coisas inacreditáveis para sacudir a água do capote, em relação às quais me surpreende não haver protestos (de que me tenha apercebido). Procurando justificar perversamente a falta de assistência adequada à imigração, tirando partido do facto de a grávida falecida em particular ser guineense e ter chegado a Portugal, segundo a comunicação social, em setembro, fez uma espécie de retrato-tipo da parturiente vítima de falta de resposta do SNS como forma de justificar essa falha, onde incluiu a característica "não tem dinheiro para ir ao privado". Como é possível que a responsável pelo SNS use este argumento sem um protesto?

ccastanho disse...

Meu Caro.
Tenho uma leve impressão, de que Montenegro, está a apostar as fichas todas para uma dissolução quando, constitucionalmente, seja possível a Gouveia e Melo demitir por
incompetência esta direita a caminho do protofascismo no poder.

Quando um governo, seja qual seja o seu enquadramento politico, mantem no poder ministros manifestamente incapazes de governar com decência democrática como acontece com este, o "histórico", diz-nos que já está em fim de ciclo com derrota anunciada. Montenegro, já percebeu que está entalado entre o extremismo de Passos Coelho refletido em Ventura e que está já vincadamente no modo de atuar deste governo por vontade própria do primeiro-ministro, e governar um país com politicas que respeitem regras básicas da democracia nas suas conquistas, Montenegro já percebeu que sem maioria absoluta, não vai lá. E provavelmente, nunca lá vai chegar porque o povo apesar de inculto, e maioritariamente estupido, quando lhe falta o dinheiro para o pão dos filhos reage só depois de apalpado verdadeiramente.

Já agora para variar. Marcelo foi igual a si próprio na" falatura" sobre a saúde, isto é: genuinamente hipócrita, falso, aparentando o que não é, porque, se (é uma impossibilidade um burro ser um cavalo de corrida) na politica, um politico ser hipócrita é uma impossibilidade cair no regaço da democracia. A proteção á ministra foi indecoroso, não, não adjetivo mais, para respeitar apesar de tudo o cargo que ocupa, não a pessoa em si. como é evidente.

Ccastanho disse...

Para fim de tarde Outonal :
https://youtu.be/dulKZqd5-0c?si=xkFw5-ntaZenjWdS

Anónimo disse...

A ministra da saúde tem, como se diz em bom português, uma grande lata. Os colegas de Governo que a acompanham, e nada dizem, são coniventes com o desmantelamento que ela está a fazer do SNS. Aliás, acredito que ela, tal como o ex-bastonário, são os grandes arquitetos desta degradação no serviço de saúde, condição necessária para a entrega aos privados, que já arrecadam cerca de 50% do Orçamento da saúde, mas não basta.

Conclusão, ela não é incompetente. Ela tem é um grande estofo e maior insensibilidade, qualidades que lhe permitem ser a executante de um plano, aprovado pelo primeiro ministro, e com o aval do PR, que culminará com a entrega das USFs aos privados e com a proliferação das PPPs na saúde.

Entretanto, as isentas TVs (todas, com papel relevante para a RTP) entreterão o povo com as burcas, os imigrantes, os ciganos, a insegurança, os crimes de faca e alguidar, as eleições no Benfica e coisas afins.
J. Carvalho

Anónimo disse...

Adenda ao meu comentário anterior.
Acabam de me garantir que, nos últimos dias, numa USF de Espinho, depois da enfermeira ter concluído a remoção de parte dos pontos perguntou ao utente se tinha Betadine em casa, ao que ele disse que sim. Então, ficou acordado entre eles o seguinte:
Quando chegasse a casa poria o betadine e que fizesse o penso, que lhe entregaria, porque ainda tinham alguns.
Marcou para a semana seguinte a conclusão do trabalho, pedindo para ele levar o betadine e gaze, porque o mais certo era não terem.
Face ao espanto do utente, foi-lhe dito que ultimamente estão sempre a faltar produtos, como desinfetantes, papel, luvas.
Entretanto, o que nos acabou de dizer a Ministra? Racionalizar a despesa na saúde. Parece-me bem, desde que o básico esteja assegurado.
J. Carvalho