Consta que houve uns F35 que pousaram na base das Lajes devido a um pequeno equívoco. O Rangel, provavelmente meio histérico, achou por bem dizer que, obviamente, o ministério dos negócios estrangeiros nunca se equivoca e que só poderia ter sido o ministério do Melo. O nosso Peter Hegseth (idêntico, salvo a diferença de escala; no sentido de estado, é idêntico) deve ter-se chateado e foi fazer queixa ao padrinho Luís que mandou o Rangel dar o dito por não dito: afinal, o incidentezinho deveu-se a um erro processual.
E, acto contínuo, mandaram abrir um inquérito que é o procedimento número um do governo: em caso de chatice, abre-se um inquérito, deixa-se o inquérito a marinar e, acima tudo, nunca se assume a responsabilidade pela ocorrência, mesmo que ela seja uma tragédia.
Esta do erro processual até pode pegar e dar para tudo, desde as tragédias na saúde, aos problemas na educação, na habitação, aos incêndios,... Esperemos é que um novo erro processual, e errar é humano, não permita que drones do Putin aterrem na Costa da Caparica.
Sabe-se lá o que pode resultar de um erro processual...
Por exemplo, será que a investigação do MP ao Ivo Rosa também foi um erro processual? Ou terá sido, antes, um aviso aos juízes e, nomeadamente, a quem julga o Sócrates, que ou andam na linha ou podem ter a vida devassada durante anos por uma investigação resultante de uma denúncia anónima sem fundamento?
Em tese, um procurador como qualquer cidadão, pode fazer a denúncia anónima só para dar cabo da vida a um juiz que não serve os seus interesses. O estranho não é isso. O estranho é ser possível que um ou vários juízes sancionem esta investigação. Tão estranho como isso é que, no meio de um escândalo destes, a SIC abra o jornal das 13 horas com a notícia que a Joana Marques foi absolvida
Estamos conversados. Viva o populismo e que se lixe a democracia. Uma coisa parece ser certa: alguém tem que controlar o MP enquanto é tempo. Caso contrário, corremos o risco do MP nos controlar a todos.
7 comentários:
No caso dos aviões até temos um precedente: os voos da CIA, do tempo de Luís Amado. Ficou tudo em águas de bacalhau. Como agora . Nada de novo por aí.
Comentário tipo flotilha "gaza".......
Nunca este país cheirou tanto a bolor desde Abril, como agora, e, a todos os níveis e instituições.
https://www.youtube.com/watch?v=jgQ8a6HqXpc&list=RDjgQ8a6HqXpc&start_radio=1
https://www.youtube.com/watch?v=CoLHD4UHf3E&list=RDCoLHD4UHf3E&start_radio=1
Pois.. O Veloso, prega-nos estas partidas.
Quanto à Joana, não foi só a SIC. A Joana beneficiou do julgamento feito pela comunicação social, como parece óbvio (veja-se a primeira página do Público de hoje, e as 3 páginas no interior do mesmo jornal). Durante meses, dia após dia, tínhamos notícias, entrevistas, comentários (de gente séria, da rádio e da TV, e outra afim) a vilipendiar os Anjos, a louvar a Joana. Todos, mas todos, a invocar o direito, à inocência, à liberdade.
Face a tão forte onda a favor da Joana (que ela agora irá $urfar, até à exaustão) a Justiça (com “J” maiúsculo) só poderia praticar a justiça dos “media”. Afinal de contas, este processo judicial “acompanhado” pela comunicação social nem se distingue, metodologicamente, do processo Sócrates, que também refere no seu texto.
Quando ao uso das Lages pelos F-35, haverá sempre um Montenegro para dizer que não sabe como foi; um Nuno Melo a dizer que tudo não terá passado de um “erro processual” (Qual?) ; um Rangel sempre disponível para, “por palavras e actos”, ajudar Israel, mesmo que governado por genocidas.
J. Carvalho
A "+++++" cheiram todos os os coloridos deste país enganados pelas "milicias mentais"......
Será que a criatura Mortágua se apercebeu que a sua condição de homossexual era passível de condenação à morte ao desembarcar em Gaza?
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