São as formas que o guiam ou a imaginação das cores?
É a forma. O ponto capital para mim, é a forma. Se, na primeira etapa, a forma ficar bem, está salvo. As cores vêm automaticamente. Por exemplo, ali há um ângulo que vai ser vermelho, logo, para se relacionar com este ângulo vermelho, uma outra superfície da tela deve ter azul, vermelho, etc.
Uma pincelada é como se tivesse apenas um olho, falta-lhe qualquer coisa [esconde um olho com a mão], não consegue ver. Ou é como se só tivesse uma das mãos. E não gosto de uma só cor. Se me dizem “Qual é a sua cor preferida?”, a questão quase que não tem sentido para mim: gosto e procuro o contraste das cores, o contraste das cores puras.
(de novo, in "Miró – Esta é a cor dos meus sonhos", conversas com Georges Raillard, tradução de José Mário Silva, o Bibliotecário de Babel)
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