sábado, setembro 15, 2018

Boas notícias!
Parece que vão voltar a produzir uma das minhas séries preferidas de todos os tempos!
Tomara que ele se mantenha tão doido e descarado como era...



Não sou nada de rever aquilo de que gostei. Nem livros, nem filmes, nem exposições. Só um ou outro eu posso dizer que revi de gosto, com o mesmo prazer ou mais do que na vez inicial (e o seio e as mãos acima pertencem a Constance que, por sua vez, pertence a um filme que já vi creio que duas vezes e que, de novo, veria de gosto). De resto, mesmo que tenha gostado muito, já gostei, está gostado. Prefiro guardar a boa memória do que massacrar a consciência forçando-a a gostar repetidamente.

Com as séries a mesma coisa. Não sou muito de me apegar a séries. Mas gostei de algumas.


Gostei muito do Borgen. Não perdia um episódio. 
Mostrava de forma inteligente uma forma inteligente de fazer política


Na altura, também gostava do Sexo e a Cidade embora longe de ser adicted
Aquela liberdade de movimentos das mulheres na cidade apareceu como uma lufada de ar fresco na sociedade conservadora, bafienta e moralista que sempre foi a portuguesa


E adorava os Simpsons. O Bart e o Homer sempre me deliciaram.
Ainda gosto mas parece que já não puxa tanto por mim. 


Também gostava de House of Cards
Aquela intriga, aqueles personagens, aquela maldade auto-desculpabilizada interessavam-me bastante.

E assim de repente não me lembro de mais nenhuma série para aqui referir. Claro que vi outras de que gostava mas que me tenham prendido de coração não sei se terá havido muitas mais.

Mas havia uma que eu não perdia. O que me ria, o que eu gostava do personagem principal... Sempre, sempre a dizer e a fazer coisas inenarráveis.

Pois bem. Quando estou aqui, in heaven, sem tv cabo, volta e meia vou parar à RTP Memória e tenho boas razões para lá ficar. Que gozo. Ainda hoje voltei a ficar rendida, a rir de gosto. O meu marido detesta ver coisas antigas e quando viu que era um episódio de 1986 ficou passado. Mas eu não quero saber. Vi e vejo sempre que dou por ele. Nem eu sabia as saudades que tinha.

E agora, ao pensar em escrever isto, fui ao youtube e tenho aqui estado de gosto, a ver pequenos vídeos. E descobri que vão voltar a produzi-la. Tomara que o argumento mantenha uma coisa do outro mundo do mesmo calibre da que era então -- e alguém com uma voz igualmente descarada para ajudar a compor o boneco.


Alf. A minha série preferida de todos os tempos.

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Um vídeo ao acaso, de entre muitos possíveis.



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E agora, enquanto escrevo, estou a ver Eu, Daniel Blake e estou francamente impressionada.


6 comentários:

Monteiro disse...

Fiquei muito impressionado (embora não tenha percebido porque o Daniel não podia trabalhar na sua marcenaria e já podia trabalhar noutro qualquer trabalho que arranjasse e os métodos de procura de emprego são os usados em Portugal) mas a Inglaterra (foi uma surpresa ser na Inglaterra)tem uma assistência Social tão má? Em Portugal existe o Subsídio de doença sem qualquer formalidade embora a Segurança Social tenha herdado do tempo do Passos Coelho uma brutalidade que não existia antes. Vou tentar adquirir o filme, Acho que toda a gente devia ver e perceber porque não devemos votar nos Conservadores nem em nenhum Partido da Direita que apenas pensam em esfolar o povo. Que lição que este filme nos dá.

bea disse...

Também gostei bastante de "I, Daniel Blake". Das séries que refere, lembro Borgen e Os Simpson. O sexo e a cidade só me deixa alguma nostalgia pela amizade entre as quatro mulheres, o resto passa-se numa dimensão que desconheço e não chama por mim. Gostos. Também ando a rever a série Alf. Com muito prazer. Em seu tempo, não perdia um episódio. Agora, tento recuperá-la.Ao invés do meu filho que a acha ultrapassada, vejo-a com a mesma boa vontade:).

Tétisq disse...

Confesso que pensava no Alf como sendo uma piroseira que tinha ficado no passado, mas apesar de ter os canais de subscrição a minha mãe é fã da RTP memória e rendi-me novamente ao extraterrestre desbocado nos últimos dias.

Um Jeito Manso disse...

Olá Caro Monteiro,

Tem razão: que murro no estômago aquele filme. Há filmes que deveriam ser obrigatórios nas universidades de verão dos Jotas para ver se percebem o respeito e sensibilidade que toda a gente deve ter quando o que está em causa é a dignidade e a qualidade de vida de alguém.

E em vez de novelas e filmes da treta e séries cheias de crimes e violência, o que deveria haver em horário nobre deveriam ser filmes como este.

Obrigada pelas suas palavras.

Um domingo feliz.

Um Jeito Manso disse...

Olá Bea,

Por acaso não sei se os meus filhos têm visto e se gostam. Cá para mim acho que sim e acho que os miúdos pequenos também iriam gostar. Hei-de recomendar. Sabe uma coisa? Identifico-me com aquela irreverência, com aquele gosto pela provocação. Tudo inofensivo mas desconcertante. Mas sabe disso, não sabe...?

Abraço, Bea. Afinal até temos alguns gostos parecidos... :)

Um Jeito Manso disse...

Olá Tétisq,

Para começar, fiquei sem saber como pronunciar o seu nome, fiquei a pensar que, se fosse Teté, seria mais fácil mas, depois que o disse, achei-lhe piada.

E o Alf não é piroso coisa nenhuma. Claro que aquele pêlo faz lembrar aqueles tapetes pirosos em carpélio ou lá como é que aquilo se chamava. Mas, Tétisq, nunca ouviu dizer que quem vê pêlos não vê almas? (Um ditado muito conhecido). E a alma daquele bicho marado é do caraças... Sempre me fartei de rir com ele e, curiosamente, ao fim de tanto tempo, voltei a deliciar-me.

Já fui cuscar o seu blog, não conhecia. Vou ver com mais cuidado.

Um abraço, Tétisq.