domingo, abril 27, 2014

Rodrigo Leão, nesta noite de sábado, nas escadarias da Assembleia da República. Lisboa na rua. Uma contagiante energia no ar. [Ou é apenas impressão minha...?]


Depois de, no post abaixo, ter respondido ao comentário de um Leitor que menospreza o 25 de Abril em detrimento do 25 de Novembro, falo agora da minha noite de sábado.


A minha filha falou-me num concerto de Rodrigo Leão nas escadarias da Assembleia da República e pareceu-me muito bem. O meu filho já tinha programa - Quatro Metades no Teatro da Trindade - pelo que fomos apenas com ela (e com os pimentinhas!).


Transcrevo do que se anunciava, no âmbito dos festejos do 25 de Abril:


Neste concerto, Rodrigo Leão e seu ensemble são acompanhados pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, dirigida pelo maestro Vasco Pierce de Azevedo. O espetáculo tem como convidados o fadista Camané e o Grupo de Percussões de Lisboa, e ainda o Coro Infantil da Fundação Musical dos Amigos das Crianças.


Quando lá chegámos ficámos espantados. Pejado. gente, gente, gente. As escadarias repletas, uma coisa impressionante, um mar humano.

Ficámos no relvado, os dois rapazinhos todos contentes.

Claro que à medida que o tempo ia avançando, eles iam ficando mais irrequietos, moches um ao outro, barulho, rebolarem, etc. Felizmente a minha filha levou bolachas e, portanto, lá os foi atafulhando a ver se ficavam entretidos e, enquanto comiam, não armavam baderna. Não resultou completamente mas, enfim, atenuou.

O concerto muito bom e o espaço muito bonito, uma ideia feliz.

No Eixo do Mal ouvi a Helena Roseta a queixar-se dos transtornos, já que mora por ali e o trânsito tem estado cortado por causa do grande palco. Imagino.

Mas que o concerto ao ar livre naquele local foi muito agradável, é um facto.

A música de Rodrigo Leão com a Sinfonietta é uma conjugação perfeita, tal como perfeita também é a voz de Camané interpretando aquelas canções.

Gostava de ter filmado mas não o fiz.


Celina da Piedade, o seu acordeão e a sua voz, e a limpidez do coro infantil foram outros momentos muito bons.

Todo o espectáculo teve ainda um encantamento suplementar: as luzes que percorriam o espaço, iluminavam as casas do bairro e se projectavam na Assembleia. Muito bonito.

Se não passasse já das 3 da manhã e eu não estivesse tão cheia de sono, contava melhor mas, assim, não dá.

Fico-me por aqui.

Conto apenas que, dali, ainda fomos fazer um giro até à zona do rio. Passámos pela zona hardcore do Cais do Sodré. Em alguns passeios, especialmente nas ruelas perpendiculares, ainda há prostitutas a aliciar clientes, tal como ainda ali estão as boites, bares de striptease e lap dance


Mas toda aquela zona de S. Paulo está na moda e as tascas agora saem para o passeio e as esplanadas estão cheias de gente nova. Uma animação engraçada.

A 24 de Julho estava cheia, sem lugares de estacionamento e, sobretudo, muita gente a pé a caminho do Cais Sodré e Bairro Alto.

Agora uma coisa me choca e podem, à vontade, chamar-me marreta: tantas miúdas novinhas de copo na mão e a fumar. Todas bonitas, todas produzidas, e a darem cabo da saúde daquela maneira.  
Eu, que fumei dos 18 até há uns seis ou sete anos, sei bem o disparate que isso é e custa-me ver as miúdas a fumarem cigarro atrás de cigarro e a consumirem álcool como se a isso estivessem mais do que habituadas.  
Claro que o sentimento é quase o mesmo em relação a rapazes mas, apesar de tudo, a coisa é ainda mais nefasta nas mulheres pelo perigo, em particular, se tomarem a pílula.

Mas, enfim, Lisboa está mesmo uma festa. Seja de dia ou de noite, que bom é andar pela cidade. Que esplêndida energia tenho sentido nestes últimos dias.

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Descobri agora um vídeo no youtube. A qualidade do som não é espectacular mas, enfim, quem dá o que pode a mais não é obrigado. Coloco-o aqui apenas para que possam ficar com um cheirinho.
Camané com Rodrigo Leão e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa




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Relembro: no post abaixo respondo a um Leitor sobre o que acho do 25 de Abril e da incrível revolução que, depois dessa data memorável se operou no País, e do que acho papel de Otelo Saraiva de Carvalho e, enfim, de mais uma ou outra coisa.

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E, assim sendo, e quase às 4 da manhã, por aqui me despeço porque o domingo já aí está. 
Desejo-vos um belo dia, meus Caros Leitores.

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