Simples, não é?
Claro que os pessimistas não sabem do que estou a falar. Se calhar nunca sentiram esta coisa sem penas empoleirada na alma a cantar melodias sem palavras, e que nunca se cansa.
Está mau tempo? -- O tempo bom não tardará, ouviremos a coisa a sussurrar, sem palavras
Esta pessoa fala sem parar, esgota a nossa paciência? -- Já vai cansar-se, cantará ela, na sua suave melodia.
O populismo e o extremismo pró-fascista estão a alastrar como uma mancha de óleo putrefacto? -- Haveremos de encontrar o antídoto e toda a gente se mobilizará para limpar os estragos, dirá a coisa com penas.
Parece que já não há pessoas interessantes, tão interessantes que a gente deixe tudo para as ouvir? - Deve haver, estão é resguardadas. Mas haveremos de convencê-las a partilhar as suas ideias connosco. Dirá ela, e nos acreditaremos.
Temos dores e sentimo-nos desalentados? - Isso há de passar. E até parece que já nos sentimos melhores.
A esperança é o combustível que move os optimistas, é o oxigénio de que precisam para viver. A esperança não regateia, não cobra, não censura. A esperança está lá. Um ombro amigo, uma mão que se oferece, um sorriso que alenta, a flor que traz a luz quando a nuvem espreita.
6 comentários:
“…nunca para…”? Para onde?
Tem razão. Obrigada. Mal vi o seu comentário, fui logo colocar um acento. Mas depois fui consultar o que por aí se diz e não é consensual. Mas concordo consigo, com acento é inequívoco. Agradeço-lhe.
O tempo verbal do verbo parar, neste caso, obriga a acentuação na primeira sílaba. Há um dialecto actualmente corrente, designado “acordês” que tem outro entendimento porém trata-se de um dialecto e não uma de uma língua com regras gramaticais definidas
Pois, tem razão. Também me parece mas a verdade é que, às tantas, fico baralhada. Aproveito para lhe perguntar: jóia ou paranóia escrevem-se como escrevi (e que me aparece assinalado como erro) ou sem acento?
Caso queira expressar-se em português, a acentuação é obrigatória. Em “acordês” presumo que não
Pois, é o que me parece. Mas aparece-me sempre como se estivesse errado. Com tanta baralhação, uma pessoa, às tantas, já nem sabe o que fazer... Muito obrigada!
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