quinta-feira, abril 11, 2019

O célebre buraco negro, uma gatinha incrédula, um perigoso aracnídeo, uma teia de dar medo (e outras coisas) -- tudo 3D, tudo ilusões de óptica e o escambau.
[Só os lencinhos é que se aproveitam]





Hoje numa reunião, um colega quis atirar-se para fora de pé e eu interceptei-o. Ele insistiu, tentando seguir numa deriva que, em meu entender, não ia levar a lado nenhum. E eu que não. Ele, então, do outro lado da mesa, em voz baixa, tentando ser discreto para não me envergonhar em público: 'open mind... está a perceber...? open mind...'. Achei graça. Interceptei na mesma, expliquei as minhas razões, ele percebeu. Mas fiquei a pensar naquilo. 



E há bocado voltei a pensar. Se em tempos alimentei o secreto desejo de me fazer tatuar com uma rosinha bonita perto de um ombro ou na parte de cima de um seio, a verdade é que me saíu completamente da ideia desde que a coisa virou banalidade. 



À hora de almoço estava à espera de vez para uma mesa, distraída. O meu marido disse-me em voz baixa: 'São copos?'. Não percebi. Ele disse-me: 'São copos no braço?'. Olhei e vi ao nosso lado um rapaz com copos tatuados no braço. Copos mal desenhados, sem ponta de graça, sem ponta de arte. Um disparate.


E agora dei com tatuagens em 3D. Antes de ver, só pela designação, não estava a perceber bem qual o efeito. Mas, caneco, quando vi achei assustador. Na volta é porque não tenho a mente aberta. Mas, caraças, imagine-se alguém que não esteja preparado par ao que vai ver, ao dar assim de repente com uma coisa destas. Que susto, bolas.


E, para terminar, a versão tattoo do mediático buraco negro que os outros viram por um canudo:


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Para contrabalançar a open-minded arte 3D sobre a pele, juntei dois apontamentos de beleza tradicional.

O vídeo lá em cima, obra de Sølve Sundsbø, junta Alexander McQueen & Damien Hirst e o resultado são écharpes de uma grande beleza. 

E o vídeo abaixo mostra outra maravilha. Seda marmoreada com desenhos lindos: Hrmè$. 


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4 comentários:

Anónimo disse...

Tenho um livro do tatuador Don Ed Hardy, de quem gosto muito, onde se pode ver uma tatuagem de água na parte superior das costas, a apanhar os ombros. Quando os braços estão para baixo, a águia está de asas recolhidas. Quando os braços levantam, também a águia levanta voo. Achei uma delícia - além de ser de execução técnica dificílima. Infelizmente, não encontrei nenhum link para essa tatuagem.
E, para responder à sua pergunta do outro post, não tenho nem um ossinho artístico no meu corpo. Trabalhos manuais sim, gosto e tenho algum jeito. Telas para pintar? Não, obrigada, daqui não sai nada de jeito, nadinha. Nem vontade. Pior é cantar, que me dá prazer a mim, quero lá saber se estou afinada ou no ritmo certo, mas dá pena ver os outros a tentar suportar o chinfrim.
Abraço
JV

Isabel disse...

Acho que quem faz tatuagens destas é um grande artista, mas acho horrível que se façam estas coisas no corpo. Não gosto nada de tatuagens. Estou como a UJM: se for uma coisa pequena, bonita e discreta, ainda vá lá, agora estas tatuagens grandes ou o corpo todo tatuado, não gosto. Mas pronto, são gostos. Também gostei do filme sobre como fazem os desenhos nos lenços. Interessantíssimo, mas muito trabalhoso.

Beijinhos e uma boa sexta-feira:))

Um Jeito Manso disse...

Olá JV,

Não conhecia. Já estive a ver os trabalhos dele. Pinturas. E algumas pessoas têm o corpo completamente tatuado, a pele como uma tela. Uma opção que a mim me parece duvidosa mas, enfim, são gostos. Penso sempre como ficará quando tiverem a pele flácida e enrugada...

E sabe que eu tenho esse 'problema'? Adoro música. Mas cantar...? Na minha cabeça eu ouço a música tal como deve ser cantada mas, quando sai, é um desconsolo. Não dá. Foge-me o ritmo, foge-me a voz.

Se o Aladino me desse algumas coisas para eu escolher, uma que eu escolhia era que soubesse cantar bem e conseguisse aprender a tocar piano.

Abraço, JV!

Um Jeito Manso disse...

Olá Isabel,

Eu um dia quero aprender a costurar. Faço bainhas, prego botões, coisas simples. Mas usar máquina de costura ou fazer uma peça inteira não sei.

E isto de estampar tecidos é coisa que me atrai. Este processo oriental é de facto muito trabalhoso mas há maneiras mais fáceis. Gostava de experimentar uma estampagem num tecido branco vaporoso para fazer uma cortina. Mas não deve passar de um desejo que vai ficar por cumprir.

Beijinho, Chabeli.