Pois é, Nogueira Leite, tão amigo e tão conselheiro de Passos Coelho, demitiu-se da CGD, onde era vice-presidente.
Independentemente de ter jurado, sob palavra de honra, que se pirava se tivesse que pagar mais impostos, dizia-se que tinha divergido da venda da participação na Cimpor, dizia-se que ia acumulando pequenas divergências com o accionista.
Nomeadamente, falava-se de algumas reservas em relação ao eventual Banco de Fomento, de algumas reservas em relação a eventuais privatizações, de reservas face à contratação da Perella aquando da privatização da REN e da EDP.
Dizia-se também que não lhe agradava nem um bocadinho estar a perder dinheiro face à muito confortável situação financeira que tinha antes da nomeação.
E, somando o que se dizia e mais o que se diz e mais o que se intui, lá temos Nogueira Leite já com a experiência de banqueiro no curriculum. Também já tinha sido Secretário de Estado no Governo de Guterres e também se tinha demitido. Ou seja, vai acumulando breves experiências no seu CV e, ao mesmo tempo, vai podendo dizer que não é apegado e que, quando a coisa não lhe agrada, bate com a porta.
Talvez seja verdade.
2 comentários:
Este seu último parágrafo diz tudo da criatura. Um figurão que teceu, aqui há tempos, comentários sobre o povo em geral, sacrificado, com o desprezo típico de quem não sabe o que é passar mal.
Sabe, enfim, a vida, até hoje , confesso-o, não me tem corrido assim tão mal. Talvez tenha tido sorte. É certo que já estive melhor, sem dúvida, comparando, sobretudo, com o que foi a nossa vida antes de 2011/2012 e depois, ou seja, agora - tempos muito mais difíceis.
Aprendi, no seio da minha família, desde pequeno - uma excelente família, alargada, do Douro à Beira-Alta, da parte de meus avós, e do Porto a Lisboa, da parte de meus pais, onde vivi, que o que hoje é adquirido, amanhã pode deixar de o ser.
Todavia e desde sempre, que me recorde, nunca deixei de ter uma atitude política próxima de quem mais padece e de quem mais se exige. Sempre senti, dentro de mim, uma revolta por quem, poderoso e indifente, abusa de quem está numa posição mais debilitada.
Em jovem, tinha as minhas discussões com meu pai acerca disto, o que quase nos levou á rotura (hoje, felizmente, mantemos uma boa e saudável relação e ele, do alto dos seus 85 anos, até compreende muitas das minhas antigas críticas).
Daí este tipo de “fedorentas” criaturas me meterem um porcino nojo.
Estão sempre acantonadas em boas administrações de empresas, retirando os ditos benefícios e querem lá saber da plebe. Mas gostam de opinar e de exigir sacrifícios à dita plebe.
Um raio que os parta a todos!
Tenha uma boa noite e um bom fim de semana alargado Natalício!
P.Rufino
Olá P. Rufino,
Estive fora de casa durante dois dias. Regressei cansada. Além do mais, desde há dias que ando a ver se falo de outras coisas e não de coisas que não me agradam, ou que não me dizem nada, ou que me incomodam. Tento, juro que tento. Puxo pela cabeça para evitar falar da gente deste governo e de quem anda à babugem dos poderes.
Mas a actualidade parece que se impõe nestas matérias. Todos os dias me aparecem medidas que me enervam.
Fico especialmente incomodada quando as pessoas que mais ajudaram esta gente a ganhar eleições, é gente cujos actos não são coerentes com as suas palavras.
Não me vou alargar muito mais a ver se me imponho algum esforço de contenção e pacificação.
Não é que seja muito dada a estados de espírito artificiais feitos em função de calendários. Mas estou cansada e não quero contagias com a minha irritação quem faz a bondade de me ler...
Aliás, estou com a cabeça cheia de assuntos para me 'atirar' a eles, tantas são as trapalhadas e tal a dimensão das burrices que fazem e, como quero manter-me cool e deixar-me de irritações, nem sei sobre o que escreva...
Estes tipos são uns maçadores. Podiam estar quietos e calados como sugeriu a Helena Sacadura Cabral. Mas não, estão constantemente a dar-nos motivos de enervamento.
Agradeço e retribuo os seus votos de bom fim de semana alargado!
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