quinta-feira, outubro 17, 2013

Eu, preparada para uma dupla jornada de trabalho, ora com pérolas, ora in red and black. [E já estou aqui a ensaiar as poses com a Gisele Bündchen, posando para a Vivara. Será que vou fazer sucesso? Não faço ideia.]


No post abaixo, mostro-vos uma brilhante intervenção de João Galamba, um jovem muito promissor no PS. Os partidos de esquerda começam a regenerar-se e é uma regeneração com muita qualidade (e mais não digo para não me fugir a boca para ligeireza, até porque o momento está mais para andarmos à pedrada do que para dançarmos em pontas).

Adiante.

Quando acabarem aqui - ou se acabarem - não deixem, por favor, de descer até à AR para ouvirem o João Galamba a explicar ao Luís Menezes (o palerma, segundo Constança Cunha e Sá) porque é que o OE 2014 é tudo menos um 'orçamento libertador'.

Mas isso é a seguir. Agora, aqui, a conversa é outra.




Estou cansada, com sono, adoentada. Já ali estive deitada no sofá, o corpo só me pede é cama. Dói-me um bocado a garganta, sinto-me a ficar engripada. Já estou a tomar anti-inflamatório e a chupar pastilhas pois amanhã vou para mais dois dias de reuniões com dormida fora (a coisa vai até à noite e reinicia-se logo ao raiar do dia na sexta feira). Faço notar que não tem nada a ver com a cena marada do Passos Coelho que junta uns quantos maduros e, ao longo de 17 horas, andam à tareia uns com os outros e à tareia com os números. Nada disso. Cá para o meu lado é tudo gente civilizada, trabalhadores atinados, com experiência. Não há criançolas imaturas e inexperientes, muito menos gente doida.

Mas, quero eu dizer na minha, não tenho margem para me pôr com frescuras como rouquidões ou pontas de febre. Por isso, a ver se não me deito muito tarde, e a ver se bebo um copo de leite morno e talvez mais um drunfozito para ver se amanhã estou em condições para me meter à auto-estrada e aguentar uma maratona de dois dias. 

Já fiz a valise, uma muda de roupa. Vai ser em black and red, acho que fica dramático e quero que a minha intervenção seja acompanhada por uma toilette que não seja neutra, e brincos e anel encarnados, claro, e dois colares compridos, um encarnado e outro preto. 

No corpo, esta quinta feira, levo uma toilette muito diferente, in blue com bolinhas quase brancas. E, por cima, para condizer, um colar compridão de pérolas de rio. Brincos pequenos também em pérolas. No braço um conjunto de escravas finas de vários feitios, larguras e cores, variando entre o branco, o prateado e o azul. 

Num mundo de homens, não preciso de me apresentar vestida de homem para me impôr. Sou completamente feminina e nunca me dei mal (tirando a vez em que um argelino passado da cabeça quase me saltava para cima, numa reunião no meu gabinete, coisa que não voltei a repetir com gente daquelas bandas - quero eu dizer: nunca mais me apresentei sozinha, passei a ter guarda-costas, isto é, algum colega que gentilmente se prontifica para fazer de conta que tem alguma coisa a acrescentar à conversa).

Vou levar ainda o portátil pequenino na esperança de que à noite ainda tenha energia e disposição para vir aqui dar dois dedos de conversa convosco. Como lá não há net no quarto, levo a minha pen com a net móvel o que, dada a deficiência de rede por aquelas bandas, uma guest house maravilhosa no meio do campo, costuma ser a pedal. A ver vamos.

Bom, vou ficar-me por aqui. Já são praticamente duas da manhã e eu não estou nos meus melhores dias.

Mas para que não se sintam completamente defraudados com a visita, aqui vos deixo o anúncio da Gisele Bündchen para a Vivara, uma marca de jóias. 


Pela parte que me toca já estive a observar as poses para me inspirar para amanhã. Se, em algum momento, a reunião começar a tender para a maçadoria, vou imaginar que me dá a travadinha e me ponho a imitar a Gisele. Como será que eles reagiriam? Chamariam o 112 para me levarem, amarrada? Ou começariam a bater palmas devagar para fazer uma música de fundo? Cá para mim, civilizados como são, fariam de conta que não se estava a passar nada e continuariam a discutir assuntos de trabalho como se nada de anormal se estivesse ali a passar.


(NB: estão a ver porque é que este meu blogue tem que ser anónimo...? Imaginem eles a lerem o que eu estou aqui a escrever... Credo)

Bom, vou calar-me que isto hoje não se me aproveita nada, tenho é que me ir deitar, é o que é. Fiquem com a Gisele que hoje* é manifestamente melhor companhia que eu.



*   *   *

Relembro que, para além de vos aconselhar a não perderem o João Galamba no post abaixo, muito gostaria ainda de vos ver também lá no meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa. Hoje tenho lá uma Poetisa de quem muito gosto, Maria Andresen. Atrás dela vou atrás dos passos do meu amor (a sério: são mesmo os pés dele...!). A seguir, segue-se-lhe Cécile Mc Lorin Salvante o seu jazz. Muito bom.


(*) Repararam naquela do hoje lá em cima devidamente assinalada? Se não é a isto que se chama auto-estima em alta, então não sei o que seja. Hoje a Gisele Bündchen é melhor companhia que eu...? Porquê hoje? Porque nos outros dias o não é? perguntar-se-ão os meus Leitores mauzinhos. Explico: isto é, é mesmo já efeitos da febre. Se eu fizesse aqui um inquérito levava logo um banho de água fria que me trazia a temperatura para o normal e a auto-estima para os níveis comuns no país, ou seja, ficaria aqui de rastos. Adiante que o tempo ruge.

*   *   *

E, por hoje, é isto. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela quinta feira!

2 comentários:

jrd disse...

"Black and Red"?!...
Será que andam por aí influências angolanas?
Boas melhoras.
Abraço

Maria Eduardo disse...

Olá UJM,
Red and Black ou de outra cor qualquer estará sempre bem, graças ao seu bom gosto. Espero que a esta hora já se encontre recuperada da sua gripe e que não tenha necessitado de pôr em prática as poses de Gisele!
Um beijinho