terça-feira, setembro 13, 2011

Onde, ao som de Bob Marley, se fala de qualidade de vida, de longevidade, de elegância, de bem estar. Be happy!


Hoje, meus Caros Leitores, aconteceu-me uma coisa inclassificável, que não cabe na escala dos acontecimentos normais. Não me levem a mal mas penso que devo manter reserva, não contando exactamente o que se passou. Durante o tempo que decorreu até que as coisas se resolvessem, e foi bem uma meia-hora, ainda consegui tirar fotografias que não vos poderei mostrar mas que estive agora a ver, e fico com o coração apertado. No final do pequeno texto que escrevi no Ginjal e Lisboa, a love affair (em que, como de costume, de forma livre, tento reinterpretar o poema que ali coloquei, desta vez do José Luís Peixoto), afloro, muito ao de leve, o que se passou.

Coisas assim marcam indelevelmente a vida de quem as viveu. E esta eu ainda estou a viver.

Mas porque ainda estou assim como me vêem, emocionada com o que me aconteceu, apetece-me escrever um texto virado para a vida, para a longevidade, para o bem estar.

Como de costume, informo que, não sendo eu técnica da área da saúde, o que vou dizer resulta de leituras minhas, geralmente de sites (de entre os quais destaco o da Real Age de onde retirei grandes partes do texto) ou livros da especialidade.

No referido site, um dos tópicos actuais prende-se com a prevenção da doença de Alzheimer, sendo que mais de 50 % dos casos podem ser prevenidos e, por ser uma doença prevalente nos nossos tempos e por ser uma doença assustadora (a demência progressiva é uma coisa angustiante), penso que é interessante trazer aqui alguns conselhos.

Os conselhos prendem-se com a prevenção desta doença mas não só uma vez que permitem combater vários factores de risco que contribuem não só para ela mas também para muitas outras, tais como problemas de coração, diabetes, etc, e são úteis a ambos os sexos e a todas as idades.

Mas quero pedir-vos um favor, está bem?

Por favor vão já até ali abaixo, ao fim do post, e ponham a música a tocar. Depois, desculpem a maçada mas voltem a subir até aqui e retomem o texto, ok?

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Já está? Já estamos com música? Então vamos lá, a ver se ficamos todos numa boa. Join me!



Movimentação – é hoje aceite que a inactividade é um dos grandes factores de risco. Tente caminhar um pouco todos os dias. Está provado que caminhar previne o encolhimento do cérebro (uma das características físicas muito visível nesta doença é o encolhimento do cérebro).



Não fume – fumar faz aumentar os riscos de ter Alzheimer (e, de resto, escuso de dizer, faz mal a tudo e mais alguma coisa; deixei de fumar para aí há uns 6 anos – andava para deixar de fumar há séculos, dizia para mim, ‘um dia deixo de fumar’ mas esse dia não chegava até que um dia cheguei ao gabinete e resolvi ‘a partir de hoje não toco nos cigarros’, abri a gaveta e tinha um maço com 3 cigarros; fumei-os de seguida porque era mal empregado deitá-los fora e, até hoje, nunca mais lhes toquei. Ao princípio, às vezes sonhava que estava a fumar, sabia-me mesmo bem, mas, logo a seguir, acordava chateadíssima ‘caraças, esqueci-me que já tinha deixado de fumar e fumei’ e ali ficava revoltada comigo mesmo, meia a dormir, até que caía na real e via que tinha sido apenas um sonho)



No verão coma melancia – a melancia faz baixar imenso a pressão arterial e uma pressão arterial baixa na meia-idade ajuda a prevenir toda a espécie de doenças.



Coma frutos secos diariamente - Uma dica para baixar a pressão arterial, prevenir a diabetes tipo 2, baixar o mau colesterol, controlar o peso? A meio da manhã ou a meio da tarde, em vez de um lanchinho de bolachas, substitua os carbohidratos por uns quantos frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs, pinhões, pistachios, pecans, etc), cerca de 50 ou 60gr. No ssupermercados vendem estes frutos secos. Se forem comprados avulso, ao peso, saem mais baratos. Contudo, também se vendem pacotinhos de mistura.



Durma bem – uma boa noite de sono ajuda a reduzir o risco da diabetes tipo 2, o que as investigações sugerem que favorece o aparecimento da doença de Alzheimer; mesmo que não durma muitas horas, tente que, pelo menos, o sono seja descansado, seguido. Se ao adormecer não tem sono, beba um copo de leite morno com mel (embora tenha lido que o leite não é das melhores coisas… mas, enfim, em doses não exageradas não deve ser muito mau) e leia um livro até lhe dar o sono.


A este propósito, deixem-me referir que uma boa almofada é essencial. Há almofadas adequadas para quem dorme de lado, para quem dorme de barriga para cima ou para baixo. No IKEA há umas óptimas e pouco caras.



Ande na rua – pessoas que fazem exercício ao ar livre, nomeadamente, as que fazem caminhadas, em contraponto com as que fazem exercício no ginásio ou em casa, têm menos depressões e isso são boas notícias para o cérebro uma vez que a depressão aumenta o risco da doença de Alzheimer (e atormenta a vida das pessoas que a têm,  pelo que, se puder ser evitada, tanto melhor, não é?). Caminhar pelo menos 30 minutos por dia é o ideal. Faz bem ao corpo todo e é óptimo para a mente. Se não lhe dá jeito andar a caminhar ou se o(a) aborrece fazê-lo sem companhia, ao menos saia para ir ver montras, ou às lojas, provar roupa, ir a uma livraria, folhear livros, etc. Agora uma coisa eu quero avisar: para andar e se sentir confortavelmente o calçado é do mais importante que há. Eu uso uns ténis adequados à caminhada que comprei na Decathlon (passe a propaganda) e se há coisa pela qual anseio quando, ao fim do dia, chego a casa é tirar os saltos altos, mudar de roupa, e calçar os meus confortáveis ténis. É meio caminho andado para toda a caminhada me saber lindamente.

Caminhar à beira Tejo num fim de tarde
(a única fotografia minha deste post, as restantes foram obtidas na net)

Estude – a educação mais elevada está associada a menores taxas de Alzheimer. Leia, aprenda, interesse-se por saber coisas novas, estabeleça novos desafios para si próprio(a). É um prazer e uma motivação termos coisas para aprender, termos novos mundos para descobrir. Estudar, aprender, ter ineteresse e motivação é bom para tudo!


Emagreça um pouco – pensa-se que engordar, especialmente na meia-idade aumenta os riscos de contrair Alzheimer. Para além de que não é extraordinariamente estético e para além de que não é do mais saudável que há.

Um truque para emagrecer um pouco sem esforço? Repita-se. Investigações revelam que seguir o mesmo padrão nas refeições levará a um menor consumo. Chamam-lhe a monotonia das refeições porque se trata de suprimir o efeito do apetite face à novidade, criando o efeito da habituação. Quanto mais vezes apresentar o mesmo estímulo à pessoa, menor é a sua reacção. Pelo contrário, se for muito inovador e se oferecer a si próprio petiscos variados todos os dias, o seu cérebro entusiasmar-se-á e você quererá provar de tudo, comer de gosto. Ora comer pouco é uma regra de saúde. Por isso, escolha uma refeição saudável e basicamente use o mesmo padrão de forma continuada.

De qualquer forma, não é preciso ficar assim: nada de passar fomeca!

Beba café, de preferência de manhã, e um copo de vinho tinto, de preferência à noite – há substâncias no café e no vinho que ajudam a fortalecer o cérebro quer ajudando-o a estabelecer novas ligações, quer protegendo-o dos efeitos neurotóxicos das placas de Alzheimer. Já agora que seja vinho tinto pois, para além deste efeito benéfico, os polifenóis têm também poderosas características anti-oxidantes.



Seja feliz – predisponha-se à alegria, ache graça às coisas, ouça música alegre, veja arte, pense em coisas boas, vejas programas divertidos, ria-se, solte radiosas e sonoras gargalhadas!

Hoje, quando fiz a minha caminhada, estava um fim de tarde lindíssimo, tirei umas cem fotografias (coloquei uma no Street Photo & Cia. e duas no Ginjal, no post acima referido), fico sempre deslumbrada e feliz com tanta beleza. No entanto, vê a beleza e fica feliz com isso, quem está para aí virado. Há quem nem dê por isso, há quem viva preso nas suas sombras.

A felicidade é também um modo de vida e encontra-a quem está disposto a procurá-la, ou a aceitá-la, ou a recebê-la.

Parece teoria barata, não é? Tipo manual de auto-ajuda, eu sei. Mas é o que penso, o que pratico (sem esforço). E é bom.

Meus amigos, saiam, passeiem, procurem o belo, o divertido, sejam felizes!


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Three Little Birds

(Bob Marley)

Don't worry about a thing,
'Cause every little thing
Gonna be all right

Saying , don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin',"This is my message to you"

Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Saying don't worry about a thing
'Cause every little thing
Gonna be all right

Rise up this morning
Smile with the rising sun
Three little birds
It's by my doorstep
Singing sweet songs
Of melodies pure and true
Sayin', "This is my message to you"

Singing don't worry about a thing,
Worry about a thing,
Every little thing gonna be all right

Don't worry!
Singing don't worry about a thing"

I won't worry!
'Cause every little thing
Gonna be all right
Singing don't worry about a thing,

'Cause every little thing
Gonna be all right

6 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

Pode-se ficar 'assim' com fomeca e conteúdos e não é preciso ficar 'assim' sem fomeca e conteúdos - THINK!
(rais part'as tautologias...)

Helena Sacadura Cabral disse...

A doença de Alzheimer e a dependência dos outros que ela cria assusta-me. Aliás, a dependência - seja do que for, ou de quem seja - é uma preocupação que tenho desde a morte da minha querida Mãe.
Muito útil este post. Mas passar fome quando vou para o quarto livro de cozinha... é muito difícil. E eu sou tão boa cozinheira! :((

Um Jeito Manso disse...

Cara Helena,

Bem me tem custado a assistir ao que é a dependência e as incapacidades por parte de dosi membros da minha famílai mais chegada. Não é Alzheimer mas são AVC's que também deixam sequelas e limitações de muita ordem. Quando a coisa me era mais distante, sabia que era uma chatice, triste, etc, mas agora que tenho bem perto, sei que é daquelas coisas que desgostam e desgastam os próprios e os mais próximos.

Por isso, não me canso de tentar alertar para factos que favorecem este tipo de problemas e para coisas simples que ajudam a prevenir.

Além disso, as coisas que previnem tantas doenças são coisas agradáveis (caminhar, comer frutos secos, um cafezinho, um copinho de vinho, andar bem disposto, etc - tudo coisas boas).

Mas sei que a minha Cara Amiga é boa cozinheira - e são precisas pessoas que ensinem a cozinhar e a comer bem. Comer bem e gostar de comer não é sinónimo de comer até ficar a deitar por fora...

Eu modifiquei completamente os meus hábitos alimentares e agora como melhor, como menos, mais economicamente (coisa relevante nos tempos que correm).

Venha, pois, de lá esse quarto livro...!

Um Jeito Manso disse...

And do you think I must think to understand that, dear Pirate!?

Acho graça que, de todos os úteis conselhos, logo esse lhe tenha provocado um frisson linguístico. Para remediar essa questão tautológica, vou em seu auxílio e uso um ditado popular: 'o que é bom, pouco basta'. É esse o sentido do meu conselho gastronómico.

Histórias de Nós disse...

Haja tempo, disponibilidade física e mental para seguir todos os conselhos... I wish!
Mas quem tudo quer, tudo pode, e assim que a vida familiar acalme consegue-se passar a ter em atenção estes úteis conselhos. Agora e substitutos para o café e vinho aos uais sou totalmente avessa?
Thanks

Um Jeito Manso disse...

Inspirada Contadora de Histórias de Nós e letrista de canções,

Pode caminhar com as suas crianças que servirá de exercício simultâneo, comer frutos secos, isso é fácil, melancia agora só no próximo verão, comer bem e moderadamente isso imagino que já o faça, divertir-se e rir isso é fácil...dormir é que talvez não o seja mas é ir aproveitando os bocadinhos.

Quanto ao café não sei mas quanto aos polifenóis do vinho é substituí-los por sumo de uva que é óptimo ou, enfim, com sumos de frutos vermelhos.

E, sobretudo, be happy!