quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Mas será que não há um dress code para se estar na Assembleia da República...?!

Vi na TV um bocado da reportagem sobre a ida da Ministra da Educação, Isabel Alçada, à AR (bem arranjada como sempre) e fiquei - uma vez mais - completamente chocada.

Cá fora os professores com a conversa populista e intelectualmente pobrezinha (tão pobrezinha...) do costume - ainda não explicaram a alguns membros desta classe profissional alguns conceitos básicos, nomeadamente os que se relacionam com demografia (já para não falar no sentido ético).

Lá dentro, o Parlamento quase vazio; mas se calhar é mesmo assim, se o assunto é educação quem não tenha a ver com isso, se calhar tem 'furo'.

Na galeria o sempiterno Mário Nogueira capitaneando uns quantos professores (agora uma das guerras é que querem que haja 2 professores em cada sala de aula de EVT e eu pasmo, pasmo com isto, quase nem dá para acreditar: 2 na mesma sala?!).

Mas lá em baixo, nas bancadas, o cenário é ainda mais deprimente. Há quem saiba como se apresentar quando vai para o trabalho na Assembleia da República mas, depois, há uma maltosa que vai para lá como se fosse para uma tertúlia bater umas bolas ou para uma tasca emborcar umas bejecas.

Vejam-me este jovem aqui abaixo, vejam se isto é maneira de um deputado em exercício se apresentar ao trabalho?

Será que ninguém ensina a este rapaz que aqui ele está a representar o Povo e tem que o fazer de uma forma digna a todos os níveis, incluindo ao nível de apresentação. Há mínimos!

Miguel Tiago, deputado do PCP disfarçado de geólogo que vai ver pedras para o campo

Mas depois há os que até tentam...mas que, nitidamente, precisam de ajuda, como o cavalheiro aqui abaixo. Olhei para o homem e custou-me a acreditar. Por ir à Assembleia e saber que ia ser filmado, apresentou-se vestido com uma roupa reluzente como se fosse à missa. Mas nem sei se não preferia que ele também viesse disfarçado de outra coisa qualquer. Alguém lhe deite a mão porque o homem revelou uma falta de jeito que dá vontade de chorar.

Alexandre Ventura, Secretário de Estado da Educação
Fato de tecido brilhante - que não imagino onde o tenha desencantado - mas eu até podia fechar os olhos a isso (especialmente para não ficar encandeada) se o resto fosse discreto. Mas qual quê? Camisa às riscas aparatosas de azul vibrante e brancas com um chamativo colarinho branco e... imagine-se... gravata brilhante rosa bebé...! Como é que é possível?!

Só espero que a senhora administradora da AR perceba a vergonha que isto é e ponha cobro a estes atentados, estabelecendo um dress code e, se vir que não consegue, então que se adoptem as regras da escola infantil, que vão de bibe! Antes isso!

Bolas para isto!

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