Não sofro de paranóia, não vejo mosquitos na outra banda, não sou pessimista ou fatalista. Mas, acho eu, não sou completamente alienada. Posso não ser especialmente informada, mas gosto de perceber o que se desenha no ar do tempo.
Só que, nos casos presentes, não estou a falar de indícios de que uma nova realidade já está a desenhar-se. Não, há uma realidade que já aí está.
E, uma vez mais, temo as consequências: quando são criados aplicativos com inteligência artificial que são disponibilizados gratuitamente e que estão em permanente actualização tecnológica sem que ninguém legisle ou regule a sua utilização, a coisa pode caminhar para usos aberrantes.
Eu posso usar comandos de voz com o meu telemóvel e ele dá-me respostas verbais ou escritas e são respostas inteligentes. Não tive que fazer nada. Apareceu-me.
E já há a Siri, a Alexa e a Sophia.
Respondem, conversam, colocam perguntas, riem.
Há quem apenas ache graça e use em anúncios, em feiras tecnológicas. E o pessoal assiste, indiferente, sem perceber o que está a caminho.
No outro dia, com naturalidade, uma pessoa dizia-me que, para resolver assuntos complexos para os quais até agora apenas técnicos altamente especializados estavam à altura, já começam a ser usados automatismos que percebem os problemas e os resolvem sozinhos. Não fiquei perplexa e tive pena de já achar isto quase normal. E, intimamente, senti vontade de aderir. Pensei: porque não? Só porque torna os humanos dispensáveis? E surpreendi-me com o meu secreto cinismo. Pensei ainda: um dia destes quem não adira a isto perde a competividade. Não disse nada. Apenas pensei. Mas pensei sobretudo: que raio de mundo é este que os humanos estão a construir? Um mundo sem humanos...? Um admirável mundo comandado por bots?
Read my lips: é impossível saber tudo o que aconteceu ou, melhor, tudo o que quotidiamente acontece com os dados dos utilizadores do Facebook. Impossível. É o próprio modelo de negócio, é a própria plataforma tecnológica, é a total incapacidade de parar o mar com as mãos, é a absoluta impossibilidade de contar todos os grãos de poeira ou supor que, um dia, se vai poder controlar toda a areia do mundo. Impossível.
Bits e bits e bits, incontáveis, infinitos, em progressão constante, carregados por milhões e milhões de pessoas em todo o mundo, e publicidade, apps e gadgets a serem introduzidos a toda a hora na dita plataforma ao dispor de utilizadores incautos. Uma empresa gigante gerida por um rapaz, agora apenas com 33 anos, convencido que é superiormente dotado e que se viu milionaríssimo e sem falta de nada e que emprega igual rapaziada para quem a ética e o respeito pela dignidade e pela liberdade são cenas que não interessam para nada.
Por isso, os escândalos não se ficarão por aqui (a menos que, por não despertar o interesse na opinião pública, deixem de ser noticiados).
E não preciso de ler as notícias que o confirmam para afirmar tão preremptoriamente -- e não é apenas de agora que o faço -- que isto do Facebook não é apenas uma treta: é, sobretudo, um perigo.
The data was collected through an app called thisisyourdigitallife, built by the Cambridge University academic Aleksandr Kogan. The Democratic congressman Eliot Engel of New York asked if Facebook planned to sue Kogan, Cambridge University or Cambridge Analytica.
Zuckerberg said legal action was being considered and added: “What we found now is that there’s a whole programme associated with Cambridge University where … there were a number of other researchers building similar apps. We do need to understand whether there is something bad going on at Cambridge University overall that will require a stronger action from us.”
(...)
The Democrat Frank Pallone asked Zuckerberg to make a clear commitment to change all Facebook’s default settings to minimise the possible collection of personal data. The Facebook founder declined to give a simple response, saying: “Congressman, this is a complex issue that I think deserves more than a one-word answer.” Pallone replied: “That’s disappointing to me.” (...)
The university said it would be “surprised” to learn Zuckerberg was only now aware of its work in the psychographics field. “Our researchers have been publishing such research since 2013 in major peer-reviewed scientific journals, and these studies have been reported widely in international media,” it added. “These have included one study in 2015 led by Dr Aleksandr Spectre [Kogan] and co-authored by two Facebook employees.”
(....)
John Sarbanes, a Democrat from Maryland, said: “Facebook is becoming a self-regulated superstructure for political discourse. Are we, the American people, going to regulate the political dialogue or are you, Mark Zuckerberg?”
The Democrat Frank Pallone asked Zuckerberg to make a clear commitment to change all Facebook’s default settings to minimise the possible collection of personal data. The Facebook founder declined to give a simple response, saying: “Congressman, this is a complex issue that I think deserves more than a one-word answer.” Pallone replied: “That’s disappointing to me.” (...)
Tenho a dizer o mesmo que ontem: que pouco tenho a dizer. Os dias andam de tal forma que saio deles com a sensação que correm depressa demais e, apesar de não ter um minuto de descanso e de, supostamente, estar a fazer coisas muito importantes, tenho que concluir que bem podia ter feito coisas mais úteis para a humanidade.
Enfim. É o que é. Não vale a pena estar com pensamentos metafísicos. O mundo real não tem muito espaço para a filosofia ou, sequer, para a poesia, mesmo que coxa. Pior: nem para a gramática. Caraças, com cada pontapé.
No meio disto, o que vale é que, no meio de tanto hiper-realismo, surrealismo e neo-realismo, volta e meia divirto-me à grande. Hoje soube que uma, em tempos, quis bater noutra. Ora vendo uma e outra, dir-se-ia que o inverso teria sido mais provável. Tudo do além. Mas logo a seguir a coisa fica séria, desengraçada.
Só para se ver: tinha ideia de ver, no ipma, o tempo para o fim de semana e cheguei à noite sem ter tido oportunidade para tal. Quero ir buscar um chá e não consigo. Nem para a janela tenho conseguido olhar. Sento-me à secretária a pensar que vou conseguir ver os mails em paz e logo me entra alguém a pedir um minuto. E eu penso: se é um minuto mais vale despachar já e, no fim, são vários minutos e, quando penso que está quase, entra outro a pedir se posso dar um minuto. Chego ao fim do dia seca. Esgotada. E quando penso que me vou embora e que se lixe o que não fiz, entra mais um a dizer que me viu sempre ocupada e que esperou que eu estivesse mais descansada. E eu penso: caraças, não há misericórdia? Mas não digo nada, ouço. Ouço.
E o trânsito. Uma loucura. Um desperdício. Anos de vida metida no carro. Chovia que Deus a dava e eu no pára-arranca. Penso que era Fauré mas nem disso estou certa. Abstraio-me de tudo. Na volta, vou a meditar. Ou isso ou a chagar a cabeça a alguém. Volta e meia aproveito para tratar de assuntos. Mas muitas vezes nem me lembro de tal. Assuntos...? Que assuntos...? Ontem cheguei ao mesmo tempo que mais uns quantos. Todos enervados com o trânsito. Consigo também, não?, perguntaram. Pelas horas que eram, comigo também. Mas tinha vindo tão noutra que nem tinha dado por nada.
Volta e meia, quando o tempo se enrola em temas complicados e me vejo metida no meio de discussões -- que eu sou tão assertiva que facilmente a coisa pode parecer agressividade, mas não é, é só impaciência -- como que por milagre, abre-se uma clareira na minha cabeça e eu penso como estou bem quando estou in heaven.
Fomos à entrada da gruta grande. Via-se, na terra perto da entrada, uma toca. Não sei que bichos lá vivem. Por baixo dos pinheiros, por entre a caruma, vêem-se corredores, uma espécie de túneis. Nas árvores há muitos ninhos. Penso que tudo há-de fervilhar de vida mas, quando por lá se anda, pouco se vê. Volta e meia ouve-se um bicho a correr, um coelho a saltar e a fugir. Ou pássaros que saem sobressaltados das árvores.
Mas estou em crer que há uma vasta comunidade de habitantes in heaven. E isso traz-me um ânimo bom para dentro dos gabinetes onde se discutem negócios, reestruturações, correr com um, ir buscar outro, dar a volta ao texto, implementar um processo novo, puxar as orelhas à que se anda a portar mal, abrir espaço para a outra voar. Coisas assim.
E eu a pensar, sem ninguém adivinhar, que há coisas que são invisíveis mas que existem e que são tão extraordinárias que nem dá para acreditar.
E eu também a pensar, em background, que gostava tanto de lá ter esquilinhos e nunca lá vi nenhum mas que isso não quer dizer que não estejam lá.
É um não-problema quando comparado com os verdadeiros problemas. Mas é daqueles um fait-divers que, de tão insólito e estúpido, desperta a atenção até dos mais indiferentes. Dá vontade de parodiar. E dá vontade de pensar: como é que tanta gente supostamente inteligente se deixa levar nas cantigas de uma criatura tão bacoca e ordinária a ponto de votarem nele e, mesmo depois de verem do que a casa gasta, continuarem a apoiá-lo?
Sei a resposta que costumam dar: a situação financeira do clube melhorou e tal e coisa.
Não me parece razão: um troglodita daqueles não deve ser desculpado de modo algum.
Mas essa da coisa financeira por acaso ainda gostava de perceber. Seja o que for que tenha acontecido não foi, de certeza, obra dele. Tem lá um bom director financeiro? Talvez. Não faço ideia. Mas, para além da gestão da coisa, há aquilo daquele sujeito de aspecto sinistro que já lá meteu não sei quantos milhões. 20 milhões aqui e mais 20 milhões ali. A troco de quê? Como? Em que condições? E não me venham com milagres: uma nova emissão obrigacionista para conseguirem fazer face ao serviço da dívida e mais não sei o quê...? Dívida para pagar dívida. Nada de mais. Business as usual. Mas , então, aquilo, afinal, não está a nadar em dinheiro...?
Ok. Estamos falados. Um dia destes ainda vamos saber afinal como é que é.
Entretanto, agora que parece que apagou a conta do Facebook (terá mesmo...?), deve estar a expressar o seu doentio egocentrismo de outra forma qualquer. Quiçá a pintar o seu auto-retrato.
O horóscopo confirma-o: trabalho e mais trabalho. Mas sabem enroupar bem as coisas: que é a minha capacidade disto e daquilo que faz com que os outros reconheçam isto, aquilo e o outro. Conversa. Uma conversa coincidente com a dos que me convidam para toda a espécie de molho de brócolos como se me estivessem a oferecer um prestigiante cargo de faz de conta. Um deles dizia, certamente com receio de deixar os seus méritos por mãos alheias: o presente envenenado foi ideia minha. E eu pensei: ah, que bom, obrigadinha. E, portanto, para cada lado que me vire, parece que há alguma alma caridosa à espera para me pôr um macaquinho ao colo.
Ou seja, os meus dias são um sufoco que me suga a alma. Gente a entrar-me no gabinete, telefone a tocar, mails a toda a hora, reuniões consecutivas. Volta e meia, quando me sinto a desesperar, vendo que o trabalho se acumula e que ninguém me dá um minuto de trégua para tentar pôr as tretas em dia, penso: Caraças, mariazinha, se o Marcelo consegue estar de manhã a fazer selfies com os bombeiros de Santa Maria da Gata e do Cão, ao almoço, a trezentos de quilómetros de distância, a distribuir diplomas na Escola Profissional dos Bolos e dos Guardanapos, à tarde a lanchar com os velhinhos e velhinhas no Lar do Alto Gabarito Eclesiástico e à noite a jantar com os embaixadores da Rússia de todos so países que os expulsaram -- e isto para estar às sete da manhã do dia seguinte no Vale de Caídos de país irmão, como posso eu, que mal saio de Lisboa, deixar-me cair numa ladaínha tão parva?
Mas a verdade é que isto me esgota um bocado. Parece que atraio as trabalheiras e as intragáveis maçadas. E o que isto me faz é que só me apetece meter férias nem que seja para ir cortar mato. Mas não dá.
E, enquanto estou nisto, chego aqui, cheia de boas intenções, que vou ler mais umas preciosidades do Leopardo, transcrever umas pérolas para que V., meus Caros Leitores, percebam este meu xodó, e tal e coisa e tudo de bom. Mas, mal me reclino neste sofá, dá-me o sono, dá-me uma tal lazeira que se me esvai a energia, as ideias, a desenvoltura mental.
E, portanto, neste depauperado estado, de pouco mais sou capaz do que de meia dúzia de mal alinhavadas ideias, devidamente enroladinhas numa mantinha virtual.
Ponho-me, então, a preguiçar, tasquinhando noticiazeca aqui, fofoca acolá, brunodecarvalhada acoli. Os olhos fecham-se-me, as palavras escapolem-se e, quando dou por mim, está o algoritmo do YouTube a ter piedade de mim e a sugerir-me vídeos ao nível dos poucos neurónios que ainda mexem.
Hoje foi o doutor da Porta dos Fundos.
E eu, vendo aquela mãe com aquele filho, lembrei-me de uma colega de quem já aqui falei e que, por ter ido dirigir aquele departamento, conheci de perto. Tinha um casal de filhos um bom bocado mais velhos que os meus. A preocupação dela era o rapaz. Alto, moreno, cabelo ondulado, ar gaiato. Havia uma empatia mútua que nos levava a, sempre que a ocasião se proporcionava, conversarmos um bocado.
Para meu espanto, um dia diz-me ela que já era avó. Fiquei sem perceber. Perguntei que idade tinha a neta. Ainda mais espantada fiquei: já tinha, salvo erro, quatro anos. O rapaz tinha acabado o curso de engenharia, teria uns vinte e dois anos. Fiquei de boca aberta. Contou-me ela: Numa santa noite estava a ver televisão com o marido. Às tantas, chega o rapaz a casa mais cedo do que o costume. Vinha com a namorada. Uns putos. Estavam com cara de caso. Queriam falar. Ela pensou: 'Bateu com o carro'. Tinha tirado a carta e, à noite, volta e meia, pedia o carro ao pai para ir a algum bar com a namorada. Imaginou a fúria do marido. Mas foi pior. O que ela nunca tinha imaginado, aconteceu. 'Ela está grávida e resolvemos assumir'. O marido levantou-se, pegou no casaco e na chave do carro e saíu, batendo com a porta. E ela ficou sozinha em frente do par de jarras, sem saber o que fazer. Disse-me: 'Só me ocorria dar-lhe uma tareia'.
Veio a menina e, claro, era muito amada. Quem ficava com ela durante o dia era a mãe da minha colega, senhora já de boa idade. E a namorada foi viver com o namorado, em casa da 'sogra'. Estudantes universitários em início de licenciatura.
Um maluco, dizia ela sempre que falava do rapaz.
Mas a verdade é que o rapaz era inteligente, simpático, trabalhador. Mal acabou o curso, arranjou logo trabalho, a namorada também, embora um trabalho precário e mal pago. Casaram, compraram casa. A minha colega respirou de alívio.
Eis senão quando, logo de seguida, ele se embeiçou por uma colega lá no recém-trabalho. Confessou à mulher e aos pais que se tinha apaixonado por outra mulher. Saíu de casa e foi viver com a colega apesar de continuar casado com a mãe da filha que, de resto, teve um enorme desgosto. A minha colega contou-me que ficou varada de raiva, que só lhe apetecia pegar numa cadeira e atirá-la para cima do filho. Eu ri-me com o inusitado da confissão, ainda por cima serena como ela era. Mas percebia-a. Dizia-me ela: o meu marido parece que fica mudo. Mas dorme mal, ralado com as que o filho apronta; a mim só me apetece espancá-lo. Como o trabalho da jovem era mal pago e a família da rapariga não tinha posses, foi a minha colega quem, na prática, voltou a ter a nora e a neta a cargo. No entanto, dizia a minha colega que lá nisso o filho não faltava com nada à menina e à ex-mulher, que ia visitá-las, sempre brincalhão, que a criança adorava o pai.
Ao fim de pouco tempo, apareceu em casa dos pais com a namorada. Vinham abraçados, apaixonados. Um jovem casal de pombinhos. A minha colega já tinha visto uma fotografia da rapariga, parecia simpática e, ao vivo, era, de facto, simpática. E tinham uma notícia: um bebé a caminho. Todo ele sorria, feliz da vida, como se estivesse a começar uma nova vida. A mãe não conseguiu dizer grande coisa. Aquele filho enchia-a de preocupações: tão novo e já separado, já numa segunda relação, já a caminho de um segundo filho, os encargos sempre a aumentarem. Mas não disse nada, não quis fazer nenhuma desfeita logo no dia em que conhecia a nova nora.
Estava a criança quase a nascer, apareceu ele um dia em casa dos pais com a menina e a ainda sua mulher. Vinha apreensivo. A ainda-nora estava com ar envergonhado: quase a medo, a voz sumida, confessou que estava grávida. Dele. E ele também meio atrapalhado. 'Aconteceu', disse. A jovem baixou os olhos. E ele falou pelos dois: 'Já decidimos. Vamos assumir'. Como se tivesse tido um inconfessável affair com a mulher. Uma vez mais aparecia a assumir os disparates que fazia e parece que ainda vinha orgulhoso, contou-me a mãe.
A minha colega passada, doente de fúria com aquele filho. Dizia ela que o 'diabo do rapaz só pode ser sexualmente incontinente'. Contou-me que, naquele dia, foi por pouco, mas mesmo por pouco, que não lhe deu uma valente estalada. Só pensava nisso: o que ele precisava era de um estaladão. Que o mal era nunca lhos ter dado quando ele precisava deles. Estaladões. Valentes estaladões. E chispava, a contar-me isso.
Passado algum tempo, com ar cansado, vencida, pediu para negociar a saída, foi para o desemprego para depois pedir a reforma antecipada. Teria que tomar conta da neta, que a bisavó da menina já estava a ficar velhota, teria que ajudar a nora e mais o bebé que vinha a caminho. E havia ainda o bebé da namorada do filho. 'E nunca se sabe que mais aquele valdevinos ainda me vai aprontar', lamentava-se ela. Mas, logo depois, deixava perceber que, apesar de tudo, adorava aquele rapaz transbordante de vida e de alegria e por quem as mulheres se embeiçavam daquela boa maneira.
Nunca mais soube dessa minha colega. Ela saíu da empresa, eu mudei de empresa. Mas há-de estar rodeada de netos, se calhar de meia dúzia de 'noras' diferentes.
Killer robots: pressure builds for ban as governments meet
Countries spending billions on ‘third revolution in warfare’ as UN debates regulation of AI-powered weapons
The US X-47B unmanned autonomous aircraft. Photograph: Rex Features
They will be “weapons of terror, used by terrorists and rogue states against civilian populations. Unlike human soldiers, they will follow any orders however evil,” says Toby Walsh, professor of artificial intelligence at the University of New South Wales, Australia.
“These will be weapons of mass destruction. One programmer and a 3D printer can do what previously took an army of people. They will industrialise war, changing the speed and duration of how we can fight. They will be able to kill 24-7 and they will kill faster than humans can act to defend themselves.”
Governments are meeting at the UN in Geneva on Monday for the fifth time to discuss whether and how to regulate lethal autonomous weapons systems (Laws). Also known as killer robots, these AI-powered ships, tanks, planes and guns could fight the wars of the future without any human intervention.
The US launched an autonomous ship, Sea Hunter, on 7 April 2016. Photograph: Steve Dipaola/Reuters
(...)
Supporters of a ban say fully autonomous weapons are unlikely to be able to fully comply with the complex and subjective rules of international humanitarian and human rights law, which require human understanding and judgment as well as compassion.
Pointing to the 1997 ban on landmines, now one of the most widely accepted treaties in international law, and the ban on cluster munitions, which has 120 signatories, Wareham says: “History shows how responsible governments have found it necessary in the past to supplement the limits already provided in the international legal framework due to the significant threat posed to civilians.”
Russia’s Armata T-14 battle tank can autonomously fire on targets and is expected to be fully autonomous in the near future. Photograph: Grigory Dukor/Reuters
It is believed that the weaponisation of artificial intelligence could bring the world closer to apocalypse than ever before. “Imagine swarms of autonomous tanks and jet fighters meeting on a border and one of them fires in error or because it has been hacked,” says Noel Sharkey, professor of artificial intelligence and robots at the University of Sheffield, who first wrote about the reality of robot war in 2007.
“This could automatically invoke a battle that no human could understand or untangle. It is not even possible for us to know how the systems would interact in conflict. It could all be over in minutes with mass devastation and loss of life.”
Artigo completo, da autoria de Mattha Busby no The Guardian.
Este domingo foi muito bom. Houve plantação de tomate. Leitor amigo tinha recomendado o tomate coração de boi e, tendo eu retransmitido a recomendação, o meu filho e família resolveram segui-la e plantá-los na sua horta e também ir expandir a horta plantada in heaven.
Portanto, dia de alegria, com os meninos radiantes. Tão bom para todos a largueza de movimentos, a liberdade em contacto com a natureza.
O bebé também já adora o lugar. Ri, chilreia, pega em flores, anda, senta-se, brinca. Uma alegria.
Acontece que a parte da manhã foi usada para apanhar flores, espreitar a gruta -- agora posta a descoberto depois de termos desbastado as árvores que a encobriam --, para espreitar a maravilhosa vista do terreno limpo do lado de lá da vedação, para ver como os nabos já estão a dar as caras, para bordejar por aqui e por ali.
A seguir ao almoço, o bebé foi dormir, eu e a belezura mais linda fomos também, cada uma de seu lado do bebé, o bebé ferrado e ela sempre na conversa, eu cheia de sono e ela sem se calar nem por um minuto, salvo nos segundos de intervalo em que dizia que, se entrasse alguém, nós fingíamos que estávamos a dormir. Depois quis ir pintar. E eu que não e ela que sim e eu que não e ela já a ir buscar uma tela. Lá fomos. O meu filho, que estava na sala, igualmente perdido de sono, tomou o nosso lugar na cama, ao lado do bebé. Do lado livre, pus uma almofada e encostei uma cadeira à cama.
E as pinturas começaram. Ela pintora e logo o mano a seguir também pintor.
Depois o bebé acordou -- para surpresa de toda a gente apareceu a rir à porta da sala, depois de ter saído sozinho da cama -- dei-lhe também de lanchar e, quando estava na hora de ir plantar os tomateiros, desatou a chover torrencialmente.
Portanto, a plantação, debaixo de chuva, deu-se ao pé de uns pinheiros e de uma azinheira perto de casa e não lá em baixo, na horta. A ver se vingam também aqui, no meio da caruma, apesar de pouco sol irem apanhar.
Quando a chuva amainou, ainda tentámos ir dar uma voltinha -- e os meninos até estavam munidos com binóculos, uma lanterna e uma lupa para irem espreitar para dentro da gruta -- mas desatou, de novo, a chover a bom chover e tivemos que regressar, a correr. A temperatura baixou. Ficou um dia de inverno perfeito. Ela disse ao avô: 'Devem estar uns 10º'
Quando entraram no carro, para se vir embora, o pai viu a temperatura e disse: 'Estão 10º'. Consta que ela nunca se engana.
Ainda fui apanhar couves para trazer. E, como sempre, pensei que a vida pode ser uma coisa boa, simples, vivida em harmonia com a natureza, entre afectos.
Entretanto, agora já na cidade, já fiz sopa com as ditas couves, as portuguesas e as chinesas, com as flores amarelas e tudo.
Também fiz frango estufado para o jantar de amanhã, uma espécie de jardineira, e usei um dos nabos que trouxe de lá.
E já estive a ver as fotografias e a escolher algumas para mandar à minha filha, que ela me pediu.
E já estive a ver o filme Do you trust this computer, sobre Inteligência Artificial, que ela me enviou ontem. Depois de um dia in heaven, um filme mostrando o lado estranho e perigoso do desenvolvimento. O mesmo mundo mas um parece o avesso do outro. Diferentes perspectivas sobre o mundo em que vivemos.
Costumo escolher a minha roupa de véspera porque, de manhã, com pouco tempo, se desatino é um ver se te avias a escolher e a rejeitar toilettes. Preciso de tempo pois tudo tem que fazer pendant. Se penso que vou de claro, a lingerie tem que ser clara. Se a blusa é em tons de encarnado ou bordeaux, o soutien tem que ser no tom. Portanto, se penso que aquela blusa não, o mais provável é que tenha que mudar tudo e, às tantas, tenho que vestir-me e despir-me de alto a baixo até a coisa ficar a gosto. E ver o tempo a escoar-se e eu naquilo é enervante. Não dá.
Assim, de véspera, sem stress, escolho a blusinha, o top para vestir por baixo caso o decote seja excessivamente pronunciado ou se a blusa for fininha demais, as calças ou a saia a condizer ou a contrastar, o conjunto de lingerie a preceito, o colar, os brincos, o anel.
Coisa de coquette, bem sei. Sou.
Quando era miúda, os meus pais contrariavam-me, diziam que eu ainda não tinha idade para. Mas a coisa era forte, coisa de ADN, e eu reincidia. Mas era uma luta. Portanto, mal me vi com idade para, nunca mais dei descanso. Feminina até à raiz dos cabelos e em todas as manifestações da feminilidade, até nestes sinais exteriores.
E assim aconteceu hoje.
Acresce que.
Para não ver e ouvir comentários sobre a suspensão dos jogadores do Sporting e os absurdos posts no Facebook, a patética dor nas costas e a ridícula conferência de imprensa do troglodita Bruno de Carvalho, estive no meu boudoir, nas calminhas, fazendo tempo, desfrutando o gosto de estar neste meu mundinho bom, quase vitoriano, cheio de frou-frous, sedas e rendas, a arrumar a minha roupinha, a escolher o modelito de amanhã e etc.
Agora aqui regressada, convencida eu que o tema burlesco já se tinha esgotado, constato com desagrado que não senhor. Não se esgotou. A criatura ainda aqui está, baboseirando em directo, provocando, trumpizando o futebol português. E o meu marido, em vez de fazer zapping, está a dizer, com asco na voz, que 'este gajo á muita estúpido' -- mas mantém-se a ver. Um sportinguista é isto: gente nascida para sofrer. Ao princípio dizia que estava com esperança que o troglodita se fosse demitir. Agora acho que está apenas perplexo, quase paralisado a ver esta anormalidade.
Quando vínhamos para cá, vim a ler o tal livro que, para o fazer durar, ando a ler a conta-gotas, O Leopardo, e, no telemóvel, a entrevista de Pedo Mexia. Gosto de ler o que o Pedro Mexia escreve. Os blogs dele eram dos poucos que eu lia quando ainda pouco contacto tinha com o mundo da blogosfera.
Quando comprava o Expresso, as crónicas dele eram também das primeiras coisas que lia. Fraco Consolo de boa memória.
No entanto, detesto vê-lo metido naquela pangalhada do Governo Sombra (ou melhor, detesto aquele culto da palermice que é o Governo Sombra) e, por causa disso, parece que acabei por me desengraçar um bocado dele.
Mas gostei de ler a entrevista no DN. É a propósito do seu novo livro e aí, do que percebo, fala de vivências em lugares.
Imagino-o sentado num café, numa esplanada, num quarto de hotel. Parece que anda sempre carregado de canetas com medo que se lhe acabem. Imagino-o escrevendo, vendo as pessoas, observando o ambiente, anotando as suas impressões sempre condimentadas com lembranças de literatura de várias geografias e épocas.
Mal chegámos aqui, in heaven, fomo-nos ao do costume. Agora andamos a desbastar as aroeiras. Crescem muito, deitam ramos a toda a volta. Acabam por formar arbustos gigantes, enormes esferas verdes e perfumadas. O meu marido serra os ramos baixos, desbasta-as fartamente, eu fico-me pelos mais fininhos, e, enquanto ele se atarefa com os ramos grosso, eu vou levando os ramos para o so called campo de futebol, para depois fazermos uma fogueira.
O cheiro da madeira cortada, o perfume do alecrim, dos pinheiros, tudo me encanta de uma forma absoluta. Penso que talvez me sinta tão bem ali quanto os pássaros que cantam com bem sonora alegria.
Começou a chover ao de leve e continuámos. Sabe ainda melhor sentir a chuva quando se está no campo. E eu pensei que, se calhar, o Pedro Mexia -- que conhece tantos lugares e que já leu tantos livros e sabe tanta coisa -- ainda não experimentou estas sensações, estes perfumes, esta imersão nos verdes, os pés sentindo a terra macia e húmida.
Não se é melhor pessoa por podar árvores, por fazer fogueiras que deixam no ar o cheiro ancestral da queima do mato cortado de fresco e do fumo, por andar com a pele molhada como os bichos que por aqui andam. Mas é tão bom que todas as pessoas deveriam poder experimentá-lo para gravarem no corpo e na alma sensações de tempos ainda não tocados pelo progresso.
Depois começou a chover muito. Abriguei-me debaixo de uma árvore. Mas a chuva era torrencial. Corri para me abrigar no telheiro onde tinha deixado a máquina fotográfica. Fotografei. Devia ter filmado para se ouvir o som da chuva, o som do canto dos pássaros, eufóricos, a minha respiração silenciosa para não perturbar o meu encantamento.
Pouco depois, quando a chuva se foi, começámos a ouvir carros a apitar ao longe, aproximando-se, chegando à estrada lá em cima. O meu marido disse: 'Deve haver para aí um casamento'. E eu pensei: casamento molhado, casamento abençoado. O meu marido disse: 'Será o puto? O neto do vizinho? Já têm filhos mas, se calhar, agora é que resolveram casar'. Não sei. O vizinho já morreu e na casa grande vive uma das filhas e tem-nos parecido que no que era, em tempos, um grande armazém no meio da propriedade, vive agora um dos netos com a mulher e os filhos pequenos. Deve ter feito obras, adaptado o edifício. Mas não sabemos.
Entretanto, começou a ouvir-se música. Surpreendentemente, música dita clássica. Diria que Schubert. Os carros foram parando ao longo da nossa vedação -- e, sem que suspeitassem que lá em baixo estavam dois indígenas de serrote e podão em punho a observá-los, pessoas bem vestidas iam andando na direcção da casa lá de trás, do outro lado da rua, ao fundo.
Parecia que estávamos a ver um inesperado filme. Não ouvíamos o que diziam mas víamos que sorriam, que se cumprimentavam, que iam para o que devia ser mesmo um casamento.
Depois a música silenciou-se. Pensei que deveria estar a decorrer a cerimónia.
Algum tempo depois ouviu-se o Hallelujah interpretado por Leonard Cohen. E as pessoas começaram a vir para os carros e os carros começaram a ir lá para baixo. Presumo que iriam para o copo-de-água. Que eu saiba, não há nada lá em baixo. Há um vale, há o rio, há encostas verdejantes, há casas antigas. Não sei para onde terão ido. Talvez tenham arranjado alguma daquelas casas de pedra cobertas pelos enormes salgueiros que parece mergulharem no rio. Talvez lá tivessem uma lareira à espera dos convidados e talvez tenham festejado ao som de outras músicas igualmente bonitas.
O céu foi ficando limpo, bonito, as nuvens escuras aquietadas. E nós continuámos até anoitecer.
Vim fazer o jantar. Tinha trazido uma embalagem com dois lombos de salmão que, entretanto, já tinham descongelado.
Não sabia como fazer porque, na prática, pouco mais tinha. Talvez no forno. Mas depois tive uma ideia. Perguntei ao meu marido: 'O salmão com arroz? O que dizes?'. Disse que podia ser.
Tinha uma única cebola roxa. Num tacho coloquei azeite e piquei grosseiramente a cebola roxa, que era de bom tamanho. Estrugi. Descobri um resto de cabeça de alho, pelo que juntei um dentão do dito devidamente picado. Alourou. Juntei uma folha de louro. À vinda para cá tinha parado para comprar fruta e a senhora deu-me um pouco de salsa. Juntei. Coloquei lá, então, os dois lombos de salmão. Juntei também arroz basmati e o dobro da quantidade de água.
Lembrei-me, então: 'Couves'. Fui lá abaixo, a correr, à horta, já quase completamente às escuras. Estava frio. Trouxe duas couvinhas chinesas.
Estas que aqui se vêem em primeiro plano não são as chinesas, são as portugueses.
As chinesas são as mais claras que mal se vêem, atrás
Lavei as folhinhas e cortei-as para dentro do tacho. Juntei ainda um pouco de alecrim e de sal. Ferveu. Depois de ferver, baixei o lume. Misturei bem. Quando ficou sem água, desliguei. Os lombos tinham-se desmanchado. Com um grafo misturei melhor para o arroz envolver bem os pedaços de peixe e as tirinhas de couve.
Sem falsas modéstias: ficou mesmo bom.
Lavei uns moranguinhos que trouxe da senhora, daqueles pequenos, não adubados. Comemos como sobremesa. Docinhos e saborosos, a saberem a morango.
Voltou a chover. A madeira dos troncos cortados das minhas árvores arde na salamandra, a sala está quentinha e ouço a chuva no telhado, no chão à volta da casa. A noite vai alta e está-se bem.
A minha filha, que é noctívaga como a mãe, acabou de me enviar um filme sobre Inteligência Artificial e escreveu que eu tinha mesmo que ver. Diz que nada que não se soubesse mas, ainda assim, assustador. Mas a rede aqui é muito má, não se conseguem ver filmes. Vejo amanhã ou depois.
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo dia de domingo
Dos milhões de milhões que usavam o Facebook, ainda há milhões de milhões a usá-lo. Muita gente está a abandonar as suas páginas (e as figuras públicas que o vêm anunciando são disso prova) mas a maioria não está nem aí.
Apesar de se falar em caos dentro da gestão executiva do portentado em que o Facebook se tornou, apesar de ser pública e notória a humilhação a que Zuckerberg se tem visto sujeito face aos escândalos sucessivos e graves, a verdade é que a incomensurável legião de incautos que o usam não quer saber disso para nada. Usam e tornam a usar e nem sabem já viver sem estar, a todo o momento, a ver e mostrar as suas (irre)levâncias do dia a dia. Ainda hoje ao jantar: várias pessoas, no restaurante, notoriamente a acompanhar o andamento do pequeno mundo através do Face.
Qurem lá saber da última... querem lá saber da ferramenta secreta para apagar as mensagens dos executivos do Facebook quando as dos comuns dos mortais nem à lei da bala se conseguem apagar?
Nem do resto. Se me lessem, aposto que perguntariam, a voz espantada: O resto...? Que resto...?
Respondo -- e nem tem a ver exclusivamente com o Facebook.
As câmaras fotográficas dos telemóveis, iPads e vulgares portáteis podem ser capturados por apps ou por outras cenas e as pessoas podem estar a ser filmadas e fotografadas e as suas imagens a ser enviadas sabe-se lá para onde, e as conversas que julgam privadas estão, certamente, a ser gravadas e guardadas algures e os microfones de qualquer dispositivo podem estar a gravar o que se passa no espaço onde estão -- e ninguém dará por isso.
Mas, se calhar também não faz mal já que ninguém está nem aí.
É a tecnologia. E é bom que a tecnologia avance -- e que avance rapidamente. O problema não está aí.
O problema existe quando a tecnologia é posta ao dispor de meio mundo, sem que esse meio mundo saiba sequer que deu autorização para que tudo isto lhe aconteça e quando tudo está tão disseminado, em tão larga escala e de forma tão desregulada que nada mais será possível de controlar.
Julgaria eu que os poderes políticos percebessem a bela alhada que está aqui a armar-se. Mas não. Salvo alguma imprensa mais atenta e responsável, ao resto isto é matéria que passa ao largo.
Por cá, então, como sempre, corre-se atrás de qualquer osso que seja atirado para a via pública. Agora são as alarvidades de Bruno de Carvalho. As televisões, os onlines e, imagino eu, as redes sociais não querem saber de outra coisa. Quanto muito, o Lula -- se vai dentro antes, durante ou depois da missa da mulher. A cada semana sua epifania mediática onde cada evento pode originar um excêntrico e exacerbado epifenómeno.
E, enquanto isso, os verdadeiros perigos passam despercebidos. Pelo contrário, a maioria das pessoas está tão viciada e tão alienada relativamente às grandes ameaças que pairam sobre o mundo que quem tente alertar para o que se aproxima (ou melhor: para o que já aí está) ainda é vista como alarmista.
Admito, nomeadamente, que, face a esta minha insistência, grande parte dos meus Leitores ache que esta minha preocupação é quase paranóia. Acreditem: não é.
Basta que se faça uma visitinha, por exemplo ao YouTube, e encontrar-se-ão inúmeros vídeos que ensinam a espiar quem quer que seja, a partir do que quer que seja. Canja de galinha. Truques, ferramentas e dicas para espiões, terroristas, gatunos, pilha-galinhas, tarados, curiosos ou o que for - tudo ao dispor de quem o queira usar.
Como diz Dylan Curran: It’s only paranoia until it’s too late.
E, já agora também, um vídeo com o trailer que mostra como isto do Facebook começou.
E reconheça-se: os indícios estavam todos lá. Mas a raça humana, estúpida como nenhuma outra, não achou estranho que um puto ladino se tornasse uma das pessoas mais ricas e mais poderosas do mundo em menos de um foguete. Zuckerberg, lembremo-nos, tem -- à data a que escrevo -- apenas 33 anos.
Sean Parker, um dos fundadores do Facebook, conta como sabiam que estavam a criar uma coisa pouco recomendável
Penso que os próximos tempos serão férteis em novidades sobre o assunto
(E não sei de que mais os países estarão à espera para, concertadamente, estudarem uma maneira para tentarem pôr alguma ordem e regulação nisto. E, se o fizerem não estarão a atentar contra a liberdade de expressão mas, a prazo, a protegê-la)
Cá em casa o coração veste-se de verde e tudo se perdoa ao Sporting. Mas não se suportam as tristes figuras do seu presidente. Um troglodita. Um ser intelectual, emocional e socialmente pouco desenvolvido. Uma coisa mal educada, mal acabada. Uma coisa sem maneiras.
Interrogo-me como suportarão a sua vivência quotidiana os pobres coitados que têm que lidar de perto com esta fraca figura.
O meu marido encolhe os ombros e diz-me: 'No futebol as coisas não funcionam num registo de racionalidade'. Mas, ainda assim, qualquer pessoa com dois dedos de testa que tenha que conviver com esta criatura deve sofrer à brava. O meu marido diz: uma besta. E eu nem isso consigo achar, acho que Bruno de Carvalho está abaixo de besta.
Acho que saíu antes de tempo da linha evolutiva que conduziu ao género humano tal como hoje nos conhecemos.
Ou seja, saíu a meio da viagem abaixo e, portanto, mantem-se ao nível dos dois camaradas aqui de cima