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quinta-feira, abril 17, 2025

Sobre a mais recente ingerência do Ministério Público numa campanha eleitoral não me apetece cansar a minha beleza.
O que é que move aquela malta: é um ódio rebarbado ao PS ou estão a soldo de alguma força que quer destruir a democracia? Ou é, simplesmente, gente perturbada?
Não sei e gostava que alguém bem informado nos explicasse esta grande pancada.
Entretanto, para não falar nisto, vou antes falar num outro maluco encartado.
Trump quer ficar mais uma carrada de anos mas, cá para mim, os americanos arranjarão maneira de se livrar dele mais dia menos dia

 

Ou os bilionários que lhe pagaram a campanha ou os tribunais que ainda funcionam ou os estudantes em peso ou a malta que deixe de conseguir pagar o básico ou os democratas que, vitaminados pelo jovem Bernie Sanders e pela carismática Alexandria Ocasio-Cortez, acordem para a vida e façam levantar a indignação ou todos juntos conseguirão afastar a besta que está à frente dos Estados Unidos.

Hoje, no ginásio, enquanto estava a fazer a passadeira, ia olhando para a televisão onde passava o estupor a dizer as maiores alarvidades -- e pensava que o mundo é mesmo um lugar deveras perigoso para que aconteça a irracionalidade de milhões de pessoas terem votado numa besta daquele calibre, apesar de tudo o que já se conhecia dele.

Mas, enfim, não consigo acreditar que a situação de caos que Trump criou se consiga manter por muito mais tempo. É que ainda por cima, irracional como um animal burro e desencabrestado, torna a ordem mundial completamente imprevisível. 

Entretanto, toda a gente que goze com ele é bem vinda, seja nos Estados Unidos seja no resto do mundo.

“Billionaires Are Actually Good” - Stephen Colbert feat. Alan Cumming

Stephen Colbert performs a special song for the richest people in the world, in the hopes of getting them out of our lives for good. Special thanks to Alan Cumming for hopping on the track!  

Fees, Fees, Fees, - A Randy Rainbow Song Parod


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Seja como for, recomendo a leitura de:

sábado, setembro 28, 2024

Amadeu Guerra: à beira dos 70 anos, já jubilado, oriundo do MP, ligado a vários mega-processos...
Será que foi escolhido para PGR para ser o novo Tiririka (pior que com a Lucília Gago não fica...?)
Pergunto

 

Não conheço o senhor senão do que, de vez em quando se falava, nem conheço nada dos meandros da Justiça. O que sei e penso resulta de informação que colho na comunicação social e do que a minha cabeça elabora.

Com esse prévio enquadramento, diria eu que, a ser eu a escolher o novo PGR, quereria:

  • alguém não oriundo do organismo que vai dirigir, em especial quando se trata de um organismo que está a cair de podre, quereria alguém sem vínculos pessoais e profissionais 
  • alguém de meia idade, ou seja nem muito novo e inexperiente nem já farto de ver muita coisa; não tendo eu nada contra pessoas já reformadas, a verdade é que sei, por experiência própria, que uma pessoa, às tantas, já está saturada, já não tem muita paciência para o que é o dia a dia, cheio de problemas, crises, trapalhadas e minudências, já não tem grande pachorra ou disponibilidade para grandes noitadas (que, quando se trabalha em cargos exigentes, muitas vezes são necessárias)
  • alguém muito familiarizado com novas tecnologias, com novas formas de ocultar ou forjar provas, novas formas de fazer falcatruas (quase) sem deixar rasto
  • alguém habituado a chefiar e gerir equipas e instituições, familiarizado com a gestão por objectivos
  • alguém não ligado a processos, muito menos a processos ainda em curso, muito menos mega processos que destroem vidas, consomem recursos e são ineficientes, ineficazes, inúteis.

Claro que a questão da inteligência, da competência, do bom carácter, da independência, da firmeza, da honestidade intelectual e moral seriam outros tantos atributos.

Não fazendo ideia de como é Amadeu Guerra no que às características referidas no parágrafo acima, diria que os requisitos acima assinados com bullets me desaconselhariam de o escolher. 

Registo ainda que Montenegro, neste como em todos os outros processos, se portou de forma saloia/prepotente ao achar que lá por ser primeiro-ministro pode andar o tempo todo em bicos de pés e a dar biqueiradas nos outros. Poder, ele pode. Mas deve? Diria que não. Diria que, quando estão em causas cargos cuja duração transcende o tempo em falta da legislatura e que são críticos para o funcionamento do País, qualquer pessoa com dois dedos de testa, com cultura democrática, alguém sem o síndrome do 'sou que mando aqui' ou 'a bola é minha', trocaria impressões com os seus parceiros de Assembleia da República. 

terça-feira, julho 09, 2024

Não vi a entrevista da Lucília Gago pelo que a sua toxicidade talvez não me tenha atingido

 

Não vi porque a logística do dia não o permitiu e um dia destes logo explico porquê. Mas acho que ainda bem pois, agora que passa da meia noite e consegui instalar-me e ligar a televisão e vi uns excertos, fico até agoniada com a insensibilidade, a alienação, a indiferença, o alheamento que a criatura -- que se deve achar a rainha-sol  mas que a mim mais me parece a medusa-da-morte -- demonstra. Uma pessoa assim é um perigo para a democracia. Não reconhece erros, não reconhece a porcaria que o Ministério Público tem feito. Gaba-se, gaba-se. Não tem noção. 

Agora já não vale a pena pedir que corram com ela (e esperar que saia pelo seu próprio pé é uma miragem) mas só espero que, em Outubro, quando a criatura sair, desinfectem todos os sítios por onde passou. Desinfectem mas desinfectem bem. Caraças.

sexta-feira, julho 05, 2024

Rosário Teixeira, o Procurador-Adjunto que veio dar a cara pelo Ministério Público:
patético, ridículo, preocupante, assustador.

 

Ouvi com pasmo a entrevista do célebre Rosarinho a quem hoje, no Eixo do Mal, Luís Pedro Nunes chamou 'o viúvo do Carlos Alexandre'. 

Fez-me lembrar um daqueles burocratas que executam acefalamente as ordens mesmo que sejam ordens criminosas, irrelevantes ou estúpidas. Poderia ter sido um procurador dos tempos da Pide a ordenar a  execução de escutas ou de buscas domiciliárias sem querer saber de consequências ou sem ajuizar se, sequer, fazem sentido. Poderia ser. E, no fim, não se sentiria arrependido de nada porque esteve a executar o que (segundo ele) era devido dadas as circunstâncias.

Há muitos mega processos que se arrastam anos sem darem em nada e mantendo as pessoas envolvidas reféns da teia que o MP urdiu? Pois, é assim mesmo, azarinho, a realidade também é complexa.

Faz sentido manter uma pessoa sob escuta, sendo isso tão intrusivo? Pois, acontece, os negócios levam tempo, interrompem-se, é preciso andar muito tempo à espera que apareça alguma coisa.

Faz sentido processos que se arrastam durante anos e anos e anos, por vezes 10 ou 12 anos ou mais? Pois, é um problema, há muito trabalho, não se consegue dar atenção a tudo.

E aquilo do parágrafo que deitou abaixo um governo de maioria absoluta... e afinal nada...? Afinal Costa foi escolhido para Presidente do Conselho Europeu... Pois, mas ele não é suspeito de nada porque se fosse era arguido e ele não é arguido... 

[Dá vontade de lhe dar um berro a 1 cm da cara e perguntar: mas se não é suspeito de nada então porque é que a Procuradora escreveu aquele parágrafo assassino? Porquê, porra?]

Quanto ao próximo Procurador-Geral, segundo o sinistro Rosário Teixeira, obviamente deveria ser da casa.

Poderia ser ele? - pergunta-lhe o jornalista.

Aí, Rosarinho, retorceu-se a fazer de conta que nunca tinha pensado no assunto mas mostrando que não quer outra coisa. Aquele excerto merece ser emoldurado como um exemplo de hipocrisia, de bacoquice, se parvoíce. 

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Conclusão? Depois disto fica claro que algo de grave, muito grave, se passa no Ministério Público. Temas tão críticos para o funcionamento do País e para a saúde da democracia não podem estar na mão de pessoas tão alienadas, com uma mentalidade tão burocrata, com uma visão tão deformada do que é a vivência saudável de uma sociedade evoluída e democrática.

Tem que ser posta ordem na casa, sim. 

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Muito bem Rui Rio a seguir na SIC. Tenho gostado bastante das intervenções do Rui Rio. Um exemplo de exercício cívico.

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Uma palavra para a excelente entrevista feita pelo jornalista da SIC.  Fui agora pesquisar quem será, pois não tenho ideia de já antes o ter visto, e creio que será o Luís Garriapa. Gostei imenso. Quero ver mais. Ou melhor: quero vê-lo em mais entrevistas.

domingo, junho 23, 2024

Quem é que enfia o chapéu, quem é...?

 

Sei que há temas relevantes que deveriam ser abordados 

(por exemplo: 

a pose majestática de Madame Gago montada nos seus sumptuosos casacos que mostra à saciedade que se está a caguar para dar explicações à malta sobre o regabofe que por lá grassa, 

ou a trupe de investigadores que entram aos cinquenta de cada vez para vasculharem facturas em Oeiras, como se não houvesse auditoria às contas, e como se o custo deles não superasse em muito o custo dos almoços, 

ou as calhandreiras do Ministério Público que andam anos e anos e anos a bisbilhotar a vida das pessoas como se o dinheiro dos nossos impostos não tivesse destino mais decente, 

ou os justiceiros de trazer por casa, gente a fazer-se passar por inspectores da Pide, que gostam de humilhar e atormentar a cabeça aos pobres coitados que se veem atirados para as luzes da ribalta, inquiridos em frente às câmaras para saciar a insaciável fome de espectáculo dos populistas e dos cobardes que, sob pretexto de serem deputados, ali estão a gastar inutilmente o dinheiro dos nossos impostos, etc, etc). 

Assuntos não faltam.

Só que eu ando mais numa de apanhar orégãos, de os dispor à sombra a ver se secam, limpinhos, cheirosinhos, continuo numa de varrer e deixar os caminhos em volta da casa arranjadinhos, voltei a pôr água na banheira que era das crianças quando eram bebés para que os esquilinhos tenham o que beber, depois a ver futebol em família (com o sector masculino a não querer que eu fale ou puxe pela equipa ou bata palmas ou sofra em voz alta pois dizem que os desestabilizo), a conversar ou a rir com eles. 

Por isso, neste registo peace and love, não consigo posicionar-me para falar de coisas que me desagradam. Toda eu estou longe de MPs, PGRs, Venturas e Comissões tóxicas ou outros deputados que, não sendo populistas ou sabujos não são capazes de bater o pé e não aceitar que a sua presença quase normalize as poucas vergonhas que ali se passam, populismos, ignorâncias, invejosices, ingerências indevidas, ou leviandades, conversas incongruentes e tontas (como as do Sarmento, por exemplo). Longe, longe. 

Por isso, agora ao fim do dia, ao passar os olhos pelas notícias, não me apeteceu falar sobre nada do que para ali vi. 

Apeteceu-me foi pôr-me a ver chapéus. Adoro chapéus. Tomara que um dia ainda possa ir a um sítio onde um chapéu lindão como estes do Royal Ascot 2024 não fique descabido. 










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Desejo-vos um belo dia de domingo

quinta-feira, junho 20, 2024

De leitura obrigatória

 

A merecer reflexão. Séria reflexão. 

De facto dá que pensar. Sendo como são, verdadeiras calhandreiras como o Der Terrorist muito bem define, que confiança podemos ter na sua discrição, no sentido de Estado, na reserva, no uso cauteloso, prudente, reservadíssimo, de toda o imenso manancial de informação a que têm acesso?

"Aguardente? Ouvi perfeitamente!"  -- a não perder e à atenção do Ministério da Justiça, do SIS, do Presidente da República. Não falo da PGR pois não vale a pena (ela mesmo o diz, não sabe de nada, não é responsável por nada, não há nada que lhe assista).

quarta-feira, junho 19, 2024

O Ministério Publico continua com o bullying
-- A palavra ao meu marido --

 

Desde há muito que digo -- e já várias vezes aqui o escrevi -- que quem causa mais problemas ao País, que gera uma enorme instabilidade e potencia o crescimento da extrema direita são o PR, o Ministério Público e os órgãos de comunicação social. Felizmente já ouço alguns comentadores a partilharem total ou parcialmente esta tese. 

Nos últimos tempos, mais uma vez, estamos perante uma situação absolutamente nojenta que resulta da disponibilização cirúrgica de informação sobre os processos aos órgãos de comunicação social que, sem qualquer pudor, noticiam o que interesses obscuros pretendem que se noticie nesta altura. 

Naturalmente que me refiro às buscas que foram efetuadas dois dias antes das eleições (azar não conseguiram os objetivos que pretendiam) e às notícias, que nada tendo a ver com António Costa, aparecem sempre anunciadas como se tivessem, envolvendo o seu nome, e isto quando se discutem os lugares da Europa. 

E que não venham alguns pretensos jornalistas e vários comentadores televisivos dizer que são apenas coincidências. Só quem não quer ver, e o pior cego é o que não quer ver, ou não tem dois dedos de testa é que pode acreditar que isto são acasos e coincidências. Não são. Acasos e coincidências são situações que ocorrem ocasionalmente e estas situações são uma prática corrente. 

A reportagem da TVI, que mostra a estante, a secretária, os envelopes ou o dinheiro encontrado na busca ao gabinete de Escária mete nojo e não acrescenta absolutamente nada. No dia a seguir vêm a CNN e o Expresso com mais "coincidências". Isto cheira pior que uma lixeira. Já basta de tanta impunidade. 

Já não é só a agenda política, muito evidente, e os exacerbados ódios de estimação do Ministério Público, nem o desavergonhado conluio com parte significativa da comunicação social: é também o atropelo dos mais elementares direitos dos cidadãos, é o desrespeito pelo mais elementar comportamento cívico, é um atentado ao direito de qualquer cidadão ao respeito e ao seu bom nome, é o abuso reiterado do poder para achincalhar as vítimas na praça pública.

Como é possível que estes tipos continuem, em total impunidade, a fazer o que querem sem terem que prestar contas ou justificar-se? Não são escrutinados? Não são chamados à razão? Não são punidos quando violam a lei?

Já basta! 

O Prof. Marcelo que, provavelmente assolado pelo complexo de culpa e para tentar ver-se livre do António Costa, tanto tem, aparentemente, pugnado para que ele tenha um lugar na Europa, não acha "maquiavélico" o que está a acontecer? 

E mais uma vez não diz nada sobre o que de facto é importante? 

Depois de tantas asneiras, Sr. Presidente, faça alguma coisa de que se possa orgulhar e que os portugueses aplaudam. Acabe com este regabofe. 

sexta-feira, maio 03, 2024

Quais as semelhanças entre o Governo e o MP? Respondo: não têm ética nem competência
-- A palavra ao meu marido --

 

O Ministro das Finanças (industriado pelo PM? ou em roda livre?), com o objetivo de não cumprirem o que a AD prometeu na campanha eleitoral sobre os aumentos das condições de vários sectores da administração pública e, provavelmente também, por ainda não ter percebido quais são as diferenças entre tesouraria e orçamento veio, com as habituais rudeza, arrogância e má fé que têm sido apanágio da AD, dizer cobras e lagartos do anterior equipa da finanças omitindo os factos e utilizando mais um dos subterfúgios que têm sido típicos nas chico-espertices desta malta que está no poder. 

O Fernando Medina respondeu-lhe de forma clara e concisa. De facto, só podemos estar perante uma mentira, má fé ou uma manifesta impreparação técnica da equipa das finanças da AD. 

Dia sim, dia sim o Governo e quem o suporta dão mostras de uma impreparação e de uma má fé a que os portugueses deveriam ser poupados. 

Ainda estávamos perplexos com a forma absolutamente deselegante como foi feito o saneamento político da Provedora da Santa Casa e vem o Sarmento arranjar mais lenha para se queimarem. 

Vamos ver como corre a ida da Provedora da Sta Casa ao Parlamento mas será que o descarrilamento da Misericórdia de Lisboa não começou no tempo do Santana Lopes? Veremos.

Mas qual a semelhança entre o Governo e o MP? Na minha opinião têm o mesmo padrão de comportamento. Falta de ética. Não olham  a meios para atingirem os fins e, em tudo, são incompetentes. 

Pasmo ao ver que, ao fim de todos estes anos, o Moita Flores foi ilibado e o próprio MP confirme que não tem provas de que tenha havido um saco azul no caso Luís Filipe Vieira. Mas como, neste último caso, o MP tem a "convicção" que existia um saco azul, pugna para que o caso seja julgado. 

Fiquei perplexo. Então, afinal, para julgarmos e eventualmente condenarmos pessoas, não são precisas provas? Bastam as convicções de um Procurador do MP? 

Pensava que já tínhamos batido no fundo, mas receio, para mal da Justiça em Portugal, que tal ainda não tenha acontecido. 

O que mais iremos saber? Veremos se, no final do caso Sócrates, não confirmaremos que  as motivações do MP são outras que não as de se fazer Justiça.

De facto, a AD não está preparada nem sabe ser Governo. De facto, o único bom serviço que  a PGR faria ao País seria demitir-se. Estão bem uns para os outros.

segunda-feira, abril 29, 2024

Os "amigos" do Marcelo, a PGR e os "jovens" de 35 anos
- A palavra ao meu marido -

 

Os comentadores "amigos" do Marcelo referem amiúde quando ele diz um disparate que "é o Marcelo, já o conheço há muitos anos e ele sempre foi assim, desbocado".

Ora o que o Marcelo diz quando se levanta ou quando acaba de jantar em casa é irrelevante. Mas já o que o Marcelo diz como PR tem que revelar sentido de Estado e bom senso. Portanto, senhoras e senhores comentadores "amigos" do Marcelo, quando o PR faz afirmações, no mínimo disparatadas sobre os abusos sexuais na Igreja, sobre os cartazes dos professores nas manifestações, sobre as atitudes dos jovens "defensores" do clima, sobre o João Galamba, sobre  a possibilidade de dissolver o Parlamento (ameaça constante durante o Governo do António Costa), sobre a ruralidade e sobre a forma pouco pensada como o PM toma decisões (o que, como é costume, os jornalistas se esqueceram de relevar), sobre a raça do António Costa, sobre a forma maquiavélica como o MP atua (sem tirar quaisquer consequências)... não pode nem deve ser menorizado porque "o Marcelo sempre foi assim". 

O Marcelo é o PR e tem que se comportar como tal. Senão, tem que dar lugar a outro que o saiba fazer.

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Como é possível que  a PGR, apenas defendida pelo extrema direita e pela corporação MP, não esclareça os Portugueses e não se demita? Prestou um péssimo serviço ao País e quer manter-se no cargo apesar das críticas dos mais variados quadrantes e da enorme confusão em que se tornou a Justiça em Portugal. Felizmente, parece, que os Juízes mantiveram uma postura consentânea com o exercício das suas funções. 

Como aqui tenho escrito, considero que não é tolerável que a PGR se mantenha no cargo.

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O governo da AD quer isentar de IRS a maioria dos jovens até aos 35 anos (e limitando este imposto, nos casos de não isenção, a 15%) e isentá-los, também, do pagamento de IMT e Imposto de Selo na compra da primeira habitação. 

Sou contra esta medida na qual não consigo encontrar qualquer racional. Se um jovem com 35 anos comprar uma apartamento por 500 mil Euros em Lisboa não deve pagar IMT e imposto de Selo? E se tem dinheiro para adquirir uma casa por 500 mil Euros não deve pagar IRS ou, no máximo, pagar 15%? E se adquirir uma casa por 1 ou mais milhões de Euros também continua a ser um pobre a precisar de amparo e a não pagar impostos? E quantos pais vão passar  a comprar habitações em nome dos filhos para não pagarem o IMT e Imposto de Selo? Já para não referir que não encontro nenhuma razão para fixarem os 35 anos como data limite da medida.

E, já agora, fui no outro dia visitar amigos que moram numa zona onde o valor da habitação ronda justamente 1 milhão de Euros, senão mais. Não foram poucos os jovens adultos que ali vi, uns a fazerem corrida, outros a andarem de bicicleta, outros saindo de casa em grandes carros, outros passeando com filhos pequenos. Virão a estar quase isentados de IRS? E outros que ali venham a instalar-se estarão isentos de IMT e Imposto de Selo?

Não me parece nem razoável nem justo que a isenção do imposto sobre o rendimento singular seja feita com base na idade  e não no montante do rendimento. 

Em Portugal o problema é que poucos pagam impostos e muitos recebem muito mais do que declaram. Se todos pagassem o que deviam é seguro que o valor médio da carga fiscal diminuiria. 

E já agora qual a razão para ainda não terem corrigido os acréscimos nos impostos resultantes da troika para as pessoas que auferem mais rendimentos enquanto trabalham e para os pensionistas com pensões mais elevadas, que nem sequer são atualizadas de acordo com  a inflação. 

Justiça fiscal é todos pagarem impostos proporcionalmente ao que de facto auferem.

Se querem, e devem, promover a fixação dos jovens em Portugal continuem a aumentar a rede de creches, aumentem os subsídios para quem tem filhos, legislem sobre uma maior duração das licenças de maternidade e paternidade, ... e, naturalmente, criem condições para que a economia cresça e os salários aumentem (o que me parece impossível com a politica anunciada pelo governo da AD que parece que assenta sobretudo na diminuição do IRC). 

Eu sempre paguei impostos e os meus filhos também. Não existe absolutamente nenhuma razão para isentar de IRS todos os "jovens" até aos 35 anos. Será que os médicos, os advogados, os consultores, os empregados nos sectores das finanças, nas novas tecnologias, nas telecomunicações, ... que têm menos de 35 anos não ganham o suficiente para pagar IRS e pagar pagar IMT quando compram uma casa? Ganham  e devem pagar. Mais uma medida, que se o governo não desdisser o que prometeu, é profundamente injusta.

sábado, abril 27, 2024

Contra as marcelices que estão na ordem do dia (e outras anteriores), que avancem as calças que se rasgam nas virilhas

 

Tive um dia complicado, enredada nas manigâncias burocráticas de funcionários que me atrapalham a vida com mentalidades e atitudes burocráticas, sem o mínimo de compreensão. Nem falo em empatia. Falo em compreensão básica. Dizem-me que o que é preciso fazer é aquilo que os outros fora das Finanças dizem que é impossível. Há um senhor que diz que se tem que fazer uma coisa que só na Conservatória se faz. E a Conservadora diz, embora com todo o respeito e em linguagem jurídica, que os das Finanças vão mas é dar banho ao cão pois o que querem é tecnicamente impossível. E é taxativa: já disse o que tinha a dizer, não vai dizer mais nada. Face a isso, lá fui outra vez para as Finanças.

Portanto, uma audiência. Uma audiência que me tirou do sério.

Na sequência disso, mal cheguei a casa fiz uma exposição para uma Notária.

E mais umas quantas coisas.

Portanto, não levem a mal mas hoje já não tenho cabeça para me insurgir contra as marcelices que se sucedem em catadupa nem para o que quer que seja que puxe pelo lado sério do meu pensamento.

Até podia falar da entrevista ao Galamba na CNN. Comoveu-me. Ainda não foi ouvido pelo MP. Ainda não conhece o processo. O que sabe, sabe-o pela Comunicação Social. Entraram-lhe pela casa, para fazer buscas, estando as filhas a dormir. Escutaram-no durante anos. Ninguém merece tamanha pulhice. Os danos de toda a espécie que isto causa na vida de uma pessoa... E, disseram os juízes da Relação, tudo porque se esforçou por fazer o melhor para o País. Qual crime...? Num outro dia, eu falaria sobre isto. Esta entrevista merece ser falada. E não tem a ver com a entrevista, pois ele foi até bastante contido, mas também não deve ser esquecido pois não é só uma coisa incompreensível por parte do MP (ia dizer canalhice mas não quero ir por aí), é também tudo muito obra do Marcelo que não descansou enquanto não lhe fez a cama. O que Marcelo pressionou António Costa para correr com o Galamba é coisa que não deve ser esquecida. Mas tem que ser num outro dia. Hoje estou com a cabeça feita em água.

Por isso, deixem-me mas é distrair-me com esta rapaziada aqui abaixo me põe bem disposta.

Calças que se rasgam nas virilhas | Fugiram de Casa de Seus Pais | RTP

Um problema que já lhe causou forte embaraço junto da polícia e que poderá ser resolvido, apenas, se ele tirar as calças. 


terça-feira, abril 23, 2024

Montenegro e a falta de ética e de rigor da AD e seus apaniguados
- A palavra ao meu marido -

 

A Governo da AD confirmou ao que vinha. O objetivo fundamental parece ser sobretudo dar mais lucros às grandes empresas, às que não precisariam de mais 'atenções' e diminuir poucochinho, muito poucochinho, os impostos sobre os rendimentos de quem trabalha e de quem já trabalhou. 

Nos intervalos, tenta iludir as classes profissionais e as corporações que se têm mostrado mais reivindicativas com reuniões, aparentemente simpáticas, nas quais, de forma redonda, promete analisar os cadernos reivindicativos. Se bem me recordo da campanha eleitoral, as promessas eram que iam resolver, de súbito, todos os problemas que eram conhecidos. Mais um embuste. A tendência que o PM e o seu séquito têm para deturpar a verdade continua. 

Depois de desdizerem tudo o que disseram na campanha eleitoral sobre o IRS, eis senão quando, o Montenegro na  conferência de empresa da passada sexta-feira sobre o IRS consegue dizer que a maior diminuição da taxa do IRS é feita nos rendimentos das pessoas cujos escalões não são abrangidos pela taxa de IRS. Para além de mais uma falácia, revela, de novo, a falta de rigor e de ética das pessoas ligadas à atual AD e o hábito que têm de iludir as pessoas. 

Os jornalistas, revelando uma preocupante acefalia, não dão ou não querem dar pelos embustes. Que eu tenha visto, apenas o Ricardo Araújo Pereira ontem falou em mais esta mentira. Não deveriam os jornalistas exigir rigor e verdade nas intervenções  do PM e dos seus apaniguados? Deviam!

A falta de rigor e de ética dos ADs e seus "proxies" (expressão que parece que, neste contexto, agora caiu no goto da malta) é uma constante. São as intervenções do Paulo Portas na TVI, é o Nuno Melo  a anunciar comemorações do 25 de Novembro dias antes dos 50 anos do 25 de Abril numa convenção do CDS, são os comentadores de vários programas televisivos a opinarem sem rigor e a reescreverem, sem pudor, a história recente. É um vale tudo vergonhoso.

Outro que merece reparo é o Leitão Amaro (Lentão Amaro, segundo o mesmo Ricardo Araújo Pereira). Também padece da mesma falha ética: depois de o PSD ter atacado fortemente o caso da Alexandra Reis, agora vem defender a Secretária de Estado da Mobilidade quando o caso é análogo. A verba pode ser menos sexy mas os fundamentos são os mesmos. Uma pessoa que recebe indemnização ao sair de uma empresa, a seguir não pode ir trabalhar para outra empresa da mesma entidade empregadora. Neste caso, por maioria de razão, já que os empregadores são empresas da esfera pública. Ora, ao escamotear este facto e ao usar argumentos falaciosos, alinhou pela bitola desta AD.

O Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, afirmou que o programa eleitoral do PS não contemplava nenhum alívio fiscal. Ora basta ler o programa do PS para constatar que o Hugo Soares também mentiu.

E, a propósito de vergonhoso, quando é que a PGR se demite? 

O Prof. Marcelo, depois de ter andado estes anos a ser um dos fatores de maior instabilidade do País, podia fazer alguma coisa de útil e, pelo menos, já que diz que não tem poder para tal, pelo menos podia aconselhar a PGR a demitir-se. Já não seria mau. O ideal era que ele próprio também se demitisse. Depois de mais uma intervenção muito infeliz sobre o desenrolar da atuação do MP que fez cair o Governo e das respetivas justificações, mais uma vez ficou claro que já ultrapassou o prazo de validade. 

E, quanto ao sacrifício do Marques Mendes face ao último Bugalho a sair do saco, o que tenho a dizer é que é sempre a descer... 


Do alto dos seus imponentes casacos, Madame Gago continua sem se demitir?
A sério...? Ainda não...?

 

Só isso.

Não sei se coloque aqui um relógio a fazer o counting down até que Madame perceba que já acabou, que já devia ter bazado há bué (bazado do verbo bazar, claro). 


sexta-feira, abril 19, 2024

Sra. PGR pf demita-se

-- A palavra ao meu marido --

 

A resposta da Relação ao recurso da defesa do caso Influencer foi demolidor para o MP. 

Como já se antevia, segundo a Relação, a investigação do MP foi suportada numa visão distorcida da realidade, o que parece ser apanágio dos Procuradores. 

Os Juízes Desembargadores não tiveram dúvidas em afirmar que o que aconteceu foi apenas o resultado da atividade normal dos intervenientes (os supostos suspeitos), fizeram o que era suposto que fizessem no âmbito das suas funções, que não vislumbram nenhum crime nem nenhuma intervenção do António Costa que resulte de algum pedido dos intervenientes no processo. Mais: dizem ou dão a entender que tudo o que ali está é uma ficção, uma incompetência, um disparate do MP. 

Relativamente ao João Galamba -- que foi mais do que destratado na comunicação social e pelo PR -- também referem que a sua atuação se insere no âmbito das funções que exercia. 

Depois destas conclusões, o que faz a PGR? Refere que vai continuar a investigar, que vai continuar a gastar o dinheiro dos contribuintes. 

Isto é demais, Se esta senhora não se demite, alguém devia demiti-la. E já. 

É incompreensível como é que  a PGR não dá quaisquer explicações, mais do que devidas, e o PR -- sempre tão prolixo -- não exige publicamente que ela esclareça os Portugueses.

É que esta senhora deitou um governo abaixo, com  ajuda do PR, o que fez com que tivéssemos um governo em gestão durante seis meses, gastássemos milhões em eleições que não se justificavam e, ainda por cima, o resultado dessas eleições tenha deixado o País mais ou menos ingovernável.

É urgente que a PGR explique porque acrescentou o parágrafo no comunicado (foi "inspirado" por alguém?) e a seguir se demita. 

E o PR tem que fazer o seu "mea culpa" pois, não nos esqueçamos, aproveitou a oportunidade para correr com o PS e, no intervalo, trucidou o João Galamba. 

A honestidade implicaria que o PR assumisse os seus erros. 

Vir agora, com ar de quem não quer a coisa, assobiar para o lado, e, em vez de demitir a PGR por indecente e má figura, pôr-se com bocas ligeiras e despropositadas como se o que aconteceu até fosse bom para o Costa, é muito mau, é muito grave, é inaceitável.

Quanto à Comunicação Social, talvez valha a pena que meditem neste caso e deixem de fazer julgamentos, com culpados pré definidos. Já basta a bandalheira criada e alimentada pelo MP, não é preciso que a Comunicação Social ainda a propale ou empole. 

quarta-feira, março 13, 2024

Foi o Marcelo? Foi a Lucília? Foi a Comunicação Social...? Sim, foram eles todos.
Mas... e agora, o que fazer? Fazer coro com o Chega para deitar o governo da AD abaixo...?

 

O que eu digo, disse-o hoje António Costa. As legislaturas, em princípio, são para cumprir. Nesse sentido, não me parece que, a menos que a AD esteja a propor asneira da grossa, o PS se coloque ao lado do Chega para deitar o Governo abaixo. Se a AD estiver a executar o seu programa, para o qual supostamente terá legitimidade e, do que propõe, não houver consequências gravosas para o País, penso que é mais inteligente o PS abster-se do que andar feito baderneiro a votar contra só porque sim. O papel de chantagista e arruaceiro deve ser deixado para o Chega.

O PS deve portar-se com idoneidade, com inteligência, com respeito pelos cidadãos e percebendo que, em aspectos críticos e estruturantes, pode ser vantajoso para o País que haja, com o PSD/AD, pontualmente, pactos de regime.

Chamo ainda a atenção, e repito-me, para o facto de que o PSD está a herdar uma situação assaz confortável podendo fazer flores que agradarão ao eleitorado. Quem impeça o governo de as pôr em prática será forçosamente mal compreendido por grande parte da população. O PS pode e deve chamar a atenção para o que for pertinente mas, se as medidas estiverem no programa do Governo e não forem de lesa majestade, será preferível que se abstenha e as deixe passar.

Esta é a altura para a cabeça fria, para a inteligência racional. Repito: não é altura para revanchismos, para pensamentos regados a testosterona, para clubites ou ajustes de contas.

Esta é a altura para interiorizar que o primeiro milho é para os pardais. 

O Chega, se lhe dermos corda, vai mostrar, mesmo aos mais cegos, que é um bando de oportunistas, de vira-casacas, de gente impreparada, ressabiada, reaccionária, muitas vezes boçal. A população que votou neles precisa de perceber que votar em gente que diz uma coisa e o seu contrário, que promete tudo e um par de botas, e que assenta a sua actuação no princípio de que os 'outros' não prestam, vai acabar por perceber que a os do Chega não apenas fazem parte dos tais 'outros' como são do pior que a sociedade produz, são o verdadeiro rebotalho.

Outro aspecto: não é claro para mim que o PSD tenha mais votos que o PS no final da contagem mas é claro para mim que, se o PS formasse Governo, a AD, o Chega e o Presidente Marcelo não o deixariam governar.

E ainda outro aspecto: concordo que quem tramou tudo isto foi Marcelo. E foi o Ministério Público. Mas foi também a Comunicação Social. E foi a campanha massiva das redes sociais capitaneadas pelo Chega e pelos movimentos que o apoiam (e era bom que tal fosse investigado). E foi o movimento corrosivo dos professores, dos médicos, dos polícias, movimentos corporativistas, certamente infiltrados por gente que, cavalgando o legítimo descontentamento dos seus profissionais,  quer a baderna, a confusão.

E quando, lá em cima, me refiro a 'isto' refiro-me à instabilidade sistemática, explícita ou implícita, que os acima referidos foram instilando na opinião pública, refiro-me ao clima de suspeição malsã contra incertos (todos os 'poderosos', todos os 'políticos' em geral), refiro-me à maledicência generalizada, refiro-me à omissão pelos inquestionáveis bons resultados que os Governos de António Costa obtiveram apesar da conjuntura desgraçada.

Mas se houve um caldo social que criou a apetência, por parte dos eleitores, pelo voto num partido que é um saco de vento e de sound bites populistas e incendiárias, a verdade é que há, e isso há que humildemente aceitá-lo, um fundo real de justificação para que parte da população tenha votado no Chega e isso deve ser escalpelizado e estudado com objectividade.

Não valerá tanto a pena perder muito tempo com os ignorantes, os burros e os ressabiados crónicos, gente de todos os estratos sociais, já que são, na maioria, casos perdidos, mas vale a pena perceber os fenómenos de não inclusão, de marginalização, de grandes dificuldades que parte da população enfrenta bem como os casos de jovens que não valorizam a democracia e a liberdade nem o bem comum e que, acefalamente, vão atrás de quem mais parece um dirigente de uma claque futebolística. E compreender isso e avaliar a melhor forma de lidar com isso é trabalho a que o PS deve dedicar-se.

A Mortágua, toda sorrisos, esquecida do seu lado de justiceira castigadora e esquecida das vezes em que o Bloco se juntou a quem calhou para impedir o PS de governar ou para vetar orçamentos socialistas, agora anda a bandear-se para o lado do Pedro Nuno Santos, a querer conversinhas com a CDU, com o Livre e com o PAN. Espero bem que o PS a mande dar uma grande volta. Há que não esquecer que quem gosta do BE e da CDU vota neles e que, no conjunto, valem 7% dos eleitores. São, de facto, dois pequenos partidos, partidos de nicho. Não é com eles que o PS deve perder tempo.

O PS deve reorientar-se por si. Como aqui o tenho defendido, deve abrir-se à sociedade, perceber como melhor colher os reais anseios da população e como melhor comunicar com ela nesta era das redes sociais e da comunicação directa e em tempo real. Dos agentes políticos actuais, vejo, e repito-me, que seria proveitosa uma aproximação com o Livre.

Não tenho falado muito na AD que, aparentemente, vai formar Governo. Não sei o que vai sair dali, não sei quem vão ser os ministros, não sei se vai ter pernas para andar. Espero que não vá desencantar múmias, gente de má fama. Seja como for, se um eventual Governo AD for cumprir o programa com o qual ganharam os votos, é legítimo e democrático para quem está na oposição fazer uma política séria, construtiva e civilizada.

A par do Crescimento Económico e da Fiscalidade, temas basilares e centrais que tem inúmeras derivadas, há os temas emergentes. Os temas da Saúde, do Ensino ou da Segurança estão longe, muito longe de se extinguir nas questões sindicais: há temas de fundo, de organização, de modernização, de reformulação de práticas. E são temas que têm que ser agarrados de forma séria, racional, ponderada, urgente e, não menos importante, musculada. A AD terá as suas ideias e é bom que sejam válidas e, se o forem, que seja bem sucedida a implementá-las. Mas o PS, mesmo que na oposição, tem a obrigação de estar na linha da frente do estudo de soluções para tão graves problemas. O País saberá reconhecer quem se interessa pela resolução séria dos seus problemas.

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Podem tresler o que escrevi, podem acusar-me de tudo e mais alguma coisa mas já sabem que me dá igual. Penso pela minha cabeça e, perdoem-me a imodéstia, não me considero mentecapta. 

Pelo contrário, vê-se o resultado que conseguiram os que acham que o caminho é o da viragem à esquerda (ou seja, convergir com os 7% do eleitorado). E, quanto aos que acham que, a partir de agora, a actuação correcta é o bota-abaixo, em concorrência com o Chega, também acho que estão altamente equivocados. O Chega, afinal, também apenas obteve 18%. Há todos os outros eleitores que não vão nas cantigas e não se reveem nas práticas do Chega. 

Mas o tempo o dirá.

segunda-feira, janeiro 08, 2024

Votos de boa sorte e de felicidade a Pedro Nuno Santos e António Costa no primeiro dia do resto das suas vidas

 

Sim, ouvi o discurso de Pedro Nuno Santos. Tem entusiasmo, carisma, garra. Tem uma visão e a visão dele é boa: quer fazer crescer o País, não quer deixar ninguém para trás, quer elevar o nível das valências nacionais. E está certo. Penso que tudo isto é indiscutível. Contudo, penso que ainda não engoliu sapos suficientes para perceber que é preferível, em determinadas circunstâncias, alguma prudência para não correr riscos desnecessários, nomeadamente o de ter que engolir mais uns quantos. 

Pode ser que tenha feito as contas todas e saiba onde vai buscar o dinheiro para tudo o que anunciou e pode ser que já se tenha concertado com as partes envolvidas em todas as medidas para as quais já publicamente apontou objectivos. Se o fez e tem a certeza que pisa terreno seguro, então nada tenho a dizer. Mas, se o não fez, talvez esteja a dar passos maiores que as pernas. Até porque, para gerir uma casa, é preciso ter boa cabeça e um sentido de harmonia, para gerir uma empresa é preciso boa cabeça, bom senso, paciência, boa visão ao longe e ao perto e muito mais que isso, mas, para gerir um País, é preciso tudo isso mas, antes, tem que se subir para o patamar a partir do qual se ouvem e concertam todos os intervenientes mesmo os que defendem interesses contrários.

Mas, daqui até 10 de Março, Pedro Nuno Santos há-de ser aconselhado, assessorado, apoiado. O próprio coro de reacções adversas provenientes da oposição e dos media ajudá-lo-ão a calibrar medidas, ajustar opiniões, corrigir a trajectória ou a velocidade.

Seja como for, volto a dizer, apesar de lhe reconhecer uma impetuosidade que, aqui e ali, pode vir a ser-lhe um pouco atrapalhativa (digamos assim), não tenho dúvidas de que Pedro Nuno Santos está a anos luz dos líderes dos outros partidos. 

  • Direi que penso que é menino para cilindrar ainda mais, quiçá de vez, o pateta do Montenegro (que, para além de não ter ideias nem jeito, tem uma falta de bom senso e de decoro que causa desconforto, que maça; por exemplo, hoje falava deste período de mortalidade elevada com um incomodativo e despropositado sorriso sarcástico na cara, fazendo-me sentir vergonha alheia). 
  • Mas Pedro Nuno Santos torna também irrelevantes a azeda Mortágua e o nulo Raimundo. 
  • E torna ridículos quer o pateta da IL (de que não consigo fixar o nome) quer o vendedor de banha da cobra do Ventura, torna muito claro que estes dois não passam de maus actores a fazerem papel de tontos num filme de tontos para um público de tontos. 

Para finalizar, só espero que Pedro Nuno Santos seja humilde e saiba rodear-se de pessoas experientes e francas e que peça muitas vezes a opinião de António Costa, uma pessoa com uma excelente visão a 360º e um pragmatismo ímpar  -- e quem diz o Costa diz outros veteranos da política socialista com quem terá sempre a aprender. E que daqui até 10 de Março saiba reservar todos os dias um bocado para trabalhar com especialistas das diferentes áreas, para se documentar, para reflectir, para colher experiências -- ou seja para se preparar o melhor possível para o que tem pela frente.

Uma palavra ainda para me referir a um tema que acho que deveria ter abordado no seu discurso, nem que fosse ao de leve: o da Justiça. Claro que houve vários outros que não aflorou e que são eixos fundamentais, alicerces, pilares e vigas de uma estrutura sólida. Num discurso destes não há lugar para tudo, bem sei. Mas a Justiça, por ser um pilar fundamental e por ter já dado provas mais do que suficientes de que está podre, ou parcialmente podre, merece uma atenção prioritária. Como cidadã, sinto que a actuação do Ministério Público se traduz em riscos graves para a nossa democracia. O que o MP, perante a inoperância e o olhar cego e quase tonto de uma PGR desfasada da realidade, e sob o beneplácito de um PR diminuído, tem feito é de susto. E ninguém pode sentir-se em segurança numa situação destas. Pode Pedro Nuno Santos achar que não é um tema popular ou que é terreno minado. Mas se tem passada larga e parece gostar de dar o peito às balas, é luta à qual não deveria furtar-se. Melhor: não deverá furtar-se. É isso que espero de um homem de bem, ainda mais sendo um democrata, um humanista, um socialista.

Acabo este texto com uma palavra de agradecimento a António Costa. Só não sou mais exuberante pois parece que ainda não consigo admitir que esta barracada do MP tenha acontecido, ainda espero que, a curto prazo, os magistrados que fizeram isto, mais a Gago que aparou a porcaria feita, se retratem, peçam desculpa e se enfiem num buraco bem escuro, escondidos, com vergonha da porcaria que andam a fazer. E só espero que António Costa continue a ser um político de referência para Portugal e, se for o caso, para a Europa. António Costa é um político brilhante, um governante de excelência, um cidadão exemplar. A ele muito devemos. Mas porque ainda tem muito, muito, muito para nos dar, fico à espera de vê-lo em novas funções para poder continuar a agradecer-lhe.

PS: Uma nota de rodapé dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa. Nas legislativas tenho votado no PS. E nas próximas continuarei a votar no PS. Repare no que estou a dizer: nas últimas não votei no António Costa. Votei no Partido Socialista. Nas próximas não vou votar no Pedro Nuno Santos. Vou votar no Partido Socialista. E, como eu, certamente todas as pessoas que votaram antes no Partido Socialista (e, cá para mim, muitas que não votaram antes mas vão votar agora). Percebeu, Sr. Presidente? Mas percebeu mesmo? 

sábado, janeiro 06, 2024

O Ministério Público, o Tribunal de Contas, Montenegro, etc. [A porcaria continua]
A palavra ao meu marido

(a escolha da palavra 'porcaria' é de minha responsabilidade pois a que ele usou foi outra)
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O MP continua numa senda autofágica. Tanta porcaria faz que acabará por implodir. O que aconteceu hoje relativamente à divulgação feita pelo MP sobre o inquérito ao António Costa repugna qualquer pessoa de bom senso. É absolutamente inqualificável. Que tipo de pessoas são estes magistrados? Que interesses defendem? Ninguém os põe na ordem? Ninguém poderá a partir de hoje dizer que o MP não tem uma agenda politica  e que não quer interferir na politica. Vai ser um fartar vilanagem até às eleições. Curiosamente, ou não, também o PR promulgou hoje o decreto lei que o MP refere estar na base do inquérito. Existem sempre umas "coincidências" curiosas entre a atuação do MP/PGR e a do PR. Claro que o Prof. Marcelo, que ia estar calado mas dá hoje uma entrevista, aos costumes disse nada. Até hoje nunca foi capaz de criticar esta 'bandalheira', sendo ele o responsável pela nomeação da PGR.

Também foi transmitido pelos diversos canais de TV o texto do recurso (lá se foi outra vez o segredo de justiça) enviado para a Relação pelo MP. É confrangedor. Afirmam que o mentor da "coisa" foi o Galamba. 

Pasme-se, parece que se preparava para apresentar no Conselho de Ministros documentos sobre o assunto. É "obviamente" um caso de polícia. Então agora os ministros apresentam documentos no Conselho sobre os assuntos que tutelam? Opinam sobre os assuntos que devem decidir? Dão instruções sobre os assuntos que estão na sua esfera de atuação? Onde é que já se viu isto? 

Abre-se um inquérito, escuta-se o tipo durante 4 anos, enxovalha-se o tipo e a família nos jornais e se possível mete-se o tipo na choldra, em preventiva, mesmo que ao fim de dezenas de milhares de escutas apenas meia dúzia possam, mesmo para a mente perigosamente persecutória dos MPs serem investigadas. É tão trágico que nem sequer dá para rir. 

Já agora, se o Galamba era o cérebro da coisa porque é que meteram todos na prisão durante uma semana para interrogatórios e ele não foi na leva? E se o Galamba se propôs esclarecer o MP, qual a razão para ainda não ter sido ouvido? Ainda por cima quando o MP estava a preparar o recurso ao despacho do juiz de instrução? A falta de respeito do MP pelos cidadãos revela-se nestes procedimentos. Quem os autoriza? Quem os sanciona?

Já agora hoje ouvi mais uma peça sobre o processo Vortex na TVI. O principal suspeito menciona o Montenegro vários vezes em conversas telefónicas. Então a PGR não abre um inquérito ao Montenegro e não faz um comunicado a dizer que abriu o processo como fez ao António Costa? Qual é a diferença nas duas situações? Parecem exatamente iguais. O MP atua de formas diferentes em situações semelhantes?

Devo referir que também não concordo com a violação do segredo de justiça no caso Vortex e que não sei se é caso ou não para abrir um processo ao Montenegro. Quero é frisar que a justiça só é justiça se for independente e proceder de forma semelhante em situações iguais. De facto, a reforma da Justiça a começar pelo MP é prioritária. Para além da reorganização do MP, da redefinição dos poderes dos magistrados e da definição de procedimentos e de  mecanismos de controlo também a seleção dos magistrados deve obedecer  a critérios rigorosos. Os recursos humanos são fundamentais em qualquer organização e os muitos magistrados do MP, pelas provas dadas, é óbvio que não prestam.

Outro assunto: hoje foi noticiado que o Tribunal de Contas desancou a privatização da ANA feita em 2012. O que dirá a direita que louva o Passos Coelho desta "corrida em osso"? Mas como conseguirão os Senhores Magistrados do Tribunal de Contas explicar que levaram onze anos para analisar a privatização? É de loucos!

Também hoje o Montenegro disse uma piada de ir "às lágrimas". Referiu que o José Luís Arnaut não se pronunciará sobre a localização do novo Aeroporto nem influenciará a decisão do Montenegro & Companhia. Boa piada, "só contaram p`ra você".

sexta-feira, janeiro 05, 2024

Os grandes agentes da bandalheira

 

Hoje queria que o meu marido escrevesse qualquer coisa sobre a palhaçada do recurso do MP a propósito da palhaçada do chamado caso Influencer, tudo uma palhaçada em que não se acredita, um desconhecimento total do que é o mundo real, uma subversão total do que é o papel do Ministério Público, um disparate sem tamanho. O que dizem ali só me dá vontade de perguntar se não há maneira de os mandar prender pois são perigosos para a sociedade tal a deformação que vai naquelas cabeças e tal o real poder que detêm. 

António Costa, na entrevista a Nuno Santos, disse que continua a achar que este modelo de funcionamento da máquina da Justiça é o correcto e acrescentou que pressupõe um funcionamento hierárquico.

Pois, aí está a questão: o modelo poderia ser bom num mundo perfeito, por exemplo se a Procuradora-Geral percebesse qual a sua função, tivesse alguma visão ou prática hierárquica. Mas não, é uma nulidade absoluta. Acontece que se poderia dizer que não seria grave pois a malta do MP é tudo gente escorreita, atinada. Errado. Não apenas andam em roda livre como acham que podem justicializar a política e lançar lama sobre quem lhes apetece, apeando politicamente quem lhes apetece.

Portanto, estamos entregues a um bando de incompetentes, lunáticos, doidos varridos, vingativos que andam por aí fazendo o que querem e, certamente, divertindo-se à tripa forra com os abalos que causam na democracia.

E Marcelo Rebelo de Sousa caladinho, assistindo passivamente ao que esta gente anda fazer, nomeadamente a minar a credibilidade do nosso regime. Marcelo, Marcelo, que mal lhe fica este silêncio...

Mas o meu marido anda engripado, cheio de tosse, não teve paciência para escrever.

E o pior é que, logo depois de ter ouvido excertos do recurso, ouvi um histérico e descompensado Montenegro não apenas a querer que a gente se esqueça do tema da sua casa, como que a gente se esqueça da porcaria a granel feita pelo governo de Passos Coelho que ele tanto defendeu (e que fez porcaria e da grossa e em toda a linha, nomeadamente com as privatizações, incluindo a malfadada privatização dos CTT), como ainda a querer que a maltosa que vota sempre nos populistas mais populistas, os que são contra tudo e todos, nos que tanto votam no PCP, no BE como no Chega, agora votem nele, o grande líder da bandalheira.

Pedi ao meu marido que, então, falasse nisto. Tosse, tosse e tosse e diz que não está com saúde para falar de gente desqualificada. Caraças para esta gripe que não desgruda da gente. Bem, ele não usou aquelas palavras para se referir aos desqualificados mas, como este blog é um blog de família, estou a traduzir usando palavras bem comportadas.

Ora eu, que ando com a cabeça feita em água, a caminhar sobre um chão minado de brasas, em que todos os dias acordo bem cedo com um nó no estômago, tentando (por vezes debalde) depois adormecer por mais um pouco, também não estou com cabeça para zurzir a valer como a tropa do MP e o Luís Montenegro merece ser zurzida.

Fico-me, pois, por aqui. 

Mas a Penélope está em grande forma. Não fala do totó da cara alegre, porque o tema é o da Justiça, mas não poupa os outros. Ide até lá, é o que tenho a dizer: Ao Ministério Público: há limites para a não admissão de um erro grave. A Procuradora-Geral continua alheada


quarta-feira, dezembro 13, 2023

A volta à vida de João Galamba em 82.000 escutas
-- A palavra ao meu marido --

 

Foi noticiado que o MP fez  82 mil escutas a João Galamba,  das quais conseguiu aproveitar dez escutas ou talvez menos para lhe instaurar um processo. 

Sabendo-se que o período abrangido foi de cerca de 4 anos, teremos tido que em média ele falou ao telefone cerca de 57 vezes por dia. Provavelmente o processo de ouvir, transcrever e reportar tanta escuta, todos os dias às dezenas, terá ocupado, no mínimo uns dois agentes em exclusivo ao longo deste período. 

É um fartar vilanagem. 

Se isto não é chocante e atentatório da liberdade e da privacidade de um cidadão português então o que será atentatório dos direitos individuais? Como é possível que façam mais de 80 mil escutas a uma pessoa seja ela quem for? Como é possível que tenha havido um ou vários magistrados que autorizaram estas escutas? Que argumentos terá apresentado o MP para conseguir a  autorização do(s) magistrado(s) para, ao longo de 4 anos, escutar as conversas com a mulher, com as filhas, com a mãe, com os amigos, ... do Galamba?

E quais são os gastos associados a tamanho despautério? Face à duração e aos recursos envolvidos, quanto custaram estas escutas? Gastam dinheiro à tripa forra, desbaratam recursos e depois ainda se queixam que têm falta de meios. Ninguém controla o dinheiro dos contribuintes que o MP torra? É inadmissível! 

Quando ouço estas notícias lembro-me dos métodos da PIDE que violava os mais elementares direitos individuais para perseguir e prender os opositores ao regime. 

E depois ainda vem  a PGR, com ar de quem não vive neste mundo, dizer que querem destruir o MP. Como de costume não está ou não quer ver o problema. Quem está destruir o MP é ela que é um absoluto erro de casting para a função que desempenha. Quem está destruir o MP são os agentes de justiça que têm uma agenda própria, que divulgam as informações em segredo de justiça, que não sabem investigar,  que consideram que qualquer conversa telefónica de quem está a ser vigiado é, por definição, um crime grave e que andam em perfeita roda livre fazendo o que querem. São eles que destroem o MP e descredibilizam a justiça portuguesa.

Eu aposto que se fizerem 82 mil escutas ao Prof. Marcelo ou ao Lobo Xavier ou ao Marques Mendes encontrarão seguramente muitíssimo mais do que  10 conversas, provavelmente centenas e centenas, que, se estiverem para aí virados, poderão interpretar como tráfico de influências, prevaricação  e outras coisas que lhes venham à cabeça. Aposto!

Tem vindo nos órgãos de comunicação social, e ontem o Nuno Santos pôs  a questão ao António Costa, se por "acaso" o parágrafo acrescentado no comunicado da PGR não teria alguma "conexão" com a abertura do inquérito sobre o caso das gémeas que, como referiu o Luís Paixão Martins talvez devesse, por analogia, ser designado pelo caso de Belém. O parágrafo terá sido acrescentado posteriormente no comunicado e na fita do tempo estará relacionado com o encontro da PGR com o PR no dia em que o comunicado, que originou  a demissão do António Costa, foi divulgado. Também a comunicação social questiona se  a PGR terá, nesse dia, ido a Belém informar o PR sobre o caso das gémeas. Espero que os jornalistas investiguem até à exaustão estas ligações. Não sendo adepto de teorias da conspiração, neste caso em particular não ficarei especialmente admirado se a conclusão for que o "enxerto" no comunicado não foi inocente e teve razões que a razão não desconhece.

Ouvi ontem  a entrevista do António Costa e os comentários que foram feitos pelos dirigentes dos outros partidos. Para além da desonestidade intelectual e da mesquinhez da maioria dos comentários é visível que existe uma enorme diferença qualitativa entre o PM atual e os seus adversários políticos. Só não vê quem não quer ver!

sexta-feira, novembro 24, 2023

Há com cada uma...
Então a Dita-Cuja assume-se como não responsável por coisíssima alguma...? Ganda pinta.
Que é do Presidente Marcelo, a sombra simétrica da 'Fonte de Belém', para não libertar de vez a Dita-Cuja das coisas que, pelos vistos, não lhe assistem...?

E eu, a despropósito, confesso que com uma planta, por acaso, nunca sensualizei

 

Em mais um diazinho do caneco, para me fazer rir de gosto, só mesmo a Madame Dita-Cuja, sempre soberanamente encasacada, pose de Sua Majestade A-Não-Imputável, ora a entrar ora a sair de respeitável viatura, ora reclinada em vetusta e justiceira poltrona, a dizer, com uma boquinha repleta de batom mas a fazer biquinho para o dito não resvalar para os dentes, que não é responsável nem por uma coisa nem por outra e, a bem dizer, por coisa nenhuma.

E, note-se, a dizê-lo do alto da sua displicente soberba, a olhar de alto, o olho mal aberto para não gastar a luz de seus olhos com explicações ao povo. Anos para abrir a boca e, quando a abre, foi para se assumir como não responsável. 

[Se não-responsável é sinónimo de irresponsável vocês, que sabem da poda, o dirão]

Em tudo o que é coito de magistrados ou agentes que dão tudo e mais cinco tostões para escutar as conversas entre uns e outros, incluindo os mais íntimos e maliciosos ronronares entre amantes, e que, nas transcrições, se esmeram na truncagem do que convém para sustentar a sua narrativa, devem ter esfregado as santas mãozinhas e rebolado de gáudio perante a confirmação de que assim podem continuar, sem controlo, em auto gestão, em roda livre. 

Um santo regabofe descapitaneado pela Madame Dita-Cuja perante o silêncio cúmplice do Supremo Magistrado da Nação... Assim vamos.

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Face a esta paródia, apanho a boleia e desloco-me até às tertúlias do Porchat. Desta vez, Marcela, uma divertida mãe de família, conta como se apaixonou por um vulto que, afinal, era uma planta à janela. 

Marcela se apaixonou por HOMEM MISTERIOSO que na verdade era… 👀 

Que História É Essa, Porchat? | GNT


Para quando a Madame Dita-Cuja a contar as farrinhas lá do seu trabalho aqui com o Porchat?

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