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segunda-feira, março 24, 2025

Lanche ajantarado

 

A modalidade nos últimos fins de semana tem sido o lanche ajantarado. Em época de testes, assim conseguem aproveitar melhor o tempo de estudo. Chegando por volta das quatro e tal ou cinco, dá para conviver, depois lanchamos, conversamos, e, quando vão, já não precisam de ir jantar, quando muito petiscam ou ceiam. E eu gosto desta versão pois, como gosto de improvisar e variar, posso fazer várias coisas, sempre na expectativa de que possam ter por onde escolher.

De cada vez, tenho uma ideia. Penso no que uns gostam e avanço por aí, sei que outros nem por isso e evito ou arranjo alternativa. Claro que tenho sempre aquelas velhas dúvidas quanto às quantidades. Pelo sim pelo não, faço a mais, pensando que é bom que sobre pois, se quiserem, podem levar marmita para o dia seguinte.

Para este domingo o meu marido disse que podíamos fazer bifanas e eu lembrei-me de fazer uma quiche de frango assado, uma quiche de camarão e uma tortilha de salmão. E para sobremesa resolvi fazer uma coisa que vi no instagram, com aveia e tangerina.

Fui ao supermercado e, como sempre, não levei lista. Penso sempre que não vale a pena, pois, à medida que for passando nos corredores, vou-me lembrando do que preciso. 

No entanto, quando já estava perto da caixa com o carrinho a transbordar e de tal forma pesado que mal o conseguia manobrar, vi que me tinha esquecido da massa quebrada para as quiches. Claro que poderia fazer em casa mas, no meio da azáfama que são as minhas culinárias, seria inútil perder tempo com uma coisa que se se compra feita e que é boa. Lá fui. 

E lá voltei para a caixa.

Mal cheguei a casa, vi que me tinha esquecido de comprar frango assado. Gaita. E nem cru o tinha. Ou seja, quiche de frango assado já era. Fiquei passada. Apostava tanto naquela quichezinha...

Como trouxe costeletas para o almoço -- e em quantidade generosa, já a contar que sobrassem para o almoço desta segunda --, pensei que teria que ser quiche de costeletas. Quem não tem cão, caça com gato. E assim foi, desossei e parti em bocadinhos quatro costeletas fritas de cebolada, juntei a cebola, juntei uma boa quantidade de espinafres que tinha amolecido por cima das costeletas (depois destas já estarem fritas), e com o leite, os ovos e queijo ralado por cima bem com bacon aos minicubos, fez-se.

A quiche de gambas fiz com crème fraiche, ovos e um pouco de ketchup. Para evitar gordices, não usei natas nas quiches. Tinha fritado os camarões ainda com casca, com louro e alho. Depois o meu marido descascou-os e tirou a tripinha, abrindo-os ao meio longitudinalmente. Eram grandes. O caldo da fritura foi misturado com o resto. Como tinha 'planchado' uns lombos de salmão, também com alho, cebola, louro, e receando que os camarões, apesar de muitos e grandes, se perdessem na quiche (dado que têm uma textura muito leve, praticamente neutra), lasquei ainda um lombo de salmão dos que tinha feito para a tortilha. Penso que estava boa (não comi pois sou alérgica a marisco de casca encarnada). Mas, de facto, o meu filho disse que a textura dos camarões perdia-se na quiche, mais valia que se tivessem comido por si só.

Para a tortilha, estufei, com um pouco de azeite, legumes variados (cenoura ralada, alho francês, couve lombarda, micro bocadinhos de pimento, cebola, salsa, batatas aos cubos). Quando estava cozinhado, lasquei os lombos de salmão, juntei seis ovos, envolvi tudo. Aqueci uma frigideira muito grande e, quando o azeite estava quente, deitei tudo lá para dentro. Depois foi aquela cena de rodar a frigideira para não se pegar, depois de tostado virar com um prato grande, voltar a colocar, rodar, etc, e mais uma vez.

E fritei as bifanas de porco. Tinha comprado vinte e tal bifanas. Quando estava a fritar, pensei que era um exagero. Depois do resto, ninguém comeria tanta bifana. O meu marido também achou demais mas disse que fritasse, o que sobrasse eles levariam.

Foi tudo para a mesa bem como uma taça de salada de alface. E o meu marido levou a frigideira com as bifanas para a mesa, disse que cada um faria as que entendesse. Aqueci um monte de bolinhas de Rio Maior que também foram para a mesa bem como mostarda e ketchup. 

Resultado: sobrou um pouco de tortilha, pouco, uma fatia pequena de quiche de camarão e duas míseras bifanas. Fiquei zonza. Quando tinha acabado de fazer aquilo tudo, juraria que tinha sido um daqueles exageros de que sempre me acusam. Mas não. Para a próxima tem que ser mais. E nem sei se o mais novo não é o que come mais. Como dizia a minha avó, 'benza-o Deus'. Dá gosto vê-lo comer. E aprecia. E dá opinião. Até o 'doce' ele comeu de gosto. Meu rico menino.

E o que comem vê-se: estão todos a ficar enormes. Não imaginam como fico pequena ao lado deles quase todos. Um deles, o que está quase a fazer catorze anos, quando passou junto ao muro de lado  -- para ir com o primo e o tio para ajudarem o avô que não tinha conseguido desencarcerar sozinho um dos troncos grandes que se quebraram na noite de vendaval  -- perguntou-me: 'O muro sempre foi assim tão pequeno?'. E não estava a fazer-se engraçado. Não. Estava mesmo intrigado. É que antes ele era bem mais pequeno que o muro. Agora está quase da mesma altura. Uma coisa impressionante.

Mas falta falar do doce. Aí é que não acharam muita graça. Lá está: não gosto de fazer doces, não tenho mão. Fiz uma papa de aveia com leite, com quatro ovos, casca de duas tangerinas e, lá dentro, não me lembro se quatro ou cinco tangerinas (sem caroço). Ainda dois paus de canela e açúcar mascavado. Como geralmente nunca ponho açúcar em nada, tenho sempre receio que, ao pôr, fique doce demais. Por isso não pus muito. Provei e pareceu-me bom. Depois de estar bem cozido, grossinho, e etc, retirei os paus de canela e a casca das tangerinas e triturei bem tudo o resto, até ficar bem cremoso. Quando fui pôr no maior tabuleiro que tenho, quase deitava por fora. Fiz uma quantidade exagerada. Voltei a colocar os paus de canela e polvilhei. Quando provaram, estranharam pois acharam que eu me tinha esquecido do açúcar. Uns juntaram mais açúcar e já toleraram. Acharam que parecia papa de pequeno-almoço. 

Também tinha feito um tabuleiro de frutas. Disponho em riscas. Uvas brancas. Mirtilos. Gomos de tangerina. Morangos. Papaia aos cubos. Acho que fica bonito. Tiram à mão e servem-se. Voa num instante. 

Como sobrou imensa 'papa' (não sei como me saiu tamanha quantidade...) levaram  para comerem à noite, à ceia, ou, então, ao pequeno-almoço. Lá proteica e saudável é. 

Ficou um bocado para o meu marido que disse que gostou.

E é isto. 

Sobre o resultado das eleições na Madeira não falo. Indispõe-me. Há coisas que custam a perceber. Também me poupei à conversa do Portas. Vi o Louçã no Isto é Gozar com quem trabalha. Foi desenterrado pela Mortágua. E, para meu espanto, constatei que elege como inimigo o PS. Uma coisa surreal. Grande parte do tempo a cascar no PS -- isto em vez de cascar no Chega. Gente com astigmatismo político, caraças.

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Uma boa semana a começar já por esta segunda-feira

Dias felizes

segunda-feira, setembro 30, 2024

Profissão: plantador de árvores

 

Um dia de outono perfeito. Ou, se quiserem, um dia perfeito de outono. Ou um perfeito dia de outono. 

Um dia com tudo de bom. 

Claro que poderia ter sido ainda melhor, ainda mais perfeito, se o menino mais crescido também cá tivesse estado. Mas está a ficar um homem, já quer ter o seu espaço para confraternizar com amigos e amigas. É natural. Mas parece que já prometeu que, para a semana, vem. E eu ficarei feliz.  

O menino mais novo, enquanto estava a andar de bicicleta, disse ao pai que quando se sente mais livre é quando anda de bicicleta e quando joga futebol à chuva. Não é surpreendente que uma criança de sete anos diga uma coisa assim?

São todos incríveis, surpreendo-me com todos, fico feliz por todos eles, sejam eles as crianças ou os pais deles. Só tenho razão, mil razões, para me sentir feliz e, sobretudo, agradecida.

E o jardim está muito agradável, a temperatura amena e o ambiente aconchegado, e a luz dourada torna tudo ainda mais amistoso, mais tranquilo. E eu adoro quando estamos em volta da mesa, parece que a serenidade nos envolve. Nestes momentos quero lá eu saber do limitado Montenegro, do desestabilizador Marcelo. A alienação é isto, não é? Pois. Mas de vez em quando sabe bem a gente alienar-se, afastar-se de gente tóxica que só baralha e confunde e cria problemas.

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Acho que este vídeo faz aqui sentido. Uma pessoa ter a vontade e a coragem de ir para um espaço público plantar árvores, transformar um espaço baldio num pulmão verde de uma movimentada cidade, é louvável, é poesia, é uma maravilha, um encantamento, uma beleza, um sinal de esperança.

Conheça seu Hélio, o plantador de 33 mil árvores em São Paulo

Na região da Penha, gerente comercial transformou área abandonada no 1º parque linear da cidade

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Desejo-vos uma boa semana 

domingo, dezembro 10, 2023

O conforto e o aconchego de ter a família à mesa
(e junto ao coração)

 

Não vou falar do que me preocupa em permanência pois compreendo que não me faz bem nem deve ser agradável de ler. Aliás, já tenho a família inteira a querer despachar-me para ajuda psicoterapêutica. Estão fartos de me aturar e compreendo-os. Mas, pelo menos por enquanto, não creio que já seja caso disso. Tenho é que interiorizar que o que há a fazer extravasa as minhas capacidades, já não está nas minhas mãos. Tenho, sempre, por natureza, vontade de encontrar soluções para todos os problemas. E, neste caso, desde há algum tempo que me sinto completamente impotente. E isso atormenta-me um bocado. Estive a falar com o médico e ele foi muito claro. E, claro, não me deu novidade nenhuma. Aliás, ele fez questão de dizer que não estava a dar-me novidade pois antes de lá entrar já havia os problemas que agora tem. Percebo-o, não quer que haja qualquer hipótese de eu poder dizer que adquiriu aqueles problemas lá. Sei muito bem que não. Aliás, quando, antes de ir, nos perguntou porque é que ela tinha decidido ir para lá, eu esclareci invocando os factos como eles são e com os quais ela concordou. Pede-me ele que eu confie que está a ser feito tudo o que há a fazer, todos os cuidados estão a ser prestados, todos, tudo. Sempre que lá vou e sempre que falo com a equipa clínica constato isso. 

Mas, enfim, disse que não ia falar mais do mesmo e, portanto, mudo de assunto (antes que me apareça aqui em casa a brigada da camisa de forças que, do que hoje lhes ouvi, parece que já faltou mais).

Direi que, à parte essa preocupação que me traz com o coração apertado, o dia foi muito bom. Todos cá em casa, mesa cheia. Todos a conversarem, rindo, comendo. 

Depois uns jogaram paintball no campo aqui perto, outros jogaram badminton, outros ficaram a ver televisão. 

Depois, mudança de cenário e, aí, houve um renhido jogo de basketball, uma hora no duro, com todos os jogadores a acabarem encharcados. 

O mais novo, por sua vez, jogou futebol com um amigo que encontrou no parque. E as meninas mais crescidas e o casal mais idoso ficaram a observar.


Não contei que, pelo meio, o mais novo subiu à árvore e gostou de lá estar, menino mais fofo, e pediu para alguém lá fazer uma casinha.

E apanharam-se cogumelos a ver se o dog não tem a tentação de os provar (e não sabemos se são pacíficos). E eu ainda andei a fotografar os passarinhos que dançam na romãzeira, agora desprovida de folhas.


E, à falta de melhor assunto, vou contar o que fiz para o almoço.

Entrada: salada de salmão

Num tabuleiro grande coloquei alface iceberg aos bocadinhos, cenoura ralada, abacate aos bocadinhos, bolinhas de mozzarela (bastantes), salmão fumado. Temperei com azeite, orégãos e um pouco do caldo da mozzarela.

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Prato principal: arroz de carnes

Numa panelão, alourei duas cebolas (das maiores que encontrei) aos bocadinhos, juntei dentes de alho e louro. Depois juntei carne de vaca aos bocadinhos (daquelas que se vendem para jardineira) e moelas. Juntei uma embalagem de sopa portuguesa (couve lombarda, alho francês, cenoura), um pouco de vinho branco e sal. Passada talvez uma meia hora ou um pouco mais juntei coxas de frango do campo, rojões de porco e entremeada, dois tomates maduros e salsa. Juntei mais vinho branco e um pouco, muito pouco, de pimentão doce. Estufou até as carnes estarem bem macias, tendo juntado, entretanto, mais água.

Depois retirei as carnes, desossei, cortei. 

Num tacho grande coloquei arroz basmati e o dobro da quantidade de arroz em caldo de cozinhar as carnes. Cozinhou até estar apenas com um pouco de líquido.

Liguei o forno para estar bem quente pouco depois.

Num pirex gigante juntei o arroz, misturei as carnes desossadas e cortadas. Por cima, polvilhei com bacon em mini-cubos e enfeitei com rodelas de chouriço de carne. 

Foi ao forno até o arroz ficar mais sequinho e até o bacon e o chouriço estarem tostadinhos e brilhantes.

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Sobremesa: salada de frutas com iogurte e gelatina

Numa grande taça de vidro (aliás, em duas) coloquei maçãs aos cubinhos, dióspiros aos cubinhos, uvas brancas e uvas pretas sem grainha. Misturei em cada taça um iogurte grego de mirtilo e gelatinas (de compra) de morango. Misturei. Por cima coloquei amoras, framboesas e mirtilos.

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E ainda...

No fim, apetecia-lhes qualquer coisa mais doce. Não havia. Por isso, foram ao congelador e acabaram com os gelados. 

(Ainda bem pois, por acaso, estava mesmo a precisar de mais espaço naquela gaveta).

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Entretanto, agora vi este vídeo da Reflections of Life (ex-Green Renaissance

que me trouxe serenidade e paz. 

Aqui está, na esperança de que também gostem.

SHE LET IT ALL BE

Nos cantos silenciosos das nossas mentes, há uma voz que tende a minar e semear dúvidas: o crítico interior. O negativo. Aquele que ataca as nossas inseguranças. Confirma as nossas dúvidas e ataca a nossa confiança. Pode soar como 'você deveria', 'porque não fez isso?' ou 'o que há de errado consigo?'

Reconhecer este diálogo interno é importante porque muitas vezes molda as nossas ações e decisões. Quando somos muito duros conosco mesmos, isso prejudica a nossa confiança e bloqueia a nossa criatividade.

É essencial nomeá-lo, reconhecer a sua influência e, o mais importante, não deixá-lo tomar as rédeas das nossas vidas. Em vez de permitir que a dúvida dite as nossas escolhas, devemos esforçar-nos por promover a auto-aceitação. Ao fazer isso, capacitamos-nos  para nos libertarmos das garras da crítica interior e abraçarmos a nossa autenticidade.

Abraçar as nossas imperfeições e celebrar as nossas qualidades únicas nos capacita a entrar na plenitude de quem devemos ser. E traz consigo uma profunda sensação de paz interior, permitindo-nos enfrentar os desafios da vida com confiança e graça.

Filmado em Hermanus, África do Sul.

Com Catherine Brennon


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Desejo-vos um bom dia de domingo

Saúde. Força. Paz.