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domingo, fevereiro 06, 2022

O PCP diz que vai encher as ruas e apela às massas.
Catarina Martins diz que não se demite e, em conjunto com o Cardeal Louçã, insistem em provar ao povo que o povo não os percebeu bem.
Ou seja, continuam a ir por bom caminho, eles. Não sei se são burros ou se padecem de autismo severo. Coisa boa não é.

Vou mas é colher inspiração noutras bandas

 

Ia no carro, distraída, quando ouvi o meu marido a dizer: Eh pá, estes tipos não atinam. Até dá pena.

Concentrei-me. Era Jerónimo de Sousa que falava, naquele seu tom simpático embora paroquial. Dizia que iam ser menos no parlamento mas mais nas ruas e falava mal do PS e do grande capital. O meu marido, disse: Pararam no tempo, ainda estão quarenta anos atrás. E voltou a dizer que até dava pena.

Eu ia preocupada com outra coisa. Dei-lhe razão mas não acrescentei nada. De resto, acrescentar o quê? Ainda não perceberam que as pessoas querem uma vida tranquila, estável, e não confusão nas ruas. 

E massas? Grande capital? -- continuam com o mesmo e estafado léxico. Será que a malta mais nova sabe a que é que eles se referem quando falam das 'massas'? Até eu, que pertenço à malta mais velha, tenho dificuldade em saber...

Passado um bocado, era outro. Está em todo o lado: na televisão, nos jornais, na rádio. É daquelas ervas daninhas que aparece all over. Era Louçã que falava do alto da sua cátedra, explicando que tudo o que se tem andado a passar resulta de uma conspiração orquestrada por António Costa. Passando um atestado de estupidez aos portugueses que não votaram neles, Louça inventou parvoíces numa tentativa vã de desviar a atenção para a barracada que tem sido a estratégia do Bloco. O meu marido insurgiu-se: Mas ninguém lhe pergunta quem é ele para andar a dizer isto? Aí fui eu que disse: Por duas vezes, foram de braço dado com o PCP, juntar-se à direita, abrindo espaço para a direita populista e, por duas vezes, os portugueses lhes mostraram o que pensam disso. O tipo, que é um perdedor e uma nódoa a definir estratégias, por aí anda a ganhar dinheiro para se gabar das suas teorias.

O meu marido insistiu. O que é necessário é que, quando ele estiver com estas teorias, alguém se vire para ele e lhe pergunte quem é ele para falar assim.

Conclusão: fizemos zapping radiofónico e fomos fixar-nos na Antena 2. 

E, agora que escrevo isto, ocorre-me que as Direcções de Informação das televisões, rádios e jornais também devem estar cristalizadas no tempo: alguém em seu são juízo, atento aos tempos que correm e com dois dedos de testa continuaria a contratar os mesmos de sempre? Quem é que insiste em contratar esta gente que já não sabe o que dizer, viciada na maledicência, destituída de capacidade de raciocínio, habituada a mastigar o que outros já regurgitaram? Provavelmente outros que tais.

Há paciência para aturar isto?

Por estas e por outras é que, nos meus tempos livres, cada vez mais me entretenho a ver vídeos ou as Gilde Ages desta vida.

Ou isso ou a colher ideias para cenas. Por exemplo:

Biquinis para anafadas
INSTAGRAM @_YUMI_NU
 

Blusinha de tricot em fio primaveril
Francesca Michielin


Maquilhagem combinada para aparecer no emprego sem passar despercebida
Des'ree Msasi

Ou a ver dança que nasce na medula dos bailarinos:

Girl Gone Wild - Madonna / 
Fredy Kosman ft Koharu Sugawara Choreography / Urban Dance Camp


Ou a ouvir/ver nova gente da música:

Crystal Murray - Other Men


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Desejo-vos um belo dia de domingo
Boas notícias. Boa sorte. Tudo a correr pelo melhor. Saúde e alegria.

domingo, janeiro 09, 2022

Tarde de praia com um mar grande e um cão felpudo -- e muito amor para dar

 



Da noite para o dia a cameleira apareceu coberta de camélias. O jasmim amarelo começa a também estar composto com as suas pequenas e delicadas florzinhas. A ver se fotografo para aqui deixar registo da graça da natureza a despontar em toda a sua delicadeza.

De repente parece que começámos a entrar na primavera. As buganvílias ainda têm algumas flores. É certo que o chorão ainda agora ficou nu mas, não fora isso, e dir-se-ia que passámos do verão à primavera com uma fugaz passagem pelo outono e sem termos entrado no inverno.

Almoçámos no terraço e estava-se muito bem. Fiz peixe cozido, maruca, com batata normal e batata doce, cenoura, feijão-verde, brócolos, cebola e ovo.

Depois fomos até à praia. Não houve jogo de futebol (até porque o meu filho já tinha feito cinquenta quilómetros de bicicleta e, portanto, já tinha um pouco menos pilhas do que de costume) mas houve outros jogos de bola e brincadeiras com o ursinho felpudo que, mesmo sem o prendermos, pouco se afasta de nós. A única vez em que poderia ter ido sem pestanejar e bye-bye little teddy bear, foi quando resolveu correr atrás de outro cão. 

Por sorte, o menino mais novo estava com ele pela trela. Com a força e o impulso da corrida do ursinho, caiu e foi arrastado pela areia, de barriga para baixo... mas não largou a trela. Impressionante. Um valente.

Constatamos que o patudo-peludo gosta de brincar com outros cães. Não tem medo de nenhum. Dá ao rabo e aproxima-se mesmo que os outros lhe ladrem. 

É uma coisa boa andar com o nosso cão na praia mas é ainda melhor estarmos com os nossos filhos e netos e todos brincarem uns com os outros e com a pequena fera. Um tempo ameno, uma luz maravilhosa, uma boa disposição partilhada. Muito bom.

Miúdos e graúdos, uns mais afoitos e a menininha ainda a bit reticente, todos gostam de sentir o pelo macio e a maneira de ser deste nosso novo elemento da família.




Depois da praia ainda tivemos afazeres. Portanto, quando chegámos a casa já era de noite, Passámos ainda pela pizaria para trazermos daquelas pizas de forno de lenha de que tanto gostamos.

E, aqui chegada, depois de jantar, escolhi as fotografias que tinha feito na praia e enviei-lhes. E depois deu-me um sono total. Adormeci. E ainda estou a lutar contra ele. A semana teve momentos complicados e a sexta-feira foi especialmente tensa e complexa. Quando é assim, o corpo pede retempero ao fim de semana.

A pequena fera teve uma semana pouco complexa e nada tensa mas a tarde na praia, as corridas e as escavações deixaram-no KO. Chegou, comeu desalmadamente e caiu para o lado, dormindo a sono solto, deitado de lado no chão aqui da sala. Foi um caso sério conseguir que se levantasse, que fosse até ao jardim fazer chichi e que regressasse à sua cama. A cada passo, deitava-se e queria dormir.

O mar estava lindo, lindo. Gosto muito de fotografar o mar. 

Nenhum surfista. Não sei distinguir os tubos, o fechamento das ondas, a sua sequência e altura. Mas alguma coisa era pois não se via um único surfista. 

Em contrapartida, na praia onde estávamos -- e acho que foi a primeira vez que lá fui -- havia um cheirinho a erva no ar que não era brincadeira. Aliás, toda aquela malta tinha um ar especialmente cool. 

Qualquer coisa nas pessoas, no areal e na forma como as pessoas o ocupavam, na luz que a meio da tarde começou a tingir-se de névoa num dos lados e de sunset sobre o mar parecia prenunciar que havia por ali muito amor para dar. Ainda bem. 

Quando lá cheguei, eu disse que havia qualquer coisa em todo aquele ambiente. A minha filha disse que tinha um boa vibe. E era isso. 

Dantes, quando íamos à praia em Janeiro, éramos muito poucos. Agora as praias estão cheias. É muito bom. Adoro o ar livre, adoro a beleza da natureza, adoro ver pessoas a desfrutar as maravilhas da natureza. Acho que toda a gente fica mais feliz quando anda ao ar livre.

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Ode ao mar -- Pablo Neruda


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Desejo-vos um belo dia de domingo