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segunda-feira, janeiro 04, 2016

Alberto Manguel: o discípulo fala dos tempos em que substituía os olhos de Borges. E fala de Machado de Assis, Roberto Bolaño e Paulo Coelho. E mostra a sua incrível biblioteca!


A leitura de Uma História da Curiosidade, que me tem trazido deleitada, fez-me ter vontade de conhecer o autor, Alberto Manguel. Mostro-vos três dos vídeos que, pela sua curta duração, me parecem adequados a tê-los aqui pois mostram um pouco da sua opinião e da sua relação apaixonada com os livros. Os dois primeiros são falados em espanhol com legendas em português-brasileiro. O terceiro é falado em francês, sem legendagem, mas, na esperança de que haja muitos leitores que o percebam eporque me agrada muito, optei por também o incluir.

1.

Alberto Manguel: O discípulo de Borges


 O escritor e bibliófilo argentino Alberto Manguel fala da sua relação com o Jorge Luis Borges, de quem foi os olhos


   

2.

O escritor e bibliófilo argentino Alberto Manguel analisa a produção literária latino-americana (nos antípodas, Machado de Assis e Paulo Coelho; e, de caminho, desanca Roberto Bolaño)


 

3.

Le Voyageur et la tour - Alberto Manguel | La Grande Librairie




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Como acima referi, tenho já quase pronto um post que contém um texto, um longo texto, sobre 'Que consequências têm as nossas acções?', que transcrevi do livro 'Uma história da curiosidade'. O início do capítulo de onde transcrevi o excerto começa assim: Aprender, como os cães, as regras da lealdade e da obediência é, para Dante, um processo demorado e doloroso. Contudo, já é tarde e já não consigo revê-lo minimamente nem ajeitar uma ou outra imagem que ainda quero confirmar ou decidir-me por uma música. Por isso, fica para amanhã -- ou de manhã, se conseguir madrugar, ou para a hora do almoço.

E, assim sendo, por agora, fico-me por aqui.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta chuvosa segunda-feira.

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quarta-feira, março 30, 2011

Lula, doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra; Dilma Rousseff presidenta amiga mas responsável. E até fica mal misturar aqui o Pedro Passos Coelho pelo que remato com uma citação de Roberto Bolaño

Luís Inácio da Silva, doutor, em Coimbra
Depois de ontem ter recebido o prémio Norte-Sul atribuído pelo Conselho da Europa, hoje Lula da Silva foi recebido em festa na Universidade de Coimbra, em que em cerimónia revestida de prestígio colorido e cheia de simbologia, lhe foi atribuído o doutoramento Honoris Causa. Apesar dos escândalos e apesar da ainda imensa mancha de pobreza, ficará para a história como o sindicalista que soube criar e distribuir riqueza de forma a posicionar o Brasil como um País com um dos mais interessantes índices de crescimento.

Vestes de cerimónia para celebrar os novos doutores

E, no dia em que uma crónica do Financial Times sugere que o melhor para Portugal seria que o Brasil cooptasse Portugal, anexando-o como um dos seus estados, Lula assegura aos amigos portugueses - a quem os brasileiros devem ver como uma espécie de antepassados aristocratas, decadentes e falidos - que o Brasil terá todo o gosto em ajudá-los.

Lula, ex-Presidente, tem já aquela postura típica dos avós, que tudo fazem para agradar aos netos, sem se preocuparem muito com o lado formal da sua educação. Já Dilma, claro, é mãezona: tentará ajudar mas tem que se ver como, apenas costumam comprar títulos de dívida AAA (e não disse mas deve ter pensado: não a dívida que as agências [algo vampirescamente] classificam como quase lixo).

D. Dilma Rousseff, Presidenta do Brasil formal, prestigia com a sua presença na Universidade de Coimbra o seu antecessor e amigo Lula

Mas isto, quando dá para correr mal, corre tudo mal (a sombra de Murphy a pairar, pois claro). Quando se pensava que se ia conseguir tirar a limpo, se ajudam ou não e de que forma, morre José Alencar e lá vão os nossos salvadores de asa, deixando aqui os pobres coitados na aflição, de mal a pior, tudo a derrapar perigosamente a caminho do abismo.

Tudo a derrapar perigosamente... e não são apenas os ratings, a dívida, os bancos, as empresas que começam a deitar contas à vida (... e, quando as empresas o fazem, certifiquemo-nos do estado dos pára-quedas...) - não, refiro-me também à idoneidade dos dirigentes do PSD. Derrapa, derrapa...

Um circo. E não sei em que número os inclua: malabaristas? Contorcionistas? Ilusionistas? Palhaços?

Então agora rejeitaram o PEC 4 não porque era muito gravoso para a população como alegaram... mas porque queriam ainda mais sangue?! Em que é que ficamos?! Desencadeiam uma crise num momento destes e depois ficam à nossa frente aqui às voltas sobre o próprio rabo?

Mas o que é isto?! Parvoíce pura e simples? Disfuncionalidade intelectual? Dislexia moral?

E, já agora, por dislexia.

Mónica Maristain pergunta a Roberto Bolaño: "Teve alguma importância na sua vida o facto de ter nascido disléxico?".

Resposta dele: "De modo algum. Houve problemas quando jogava futebol, sou canhoto; problemas quando me masturbava, sou canhoto; problemas quando escrevia, sou destro. Portanto, como pode ver, nenhum problema significativo."

Portanto, se a dislexia não é tão grave assim, então o problema do Pedro Passos Coelho e do PSD não deverá ser só isso. Talvez esquizofrenia, coisa assim, patologia séria.

A pose e a expressão não são famosas, quase parece ter saído de um concurso de shots. Mas o pior é a gravatinha rosa-menina: um susto.