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sábado, dezembro 06, 2014

Alberto da Ponte demitido mas poucochinho. Agora tem 10 dias para se defender. Tudo na praça pública. Só se ele não quiser é que não dá um baile de criar bicho à pequena Poia, esse coitado que não pesca bóia de coisa nenhuma. A falta de liderança é isto: gente tão frouxa, tão incompetente, tão naba que nem demitir alguém sabe. Quem é que afinal manda na RTP para que simples actos de gestão quase tenham que ser sujeitos a referendo nacional? Ó pá, tirem-me esta gente da frente se faz favor. Poia, Láparo, Irrevogável, Loura da Cruz, C-Rato: todos para a rua já, se faz favor. É uma questão de higiene pública.


No post a seguir há humor - são os Leitores, a quem muito agradeço, que me vão fazendo chegar piadas, vídeos, imagens. Desta vez escolhi juntar duas peças que têm a ver com a mesma realidade, ou seja, casar ao telemóvel e o que isso prenuncia sobre o estado das fraldas quando vierem as crianças

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.


Adeus que me vou embora


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no outro dia aqui falei sobre o assunto da RTP, referindo que saber que pretender gastar 18 milhões com os direitos de transmissão dos jogos de futebol a mim não me diz nada. Se gastam 18 milhões e de receitas esperam ter 11, então a coisa será ruinosa, 7 milhões de prejuízo daí decorrente. Mas, se as receitas forem 25, então a operação traduzir-se-á num lucro de 7 milhões, será excelente. Portanto avaliar o que quer que seja só olhando para um dos lados da equação é burrice da pura.

Tontos que não sejam dados a números, raciocinam no ar e vão atrás de qualquer osso que lhes atirem. Gestores ou gente com capacidade de raciocínio, ao ouvir dizer que o gasto é tanto, perguntam qual o ganho e só depois, então, ajuizam.

Pelos vistos foi isto do futebol e apenas vendo a coisa pelo lado dos custos e, sobretudo, foi o facto das televisões concorrentes terem lançado o isco, que fez os mentecaptos que se alojam no governo ficarem com vontade de correr com o Alberto da Ponte (pessoa que, como disse no outro dia, não é das minhas simpatias mas a quem me custa ver sacrificada como se de um amador e burro se tratasse).

Mas este comportamento do lado das hostes laranjas não me admira. É sabido que é gente que não olha a meios para atingir os fins, gente habituada a campanhas negras que acabam com a reputação de qualquer um. São os de sempre os que agora já aí andam a dar cabo da reputação profissional de Alberto da Ponte.

Depois há falta de classe nesta gente. Como vulgares cobardolas, escondem-se atrás da parede de vidro que criaram, o tal Conselho Geral Independente (CGI), para poderem fazer de conta que a culpa é do dito Conselho e não deles. E aí andam a dizer que o Plano Estratégico está mal feito, usando expressões como débil qualidade do projecto estratégico. Se isto é coisa que se diga! Eu, se fosse comigo, ficaria ofendida e lhes garantia que iam acabar a levar um valente par de coices - e em público, a ver se gostavam.

Faz-me lembrar quando o Vítor Bento era o maior, sério, idóneo, conselheiro de Estado, a pessoa credível que ajudaria a moralizar o BES: só virtudes. Pois bem, passados uns dias, depois da Albuquerque ter obrigado o fraca-gente do Costa do BdP a dar cabo do banco, dividindo-o em dois e deixando o lombo para o Novo Banco (para o despachar a correr) e o osso para o BES, e tendo Vítor Bento batido com a porta, logo passou, na boca desta gentalha, de bestial a besta, a lírico, teórico, não-gestor. Caído, no chão, a levar pontapés na cara por parte desta gentinha desqualificada - tendo-se-lhes juntado de imediato, os jornalistas-papagaios, os comentadores-abutres: agora com o Stock da Cunha vamos ter um gestor a sério, alguém com experiência, alguém pragamático.
Mas adiante que esta minha memória até a mim me cansa. Voltemos à Televisão Pública.

É que a confusão não se fica por aqui já que os Directores e a Administração vieram a terreiro defender a sua dama, e fizeram muito bem, que isto de serem achincalhados na praça pública não é desaforo que se possa levar para casa. E, cereja em cima do bolo, a ERC também se pronunciou dando razão à equipa de gestão da RTP.

Pelo meio vai haver audiências na Assembleia da República e, pelos vistos, como se estivesse já na condição de arguida, a Administração tem um prazo para se defender.

Se isto não é a loucura total, nem sei o que é a loucura. Não tenho ideia de um tal festival de surrealidades.

Imagine-se que isto era uma empresa ou um quartel em que não se percebia quem mandava, em que meio mundo opinava, em que os trabalhadores ou as tropas, face à burrice e falta de maneiras das hierarquias, faziam o que queriam e ainda lhes sobrava tempo, em que a vizinhança era chamada a dar ordens ou a influenciar. Quem é que ficaria mal ma história? As hierarquias, claro. Ou seja, o infeliz Poiares Maduro e o chefe dele!

O que me espanta é como é que, com tanta burrice, tanta parvoíce que fazem, ainda têm cara para por aí andarem armados em gente séria. Só estou para ver se, no fim disto tudo, ainda têm que meter a viola no saco e engolir esse big sapo que dá pelo nome de Alberto da Ponte. O que eu me fartava de rir.



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E embora o ache um cagão insuportável, um daqueles a quem estes tratos de polé talvez até façam algum bem do ponto de vista pessoal, não posso deixar de me solidarizar com ele face à forma até ridícula como está a ser tratado às mãos desta gente que nem os conceitos mais básicos de lealdade sabe respeitar; e, por isso, daqui vai o meu apelo: vai-te a eles, ó Alberto! 

E que, no fim, ainda possas gozar com eles, pagar uma rodada a todos menos a esses criançolas que nem homenzinhos sabem ser.

Uma rodada à tua, ó Alberto!



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  • A música lá em cima é Adeus Que Me Vou Embora numa interpretação de Camané integrado no projecto Humanos.
Recordo que a banda é constituída por: Camané, David Fonseca, Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves dos (Clã), Nuno Rafael, João Cardoso (Bunnyranch) e Sérgio Nascimento. As vozes estiveram a cargo de Manuela Azevedo, Camané e David Fonseca. Os restantes membros estão ligados aos instrumentos musicais.
As músicas cantadas pelo grupo são de autoria de António Variações e tinham sido entregues pelo seu irmão Jaime Ribeiro a David Ferreira, administrador da EMI, num caixote contendo diversas cassetes e bobinas que entretanto se 'tinham perdido' durante vários anos quando da mudança de instalações da empresa.
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Recordo: Humor sobre casamentos sob a nova forma de estar na vida é já a seguir. Mais abaixo há 'cenas' que metem uma mulher de 56 anos em topless e mais uns quantos escândalos.

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quinta-feira, outubro 23, 2014

IRS em 2015, cláusula de salvaguarda, regime à escolha do freguês, casados com ou sem declaração conjunta e também à vontade, etc, etc. Só inovações, só facilidades. Não querendo estragar a festinha, o UM JEITO MANSO pergunta daqui ao ministro Paulo Núncio, à sua ajudanta Albuquerque e ao subordinado dela Passos Coelho: quem é que vai gerir todas estas alterações informáticas no Portal das Finanças? A louríssima Paula Teixeira da Cruz? A tal do Citius em baixo e dos tribunais num caos? E quem é que vai harmonizar as fórmulas subjacentes à fantástica calculatória apregoada? O inteligente C-Rato? O das cratinas colocações? Contem-me coisas, contem, vá lá, make my day.


No post abaixo já vos mostrei um vídeo feito pelos Verdes europeus na despedida do cherne. Fartam-se de gozar com o peixe balofo, tadinho dele, que até já estou com saudades do nulo-zeo. Agora em quem é que a Merkel vai limpar os pés quando se apresentar em Bruxelas? E será que o Juncker já apagou o número de telemóvel dele? Aposto que sim. Para que é que o Juncker ia precisar de falar com um cherne fora de prazo?

No post mais abaixo fiz-me eco de uma notícia que corre na rádio alcativa e que tem a ver com o regresso do saudoso Relvas.

Mas tudo isso é a seguir.

Aqui, agora, vou inquietar-me com mais outra que estes inconscientes que nos desgovernam, se não forem travados a tempo, podem estar a preparar-se para fazer.



Inquietação - Camané




Poema e musica de José Mario Branco
 Camané interpreta com Dead Combo; 
Animação de Ryan Woodward; 
Edição Rui Ramusga




Com a ligeireza de quem não sabe nada na vida, vão fazendo e desfazendo, não deixando pedra sobre pedra. A Albuquerque até, sem querer, já deixou cair que vão ser precisos não menos de 10 anos para reconstruir o que têm vindo a destruir. Desta feita, a propósito do OE 2015, deu-lhes para anunciarem alterações no regime do IRS em cima do joelho e umas atrás de outras. 

À medida que os jornalistas e consultores vão fazendo simulações e exprimindo dúvidas sobre o que saíu da pornográfica sessão contínua de 18 horas, eles vão tirando laparotos fiscais da cartola. Tudo facilidades. Simulações, vários regimes disponíveis para cada um experimentar qual o regime que melhor lhe assenta, uma limpeza.

Ouço isto e só penso: tal como não perceberam a origem da crise nem porque é que a receita aplicada não resultou, também não perceberam porque é que o Citius baqueou e porque é que a contratação para a bolsa de escolas deu o berro em toda a linha.

E, portanto, não sendo capazes de somar dois e dois, continuam a anunciar coisas que implicam muito trabalho e trabalho bem pensado, provavelmente investimentos cuja concretização leva tempo, como se fosse canja de galinha; pela burrice que toda a conversa revela, temo que, na altura, nada daquilo esteja a funcionar.

Poder-se-ia pensar que, com esta minha preocupação, só posso ser masoquista. Pois não sou. Apesar de largar mais de metade do que ganho em impostos e contribuições, sei bem que é por eu (e todos os que podem) pagar impostos é que os que não podem pagar poderão usufruir de escola e saúde públicas, ter segurança nas ruas, etc. Por isso, eu quero pagar impostos, sim (embora, queira pagar muito menos, se faz favor). 


As vozes já se começam a ouvir. Transcrevo:


Rui Morais, que liderou o grupo de trabalho da Reforma do IRS, acha que a cláusula de salvaguarda no IRS anunciada ontem por Passos Coelho vai ser uma "salganhada".


Rui Morais garante que este mecanismo de cláusula de salvaguarda compromete um dos pilares do novo IRS, que é a simplificação do imposto, e defende que uma reforma tem de ser feita a pensar no universo dos cidadãos a quem se dirige e não tendo em conta casos particulares.




Também o presidente do Sindicato dos Impostos tem “sérias reticências sobre a exequibilidade” desta cláusula. Paulo Ralha lembra que a idade média do parque informático do Fisco é de 12 anos e que a medida prometida pelo governo irá exigir maiores necessidades de processamento do sistema informático. E se o sistema já agora sofre quebras dificilmente terá capacidade de responder perante as necessárias alterações de programação que o tornarão ainda mais pesado. 


Paulo Ralha admite mesmo um cenário similar ao bloqueio que afetou recentemente o sistema Citius do Ministério da Justiça.


O fantasma do colapso informático foi também levantado por José Tribolet, conselheiro do governo na área informática. Em declarações à TSF, o professor universitário revela que já avisou para o risco de colapso e exaustão do sistema informático do Fisco. Mas que estes alertas não foram até agora acolhidos. “Falar com a autoridade tributária é como falar com uma parede”.





Paulo Núncio, o actual chefe do governo em exercício

(de um governo em roda livre)




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E se pensam que estou a ser pessimista, que estou a exagerar, eu e todos os que antevemos mais uma porcaria em preparação, se acham que não há cisnes negros e coiso e tal, então vejam, por favor, o vídeo abaixo.




Black Swan 

Saturday Night Live (com Jim Carrey)



E que o humor nunca nos falte.

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Relembro: já a seguir tenho a festa de despedida ao Cherne Barroso e as boas vindas ao Senhor do Esquentador (que, segundo ele informa, vem aquecer os motores da Europa).

Mais abaixo, tenho de volta ao UJM o Vai-estudar-ó-Relvas. Momento grande.


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira.

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domingo, abril 27, 2014

Rodrigo Leão, nesta noite de sábado, nas escadarias da Assembleia da República. Lisboa na rua. Uma contagiante energia no ar. [Ou é apenas impressão minha...?]


Depois de, no post abaixo, ter respondido ao comentário de um Leitor que menospreza o 25 de Abril em detrimento do 25 de Novembro, falo agora da minha noite de sábado.


A minha filha falou-me num concerto de Rodrigo Leão nas escadarias da Assembleia da República e pareceu-me muito bem. O meu filho já tinha programa - Quatro Metades no Teatro da Trindade - pelo que fomos apenas com ela (e com os pimentinhas!).


Transcrevo do que se anunciava, no âmbito dos festejos do 25 de Abril:


Neste concerto, Rodrigo Leão e seu ensemble são acompanhados pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, dirigida pelo maestro Vasco Pierce de Azevedo. O espetáculo tem como convidados o fadista Camané e o Grupo de Percussões de Lisboa, e ainda o Coro Infantil da Fundação Musical dos Amigos das Crianças.


Quando lá chegámos ficámos espantados. Pejado. gente, gente, gente. As escadarias repletas, uma coisa impressionante, um mar humano.

Ficámos no relvado, os dois rapazinhos todos contentes.

Claro que à medida que o tempo ia avançando, eles iam ficando mais irrequietos, moches um ao outro, barulho, rebolarem, etc. Felizmente a minha filha levou bolachas e, portanto, lá os foi atafulhando a ver se ficavam entretidos e, enquanto comiam, não armavam baderna. Não resultou completamente mas, enfim, atenuou.

O concerto muito bom e o espaço muito bonito, uma ideia feliz.

No Eixo do Mal ouvi a Helena Roseta a queixar-se dos transtornos, já que mora por ali e o trânsito tem estado cortado por causa do grande palco. Imagino.

Mas que o concerto ao ar livre naquele local foi muito agradável, é um facto.

A música de Rodrigo Leão com a Sinfonietta é uma conjugação perfeita, tal como perfeita também é a voz de Camané interpretando aquelas canções.

Gostava de ter filmado mas não o fiz.


Celina da Piedade, o seu acordeão e a sua voz, e a limpidez do coro infantil foram outros momentos muito bons.

Todo o espectáculo teve ainda um encantamento suplementar: as luzes que percorriam o espaço, iluminavam as casas do bairro e se projectavam na Assembleia. Muito bonito.

Se não passasse já das 3 da manhã e eu não estivesse tão cheia de sono, contava melhor mas, assim, não dá.

Fico-me por aqui.

Conto apenas que, dali, ainda fomos fazer um giro até à zona do rio. Passámos pela zona hardcore do Cais do Sodré. Em alguns passeios, especialmente nas ruelas perpendiculares, ainda há prostitutas a aliciar clientes, tal como ainda ali estão as boites, bares de striptease e lap dance


Mas toda aquela zona de S. Paulo está na moda e as tascas agora saem para o passeio e as esplanadas estão cheias de gente nova. Uma animação engraçada.

A 24 de Julho estava cheia, sem lugares de estacionamento e, sobretudo, muita gente a pé a caminho do Cais Sodré e Bairro Alto.

Agora uma coisa me choca e podem, à vontade, chamar-me marreta: tantas miúdas novinhas de copo na mão e a fumar. Todas bonitas, todas produzidas, e a darem cabo da saúde daquela maneira.  
Eu, que fumei dos 18 até há uns seis ou sete anos, sei bem o disparate que isso é e custa-me ver as miúdas a fumarem cigarro atrás de cigarro e a consumirem álcool como se a isso estivessem mais do que habituadas.  
Claro que o sentimento é quase o mesmo em relação a rapazes mas, apesar de tudo, a coisa é ainda mais nefasta nas mulheres pelo perigo, em particular, se tomarem a pílula.

Mas, enfim, Lisboa está mesmo uma festa. Seja de dia ou de noite, que bom é andar pela cidade. Que esplêndida energia tenho sentido nestes últimos dias.

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Descobri agora um vídeo no youtube. A qualidade do som não é espectacular mas, enfim, quem dá o que pode a mais não é obrigado. Coloco-o aqui apenas para que possam ficar com um cheirinho.
Camané com Rodrigo Leão e a Orquestra Sinfonietta de Lisboa




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Relembro: no post abaixo respondo a um Leitor sobre o que acho do 25 de Abril e da incrível revolução que, depois dessa data memorável se operou no País, e do que acho papel de Otelo Saraiva de Carvalho e, enfim, de mais uma ou outra coisa.

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E, assim sendo, e quase às 4 da manhã, por aqui me despeço porque o domingo já aí está. 
Desejo-vos um belo dia, meus Caros Leitores.

segunda-feira, outubro 18, 2010

THE WAR OF THE ROSES - a Guerra das Rosas em filme

Michael Douglas e Kathleen Turner são o par inesquecível deste filme divertido que vai num crescendo, desde os tempos de paixão romântica até à fase final da paixão enraivecida, em que tudo se destrói (a vida em conjunto, a casa).

The War of the Roses deve o título original ao nome da família. Quem não saiba disso, não perceberá que a guerra não é de rosas mas, sim, a guerra entre o Mr. e a Mrs. Rose.

A versão cantada do Camané que coloquei no  Ginjal e Lisboa, a love affair foi, certamente, inspirada neste delirante filme.

Quer o filme, quer a canção merecem que os apreciemos porque são dramáticos e divertidos... e quantos milhares de casos iguais não há...?