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terça-feira, abril 12, 2016

Aleluia! O Lombinha dos Briefings ressuscitou! Vi-o com estes que a terra há-de comer: apareceu na RTP 3, com uma Ana Lourenço de camisa abotoada até aos gorgomilos, a debater com o Bernardino Soares.


Depois dos macacos e dos pdf's do post abaixo, eis finalmente um post minimalista. 

Uma vez mais, cheguei a casa tarde e más horas, desejando descalçar os high heels, cheia de fome, impaciente, a precisar de me vingar em alguém. Entro, acelero em direcção à varanda onde tenho por hábito desfazer-me dos sapatos, depois ao quarto onde largo a roupa, e por aí vou, deixando a pele pelos cantos, apanhando o cabelo, e etc. Depois, já mais terra a terra, enquanto arrumo umas cenas, o meu marido põe a mesa e aquece o jantar que cozinhei no domingo à noite.

A seguir, toca o sino, é o meu chamamento, e eu lá vou, já mais normalizada. Chego à copa e, reflexo condicionado, ligo a televisão. Ao olhar para o ecrã nem queria acreditar: o meu Lombinha?!?! O meu marido confirma :'Olh'ó gajo! O Lombinha!'. Fizemos uma festa. Há que séculos não víamos o fofinho. Perguntei ao meu marido 'Afinal de contas, o que é que ele fez enquanto esteve no governo?'. O meu marido respondeu já sem interesse: 'O que é que fez...?! Então não sabes? Fez três briefings. Foram buscar o gajo, que era muita bom, um craque de mão cheia, que ia fazer uns briefings muito modernos. Fez três briefings e das três vezes a seguir alguém caíu, ou ministro ou secretário de estado.'. 

Pois foi. Tiveram logo que o pôr com dono. Ficou na casota. Aliás, a ver se o Bernardino amanhã não vai à vida -- do ponto de vista televiso, claro --, tal a malapata que aquele Lombinha transporta.

E, enquanto estávamos nisto, distraímo-nos e mudámos de canal, nem mais nos lembrámos do Lombinha. Coitado. Depois, quando dei pela enormidade do que tínhamos feito até tive pena do pobre. É que nem nos lembrámos que o fofinho estava ali para falar. E, se calhar, até tinha coisas relevantes para dizer, o texuguinho mais cabeludinho, tadinho.

Coitado do Lombinha.
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E queiram, por favor, descer até ao PDF do Manuel João que, por acaso, não tem nada a ver com os macacos que transporto, todo o santo dia, ao colo.


quinta-feira, maio 28, 2015

Presente para oferecer a ciclistas, a políticos que se põem a jeito para ser abalroados, e a outra gente que se coloca em posições vulneráveis --> Testículos luminosos


Meus Caros, estou aqui com um problema técnico: tomei um comprimido para relaxar os músculos a ver se evitava um torcicolo que se estava a formar e fez-me um efeito tão imediato e tão disparatado que estou completamente a dormir. Desde que aqui me sentei já acordei várias vezes o que significa que tive foi sorte por não ter caído da cadeira.

Por isso, isto hoje vai ser curto e só não digo curto e grosso porque, dado o assunto que é, tenho que ter cuidado com as traições da língua portuguesa.

A coisa conta-se rapidamente. Li sobre uma invenção prodigiosa: um pequeno saco em forma testicular que se pendura na parte de trás do banco da bicicleta e que, se accionado, se ilumina e que, enquanto o ciclista vai a andar, balança e chama a atenção para os que, se pouco atentos ou cuidadosos, lhes poderiam dar uma traulitada.




Transcrevo o texto do Bored Panda que explica:

Most people fall into two categories: the “Ball-Haters” and the “Ball-Lovers”. We’re Heather and Scott, a pair of introverted industrial designers and the founders of Bike Balls.
If you aren’t familiar with Bike Balls, they are essentially a rear bike light that you mount to the bottom of your seat that looks like a pair of bobbing, glowing testicles. We launched on Kickstarter two weeks ago and surpassed our goal in just three days. In the past two weeks of our campaign, many people have told us that our product is “nasty” and “offensive”. While we (obviously) had some inclination of the crudeness of our bicycle light before we released the project, we decided to launch Bike Balls anyway – and here’s why.
Our tagline is “it takes grit, wit, and balls to ride, so show em’ what you got” – we believe in this and want cyclists to gain better visibility, while bringing a bit of humour to the commute, and diffusing any road tension between disgruntled drivers who don’t like to share the road. We’re encouraging cyclists to feel more confident, people will notice you and your glowing Bike Balls, and you will be safer because they see you!



Ora eu, que sou claramente uma pacifista, estou mais do lado dos Ball-Lovers e, portanto, tanto os love que até estou a ver que seriam úteis para algumas pessoas nossas conhecidas e que não são propriamente ciclistas (pelo menos que eu saiba), nomeadamente,

- Para o Ferro Rodrigues quando há debates a sério na AR. Se os pendurasse no cinto, à frente, para mostrar maior auto-confiança - talvez os adversários sejam mais meiguinhos e talvez ele se saia melhor


- Para o Lombinha dos Briefings para ver se, da próxima vez que tiver uma ideia brilhante, aparece mais auto-confiante e não já com aquela carinha aflita de quem sabe que não tarda nada vai desatar a levar pontapés de toda a gente

- Para o Maçães das polacas, vulgo o Alemão, para que, da próxima vez que saia à cena, apareça ainda com mais cara de campeão, uma fera, um tubarão, uma verdadeira merkel que leva tudo à frente, checospolacas, esquerdistas, tudo e, tão vencedor se apresente, que já não seja gozado até à 5ª casa

- Para o Carlos Costa, para os próximos anos, caso se mantenha mesmo pespegado no BdP: tantas faz que é melhor que nunca os tire e até que arranje mais um conjunto para pendurar na testa pois, por tudo o que faz e diz, parece mesmo que está sempre a pedi-las.


- Para a Teresa Leal Coelho, pode usá-los como arrecadas, uns big brincos saltitões, para chamar ainda mais a atenção sobre si e para tornar a sua conversa ainda mais gráfica. Temo bem é que não tenham o efeito pretendido e que o Fernando Negrão se torne um verdadeiro ball-hater e parta mesmo para a violência física.


- Para o Rei das Cagarras, a ver se da próxima vez que der à luz um prefácio de roteiro não lhe caiem todos em cima a perguntar: 'Mas que raio é isto...? Outra vez...?' podendo magoar aquela alma bpnenemente sensível.

- etc (não recomendo para o trio-maravilha láparo-irrevogável-pinokia, porque esses acho que não merecem mimos de espécie alguma).


A coisa é fácil de montar, seja na bicicleta, seja num cinto, quer à frente, quer atrás, quer numa fita de cabelo para ficarem pendurados sobre a testa ou até, quiçá, na gravata, para que fiquem pendurados ao peito. É uma questão de experimentar. Mas com jeitinho, com mãozinhas cuidadosas.




E são resistentes à água o que dá sempre jeito já que se alguém atirar um copo de água à cara de algum dos artistas supra citados - vamos dizer num suponhamos, à cara do Carlos Costa, coitado - os testículos manter-se-ão a funcionar na perfeição.




Além disso, dada a utilidade indiscutível que tem, não parece ser caro. $20 expedidos até à porta de cada um.

Ou seja, um presente útil, relativamente em conta, e que fará um sucesso. Mais informação no site Stickstarter - um negócio que me parece francamente promissor.

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E pronto, por aqui me fico, Ao divulgar esta útil invenção considero que o Um Jeito Manso cumpriu mais umas das suas missões humanitárias. Com as Bike Balls muita dorzinha e muitos danos colaterais podem ser evitados.

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E, com vossa licença, acho que agora vou de gatas até à cama. O torcicolo já desapareceu mas eu estou completamente a dormir.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta-feira. 
Gentileza para com o próximo é o que hoje vos desejo.

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sábado, março 14, 2015

O ex-Lombinha dos briefings vai espalhar-se outra vez. Agora é com o VEM dos pequeninos. Mas ninguém ainda ali percebeu que o Lombinha não acerta uma?!


Tenho andado com a inspiração virada para outro lado e portanto deixei passar sem referência o regresso à ribalta do meu fofinho preferido, o meu querido Lombinha, ex-dos-briefings.


Esta fotografia ainda é do tempo em que o Lombinha se apresentava com o cabelo em desalinho


Pois lá o vi, agora já mais arranjadinho, o cabelinho mais aparado, todo ele aprumadinho, a tentar mostrar como é inteligente. E ouvi-o e até tive vontade de lá ter estado a dar-lhe um chupa-chupa, tadinho, tão fofo a gabar a iniciativa de trazer packs de 40 emigrantes de volta a casa. Começa com 40 projectitos e depois hão-de vir mais. Fofinho. A milhas da realidade mas, então, que há-de ele fazer se não nasceu para aquilo?

Agora constatei foi que uma vez mais o láparo está a dar mostras de não saber fazer nada, nem sequer perceber o potencial dos seus colaboradores. A experiência do Lombinha a dar cabo de Secretários de Estado que, cada um que lá ia aos briefings ia à vida no dia seguinte, cada tiro, cada melro, foi o que foi. Até que acabaram os briefings antes que o Lombinha acabasse com o Governo. Agora reincidem com outra ideia avançada e, claro está, está mais que certo que, por todos os motivos e mais alguns, esta coisa do VEM é mais um dos abortinhos de estimação do governo do láparo.

Portanto, olha, temos pena, lindo, mas ainda não é desta que te vais safar, ó Lombinha, fofinho. Cá para mim, depois desta reentrada gloriosa, lá terás que te remeter ao silêncio por mais uns tempos.

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quinta-feira, dezembro 18, 2014

Hoje revi o Lombinha! Yupi! Aleluia! Lombinha! Lombinha! - Estava na Assembleia da República (com o chefe Maduro) e estava a tapar a cara a ver se passava despercebido. Mas eu vi-o. Lombinha! Lombinha!


No post abaixo já divulguei anedotas sobre sedução, casamentos desavindos e, para terminar, partilhei um vídeo sobre Terapia de Casal. Foi o momento de humor do dia.

A seguir.

Mas, aqui, agora, a  conversa é outra.

Estava há bocado deitada no sofá a ler um livro quando ouço na televisão a voz de flautinha do senhor ministro Miguel - não a do saudoso Relvas mas a do letrado Poiares Maduro. 
Explicava-se ele sobre o fim do mundo em cuecas que vai para ali na RTP, ele, Poia, a querer correr com o Da Ponte e o Da Ponte a dizer que, se ele quiser um duelo, tê-lo-á e que se o Poia não o deixa em paz, vai queixar-se dele ao tribunal, assédio, perseguição paranormal, qualquer coisa - e a justiça que decida. 
E o pobre Miguelito, olhinhos descaídos, voz de aflição, barbinha mal semeada, ali estava desfiando queixinhas atrás de queixinhas, puerilidades que ninguém consegue levar a sério, uma coiseca de rapazolas que a gente já nem ouve. 
O Da Ponte goza que nem um perdido - e só pode - e ele, pobre académico, não consegue perceber que não é criando conselhos ou tretas que consegue eximir-se às suas responsabilidades e que gerir uma empresa não é a mesma coisa que brincar aos power points ou elaborar papers (e digo isto sem querer ofender os académicos mas é que um académico que queira tutelar uma RTP tem antes que se fazer homem, quanto mais vir de penacho erguido, directamente de um instituto lá para Florença onde andaria a fzaer flores).

Mas, então, estando eu quase com uma lágrima ao canto do olho, tanta a pena que estava a sentir daquela pobre figura, quando reparo que o coisinho Lomba também ali estava. Todo o tempo que o vi, esteve de lado, a mão tapando a cara. Pareceu-me que estava com medo que alguém pensasse que aquilo era mais um dos mal-afamados Lombinha's briefings, daqueles que davam um azar dos diabos, tanto que tiveram que acabar com eles antes que o Governo caísse todo. Acho que não abriu a boca.


O que andará ele a fazer? Aos anos que ali está sem que ninguém dê pela sua presença. Tão inteligente que era, o espertésimo Pedro Lomba, e agora, coitado, tais as tristes figuras que fez com aqueles estapafúrdios briefings que teve que passar à clandestinidade a ver se o País inteiro se esquece dele.

Quantos mais clandestinos se esconderão no seio deste desconexo desgoverno sem que a gente dê pela falta que fazem? É este, é o Maçães e são todos esses elementos decorativos que, sempre que fazem alguma, só sai disparate.

Este Lombinha mais o seu chefe Poia são bem o exemplo de que não basta ser inteligente: há que parecê-lo, é certo, mas há sobretudo que saber concretizar, há que saber a quantas se anda, há que ter jeito, ter traquejo, ter experiência, enfim, qualquer coisa. Caso contrário, bem podem limpar as mãos à parede. Já viraram anedota nacional e tudo o que façam só serve para despertar a galhofa. Temos pena.

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Para anedotas e terapias a la Porta dos Fundos é descer, por favor.

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quarta-feira, novembro 12, 2014

Desta vez é Paula Teixeira da Cruz na capa do The New Yorker - ela é o novo elefante na sala da política cá na piolheira


Todas as semanas há um novo membro do desGoverno a fazer-se de elefante. 

  • A semana passada foi Pires de Lima - sobre quem as opiniões se dividem (será que estava etilizado? será que soltou a bicha maluca que tem dentro dele? será que mostrou que é parvo todos os dias? what...?). 

  • Antes tinha sido o Crato a atirar tempos verbais para os olhos dos deputados e isto depois de ter deixado as escolas, os professores, os alunos e os respectivos pais com os nervos em franja e os cabelos em pé. 
  • E não nos esqueçamos do Machete, semana sim, semana sim, a pôr a boca no trombone a a divulgar o que as secretas andam a vigiar na moita, deixando os colegas a bufar pelos cantos e a cochichar alternativas possíveis para o irem encaminhando (uma residência para idosos? um lar para taralhoucos?). 
  • E a Albuquerca, a verdadeira chefa da banda, a mestre-escola do pau oco, a narizinho enrugado de coelhinho, a pinóquia? Entre swaps e outras tintas trocadas, lá vai levando a água choca ao moinho mas volta e meia fazendo os colegas do gang rangerem os dentes, dizendo entre eles: ou bem que se range os dentes, ou bem que, se ela quer jogos baixos, se lhe desata à canelada.
  • O próprio Láparo, com a  cena da ONG e da Tecnoforma, já se tinha armado em big elefante, levando a que o padrinho lhe tivesse puxado as orelhas em público e que o cão com pulgas começasse logo a manobrar na sombra para arranjar um novo grande líder. E isto já para não falar nas intervenções que faz sempre que lhe põem um microfone à frente, uma conversa enrolada em que nada bate com nada, nem o tema em si, nem a gramática. O vice até deve ficar com os pêlos do peito arrepiados cada vez que ouve o chefe a calinar.
  • E o Maçães, esse pequeno galaroz, esse prodígio da natureza, que gosta de se armar no talibã dos liberais e deixa os outros a olharem para o tecto a fingir que não o conhecem...? 
  • E as saudades que eu tenho do Lombinha dos Briefings, esse fofo, que dava cabo de todos os que se sentavam ao lado dele naquelas saudosas sessões de tomba-ministros e secretários de Estado...? 
  • E sei lá quem mais. Tantos casos, tantos, que a gente lhes perde as contas. 
  • E não incluo aqui o Vice-Irrevogável porque senão roubava o brilho aos outros que esse não é um elefante, esse é uma manada deles, cada qual engalanado de sua personagem, todas aperaltadas e de voz colocada como se fossem actuar no D. Maria II, um verdadeiro coro de vozes: 
Por esta linha vermelha eu não passarei...! 
E eu também não, e irrevogavelmente, perante vós, o declaro!
E essa inferior mulher ao meu lado...? Jamais...! 
E, se dou o dito por não dito, é por uma e duas e três razões 
e todas vivem dentro de meus três corações!


Todos, à vez, bisando, trisando, ali andam a brincar aos elefantes.

Ora tanto forrobodó tinha que dar nas vistas. A coisa tem vindo a ser falada, claro. Um pouco por todo o mundo, como não podia deixar de ser. Há coisas que a gente sabe fazer à grande, então não há?
Veja-se o caso da legionella, o bem posicionados que vamos no ranking mundial. 
Pôr a legislação desleixada, não obrigando a controlar as coisas como deve ser, nomeadamente a qualidade do ar, é no que dá.  E bem pode o Coelho vir agora limpar as mãos ao pêlo, que a culpa não é de quem altera as leis para as deixar permissivas mas, sim, de quem vai na conversa. Ora, ora. Conhecemos bem essa sua faceta de Pilatos.
Mas adiante. 

Nisto, então, de haver sempre um elefante na sala do governo não há pai para nós.

Ora bem. Já no outro dia o The New Yorker tinha feito capa com o Conselho de Ministros de 18 horas.


Agora é a capa do mesmo The New Yorker, na edição da próxima semana, que vai trazer 'O Elefante à Vez no Governo Português'


Desta vez o elefante é, claro, a lourésima Paula Teixeira da Cruz que toda a gente espera que se demita já que os bugs naquela cabeça são tantos que já lhe saem pela boca a torto e a direito. 


Depois de ter parido a sabotona contra os dois pobres informáticos que quer à viva força despromover a bodes, agora, como os da PGR a mandaram bugiar - que vá chatear outros, que nem indícios há - numa de maluqueira completa, não desiste de os perseguir e quer pôr-lhes processos disciplinares. 

Como também não vão dar em nada, ainda havemos de vê-la a atirar bichas de rabiar aos pobres coitados. 

Ou então, ainda atiça o Pires de Lima para cima deles num daqueles dias depois do almoço ou quando estiver com um daqueles surtos.

(A ver é se isso não acontece quando ele estiver à beira de alguma piscina senão ainda tem mais uma alucinação com a Catherine Deneuve e se atira com eles lá para dentro).

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Já agora, porque o tema de tão triste, vos deve ter posto com uma lagriminha no canto do olho, deixem que termine com uma coisa mais levezinha: uma sugestão de brincadeirinha, com um elefante dentro, para que os que nos desgovernam se possam entreter durante os conselhos de ministros. 

Em vez de tomarem mais decisões parvas, podiam antes jogar ao  Procurar o peixe

Todos à procura! Onde estará? 

Debaixo da mesa? Ainda dentro do armário? Dentro do soutien de uma das ministras? Dentro das cuecas de um dos ministros? Quiçá das do Poiares? 

Busca, busca... - podia ir incentivando à distância o rei das cagarras que riem. E eles todos à procura.

Peixe...! Peixe...! Onde estás tu, peixinho...?


Uma cena assim:



[Monty Python: Find the Fish]



Sendo que o elefante é, nitidamente, a Bug Peixeira da Cruz, será que aquela jeitosa de cabelo pink é o Pintas de Lima a fazer-se de Catherine Deneuve? Pergunto.

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Permitam que vos informe: no post abaixo há uma história com o humor enviado pelos Leitores. Desta vez temos uma história que deve fazer arrepiar os cavalheiros. Mas não há razão para isso, o post é apenas pedagógico e não apenas para cavalheiros. Mas, mesmo assim, para as madames não acharem que ficam a perder, escolhi um belo exemplar para ilustrar a prosa. Com 60 anos no ramo, como é que podia falhar?

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quarta-feira!

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terça-feira, junho 10, 2014

A aclaração de Passos Coelho e o bonézinho de Paulo Portas. Disparates do primeiro, diz Marcelo Rebelo de Sousa na TVI; e um toquezinho de achincalhamento do segundo pelo primeiro, noto eu ao ver as imagens da Feira de santarém. Mas pena, pena, é, com tudo o que se passa, ter o PS entregue a um leão moribundo (isto segundo a imagem gentil do Prof. Marcelo - que de leão o Tozé tem muito pouco; só se for um leãozinho de peluche) .//// E, para aguçar o apetite, o 1º poema de A MORTE SEM MESTRE de Herberto Helder.


Dá-lhe! Amocha Maria!





Na Feira de Santarém Passos Coelho esteve no seu melhor: 

  • falou de alheiras e dos seus dotes culinários, 
  • fez trocadilhos entre aclarações e clarificações (como se as trapalhadas que rodeiam o tema das 'aclarações' não tivesse partido dele), 
  • continuou a virar o bico ao prego, dizendo que o Governo não podia ser um elemento de instabilidade (como se o Governo não fosse ele), 
  • depois dissertou dizendo que a 'coisa' (sic) de que o país precisa é de previsibilidade (como se o maior fazedor de crises e de provocações institucionais não fosse, justamente, ele),

e, finalmente, 

  • cruzando-se com o vice-irrevogável Portas, gozou com a cara dele perguntando-lhe pelo bonézinho, só faltando tratá-lo por Paulinho das feiras.


Não vi a reportagem até ao fim pelo que não sei se não acabou a jornada a cantar. Não me admiraria de o ver com umas avençadas vestidas à maneira a apimentar o palco, um maçães a fazer de anãozinho engatatão, e ele, imaginando-se a pisar o palco do Politeama, a fazer uma coreografia apimbalhada enquanto, qual tenor, entoava Amocha Maria.

Uma indigência. O Láparo a dizer baboseiras, a Cristas com um sorrisinho amarelo a reboque do chefe, a trupe local do PSD também de sorrisinho afivelado, todos felizes por servir o dono, depois o Portas, assarapantado, sem saber para que lado se virar depois daquele encontro desagradável e a ser amparado por uma alma caridosa: um regime mais caricato que uma britcom daquelas de partir o coco a rir.

Não sei se a Poiazita Madura também por ali andava. Tenho ideia que coisas de Administração Local eram com ele mas não faço ideia. Também achava que ele tinha vagamente a ver com televisão e afinal já descurtiu e largou o tema.


Pensando bem, também não sei que é feito do Lombinha dos Briefings. Terá debandado? Às tantas, aos poucos, já foram abandonando o barco. Quando dermos por ela, estão já todos em casa, de papo para o ar e a receberem o ordenado sem terem que largar o sofá.

Isto das Feiras também deveria ter a ver com Economia. No tempo do Álvaro dos Pastéis, ele andava pelas feiras a ver se dinamizava os natas. Agora este Pires de Lima, desde que entrou para o Governo e se deixou de cruzadas em prol da economia real e o escambau, perdeu o gás todo. Isto, às tantas, se não dá para vender cervejas, também não está nem aí.

Em tempos também por lá houve um olharapo, um que era de tipo emplastro que aparecia sempre pregado ao ombro dos personagens principais. Depois deu de frosques e também não deve ter sido substituído. Inovação o caraças, que isto é preciso é sacar-lhes a massa toda, ó trabalhadorzinhos badamecos, deve ser a filosofia de vida finalmente assumida pelo regime passista. Cá para mim, estamos a assistir ao outing ideológico do Governo. Saíram do armário. Salário mínimo, concertação, inovação e outras tretas...? Ora, vão-se catar. Deve ser esta a doutrina do Láparo quando faz aquelas reuniões de Conselho de Ministros em que, no fim, aparece aquele - como é que ele se chama? (agora não me lembro) -  com ar de zombie, a dizer banalidades, como se não se tivesse passado nada. Não pode é dizer, coitado. Ou, então, tem vergonha. Pudera. Imagino o que deve ser aquilo.


Sobrou a Cristas, coitada, que deve ser tirada do ministério quando é preciso alguém para aparecer em público e que não faça ondas.

Assim como assim, costuma portar-se bem: não abre a boca e faz aquele sorrisinho de leitãozinho mimoso e estaladiço.


E assim andamos.


Os indicadores revelam a economia em queda, as exportações em queda, as importações em alta. A dívida, claro, sempre a subir. Um desastre em toda a linha. Ao fim de três anos não há nada que se aproveite. Deram cabo de tudo. 

Nada que qualquer pessoa com dois dedos de testa não previsse desde o início. 


Marques Mendes já nem consegue disfarçar, passa-se da tola, nunca viu tamanhos burgessos. Manuela Ferreira Leite goza, desafia-os, range os dentes, só não não se recusa a falar de tão estúpidas criaturas porque é paga para comentar e não tem outro remédio senão sujar a boca com assuntos tão estragados. E Marcelo Rebelo de Sousa até se esquece que aquela gente provém do PSD e afinfa-lhes com uma força que até deve fazer tremer os cristais da cristaleira do Tozé (esse doce opositor do Láparo).

A verdade é que Passos Coelho e a sua entourage não estão apenas a fazer o País em cacos: estão a fazer o mesmo ao PSD. No fim desta mariolice, o partido fica um coito de caciques e pouco mais. Quem tem um mínimo de instrução e bons princípios fala de Passos Coelho como de um bicho sarnento.

Voltando ao Prof. Martelo: já foi no domingo e isto são tão umas a seguir às outras que a coisa rapidamente sabe a requentado. Mas, pró-memória volto à cold cow. Marcelo Rebelo de Sousa, ilustre professor de Direito, não foi meigo ao falar de Passos Coelho. 


O pedido de aclaração ao Tribunal Constitucional, por parte do Governo, “foi um disparate e um erro de direito”, defende Marcelo Rebelo de Sousa. 


“Pergunto como é que ninguém não sabe de direito naquele Governo. Achou que ainda estava em vigor, que se aplicava uma lei, que ele próprio tinha mudado”, lembrou. 


No habitual comentário dos domingos à noite, na TVI, o professor universitário critica ainda as palavras de Pedro Passos Coelho sobre os juízes do Palácio Ratton. “Agora vem queixar-se, o líder do PSD, de que foram mal escolhidos, não foram escrutinados, nem controlados. E de quem é a culpa? Dele, que estava distraído, que não fez o trabalho de casa: ele e Paulo Portas. Portanto, não se queixe duma asneira que que fez no passado”, aponta. 




Ui que até a mim me dói.

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Um Governo, um Presidente, uma maioria. O melhor dos mundos.
(O pior são os actores - digo eu)


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Face a isto, what...? 

A oposição arrasou estes artistas? Demonstrou, preto no branco, que cambada maior nunca se tinha visto? Que são piores que os da vermelhinha? Que enganaram os eleitores para depois os deixarem lisos? Que depois de sairem do pedaço não ficará pedra sobre pedra?

Eu esclareço: nada a saber.

Face a tamanhos desconchavos, o putativo novo animal feroz, o self-anulated Tozé, the so called Zero Man,  parte para a desgraça, oposição à séria, parte tudo, rebenta com eles, mata e esfola.

Isto é: pôs um post no facebook a dizer que a culpa desta gaita toda, leia-se 'das intenções de voto no PS voltarem a cair' é do Costa, esse estupor. Temos homem.


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As imagens são, como é óbvio, do talentoso e inspirado We Have Kaos in the Garden. A fotografia do ex-olharapo também é capaz de ser obra do Kaos.

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A banda sonora desta pornochanchada é 360 Amocha Maria numa requintada interpretação do Vira Milho.

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[A esta hora está a D. Cavaca a pôr as medalhas de molho para o maridinho as pôr ao peito destes artistas numa próxima comemoração: pelos altos serviços, ah pois].

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PS: Já cá tenho o livro do Herberto Helder e já o andei a passear pela casa numa produção fotográfica. Não sei se ainda me atire a isso agora ou se deixe para amanhã. 

Às tantas isto é conversa a mais para um mesmo dia, não é? Devo dar-vos com cada seca que, só de pensar nisso, fico assustada.

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Volto aqui para dizer que, depois de ter estado a responder a comentários, dei por mim sendo já quase 2 da matina. O costume. Por isso, fica resolvido o meu dilema sobre o novo livro do Herberto Helder: fica para amanhã.

Mas, para não parecer mal educada - estive para aqui a aguçar o apetite e agora saía de fininho - deixo-vos com uma fotografia do dito, envolto numa recriação do papel de embrulho com que costuma forrar os livros, e junto a uns anjinhos que tenho num recanto do meu quarto. Não sou dada a santaria mas acho um piadão a anjinhos.

E acrescento, para vossa orientação, o primeiro poema do livro. Herberto Helder em grande estilo.



nunca estive numa só linha a tão vertiginosa altura,
oh Anjo Príapo, oh Nossa Senhora Côna!
quando nos vimos nus um em frente ao outro,
em nossa primeira noite nos começos do mundo,
numa pensão rasca de um bairro de quinta ordem,
o putedo sai que entra pelos quartos à volta
- peço por isso que um qualquer erro de ortografia ou 
                                                                          sentido
seja um grão de sal aberto na boca do bom leitor impuro.

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E agora, sim: desta é que é. Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo Dia de Camões! 
Ide em paz e que a poesia vos acompanhe.


terça-feira, março 18, 2014

Depois de uma relação não consumada com António José Seguro, Passos Coelho parte esta terça feira para ver se dá a volta à Merkel. Há uns dias já lá esteve o seu discípulo, o alemão arraçado de polaca Bruno Maçães, para explicar aos alemães que têm muito que aprender com Portugal.


Bem. Ora deixem cá ver. No post a seguir a este, ensino uma certa pessoa - e a quem mais achar útil - como tratar do torcicolo de uma senhora (atenção, convém certificar-se que é mesmo uma senhora, não vá o diabo tecê-las). 

No post ainda mais abaixo tenho uma massagem especial para homens. 

Ou seja, depois deste, os posts não são para almas sensíveis - e não digam que não avisei.

Mas isso é depois. Aqui, agora, a conversa fia fino.

*

Que entre o Toreador



*


Passos Coelho, esse castigador, resolveu convidar o TotóZero para uma sessão a dois. Convidou por carta, todo ele armado em convencional. Deve ter passado o fim de semana a sonhar com a noiva, longas tranças, debruçada à janela do Rato. No intervalo destes arroubos, Passos vai roubando velhinhas e viúvas, pisando doentes e sacando o pão da boca das criancinhas mais desfavorecidas. Depois, volta e meia dá-lhe para isto, para o romantismo.

Imagino-os esta segunda feira, durante o encontro. O putativo barítono todo fanfarrão, fácies hirto, sorrisinho irritante, todo ele moralista, armado em bom, preparado para usar a sua posição dominante. E, à sua frente, o Totó, carinha de piu piu, muito agastado, a começar cada frase por 'eu peço desculpa...'.

Li agora nos jornais online que a coisa não resultou. Três horas andaram os dois à volta da mesa mas não pintou. Não houve clima. E, se não pintou, muito menos rolou. Não sei a qual dos dois atribuir a disfunção que fez falhar o acto. O mais certo é que tenham falhado os dois. O Tozé cheio de nódoas negras pelo corpo todo, tantos biqueiros tem levado de todo o lado, o Láparo habituado a agir à bruta, sem cuidado nenhum. Não funcionou, pois. Insanável, diz o Totó.


Era expectável.

Depois desta nega, o Láparo segue esta terça feira para a Alemanha onde vai ver, junto da matrafona Merkel, o que é que ela o deixa fazer. Aí passa-lhe toda a farronca. Ele sabe que, se lhe apetecer mijar fora do penico, a Merkel vira Gonzaga e aplica-lhe o bónus mesmo sem massagem prévia nem óleo.

Por isso, quando vai ao beija mão à madrinha, o Láparo vai de fininho. Piu, piu, aqui quem pia agora sou eu.

Além do mais, já fez saber que aquela do Bruninho no outro dia foi coisa à toa: o catraio estava com os copos, estava a querer impressionar umas polacas, não sei o que passou pela cabeça, é disfuncional, o gaiato, quando se vê rodeado de louras, solta-se, torna-se inconveniente, arma-se em bom sem tento nenhum na língua, terá ele mandado dizer.

Transcrevo a notícia de 11 de Março para os que não sabem do que é que estou a falar: 

"Todos sabemos a força do setor industrial alemão" (...) mas o setor dos serviços "não é competitivo do mesmo modo", afirmou Bruno Maçães no encerramento do II Fórum Luso-Alemão, que decorreu esta segunda-feira e hoje na capital alemã.


"Parece-me claro que, sobretudo no setor dos serviços, há muitas reformas que a Alemanha precisa de fazer", defendeu, em declarações à Lusa.

(...)

"Um setor de serviços mais aberto e competitivo teria mais investimento, mais empresas novas, o que levaria os trabalhadores menos qualificados do setor industrial a mover-se para o setor dos serviços. O setor industrial alemão subiria na cadeia de valor (...)


Quando leram estas palavras, imagino os ideólogos do regime, os iluminados Poiazita Madura e Lombinha dos ex-Briefings, a nem quererem acreditar. A questionarem-se: 'Mas what the hell...? Estaria com os copos ou teria inalado substâncias alucinogéneas? Raios partam o Brunocas! Aquilo viu-se rodeado de louras e resolveu armar-se em super herói". 

Depois a irem logo a correr, avisar o Láparo que terá mandado falar com o Machete, para ver se ele amaciava a Merkel e o seu cão de guarda, o das finanças.

A ver como corre esta terça feira a delegação dos indigentes. Lá deve ir o Láparo mais a pinókia e o porta-moedas, sabujos, servis, de gatas e às arrecuas. Não sei se vão levar o vice-irrevogável mas tanto faz.

A Merkel, aperreada com o que se está a passar a leste, a ser acusada de falta de sensibilidade e que será dela a culpa se a 3ª guerra mundial eclodir, deve estar bem a marimbar-se para este bando de pobrezinhos, ó atraso de vida.


Isto é tudo uma palhaçada, é o que é. Não dá para se levar a sério rábulas tão mal paridas com tão fracos personagens, pois não?

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As imagens provêm, como é bom de ver, do blogue We Have Kaos in the Garden

Lá em cima é Ludovic Tézier a interpretar o 'Toreador ' da ópera Carmen de Bizet

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E, assim sendo, sigam por favor para bingo. Desçam um pouco mais e encontrarão um endireita à altura da minha assistente Martina Hill e, a seguir, uma massagem com bónus no final.

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Hoje vinha imbuída das melhores intenções, até vinha a pensar numa daquelas em full white, silêncio e palavras brancas. A sério. Não parece mas é verdade. Mas, vá lá eu saber porquê, uma driving force qualquer puxou-me para isto. E agora estou cheia de sono. As últimas semanas deram cabo de mim. Ando cheia de sono, nem sei o que é isto. Ainda só é uma da manhã e já estou a escrever de olhos meio fechados. E amanhã tenho que sair de casa mais cedo do que é costume e, só de pensar nisso, mais sono ainda me dá.

Por isso, despeço-me já (e desculpem, uma vez mais, não responder aos comentários).
Desejo-vos, meus Caros Leitores, um belo dia e desculpem lá qualquer coisinha.


quarta-feira, fevereiro 19, 2014

"Se quisermos modificar o País, temos de fazer exactamente o mesmo que se faz com os cavalos, temos de mandar vir homens do Norte, ingleses, escandinavos ou suecos, e de montar aqui e além postos de cobrição." No entanto, antes de porem em prática mais esta série de golden visa, deviam pôr os olhos no que a Érica diz do material do João.


No post abaixo já vos falei de como, entre dormir e acordar (efeito do comprimido que tomei), dei com o vice-irrevogável Portas a falar não de submarinos mas sim, imagine-se, de porta-aviões. E como, a seguir, dei com o Pires de Lima a confessar que exagerou quando falou em milagre económico. Aquilo ainda é coisa de quando vendia cervejas e tinha que ser criativo na publicidade.





Estava com esperança de me manter acordada e escrever mais qualquer coisa mas, qual quê?, uma sonolência...

Por isso, vou limitar-me a deixar-vos aqui matéria para reflexão. Quando estou assim como agora estou, dá-me para pensamentos profundos.



Vinha tudo à baila: Deus, o universo, os filósofos e a política. 

Agregavam-se às vezes àqueles homens alguns rapazes, que os ouviam fascinados. Eu era um deles, e ouvi-lhe, uma noite, estas palavras que nunca mais me esqueceram: 

– Escusam de procurar... a nossa ruína não vem dos políticos nem do regime. 

Mudaremos o regime e ficaremos na mesma. O mal é mais profundo – o mal é da raça. 

– A raça? Mas, com esta raça, descobrimos o Mundo!... 

Não me lembro o que ele respondeu, nem mesmo se atendeu à interrogação. Sei que continuou: 

– O mal é da raça. Se quisermos modificar o País, temos de fazer exactamente o mesmo que se faz com os cavalos, temos de mandar vir homens do Norte, ingleses, escandinavos ou suecos, e de montar aqui e além postos de cobrição. 




Leio isto e fico a pensar. Será isto que o Lombinha dos Saudosos Briefings e o Poiazinha Madura, os neo-olheiros do regime, têm em mente quando prometem golden visa para imigrantes talentosos. 


Será? Será que querem apurar a raça? Será que essa será o próximo passos coelho a saltar da cartola? Primeiro atraíram chineses, russos, angolanos, guineenses equatoriais. Depois dizem que depois de malta da pesada, dos que lavam dinheiro, canibais, gente de mete medo à UE e etc, agora querem gente com talento. 

Ou seja, não é do talento que os da primeira tranche mostram que andam agora atrás. Ora bem: é bem capaz de ser malta para os ditos postos de cobrição. Eu já não digo nada. Das cabecinhas pensadoras deste desgoverno tudo é possível.

Mas, uma vez mais, lamento que desprezem os que cá estão para depois irem dar vistos golden aos que vêm de fora. Então não temos por cá gente talentosa?


A Érica, a Vencedora,  que o diga, revelando o segredo do João, seu colega na Casa dos Segredos (ou no Desafio Final?), respondendo a uma Fátima Lopes salivando por uma resposta circunstanciada, mas diga lá, tem que ser capaz de dizer o que é que o João tem de especial, nham, nham.




(Com um João que tem um material que envergonha pretos... ingleses, escandinavos, suecos para quê? )

*

Bem agora vou-me deitar porque já me está outra vez a doer mais o pescoço e além do mais, no registo em que vou, ainda acabo a dar mais pretextos aos meus filhos quando tentam apelar a que o pai controle o que a mãe aqui escreve. 

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O texto em itálico faz parte de 'Sangue' in 'Vale de Josafat – Memórias, Tomo III' de Raul Brandão, 1933.


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Sobre o Paulinho das Feiras a ver se exporta porta-aviões numa feira de enchidos (estou a brincar, não sei se a feira era de enchidos) e sobre a santinha arrependida, a Pirosa Limiana, é favor descerem até ao post abaixo. 

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta feira! 
Haja saúde e boa disposição.

terça-feira, janeiro 07, 2014

Pedro Lomba vira olheiro, patrocinando a função do ACIDI de angariação de imigrantes de elevado potencial. Depois dos briefings, aí está o Lombinha a deitar o seu olho gordo a chineses, angolanos, russos, brasileiros. Não vai correr bem. (A menos que se trate do sexy Sergei e nas condições que abaixo indico).


No post abaixo falo de um interessante conceito que, muito oportunamente, me foi lembrado por um Leitor a quem agradeço, o Ceteris Paribus, e explico como conceitos que, em abstracto, até podem fazer sentido são um perigo nas mãos de marrõezinhos ou de burros ignorantes.

Mas isso é a seguir. Agora, aqui, a conversa é outra.


Que entrem as primeiras jovens de elevado potencial: Tang Xiao (唐笑)
Calling It Off 




Ainda este fim de semana cá em casa se especulava, o que andarão esses gajos a fazer? Explico: esses gajos eram os intelectuais Pedro Lomba e Poaires Maduro. Ninguém sabia. Piadas, brejeirices, algum vernáculo suave, mas, de concreto, nada. Conclusão: antes sossegados do que por aí a fazerem porcaria.

Pois, que nem de propósito, eis que hoje leio que o Lombinha ainda não desistiu. Agora aposta na angariação de imigrantes com potencial. Virou olheiro.




Imigrantes com potencial é o mesmo que com papel, presumo. Daqueles que efectuam pagamentos em notas batidas e com quem o fisco não se arma em velha cusca. Se pagam ou não impostos, isso é pormenor. Também podem pagar tarde e más horas, sem multas, em cash. Há certas coisas relativamente às quais gostamos de brincar aos ceguinhos, surdos e mudos.

O artigo pode ser lido na íntegra no Público. Eu aqui transcrevo apenas a parte introdutória e a que achei mais divertida.

O Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI) vai assumir novas funções. Essa é, pelo menos, a proposta que está pronta para ser apreciada em Conselho de Ministros. Se vingar, caberá a esse instituto público aliciar estrangeiros "de elevado potencial" a vir para Portugal.

(...) 

Os imigrantes, insiste, tendem a arriscar mais

Imigrantes empreendedores podem, persiste, criar postos de trabalho e, com isso, fixar quem pensar partir ou resgatar quem já partiu. É nessa lógica que acha que se impõe “identificar e captar imigração de elevado potencial ou de grande valor acrescentado”. 


Para isso, quer transformar o ACIDI num organismo “transversal” e “pro-activo”.



Não é giro isto? Não começa a ficar muito clara qual a política destes artistas? Correm com os jovens que estudaram e, a seguir, importam empresários de valor acrescentado que vêm empregar a mão de obra que ainda cá está, mão de obra a ganhar cada vez menos e cada vez com menos direitos. Boa. Este Lombinha é esperto.

Mas nada de euforias: a gente não se pode esquecer que este Lombinha dá azar. De cada vez que fez um briefing, deitou abaixo um ministro ou um secretário de estado, já nem me lembro bem (tanto tem sido o entra e sai na casa da mãe joana que é o Governo de Passos Coelho).

Por isso, se agora quer angariar imigrantes com papel, a única coisa que eu quero avisar é que todos os que vierem com o seu beneplácito se vão dar muito mal. E não digam que não avisei.

*

De qualquer forma, se, agora que reencarnou, quiser mesmo persistir nesta de olheiro, aqui lhe deixo uma sugestão e esta, como vem pela minha mão, a mão da Santa UJM, correrá certamente muito bem. Este Sergei aqui abaixo, um modelo russo, parece-me ter talento e um certo potencial para gerar valor acrescentado. Será que o Senhor Secretário de Estado Acidi Lombinha pode importá-lo através da sua rede e com as facilidades da sua via verde? Para empreendedora estou cá eu. Como televisão também é da sua área, arranje-me tempo de canal, que eu invento umas histórias onde prometo que vou fazer o talentoso Sergei brilhar. O que a RTP depois vai ganhar em publicidade nem lhe digo nem lhe conto. Vá por mim. Mas, claro, primeiro vai ter que me arranjar uns incentivos, fiscais e outros. Vale?


Eis o sexy modelo russo Sergei em underwear, todo ele fazendo boquinhas, piruetas e outras habilidades



(Video obtido aqui)



As imagens de Pedro Lomba foram obtidas na internet e aparecem em tantos locais, nomeadamente em tantos blogues, que tenho dificuldade em identificar a sua proveniência original.

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Relembro: no post abaixo poderão ler algumas considerações sobre um dos conceitos (mais perigosos) que está na base dos estudos de economia e, para ajudar a explicá-lo, mostro um vídeo que traduz o latim para linguagem de supermercado.

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Muito gostaria ainda de vos convidar a irem ouvir lá no meu Ginjal e Lisboa 'Se eu fosse eu', um devaneio daqueles gostosos de se ouvir, escrito por Clarice Lispector. São outros mundos, os que as suas palavras abrem.

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E, por hoje, por aqui me fico. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela terça feira.

domingo, dezembro 08, 2013

Santa UJM is coming to town. E já cá estão os primeiros presentinhos. Começo com umas lembrancinhas para alguns Secretários de Estado do fantástico governo de Passos Coelho, a saber: Bruno Maçães, Pedro Lomba, Adolfo Mesquita Nunes, Barreto Xavier e Helder Rosalino. Espero que gostem! Ho ho ho...!


Depois de no post abaixo vos ter revelado a minha receita de enfarta-brutos e de vos ter mostrado dois dos meus pimentinhas a lambararem-se com dois pedaços de entrecosto, volto-me agora para a época natalícia.

Santa UJM is coming to town...!





O contexto é o seguinte: este ano, tantos os afazeres profissionais que se avizinham que, ao contrário do que é costume, resolvi começar a fazer compras de Natal mais cedo do que o costume. 

E, vai daí, imbuída que já estou de espírito consumista-natalício, resolvi ir já adiantando os presentinhos para algumas criaturinhas. Como já revelei no título, começo por alguns dos extraordinários Secretários de Estado do não menos extraordinário Governo de Passos Coelho e Paulo Portas.

Assim, com os meus natalícios cumprimentos, aqui lhes deixo nos sapatinhos:


Para o Bruno Maçães, Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, também conhecido por Bruninho, o Alemão: 


  • Umas cuecas sexy para se apresentar a preceito naqueles eventos em que se perfila de forma a impressionar o mulherio, tão macho man se mostra.




Para o Pedro Lomba, Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional: 


  • Um voucher para um cabeleireiro, para sair de lá com um look à maneira a ver se, quando o deixarem voltar a ser o lombinha dos briefings, não nos aparece outra vez com ar mal amanhado. O look que lhe ofereço respeita os requisitos, barba esparsa e cabelo franjado (não prometo é que nele a coisa resulte tão bem).



Para o Adolfo Mesquita Nunes, Secretário de estado do Turismo, o Fô-Fô, o fofinho, o putinho : 


  • Um triciclo para se deslocar, já que até ficaria mal se não se apresentasse com um meio de transporte à sua altura.








Para o Secretário de Estado da Cultura, o Jorge Barreto Xavier: 



Outro par de óculos para o caso dos que hoje usa algum dia se partirem.





Para o incendiário Helder Rosalino, Secretário de Estado da Administração Pública, aqui com os cabelinhos penteados e não em pé como sempre se apresenta: 


  • Uma soulmate, ou melhor, uma assessora com alguma maturidade, alguém para o aconselhar, para o ajudar a ter mais tino. No entanto, até já estou com pena dela: com as coisas que ele faz a toda a hora, acho que ela, coitada, vai andar sempre estarrecida, nem vai conseguir fechar a boca.



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Fotografias dos contemplados com presentes obtidas no site do Governo.
As restantes na internet, sem conseguir perceber qual a proveniência original,

Relembro: se não souberem o que hão-de fazer para o almoço, já aqui abaixo poderão ver uma receita apropriada para dias frios (e onde podem ver como à minha mesa imperam as melhores maneiras).

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E, por agora, nada mais. 
Aqueçam-se, meus Caros Leitores, e abifem-se e abafem-se que o tempo não está para outra coisa. 
Um bom domingo!

quarta-feira, agosto 14, 2013

Ó senhor ministro Poiares Maduro, ainda bem que me diz que não foram os lombinha briefings os causadores da crise... Assim já fico mais descansada. Mas acabaram, então? Ó que pena, o que eu me ria com eles....


No post abaixo interrogo-me sobre a responsabilidade do novo farrobodeiro, o vice-rei das Laranjeiras, nesta cena das cartas com um pózinho branco suspeito que estão a ser enviadas aos funcionários públicos. 

Mas isso é abaixo, a seguir a este. Aqui a conversa é sobre mais um delirante momento de stand-up comedy. Não, enganei-me: estavam sentados.

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O vídeo mostra o lombinha a entrar na sala, provavelmente para o seu último briefing, todo guedelhudo e mal amanhado como sempre, a senhora dona Teresa Morais que nitidamente estava ali para ver se, com aquela cara de má, conseguia que os outros dois fossem levados a sério e, finalmente, a poiazinha toda spin-fru-fru e cheia de truques comunicacionais. 


Eu não sei quem era a audiência daquela pangalhada. Só sei é que se eu estivesse ali, à frente daquele trio, me tinha desmanchado a rir.

Ora vejam com os vossos próprios olhos. Tenham a paciência de aturar o anúncio da sensodine (esta droga dos anúncios que não se podem parar é cá uma estucha...) e vejam o momento hilariante que se segue. 

E digam-me, mas digam-me com toda a vossa sinceridade: alguém no mundo consegue levar aquele verdinho a sério? Mas que raio de ministrinho é este...? 



Será que o ministro verdinho levava uma cabeça de galinha no bolso?
Nunca se sabe quais os danos de se ter sentado ao lado do lombinha...



E, enquanto a poiazita falava, o lombinha, esse fofo, olhava de lado, com aquele seus olhinhos deslocalizados.

E outra coisa: reparem com a Teresa Morais ia de carteira e, antes que o outro começasse a falar, ela foi e confirmou que tinha lá uma coisa. Cá para mim era uma pata de coelho. Deve ter lido aqui o meu conselho e já sabe que, quem se senta naquela mesa, ao pé do lombinha do mau olhado, não se aguenta no governo muito tempo. Por isso, foi prevenida.


Agora não percebo é porque é que na reportagem mostraram tanto tomate... A que propósito vinham aqueles tomates todos...? Alguma mensagem subliminar? Alguém ali os não tinha...? A Teresa Morais tem-nos de certeza, tem cara disso. Ou não seria isso? Seria um apelo? Com tanto tomate que por aí há e nenhum ainda enfeitou os casaquinhos dos doctors spins deste governo de inteligentes? Seria isso? Não sei. 

Mas então, vejam lá com os vossos próprios olhos: carreguem aqui, ok?

*

Ainda cá volto que isto hoje foi um fartote!


quarta-feira, agosto 07, 2013

Eu não disse que os lombinha briefings dão azar a este governo? É que, quando está tudo a correr tão bem, vêm os lombinha briefings e desata tudo a correr mal. Esta terça feira o inteligente Pedro Lomba quase demitiu - ele mesmo e ali mesmo - o Mr. Swap, Pais Jorge. Agora, vem a Miss Swap dizer que isto é tudo uma cabala, que o documento que a SIC mostrou é forjado e o escambau e que fazem o favor de não lhe retirarem o amigo raposinho do Citigroup do Tesouro (é que ainda há algumas galinhas para depenar). E, imagine-se, como se a coisa não cheirasse já demasiado a esturro, agora vem à baila que Gonçalo Barata, administrador da AdP, também veio do Citigroup. E que Paulo Dray, o responsável pela Stormharbour, empresa contratada pela Albuquerque para empatar o caso dos swaps, também veio do Citi. Como é que o lombinha pode aprender a comunicar no meio de uma bagunça destas?!? ---- [texto revisto e aumentado]


No texto a seguir a este o tema é estival: conto a minha ida aos saldos de verão e mostro uma toilette muito em conta. Digo onde comprei, quanto custou, e mostro como combino as coisas a meu gosto. 

(Mas não digo que isto sou eu a brincar aos pobrezinhos porque os pobrezinhos nem dinheiro têm para comprar livros para os filhos, quanto mais para frescuras destas: isto sou eu a mostrar, simplesmente, como sou).

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.

Há uma série deliciosa na RTP 2 ao domingo à noite que se chama em inglês The thick of it e que, na tradução portuguesa, deu 'O centro da questão'. Aqui há dias Pedro Mexia já se tinha referido a ela no Expresso. É do melhor que há como, de resto, são geralmente as sérias britânicas. Parodia o funcionamento do governo inglês, mostrando como tudo se faz em função do que passa ou não e da forma como passa para a comunicação social.





No episódio desta semana acontecia uma bronca tremenda numa Secretaria de Estado, pouco tempo depois da Secretária ter tomado posse. Todos em pânico. Mas, explicava o responsável pela comunicação, o fantástico Malcolm Tucker, que tinham que abafar a bronca pois um Secretário ou Ministro sair ao fim de algum tempo é problema seu mas, sair logo ao fim de poucas semanas, é problema de quem o nomeou. E, portanto, havia que fazer tudo para que isso não acontecesse. Jamais comprometer ministros ou o primeiro-ministro.


É o que se passa com este desgraçado Governo. A bronca começou logo com a Miss Swaps, a Pinokia Albukerka. Depois de ter andado a empatar para, no fim, passar parte do fruto do nosso trabalho para os bancos por via do que com eles negociou, foi ao Parlamento explicar-se e, para sacudir a água do capote, disse mentiras, manipulou, jogou com as palavras, o nariz a crescer, a crescer, já a furar a parede oposta - e ela, como se não fosse nada com ela, impávida e serena. Uma fria manipuladora (para não dizer mais). 

Mas, de facto, se fosse corrida - depois de tudo aquilo porque o Governo passou, com Paulo Portas a demitir-se irrevogavelmente por causa dela e, depois, a ter que meter a viola no saco com a promessa que a dita cuja ia ficar a modos que à sua guarda, depois do Cavaco ter armado a barraquinha que armou para nada - seria a gargalhada geral se, ao fim de dois dias desta cegada toda, fossem correr com ela.

Por isso, apesar do clima de suspeita que paira sobre ela (o que a levou a empatar tanto o assunto? para que, com tanta gente válida nos ministérios e nos institutos,  foi contratar a peso de ouro uns consultores externos para avaliar os contratos?* e porque é que, ao contrário do que eles recomendaram, em vez de avançar pela via jurídica, passou o dinheiro para o lado dos bancos?) e apesar de ter comprovadamente mentido no Parlamento, aí anda o Passos Coelho e o Cavaco a aguentá-la com muito cuidadinho, a ver se a malta se esquece dela.

Mas qual quê? Aquilo ali parece um cão que veio para ferrar o dente nos contribuintes doa o que doer, para ver se fica bem na fotografia, para agradar aos bancos.

Por isso, por algum motivo que conviria que alguém investigasse (como se já não bastasse uma amiga dos bancos como ministra das finanças), eis que a dita pinokia, resolve reforçar o team, indo buscar um partenaire, o Mr. Swap, o dito Pais Jorge, que vendeu vários produtos ditos tóxicos e, inclusivamente tentou vendê-los ao anterior primeiro ministro, aliciando-o com o disfarce do défice e da dívida.


O dito artolas, aquele de quem Nicolau Santos pergunta se é tolinho, não contente com o terem-lhe descoberto a careca, resolveu apresentar-se num dos mal-afamados lombinha briefings.

Ora, claro está, estatelou-se ao comprido, trocou-se todo, disse e desdisse, suou fininho, gaguejou por todos os poros. Que tinha estado nas reuniões sem saber o que estava a fazer, que não sabia o que estava a vender, que quando vai às reuniões é para fazer de morto, que não percebe nada de coisas que tenham a ver com produtos financeiros.

Claro que logo ali alguém lhe deveria ter baixado as calcinhas e dado um valente par de açoites, então se não sabe nada de coisa nenhuma, como é que aceitou ser secretário de estado do tesouro, ó seu palerma? Mas claro que não. Do lado do governo, todos caladinhos a ver se a coisa passa. Ser corrido ao fim de poucos dias é problema de quem o nomeou, lembraria o Malcolm.

Mas a comunicação social não o poupou e logo surgiram comprovativos de que tinha estado nas reuniões onde dissera que não tinha estado.

A seguir, depois de lhe terem mostrado a careca, veio o artolas confirmar: afinal já se lembrava, tinha lá estado, sim senhor. 

Oopsss.... Mais um mentiroso nas Finanças.

Esta terça feira mais um lombinha briefing e novo chorrilho de lombinha nonsenses. É que o lombinha não é o Malcolm. O lombinha é um piu-piu que até dá dó.



O lombinha dos briefings, o grande causador destes desastres todos

Ou ele pára com os briefings ou, então, tem que passar a levar nos bolsos uma pata de coelho (mas não do Pedro, já agora, para não termos um primeiro ministro maneta) ou uma cabeça de galinha (mas avisem-no não vá ele confundir a pinokia com uma galinha, e logo ela de que se diz que tem algumas parecenças com um equídeo, mas já se sabe que o lombinha é despistado), pois parece que estas coisas afastam o mau-olhado e, acho que já ninguém tem dúvidas: o lombinha deita mau olhado aos colegas do governo



E então, para além de perguntar aos jornalistas - com ar de lombinha com dentes tortos e barba mal parida, olhos meio estrábicos e uma cabeleira mesmo a pedir que eu lhe meta uma tesoura - se não queriam saber mais nada porque, disse ele: 'mais nada? é que eu tenho aqui muitas perguntas para muitas respostas... muitas coisas...'. Os jornalistas mandaram-no bugiar.

Mas antes tinham-no praxado uma vez mais, não o largando com os swaps e com o artolas do Joaquim Pais Jorge - se este tinha mentido, se não tinha mentido. 


Vai o lombinha com aquela vozinha púbere, risinho nervoso, queixa-se que lhe estão sempre a perguntar a mesma coisa mas que as inconsistências problemáticas do artolas iam ser investigadas, que ia tirar tudo a limpo, e que ainda nesse mesmo dia uma conclusão ira ser retirada e comunicada ao País.


Os jornais declararam: Pedro Lomba demite Secretário de Estado Pais Jorge.


O Poia Madura deve ter dado um saltinho para trás, soltado três guinchinhos; mas nada a fazer: o mal estava feito. O lombinha tinha-se esticado.

O mal estava feito?? Ná. Aqui em Portugal, quanto mais mentirosos e mais palermas, melhor se acomodam no Governo.


Mas o dia chegava ao fim e nada: nem conclusões, nem comunicados. Até que...

Antes das doze badaladasqual cinderela, a Miss Swap, mais conhecida pela Pinokia, ou alguém por ela, pôs ovo.  Ficou a saber-se o resultado da investigação levada a cabo pela intelligentsia lombar e albukerkiana: afinal um dos documentos mostrados tinha sido forjado. Sim? Não me digam... Vamos de ficção em ficção. 


Então, depois do artolas ter confirmado que sim, que tinha estado nas reuniões para vender a Sócrates produtos daqueles que têm andado tanto na berra e que tão caro estão a custar aos contribuintes, vem a pinokia dizer que o documento que prova que ele lá esteve é forjado? Ai...

Um romance (infantilóide) é o que esta porcaria já parece. 

Ou seja, uma vez mais, imperou o princípio do Malcolm. Se o artolas for corrido, alguém vai lembrar-se de perguntar: mas esperem lá... mas quem é que o escolheu? e escolheu-o sem saber qual a actividade dele no Citigroup? ou foi justamente por isso que ele foi escolhido? e o Passos Coelho e o Cavaco estão-se nas tintas para estes antecedentes profissionais? Ou nem se lembram de validar? ou, esperem lá: sabiam...? 

Por isso, vamos lá fechar os olhos, fazer de conta que isto foi tudo resultante de uma confusão, ver se a malta se esquece.

Mas hoje ficou também a conhecer-se que Gonçalo Martins Barata, administrador executivo da Águas de Portugal, nomeado por este Governo para esta apetitosa empresa na calha para a privatização, veio, nem mais nem menos, também do Citigroup onde era também responsável pela venda de swaps tóxicos, daqueles forjados para esconder dívida pública.


Coincidência ou talvez não?


* - E quem é o responsável por essa dita empresa externa de consultoria contratada por Maria Luís Albuquerque, esse modelo de transparência e lisura?

Segundo consta, é Paulo Dray o responsável da consultora Stormharbour (grande nome o desta empresa...!). E de onde veio Paulo Dray?, perguntarão vocês que são uns curiosos como nunca vi. Pois bem, eu digo: também ao que consta, veio do Citigroup onde era, justamente, o director executivo do Citi para Portugal. Em conjunto com Joaquim Pais Jorge, vendia swaps para todos os gostos, incluindo para maquilhar contas públicas.


Mais uma coincidência?

Começa a parecer-me que não. Acho até que é caso para dizermos: eles andem aí...


PS: Enquanto isso, o infatigável Três-cabelos-em-pé, o inefável Rosalino, continua a fazer das dele: cortes de cabelo nas reformas (ou haircuts, para a coisa ficar a condizer com os anglicanismos da gíria financeira). É Agosto, pode ser que isto (isto e tramarem outra vez os professores) passe despercebido.



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Bom. Para a rubrica da moda e das compras, é descerem até ao post seguinte.

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E, esperando que não se descubra que toda a malta que foi nomeada pelo Governo de Passos Coelho para tudo o que é coisa veio do Citigroup ou do Morgan ou do Goldman Sachs ou desses sítios finos que deram cabo do País e de todos os Países do chamado mundo ocidental, me despeço por hoje.

Já passa das 2:30, tenho sono, amanhã tenho que me levantar cedinho e, por isso, uma vez mais não consigo rever o que escrevi. Se detectarem erros chatos só vos peço que me avisem; se forem vírgulas ou letras estrábicas, relevem, está bem? é por causa do lombinha, deixa-me de olhos trocados.

Tenham, meus Caros leitores, uma bela quarta feira!