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sexta-feira, abril 21, 2023

Será que o que os faz a eles viverem melhor também se nos aplica?

 


Lidei profissionalmente com japoneses e confesso que não adorei. 

Claro que não se podem fazer generalizações. Não posso pensar que são todos como aqueles com quem me relacionei. Mas como são os que conheço, vou falar deles.

Para já eram ultra picuinhas. Tudo era analisado ao milímetro, tudo era esmiuçado até ao limite da nossa paciência, pelo menos da minha. Frequentemente tinha vontade de dar um basta pois nem percebia para que era aquela necessidade deles de perceberem cada ínfimo pormenor.

Eram muito simpáticos mas, para o meu gosto, um pouco demais. Começavam a dar apertos de mão e ficavam naquilo durante não sei quanto tempo, as mãos para cima e para baixo, a cabeça baixa, a sorrir. Não sou disso, tinha que fazer um esforço para me manter também sorridente, com a minha mão não sei quanto tempo no meio de uma mão alheia.

E já contei: a meio da negociação punham-se a falar japonês entre eles e eu e os outros portugueses que esperássemos. Ficava incomodada e mal disposta e mostrava a minha impaciência, mas eles nem aí.

E uma das piores, creio que também já aqui falada: imaginem uma reunião determinante e uma mesa cheia de gente. Tudo previamente acordado. Eles próprios, nos preparativos prévios, diziam quem queriam conhecer. Uma mesa cheia. E, para início de conversa, no início da reunião, tudo cheio de etiquetas, oferecem-me um presente, por sinal um lenço de seda pura, lindíssimo. Ainda o tenho, é uma maravilha. Mas imagine-se. Vamos começar a reunião e eles, com pompa e circunstância, aprontam uma destas. 

Tenho ideia que também tínhamos qualquer coisa para lhes oferecer mas não ali, à frente de toda a gente, em plena reunião e, sobretudo, nunca um presente apenas para um, deixando os outros a olhar. 

Porque o pior ainda foi isso: um presente para mim e nada para quem me acompanhava. Ainda por cima não era coisa que eu pudesse dividir com os outros. Ou seja, para mim, aquilo foi um gesto indelicado pois penso que ou se oferece a todos ou não se oferece a ninguém. Portanto, senti-me mesmo mal. Mas pior ainda que isso: com eles a sorrirem para mim, a escrutinarem a minha reacção, tive que agradecer e sorrir e sorrir e sorrir.

Depois queriam visitar tudo (tudo previamente combinado ao detalhe, claro) e lá andámos com eles. E faziam questão de ficar em fotografias comigo, todos sorridentes. 

Havia depois o jantar mas eu não apenas detestava jantares de serviço como já não aguentava tanta simpatia e tanto sorriso. Foi a que era o meu braço direito mais um de um outro departamento. Contou ela que veio de lá estafada. Imagino.

E a simpatia chegou ao ponto de quererem dar o meu nome a um produto que iam lançar, coisa que, na altura, me pareceu até quase infantil. Claro que achei uma certa graça mas já na altura pensei que era o tipo de coisas que só ocorriam a japoneses. Lidei com tanta gente de tantos países e simpatias deste tipo só mesmo com eles.

Note-se que, no que digo, não há crítica negativa mas apenas o reconhecimento de que a questão cultural é relevante quando se avaliam hábitos ou ideias de gentes de outras geografias, sobretudo de culturas milenares. Pode não nos fazer sentido mas não devemos rejeitar liminarmente pois o que acontece é que vivemos em comprimentos de onda diferentes.

Por circunstâncias diversas, algumas já aqui referidas, os meus dias agora têm ainda menos tempos livres do que antes. Por isso, durante o dia não vejo televisão nem sei de notícias, muito menos intrigas ou fofocas. Mas gosto de espreitar os vídeos que o YouTube tem para me mostrar. 

Hoje apareceu-me o vídeo abaixo. Fui ver com alguma curiosidade. Logo o primeiro hábito me pareceu uma certa bizarria. Nem sei qual a credibilidade do autor do vídeo. Mas, seja como for, vi até ao fim e fiquei a pensar que, se calhar, alguns até fazem algum sentido. Aqui fica, à vossa consideração.

8 hábitos simples que vão tornar a sua vida muito melhor

E bora lá limpar bem as casas de banho!

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Desejo-vos um dia bom

Saúde. Harmonia. Paz.

segunda-feira, maio 17, 2021

Não liguem ao que eu digo mas ao que eu, aqui, hoje, partilho convosco

 

Dia bom. Começámos por varrer as folhas do jardim. A árvore que eu tanto tenho querido preservar dizendo que é icónica, a adoração dos meninos que gostam de lhe andar em cima, dá-nos conta do juízo. As folhas caem, caem. Também nascem. Uma produção de que não se dá conta. Desesperamos: ou deixamos que o jardim fique submerso ou não temos descanso. Começa a formar-se na minha cabeça a ideia de que não pode ser.

No outro dia, o meu menino mais crescido dizia que se amarrava à árvore se me passasse pela cabeça cortá-la. E eu, só de ele dizer isso, fiquei logo com vontade de tudo desculpar à estouvada que tanto trabalho nos dá. Mas os sacos que se enchem com as suas folhas puxam noutro sentido.

O arbusto dos escovilhões está bem florido mas os filamentos encarnados vão caindo. Por baixo, o chão está coberto de uma camada que parece de veludo. Isso não varri, acho uma beleza.

Depois chegou o meu filho e a sua turminha para virem andar de bicicleta. Não estiveram muito tempo mas deu para os abraçar e para me encantar.

Depois, fizemos a nossa caminhada. Para o almoço fiz maruca cozida com batata, batata doce, cebola, cenoura, feijão verde e ovo.

A seguir, fomos buscar a minha mãe e fomos passear com ela. Mas estava um céu abafado e cinzento, o tempo ventoso, quase frio, não estava agradável para andar a cirandar na rua. Pelo menos, a minha mãe foi ver uma vila onde já não ia há muito tempo e que já mal reconheceu e um lugar bonito onde nunca tinha ido. 

Depois de a deixarmos em casa, fomos ao supermercado. E, depois das coisas arrumadas, fiz sopa. 

Estava a sentir-me um bocado cansada, a pensar que precisava de dormir nem que fosse por uns dez minutos. Mas não deu: tinha ainda muita coisa para fazer desde regar os vasos, arrumar roupa, tratar de uma papelada, etc.

E, por estúpido que possa parecer, ainda quero ir fazer umas coisas e já passa da uma da manhã. Portanto, o dia foi bom mas o meu marido tem razão quando se queixa: um gajo não consegue descansar. É mesmo.

Mas se o que tenho a dizer sobre o meu dia é mais do mesmo, não se poderá dizer o mesmo do que aqui abaixo partilho convosco. Momentos de beleza, de assombro, de reflexão, de pura genialidade. Espero que gostem.


The Making of
Rodin review – the sculptor in a ghostly new light

The Making of Rodin is a show almost entirely composed of plaster casts: fragile and small, delicate or solid, heavyweight, lifesize or gargantuan. It is thronged with figure groups, solo statues, trays of hands and feet in glass cases. Smooth, chipped, marked up in pencil for rearrangement or enlargement, provisional studies or final casts – they are all uniformly, overpoweringly white.



Ikebana -- Arte floral japonesa



Stuff everywhere! Bags, clothes, cars, iPads. We love our stuff. And over time, we’ve come to believe that this 'stuff' is what defines who we are. But our possessions will never fully satisfy the inmost desires of our soul. They never have. And they are not about to start. In fact, most of the time, it distract us from the very things that bring meaning to our lives.
Instead, our lives are defined by the choices we make.  It is these choices that define our character, our authentic self.  So choose wisely.  Do not miss out by placing importance on things instead of people.  Pursue beauty, hope, love and kindness. Pursue opportunity to improve this world for somebody else.  Let’s be simply beautiful. 


Jorja Smith – Home


Derek Paravicini e Adam Ockelford: In the key of genius
Born three and a half months prematurely, Derek Paravicini is blind and has severe autism. But with perfect pitch, innate talent and a lot of practice, he became an acclaimed concert pianist by the age of 10. Here, his longtime piano teacher, Adam Ockelford, explains his student's unique relationship to music, while Paravicini shows how he has ripped up the "Chopsticks" rule book. 

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Desejo-vos uma boa semana
Saúde. Alegria. Afecto.