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sexta-feira, janeiro 11, 2019

A moda no tempo em que as palavras eram necessárias.
E hoje, no futuro.





Homens com o que parecem tiques efeminados, mulheres masculinizadas, seres andróginos. É o que abundantemente vejo em sites como The Sartorialist. É também o que vejo em muitos desfiles de moda. 

Posso achar graça a algumas ousadias, a sobreposições irreverentes, a cores arrojadas ou a assimetrias deliberadas mas, em regra, não me sinto tentada a adoptar o estilo e jamais me poderia interessar por um homem com calcinha colorida, justa, acima do tornozelo, camisa gritante, apertada, abichanada. Interessar no sentido hetero do termo, quero eu dizer. O facto de dizer isto não tem implícita censura, muito menos condenação. Só que parece que o mundo da moda tem uma componente homossexual com algum predomínio e tendo embora o seu público, não faz muito o meu género.

Na moda sou um bocado intemporal, clássica. Não antiquada, acho eu, mas clássica. Posso usar a mesma roupa durante anos. Não escolho modelos que passem de moda. E gosto de me vestir de forma feminina. Não barroca, não mulherzinha. Feminina.

Nos homens, então, não tolero seja o que for que fuja do clássico mais clássico que houver. Tudo o que me pareça dar nas vistas, já é demais. Não pode haver botãozinho artístico, alfinetinho de gravata, fio com medalhinha, berloque no sapatinho. Nada. Homem quer-se quase ao natural. Mesmo nas camisas que o tecido não apresente textura que não a lisa, neutra, sem relevo ou brilho.

Vivo no meu tempo e sempre me senti bem com isso. Mas sinto uma certa nostalgia de um tempo que me parece ter sido o meu numa outra encarnação.


O tempo dos vestidos compridos, saias amplas e roçagantes, rumorosas à passagem, brilhos suaves nas pregas, corpetes elegantes, rendas à mostra, seios mal encobertos, capas de veludo, ondulantes. Gargantilhas discretas e perfeitas, colares de pérolas de três voltas, gancho de tartaruga a suster o cabelo solto, véu descarado a cobrir o olhar.


Gostava de poder voltar a vestir-me assim. Sedutora, sentada junto à lareira. As palavras a serem o centro do mundo. Ler em voz alta. Ouvir ler em voz alta, os pés sobre um banquinho bordado. As palavras como elemento de fascínio. De sedução. Escrever, de tarde, uma página de diário, escrever com sinceridade os pensamentos mais secretos. E à noite, numa roda de amigos, um cálice de Porto numa mão, o diário na outra, ler em voz alta as palavras indecorosas de tão sinceras. Gostava. Cortinas de renda na janela e lá fora a chuva. Ou ir a um concerto. De braço dado, um chapéu elegante. O som do violoncelo. Depois escrever sobre o concerto, sobre os vestidos das outras mulheres, sobre o olhar indiscreto de um certo senhor, sobre a forma pudica como eu o tinha ignorado. Saborearia devagar cada palavra, sorriria enquanto escrevesse. Usaria uma caneta bonita de tinta permanente.


Depois iria bordar. Flores em seda sobre tules e rendas, pedrinhas nacaradas ou às cores, folhos e favos de mel, fitinhas. Depois, ao espelho, provaria o vestido bordado, veria o fruto do meu trabalho. E, então, beberia um chá, pegaria num livro.


Mas, claro, isto naquele tempo em que as palavras ainda eram necessárias. Aquele tempo em que havia tempo e amabilidade e o prazer das coisas demoradas e da beleza.

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Mas a nostalgia de outras vidas noutros tempos não trava o futuro.

E o que vestiremos no futuro, naquele tempo em que as palavras e a amabilidade talvez já não sejam necessárias, será o que se pode ver no vídeo abaixo


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E queiram descer até ao post seguinte caso queiram perceber porque é que não me apaixonaria por um certo homem de 50 anos.

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domingo, junho 04, 2017

Os golos de Cristiano Ronaldo na final da Champions, in heaven, por entre o caso das criancinhas desaparecidas, chilreios anónimos, um sol dourado e um ventinho fresco





Não está calor. Calor nenhum. Quando o vento sopra sente-se, mesmo, algum frio. Estou vestida com calções curtos e uma blusa fina de alças. Há pouco, enquanto andava lá por baixo a passear, pensei que devia vestir um casaco mas o ar fresco na pele soube-me bem.  

Agora estou na sala enquanto na televisão dá a final da Champions. De lá chega o som da festa do futebol. Ouço dizer que 'o gajo está sempre a fazer carinhas'. Depois 'o gajo agora está louro aos caracolinhos'. Mas a televisão está um bocado longe e não vejo bem. Grande alarido agora. Ouço 'o gajo já marcou'. Olho e vejo um vulto vestido de lilás a dar um grande salto. O gajo é o melhor jogador do mundo. 


Lá fora o sol está dourado, faz dourar as árvores e os arbustos. É como se a doçura do sossego pousasse sobre o que me rodeia.


Fotografo o que vejo enquanto aqui escrevo. A cor da cortina parece contagiada pelo ouro do sol a esta hora em que já passa das oito da tarde. Sabe-me tão bem estar aqui. 


As árvores crescem desabaladamente. A minha filha admira-se: também não choveu assim tanto que justifique um crescimento destes. Não, de facto. Mas a verdade é que a terra se modificou. De pedregosa e árida tornou-se muito fértil. 

Tudo cresce assim. Os pinheiros, cedros e eucaliptos atingem alturas incompeensíveis. Mesmo o alecrim ou a madressilva crescem de forma incomum. Tudo está florido e perfumado. 


Ao passar por um caminho rearei numas flores delicadas e cheirosas. Nunca ali as tinha visto. Penso que sejam ervilhas de cheiro. Tão bonitas. De onde vêm estas flores, eu não sei. Dá ideia que há aqui, neste lugar abençoado, um chamamento que atrai flores vindas não sei de onde. Flores e pássaros.


E os pássaros, esses invisíveis seres que enchem o ar de variadas melodias, devem ser muitos. Tão frondosas estão as árvores que nunca consigo vê-los. Estive sentada no banco que foi pintado do azul-alentejo que veio por engano e o chilreio era esfusiante. Estava imóvel a ver se descobria algum pássaro mas não, dá ideia que se disfarçam entre a folhagem. Ou, então, sou que sou mais míope do que penso. Mas não faz mal. São como eu. Querem ser apreciados pelo que cantam, apenas pelo seu canto, e não pelo que parecem ser. Também eu quero que gostem ou não gostem do que escrevo, independentemente de eu ser como sou.


Tenho estado a ler um livro que pensava que ia ser uma animação. Qundo comecei a ler ainda me ri, uma maluqueira desbragada, o Pacheco no seu melhor. Depois percebi que o disparate era uma defesa, que o que estava a ler era um dos livros mais tristes que já lera. Interrompi para escrever isto porque a escrita era dilacerante.

Ainda pensei transcrever uma parte para vos mostrar mas falta-me o ânimo para tal. Talvez depois, não agora. Não sei se todo o livro será assim, mas até onde li, Luiz Pacheco fala do período em que viveu, pobremente, nas Caldas da Rainha, tão pobremente que os filhos lhes eram retirados e dados para adopção. A forma como ele fala desse período é pungente.


Enquanto o meu marido cortava umas pernadas da figueira gigante a cuja sombra fresca e perfumada gosto de me acolher nos dias de verão, estive sentada num banco a tentar ler. Mas as solicitações eram muitas e as leituras devem ser guardadas para momentos de algum recolhimento. Acho que agora, enquanto por ali as atenções estão concentradas no futebol, vou ler um pouco do livro sobre arte. Acima, há pouco, junto aos livros, uma tigelinha onde os meninos estiveram a experimentar culinárias com bolotas, folhas variadas, bocadinhos de terra e alguma água. Brincam tanto, eles. Tudo lhes é motivo de descoberta e alegria. Como escreve o Pacheco, o facto é que conviver com as crianças nos leva a aprender muita coisa e nos rejuvenesce porque repito a novidão nos dá vida e os mais novos são os mais sábios.


E, de novo, ali do fundo da sala, um bru-ah-ah, a explosão em forma de grande festejo. Cristiano Ronaldo marca mais um golo. Imparável este rapaz. Fui ver a repetição: uma precisão e compreensão do jogo quase não-humana, uma coisa de tipo ex machina. Mesmo eu, que nada percebo de futebol, me espanto com a energia intravável com que ele se lança a caminho do golo.



E já quase anoiteceu, as janelas já foram fechadas. E ouço o vento nas árvores. Uma música maravilhosa que me chega da natureza, aqui in heaven.

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Até já. 

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terça-feira, maio 30, 2017

Todos os livros que não lemos






Há mais livros neste mundo do que as horas de que dispomos para deles tomar conhecimento. Nem se trata mesmo de ler todos os livros que foram produzidos, mas simplesmente dos mais representativos de uma cultura em particular. Assim, somos profundamente influenciados por livros que não lemos, que não tivemos tempo de ler. 

Quem leu realmente Finnegans Wake -- quero dizer, da primeira à última palavra? Quem leu verdadeiramente a Bíblia, do Génesis ao Apocalipse? Somando todos os extractos que li, posso vangloriar-me de ter lido uma terça parte. Mas não mais que isso. Contudo, tenho uma ideia bastante precisa daquilo que não li.

Confesso ter lido Guerra e Paz apenas aos quarenta anos. Mas conhecia o essencial antes o ler. Quem leu As Mil e Uma Noites da primeira à última página? Quem leu verdadeiramente o Kama Sutra

Contudo, todos podem falar dele e alguns pô-lo em prática. Assim, o mundo está cheio de livros que não lemos, mas de que sabemos praticamente tudo. 

A questão é, pois, saber como conhecemos esses livros. 

Bayard diz que nunca leu o Ulisses de Joyce, mas que está em posição de falar dele aos seus alunos. Ele pode dizer que o livro narra uma história que se situa em Dublin, que o protagonista é um judeu, que a técnica empregue é o monólogo interior, etc. E todos esses elementos, ainda que não o tenha lido, são rigorosamente verdadeiros.

À pessoa que entra na nossa casa pela primeira vez, descobre a nossa imponente biblioteca e não encontra melhor do que perguntar-nos: 'Leu-os todos?', sei de várias maneiras de responder. Um dos meus amigos responderia: 'Mais, senhor, muitos mais'.

Quanto a mim, tenho duas respostas. A primeira é: 'Não. Estes livros são simplesmente os que terei de ler na próxima semana. Os que já li estão na universidade'. A segunda resposta é: 'Não li nenhum destes livros. Senão, porque os guardaria?' 

Há, evidentemente, outras respostas mais polémicas, que humilham ainda mais e frustram mesmo o interlocutor. 

A verdade é que todos possuímos dezenas ou centenas ou mesmo milhares (se a nossa biblioteca for imponente) de livros que nunca lemos. No entanto, num ou outro dia, acabamos por pegar nesses livros para perceber que já os conhecemos. 

Então? 

Primeira explicação ocultista, que não retenho: há ondas que circulam do livro até nós. Segunda explicação: no decorrer dos anos, não é verdade que não tenhamos aberto esse livro: pegámos-lhe repetidas vezes, talvez o tenhamos mesmo folheado, mas não o recordamos. Terceira resposta: durante esses anos, lemos uma quantidade de livros que citavam aquele livro, o qual acaba por se nos tornar familiar. 

Há, pois, diversas formas de saber alguma coisa sobre os livros que não lemos. 

Felizmente! De outro modo, onde arranjar tempo para reler quatro vezes o mesmo livro?


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O texto é o excerto de uma resposta de Umberto Eco a Jean-Philip de Tonnac in 'Não contem com o fim dos livros' e incluído no capítulo cujo título trouxe para encabeçar este post.

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As pinturas foram escolhidas por serem predominantemente em azul 

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Um dia feliz a todos quantos por aqui passam.

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segunda-feira, junho 08, 2015

Volvo Ocean Race: bye bye Lisbon-la-belle


Almoço em família ao ar livre, um déjeuner sur l'herbe, tal e qual excepto no que se refere ao dress code. Estendemos toalhas na relva, sob a copa das árvores: toalhas lilases onde se dispõe a comida, colchas e toalhas de pano florido para nos sentarmos ou deitarmos todos em volta. É muito bom isto: a simplicidade da partilha dos alimentos, dos sorrisos, conversas tranquilas, os cheiros bons e o verde da natureza. Depois os meninos brincaram e nós ficámos a descansar. Ela trazia uma caixa de maquilhagem que uns amigos do pai ontem lhe ofereceram e maquilhou-me a mim, à mãe, à tia. Depois escreveu palavras num livro que eu lhe levei. Já conhece o alfabeto todo, já escreve palavras letra a letra que lhe ditam e já sabe, por si, algumas palavras. Gosta muito de escrever. Os rapazes jogaram à bola, treparam a uma árvore, correram. E o bebé, que tem uma dicção perfeita e um vocabulário incrivelmente vasto, fazendo jus à sua fama de macaquinho de gibraltar, entreteve-se a assaltar carteiras: sacou óculos, caixas de pastilhas, porta-moedas, telemóveis, etc. 

Mas depois, a meio da tarde, veio aquele momento especial. A Volvo Ocean Race despedia-se de Lisboa e despedia-se em beleza. Uma regata frente à baixa da cidade e depois, num imponente deslizar, os belos e enormes veleiros escoltados por muitos outros de dimensão normal, todos deixando um rasgo de espuma nas águas ou o reflexo das suas cores, afastaram-se em direcção ao horizonte. Depois destes dias em Lisboa, a bela, eis que os impressionantes veleiros partiam para se fazerem ao mar.

Não vou escrever mais e vou pedir-vos desculpa por aqui colocar tantas fotografias, ainda por cima sabendo que as fotografias não conseguem transmitir a beleza assombrosa que o olhar, ali, teve a possibilidade de testemunhar.

Poderão reparar pela sequência das fotografias que o tempo, entretanto, começou a virar. Aos poucos o céu toldou-se, o ar começou a ficar abafado - e, de facto, um pouco depois dos veleiros se afastarem, levantou-se uma ventania, começou por haver uma chuva de folhas douradas e, pouco depois, começou a pingar - e regressámos a casa.







Esta fotografia panorâmica não é de minha autoria:
é da G. a quem agradeço que ma tenha enviado e permitido que a aqui a partilhe convosco










































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Acabado de receber de Leitor a quem muito agradeço, um vídeo sobre o Volvo Ocean Race em Lisboa:



Live recording: Leg 8 start - Lisbon - Lorient (gravado no dia 7 de Junho de 2015)


(... para quem tenha tempo...)


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Lá em cima a música é Mischa Maisky interpretando Rachmaninoff - Vocalise

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sexta-feira, maio 25, 2012

'Nunca se deve gatinhar, quando o impulso é de voar', 'evitar o perigo não é, a longo prazo, mais seguro do que expor-se a ele', 'a vida é uma ousada aventura ou, então, não é nada' - palavras proferidas por quem não via, não ouvia, não falava. A fantástica história de uma mulher de fibra que nunca deixou de voar


Música, por favor

Bach - suite nº 1 para violoncelo, Mischa Maisky

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Era uma menina que nasceu perfeita, saudável. Contudo, quando tinha 19 meses, adoeceu, talvez uma meningite, talvez escarlatina, difícil agora saber, tanto tempo depois.

Só que, na sequência dessa doença, uma desgraça aconteceu: a menina ficou cega, surda e muda. Incomunicável. Nada chegava até ela, nada chegava dela. Nem imagens, nem sons.



Helen fechada no seu mundo


Tornou-se uma criança difícil. As pessoas da família não percebiam o seu comportamento, as suas reacções, não sabiam como relacionar-se com ela, não sabiam mesmo.

Até que, quando tinha quase 7 anos, depois da mãe ter lido um livro de Dickens em que este relatava um caso de ensino de uma mulher também cega e surda, os pais de Helen contactaram médicos especializados e estes recomendaram uma aluna de 20 anos como professora. Anne Sullivan viria a tornar-se uma companhia, um apoio, até ao fim dos seus dias.



Helen à esquerda, com a sua boneca e com Anne Sullivan

Doll viria a ser a primeira palavra que aprendeu;
um mês depois Anne fê-la sentir a água e ensinou-lhe a palavra água e isso foi, para Helen, uma verdadeira revelação


E, aos poucos, o mundo desta criança que a vida aparentemente tinha votado ao isolamento mais profundo, começou a abrir-se. Essa criança, nascida nos EUA em 1880, era Helen Keller.

Convido-vos a verem agora o pequeno filme, feito muitos anos depois, no qual Anne explica como conseguiu estabelecer comunicação com a menina condenada a viver fechada dentro dela própria. No emocionante final vemos Helen a dizer 'I'm not dumb now' repetindo o que 'ouvia' a Anne.




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Música, de novo, por favor



O Fortuna - Carmina Burana, Carl Orff, orquestra dirigida por Andre Rieu



Mas o que aconteceu depois da comunicação se ter estabelecido, prova bem que ninguém está condenado à partida, ninguém é verdadeiramente vítima das circunstâncias, ninguém deve dar-se por vencido antes do tempo.



Anne Sullivan lê para Helen


Anne ensinou a Helen a ver o mundo, a ler, a comunicar. E Helen estudou, formou-se. Aprendeu a falar.  Embora com dificuldade e com necessidade de intérprete, fazia discursos, dava aulas. Correspondia-se, gostava de escrever - até que os seus dotes literários foram reconhecidos. Escreveu 12 livros e publicou vários artigos.

Tornou-se uma cidadã comprometida com o mundo. Foi sufragista, pacifista. Movia-se por causas. Era socialista e uma socialista activa.



Helen, mulher do mundo e que viria a ser amiga, por exemplo, de Charlie Chaplin, Graham Bell, Mark Twain


Bateu-se pelo controlo da natividade, pelos direitos dos cegos, dos surdos, dos que tinham alguma forma de deficiência.

Formou a Fundação Helen Keller que se dedicava à investigação sobre a cegueira, à nutrição e à saúde em geral.

Mais tarde viria também a formar a American Civil Liberties Union e bateu-se contra o capitalismo que estrangulava o desenvolvimento de grande parte da população, bateu-se pelos direitos humanos onde quer que soubesse que estavam ameaçados. Escreveu numerosos manifestos contra a exploração dos trabalhadores, contra a discriminação. Percorreu cerca de 40 países, inclusivamente o Japão onde era muito querida.



Helen Keller - um exemplo para sempre


Viveu até 1968, até aos 88 anos. A sua vida continuará a ser, para todo o sempre, um extraordinário exemplo da força do querer.


  • Prefiro caminhar com um amigo no escuro, do que sozinha na claridade
  • Embora o mundo esteja cheio de sofrimento, está também cheio de situações em que o sofrimento é ultrapassado.
  • Aquilo que em tempos apreciámos e amámos profundamente, nunca se perde pois tudo o que amámos profundamente fica a fazer parte de nós.
  • As pessoas mais patéticas do mundo são as que têm vista mas não visão.
  • O mais importante na educação é o ensino da tolerância.
  • Aquilo de que eu estou à procura não está aí fora, está dentro de mim.
  • Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre; mas geralmente ficamos tanto tempo a olhar para a porta fechada, que nem reparamos na que se abriu para nós.
  • A ciência pode ter acabado com a cura para a maior parte dos males; mas não encontrou o remédio para o pior de todos - a apatia dos seres humanos.
  • O optimismo é a fé que nos conduz até conseguimos o que queremos.

Palavras de Helen Keller, em tempos uma menina que não via, não ouvia, não falava - algumas das muitas palavras que proferiu ao longo da sua vida.

Que não as esqueçamos, que nunca esqueçamos a sua história - e que nos sirvam de exemplo quando nos sentirmos desalentados. Tudo se consegue: com esforço, com persistência, com determinação, com fé em nós próprios.

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Nem sei se faz muito sentido, agora, convidar-vos a ir até ao meu Ginjal. Por lá o registo é outro: uma zaragata que só visto em volta de um novo poema de João Paulo Cotrim, que acompanha com o Falstaff e, claro, é ainda Verdi. Mas apareçam por lá, gosto de vos ter como companhia.

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E tenham, meus Caros Leitores, uma excelente sexta feira. 

Enjoy! And smile!