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segunda-feira, julho 03, 2017

Ainda o roubo de material de guerra em Tancos: o que pode ter acontecido
E se o que se vê nos vídeos do Monty Python vos parecer estranhamente familiar... talvez isso não seja simples coincidência



Já ontem falei disto. O que aconteceu nisto de ter sido roubada do paiol militar de Tancos uma inimaginável catrefada de granadas de toda a espécie e feitio, explosivo plástico, cartuchos, disparadores e sei lá que mais, parece-me de uma tal gravidade que acho que que António Costa deveria perceber, muito a fundo, o que pode ter acontecido para que um tal roubo possa ter sido tão facilmente levado a cabo .

Que não haja videovigilância ou uma alarmística, para além de uma fonte de um risco incomensurável, parece-me aberrante, ridículo, imperdoável. Mas... há quartéis com material de guerra desde há quanto tempo...? Desde tempos que não havia nada disto. Certo? Mas havia vigilância! Sempre houve. Guardas em guaritas. Sentinelas. Havia rondas, havia homens a defender o armamento e as munições. Ora em Tancos parece que nem isso, parece que também não há militares a garantir a segurança das instalações nem do perímetro. O que é que fazem durante o dia, para além de alguns treinos ou desfiles na parada? Jogam à bisca lambida no fresco dos gabinetes? Contam anedotas? Grandes desafios com as últimas novidades da PlayStation? What...?



É que, do que se vai sabendo, em Tancos a bandalheira parece total: para além de não haver meios mais sofisticados de vigilância, pelo que agora se sabe, a ronda teve 20 horas de intervalo, tempo mais do que suficiente para que levassem o que queriam. Vinte horas!!! Resta saber se foi a primeira vez que isto aconteceu.


Mas, pergunta a minha inocência: tanto material, quilos e quilos e quilos de material que ainda por cima, certamente, está acondicionado em caixotes já que é material sensível, leva-se como? Num saco, à costas? 

Claro que não. Isto requer transporte em carros ou carrinhas ou camionetas, o que for. E não é um mas vários homens que conseguem carregar tanto material. E, aqui chegada, pergunto: este roubo foi numa única noite ou andam há algum tempo a abastecer-se?

É que se a única coisa que deu nas vistas foi um dano na vedação... e só por isso é que lá foram contar se faltava alguma coisita... Ora, um carregamento destes não é coisa compaginável com a imagem de um vulgar meliante a passar com uma coiseca num bolso através da vedação. Quem garante que não é já um hábito que, entre rondas, uns artistas, volta e meia, lá vão encostar uma voiture e encher o porta bagagens? 

E aquela malta lá do quartel nunca deu por movimentações estranhas? Carros estranhos a circular a desoras? Nada...? Tudo a dormir, ferrado no sono...? Ou... aquilo não foi gente de fora mas... de dentro? Tudo normal porque... não houve, de facto, gente de fora?
Especulações, of course. Mas, face ao que se passou e às abstrusas explicações do general Rovisco e do ministro Azeredo, todas as efabulações passaram a ser possíveis.
Podiam ir lá roubar chaimites, tanques e o que quisessem que só quando lá passasse a próxima ronda é que davam por isso e ... era se os bandidos lá deixassem provas muito evidentes...? De gargalhada, isto.
Melhor: de susto (se pensarmos nas possíveis consequências do que se passou e do que pode voltar a passar-se se tudo continuar na mesma).
O meu marido lembrou-se que uma vez, há um bom par de anos, em Angola roubaram um Boeing 727 do aeroporto. Ninguém viu, ninguém soube do que se passou. Um Boeing. Ora, parece que Tancos está quase na mesma.


E outra dúvida: que conversa é essa das rondas serem aleatórias para ninguém conhecer os hábitos...? Nas empresas em que há coisas aleatórias (por exemplo, testes à taxa de alcoolemia ou a drogas), há um programa que gera números aleatórios que, mediante algoritmo, transforma esses algoritmos em número de cadastro de trabalhador que vai ser inspeccionado. Ou seja, não há intervenção humana nem previsibilidade. Ora aqui, pasme-se, ouço dizer que é um sargento que escolhe por onde passsam as rondas. Não dá para acreditar. O sargento escolhe...? Só pode ser uma brincadeira. É isso que para aquelas cabeças de alho chocho é aleatoriedade...? O que isto revela é um amadorismo que é de um vulgar mortal ir às lágrimas.


Portanto, eu espero -- mas espero muito a sério -- que o Marcelo e o Costa averiguem bem o que é que se passa nas Forças Armadas, nomeadamente com no que se refere a material tão sensível porque se há mais desta bandalheira, então, vou ali e já venho. 


Apoio, em geral, o governo do Costa, acho que tem atingido resultados notáveis, acho que restaurou a confiança e que pôs outra vez a economia a funcionar aliviando o garrote financeiro. Tudo certo.

Mas o meu apoio ao que quer que seja nunca é incondicional e, neste caso, só descansarei se o vir mandar proceder, no prazo de dias, a uma séria auditoria ao que se passa a nível de segurança nas instalações onde se guarda material de guerra; mais: que perceba como funciona a linha de comando ali e em todo o lado já que, como se viu neste caso, passam-se as coisas mais aberrantes e não há ninguém na linha de comando que se tenha apercebido de nada de estranho. Tudo totós, ceguinhos, chonés...? Isso não me tranquiliza nem um bocadinho.

Muita reivindicação com carreiras, muita rica vidinha, muitas mordomias... e, no fundo, como é que andam a ocupar o tempo... no dolce fare niente...?

Marcelo, como Comandante Supremo, António Costa, como Primeiro Ministro, têm que levar isto muito a sério. Uma coisa destas, para além de um risco imenso, é um desprestígio de todo o tamanho para as Forças Armadas... e, lamento, é uma paródia, é a gargalhada geral por esse mundo fora. E é um convite a que alguma malta venha buscar mais.


Ou foi uma coisa como esta aqui abaixo que se passou? Uns quantos mânfios irromperam por ali adentro e disseram o que queriam? Às tantas foi --- e deram com um sargento-totó, o tal das rondas aleatórias de 20 em 20 horas.

A Máfia (ou os Terroristas) no Exército
Monty Python



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Quanto aos cinco já exonerados na estrutura das Forças Armadas o que tenho a dizer é que temo bem que isso seja curto face à dimensão do que se vai sabendo. E, para começar, o primeiro que devia ter saído era o próprio CEME, general Rovisco Duarte.


E, lamento a insistência, mas a barracada que isto é e a gravidade da situação delapidam até à medula a confiança na condução política do Ministério que tutela as Forças Armadas. Azeredo Lopes pode não ter responsabilidade directa na condução das manobras de segurança dos quartéis, na reparação dos equipamentos estragados ou na substituição das lâmpadas que se fundem. Mas é o responsável por garantir que não há risco de que material de guerra seja roubado, comerciado ou o catano, pelo menos não com esta facilidade. A bronca e o risco são grandes e graves demais para ele poder contar com a nossa confiança. Deve sair porque é indispensável que o lugar seja ocupado por alguém que faça melhor do que ele mostrou saber fazer.


Temos pena.
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quinta-feira, junho 08, 2017

António Costa teve dó do José Gomes Ferreira e, quase inexplicavelmente, conseguiu fazer de conta que estava com paciência para o aturar


Vi parte da entrevista ao António Costa feita por José Gomes Ferreira, essa criatura que não sabe pensar, que não aprende, e que não consegue ser isento, imparcial -- de facto, uma criatura que se diria imprópria como jornalista. Disfarça-se de economista mas não é senão um vulgar populista que goza do privilégio de dispor de tempo de antena para, segundo parece, ver se convence alguém, um dia, a contratá-lo como assessor de ministro ou secretário de estado. Debalde. Ninguém o quer para tal mas o Dr. Balsemão, o mano Costa e essa turminha continuam a tê-lo aos balcões da SIC a fazer o trabalhinho sujo que já não há muitos que queiram fazer.


Admiro a paciência de António Costa para aturar coisa assim.

Indelevelmente agarrado ao período passista que apoiou e louvou como um beato acéfalo, tal como o seu guru que ainda não tirou de cima de si o sarro que acumulou enquanto desgovernou, também o Gomes Ferreira continua emprenhado de pafiosice até aos gorgomilos. Um dia destes já todos os correlegionários laranjas, enjoados e desesperados, desertos para se verem livres dele, brutus ou não brutus, trairam o láparo pelas costas, de frente, por baixo e por cima, e ainda anda o Zé Gomes a bramar as virtudes, que só ele vê, no negro período do desgoverno lapariano.

Pouco inteligente como infelizmente mostra ser, repete argumentos errados ad nauseam, sem cuidar de avaliar com quem se mete.

Ora, quem ele teve pela frente nesta entrevista não foi um passarinho qualquer que se deixe intimidar pela presença na televisão ou que fique bloqueado, de nervos em franja, por ter que aturar em público as jericadas do dito pseudo-jornalista. Portanto, o António Costa que de papuço não tem nada, fê-lo rodopiar sobre a sua própra ignorância, divertiu-se a tentar ser pedagógico com tão fraco aluno, como que condoído por se ver forçado a dar cabo do pobre Zé.

Mas, o facto é que é de dar dó mesmo: a cada pergunta que faz, o dito coiso mostra que não percebe uma coisa básica: governar é fazer escolhas e podendo, por vezes os ingredientes ser os mesmos, a forma como se conjugam, se doseiam ou combinam com outros cuidados faz toda a diferença.
Exemplo para quem não vai lá de outra maneira: 
Se eu estiver com uma inflamação e me for prescrito um anti-inflamatório, coisa para, no máximo dos máximos, 1200mgr/dia, sempre a seguir às refeições e com um protector gástrico em jejum, seguir essa prescrição é uma coisa mas se, pelo contrário, armado em chico-esperto, resolver que o protector gástrico é pieguice, não faz falta, essa coisa de ser a seguir às refeições pois que se vão catar que é é logo em jejum para fazer mais efeito e que, se 1200 é bom, 2400 ainda há-de ser melhor, é outra coisa completamente diferente -- e não vai curar o doente, vai é dar cabo dele.
Portanto, vir o putativo ladino Zé Gomes dizer: ah mas vocês também usam anti-inflamatório, sem perceber o que se passou no desgoverno do nefasto Passos Coelho foi um uso descomandado, descuidado, abusivo e abusador de parte da medicação, só revela um estrabismo e miopia intelectual em elevado grau -- mas num grau de dar dó.

Enfim.

E isto para se perceber o que faz ser um político de mão cheia: no fim da entrevista, eu, aqui em casa, à distância, estava irritadíssima enquanto, no estúdio, com aquele maçador e destituído JGF pela frente, o Costa continuava bem disposto e com paciência para lhe dar explicações. Não é crente mas é um santo.

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Cá para mim o José Gomes Ferreira instruiu-se com o vídeo abaixo. Também mostra não ter pruridos: quando faz entrevistas a pessoas de quem não gosta (e não gosta de todos quantos são capazes de lhe demonstrar que o que andou a defender durante quatro anos não passou de uma mão cheia de sandices) faz de tudo para incomodá-las não querendo saber de incomodar também quem, em casa, assiste a tão deploráveis actos de não-jornalismo.


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E, agora, um conselho de amiga: desçam até ao post seguinte que ali poderão encontrar musiquina boa para acompanhar palavrinhas melodiosas.

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segunda-feira, março 20, 2017

Dia de bailarico no Um Jeito Manso
Tudo para a pista:
-- cuidados dermatológicos para dias de sol, a ascendência e a idade de Trump, as crise e os limites dos matrimónios, acidentes de viação e senhoras atenciosas, uma chinesa a falar inglês e um poli-casamento.
Que comece a dança.


Depois de As regras da sensatez do post abaixo -- no qual o Rui Veloso me acompanha enquanto eu esclareço uns pontinhos a propósito da insensatez que me caracteriza (na opinião de Leitor/a em comentário abaixo) -- permitam que me deixe ficar por aqui, na risonha preguiçota. Já concluí os meus deveres e afazeres e daqui a nada inicia-se nova faina pelo que acho que a folga me é devida.

Folguemos então. 

E, se a partir de agora, tudo o que se poderá ver são cenas que os meus Leitores, sabendo-me a ganda maluca que tão bem conheceis, me enviam, já o vídeo musical que vos acompanhará é escolha minha. É Alice Francis em St. James Ballroom. Ah, sim, as duas imagens animadas ali em baixo também foram escolha minha (tenho, entre outras virtudes, este meu lado kitsch, gosto de enfeites).


Que comece, então, o bailarico.

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1. A crise dos 10 anos



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2. O santíssimo matrimónio e alguns dos seus limites



Depois de meio século de matrimónio, ele morreu e foi para o céu. Pouco tempo depois, também ela morreu e foi igualmente para o céu.

No céu, encontra o marido e corre rapidamente para ele, exclamando:

     -  Queriiiiiidoooooo! Que bom encontrar-te!

Resposta pronta dele:

     - Não me lixes Fernanda! O contrato era muito claro: "até que a morte nos separe".



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3. Cuidados a ter com a pele do nariz. Proteja-a, o sol é perigoso.



[Um conselho destinado a Leitores-homens ou a Leitoras (estas para que não esqueçam que, na praia, deverão fazer a caridade quando um cavalheiro com pele do nariz sensível lhes pedir um bocadinho de sombra)]



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4. Um acidente com um carrinho de golf



Enquanto fazia golf, um cavalheiro já com alguma idade, acidentalmente capotou o seu carro de golf. Uma atraente jovem, também jogadora de golfe e que vivia numa das residências do campo, ouviu o barulho e foi lá perguntar:

-- Está tudo bem?

-- Está tudo, obrigado -- disse ele enquanto se torcia para conseguir sair de baixo do carro virado.

Ela ofereceu-se:

 -- Venha à minha casa, descanse e depois logo venho ajudá-lo a levantar o carro.

O cavalheiro reparou que o roupão de sede estava entreaberto, deixando antever um belo físico.

 -- É muito simpático da sua parte mas acho que a minha mulher não ia achar piada nenhuma a isso.

 -- Ah, deixe-se disso.

E era tão bonita e tão, tão persuasiva, que ele, tão fraco, finalmente acedeu:

 -- Pronto, está bem.

Depois de uns quantos copos, ele agradeceu e disse:

 -- Já me sinto bem melhor. Mas sei que a minha mulher vai ficar mesmo furiosa comigo. Por isso, não leve a mal mas é melhor eu ir andando.

 -- Não seja chato! - disse ela com um sorriso, deixando que o roupão se abrisse mais. Deixe-se ficar mais um bocadinho. Ela não vai saber de nada. A propósito, onde é que ela está?

 -- Ainda debaixo do carro, suponho eu - disse ele.

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5. Trump tem para cima de uns 500 anos e é português. A prova está nos Jerónimos. 




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6. O inglês de uma chinesa



Numa agência de viagens em Xangai, perguntei à menina chinesa atrás do balcão se ela poderia escoltar-me num city tour e pedi-lhe o número do telemóvel para poder contactá-la. Ela fez um grande sorriso, assentiu com a cabeça e disse:

 -- Sex sex sex, wan free sex for tonight.

Eu respondi:

 -- Uau, vocês, mulheres chinesas, são realmente hospitaleiras!

Um tipo ao meu lado tocou no meu ombro e disse:

 -- O que ela realmente disse foi: 666136429.



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E, de brinde -- e, sobretudo, como agradecimento aos Leitores que me enviam literatura tão variada -- um presentinho da vossa UJM.


Os Monty Phyton -- e um casamento socialmente incorrecto



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E queiram, por favor, descer e ler uma acusação e a minha defesa defesa para melhor ajuizarem:
(Já para não falar de impúdica...)

Vá, sejam simpáticos, digam que nunca viram ninguém tão sensato, ninguém tão, tão, ajuizado, um modelo de perfeição, capaz até de ser canonizada muito em breve -- e não se fala mais nisso, ok?

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quarta-feira, março 15, 2017

Enquanto o sector financeiro se afundava, Passos Coelho defecou para o tema.
E quando o presciente e intelectualmente veloz Carlos Costa resolveu rebentar com o BES, os ministros resolveram dar o ok por mail, também defecando para os riscos do que aí vinha.
Esta é a gentinha que desgovernou Portugal durante 4 anos.



Tantas vezes, ao longo do desgoverno de Passos Coelho, quando eu via que tudo o que faziam estava errado -- e não apenas errado do ponto de vista social mas também tecnicamente errado -- eu me interrogava se aquilo era má fé, coisa intencional para sacanear os portugueses, ou se era sobretudo ignorância, estupidez em estado puro, burrice pura e dura.

Quem por aqui me acompanha desde essa altura, sabe desta minha dúvida. Por um lado, aqueles desalmados faziam o jogo do capitalismo desregulado, vendendo as melhores empresas ao estrangeiro, vulnerabilizando os direitos dos trabalhadores, favorecendo as fugas de capitais a par do êxodo dos jovens melhor preparados, ofendendo a classe média e os idosos, etc, etc, como, ao mesmo tempo, davam mostras de não perceber nada do que se estava a passar, verdadeiros desmiolados.

Pois bem. A entrevista de Assunção Cristas -- a herdeira do saudoso ex-Irrevogável Portas e confiável líder do CDS -- ao Público é muito esclarecedora.


A conversa da Madame Cristas da Coxa Grossa revela que provavelmente o que tivemos foi mesmo um governo de burros, de gente completamente impreparada, de gente do mais medíocre que há, que não percebiam nada nem do contexto, nem de como lidar com ele.

Com a banca a estilhaçar-se por todo o lado, vem a Madame Cristas dizer que isso era coisa que não assistia ao láparo. Nem BES, nem Banif, nem CGD: “O Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca”. Como se a banca não fosse o indispensável pilar financeiro de qualquer economia, aqueles irresponsáveis continuaram a dançar no convés enquanto o navio se afundava. E fossem também eles lídimos descendentes do brioso almirante, tio-avô do Bruno, eram até moços para vociferar: 'bardamerda para o banquismo'.


E mesmo perante uma decisão absurda, gravíssima, insensata como a que foi a de rebentar com o BES, aquele gentinha assinou de cruz, sem equacionar alternativas, tudo na base 'ó miga, põe lá aí o bacalhau no tiro ao fundo ao BES, que é como quem diz, dá lá aí o ok ao mail'. E a miga Assunção não quis cá saber de nada, estava a banhos, e se a pinóquia Albuquerque dizia para ela dar o ok, ela dava e a malta lá do banco e do escambau que se catasse.


Tudo assim, mais coisa menos coisa, na maior ligeireza.

Podiam ter decidido vender o país à República Popular da China, também assim na mesma base, na base do 'olha, tou-me a cagar, se o amigo lá das 3 Gargantas do Mexia diz que é para vender, a malta vende e bora lá malta, assinem lá de cruz que já tá mas é na hora de calçar a havaiana e ir curtir um bronze para a manta rota'. Ainda tivemos foi sorte.

E foi esta gentinha que deu cabo do País durante 4 anos para, depois de tantos sacrifícios impostos aos portugueses, não ter conseguido resolver um único problema e, pelo contrário, ter deixado rebentar parte do sector financeiro e de mais uma série de grandes e pequenas empresas, para além de ter deixado sem casa muitos portugueses... e sei lá que mais.

E é esta mesma gentinha que ainda por aí anda desfilando pelas ruas a sua estupidez e falta de tino (de tininho, diria a Madame Cristas que gosta de pôr diminutivos nas coisinhas, até quando critica qualquer coisa é só um bocadinho e quando espeta alfinetes envenenados nos ex-sócios de governo é devagarinho).
Ah, sim, e mais outra: a Madame Cristas recebe mais sms de apoio quando se arma em varina na Assembleia, insultando a torto e a direito...? Ok, calma aí ó pessoal, que ela já aí vem cheia de força na goela que o que ela gosta é de sms de apoio -- e o decorozinho que se lixe.
E agora, se me é permitido, pergunto eu: a malta do PSD e do CDS aguenta tão incapazes e anedóticas lideranças?
Mas é uma pergunta retórica. Sei bem qual a resposta: Ai aguenta, aguenta...
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E, portanto, resumindo e baralhando, os Conselhos de Ministros da altura de Passos Coelho deveriam ser mais ou menos uma coisa esperta, assim como abaixo se vê, impostos, impostos e mais impostos e sem perceberem um boi do que estavam a falar  -- só que não falavam em inglês, que aqueles lá, sabido é, arranhavam o português e olha lá.


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Mas pronto, como sou caridosa, aqui deixo o meu conselho aos PàFs:
desçam até ao post seguinte e vão passear o cão, ok?

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quinta-feira, novembro 17, 2016

Chegados a meados de Novembro, o Orçamento para 2017 aprovado, os resultados do ano animadores, Bruxelas a não chatear e o diabo sem dar as caras -- claro que já há quem, no PSD e no CDS, comece a achar que aquilo lá pelas bandas pafianas já não anda a fazer muito sentido e comece a ver a melhor maneira de sair de fininho ou atirar o láparo borda fora.


Vocês sabem. O meu coração é todo ele manteiga. Noutros dias todo açúcar e mel. Não gosto de bater nos desvalidos. Dá-me pena. É a minha alma benta. Mesmo perante láparos bacocos ou galinhas espevitadas o meu espírito vira um docinho, toda eu piedade.

Vem isto a propósito do que por cá vejo. E o que vejo é que o desempenho português, sob a égide da geringonça, começa a receber atenção e manifestações de apreço.
Lá fora já não olham para nós como olhavam nos tempos sombrios em que éramos governados por seres rastejantes: agora já mostram respeito. E respeitinho é coisa muito bonita. Dá gosto a gente sentir-se respeitada.
Perante isto, o láparo e seus apaniguados já só saem à liça para bolsarem anormalidades. O caso é que, coitados, já ninguém lhes liga patavina e as hostes laranjas já se movimentam, quase às claras, para atirar tão fracos líderes pela janela. E eu, perante tal, tenho vontade de lhes dar um balão, um peluche, um chupa-chupa, qualquer coisa que lhes sirva de consolo tão desinfelizes todos se devem andar a sentir. Sinto pena. Coitado do láparo.

A Marilu dos Swaps teve a esperteza de se orientar mal pôde, e arrow com ela, o Vai-Estudar-ó-Relvas pirou-se muito antes, esse sempre a soube toda, é doutor da escola da malandragem, o cromo do Gaspar também teve a ligeireza de se encostar ao FMI a quem tão bem serviu... mas o coitado do láparo -- que sabe abrir portas e pouco mais (já que nem para pagar a segurança social a tempo e horas teve cabeça) -- já deve andar a deitar contas à vida. O que vai ele fazer depois de ser apeado? Limitar-se a rir à porco nas bancadas da Assembleia..? Só se for, mais que isso nem ele nem nós estamos a ver.


Ora, com o líder a perder gás e a olhar à socapa para as páginas de anúncios (linkdin é coisa que ainda não lhe assiste), e face às notícias animadoras do crescimento do país, imagino o que sejam aquelas reuniões lá nas sedes, nas distritais e nas concelhias, do PSD. De cortar à faca. E todos a mandarem SMS's uns aos outros a verem se é só o Rio a perfilar-se ou se há algum outro cavalo com mais probablidades de ganhar. E, para disfarçarem, a falar de coisas só para encher, maluqueiras de gargalhada, piadolas a la jota.


Cá para mim é qualquer coisa como o que se vê no vídeo abaixo.

Real Sociedade para pôr coisas em cima de outras coisas


Monty Python  -- Royal Society for Putting Things on top of other things


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Há também quem me confidencie que, entre as hostes laparianas, já anda tudo a estudar formas mais avançadas de luta para se verem livres do chefe mas, espertos como são todos, ainda não perceberam que o putativo barítono já está mais do que morto (politicamete falando, claro) há que séculos.

Aliás, confesso, a minha alma gentil emudece de compaixão perante a visão daqueles pobres laranjas fora de época a tentarem dar cabo deles próprios. Não há uma que lhes saia bem. É a eles e à turminha da Cristas: tudo ao lado. Andam, andam, andam e, juntos, PSD + CDS, ainda ficam com menos votos do que os Verdes da Heloísa Apolónia. 


Vejo-as na televisão e só me lembro destes aqui de baixo:

Monty Python - Upper Class Twit Of The Year



O estertor do passismo e do cavaquismo.


Festejemos.

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E tenham, meus Caros Leitores, uma feliz quinta-feira.

Enjoy.

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quinta-feira, novembro 03, 2016

A malta do PSD e do CDS é bué de boa de contas.
Com eles, os bancos sempre foram bué de bem de geridos.
Temos até bué de banqueiros da linha cagarrenta ou pafiana emoldurados ou em vias disso pela limpeza que fizeram nos bancos.
Por isso, atenção com eles que não vão descansar enquanto não limparem também a Caixa.


Bem pode Centeno dizer Camões, bem pode falar-lhes da Cativa que nos traz cativos, que isso é música para os ouvidos da seita pafiosa. Menino do coro é o que ele é ao pé dos laparianos encartados. A miss swap, a pinokia amoral que se viciou em dizer o que lhe vem à boca, tenha ou não aderência com a realidade, por aí anda a fazer de conta que é deputada e virgem quando todos sabemos quem é que lhe paga os alfinetes. Bolsa aleivosias contra a actual equipa governativa, esquecendo-se que os portugueses que a ouvem não têm todos um QI ao nível dos antigos coleguinhas de governo. O chefe dela, por seu lado, não sabe o que diz mas é assertivo na sua nulidade e há quem confunda uma voz bem colocada com neurónios ginasticados. Tivesse ele o físico do catraio garganta-funda-do-regime e uma voz de flautinha e a ver se alguém lhe dava ouvidos. Desdiz-se e ataca nos outros o que ele próprio fez e, pela cara com que nos aparece, ou anda sempre a morder a língua venenosa ou o Dr. Ben anda a examiná-lo a toda a hora. E esses dois tristes mais a flausina cristas e mais uns quantos espalha-brasas por aí andam a agitar os balcões das televisões e dos jornais -- e a barraca está armada. Os riscos de que o circo da CGD esteja prestes a pegar fogo são reais. 

Começaram com o ordenado do tal Domingues, agora querem espreitar as intimidades do homem. E daí até à chafurdice nas contas da Caixa foi um ar.

Aguentar fábricas em Sines, sejam da La Seda ou de tanta outra empresa, é sempre daquelas que só um néscio acha que é apenas coisa de ânimo leve a cargo de amigos. Já aqui falei disso e hoje não me apetece ser eco de mim própria. Néscios. Deputados que mais parece terem sido lobotomizados -- e isto porque custa a crer que sejam apenas ignorantes -- por aí andam a lançar a confusão, a fazer crescer a desconfiança numa instituição como a Caixa. Se um dia destes acordarmos e alguns milhões tiverem voado para outros bancos e os rácios começarem a vacilar, não nos admiremos.

Cambada de ignorantes, de estúpidos.

E o que anda o Marcelo  fazer? Está à espera de quê para mandar calar os inciendiários que por aí andam a ver se incendeiam a CGD para os salvados ficarem à mercê de qualquer abutre, mesmo que de trazer por casa?

Quantos nomes são precisos dizer para se perceber o que fizeram ao país os banqueiros cavaquistas, os amigos, os trafulhas, mais a súcia financeira que se aproveitou dos tempos em que a escória mandava?

E, enquanto esses banqueiros de pacotilha por aí andavam a ostentar condecorações, a distribuir prendas e prebendas a tutti quanti  e a fazer fintas às auditorias, o que fizeram essas luminárias pafianas?
Ou fecharam os olhos, ou empurraram com a barriga ou implodiram bancos. Coisa fina, portanto.
Por isso, alguém me diz o que leva a comunicação social em dar-lhes ouvidos?
Interesses comuns? Masoquismo? Pura burrice?
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E, a propósito de banqueiros da linha 'banco ao fundo', deixem que vos mostre um dos bons:


The Merchant Banker - Monty Python's The Flying Circus




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As duas imagens que usei provêm, como é bom de ver, do Kaos in the Garden.

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E agora, por favor, queiram fazer a agulha e descer até ao post seguinte em que se fala de inspecções periódicas e da vantagem para os homens em que o médico de família seja de confiança.

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domingo, setembro 18, 2016

A entrevista de Carlos Alexandre ao Expresso
ou onde o Saloio de Mação -- que se diz 'geométrico e pretensioso' -- revela bem que não está à altura das responsabilidades que tem
[... e se é que não revela também que este não é o perfil que se espera de um Juíz do Tribunal Central de Instrução Criminal...]


Bom. Agora que já deixei assentar, a ver se consigo continuar o que comecei no post abaixo: o que me fica da entrevista que o Super-Juíz Alex deu ao Expresso (conduzida por Rui Gustavo e Pedro Santos Guerreiro com fotografias de Marco Borga). A quem aterrou agora aqui e não testemunhou a minha estupefacção, sugiro que comece por aí.


Parte de uma fotografia que consta da referida entrevista do Expresso

Bom. O que se passa é que uma pessoa -- sabendo que tudo o que é grande processo deste país tem no auto-denominado Saloio de Mação o suposto zelador pelos direitos dos cidadãos e alguém que, pela sua inteligência informada e independente, saberá ajuizar da fiabilidade da instrução e do respeito pelos preceitos regulamentares e pela lei -- ao ouvi-lo ou lê-lo em discurso directo fica perplexa. E preocupada.

No post abaixo exemplifiquei a minha estupefacção com algumas situações. Agora continuo. Mas confesso que tenho dificuldade em escolher. Há bocado, estava eu num sofá e, afastado, o meu marido num outro. Como ele se recusa a pegar no Expresso, fui-lhe lendo alguns trechos da entrevista. Ele nem percebia o que ouvia - tal como eu não percebia o que estava a ler. É que o juíz parece não bater bem da bola. Diz coisas que são de tal pequenez e insignificância que uma pessoa nem percebe porque raio de carga de água está ele a referi-las. Ou fala por meias palavras como se tivesse bombas nos bolsos e afirma que é para saberem que ele as tem. 

Para quem está em abstinência do Expresso, trancrevo, pois, alguns bocados e ajuizem vocês:

... Foi citado como tendo dito que "sofre interferências pontuais quando tem em mãos casos mediáticos". Quer concretizar?

Não vou dizer qual o processo em que isto se passou. Foi-me dito por uma pessoa que tinha relações com pessoas que tinham um recado para mim.

Qual era o recado?

O recado era: "Deves meter-te com gajos do teu tamanho porque precisas do teu ordenado para comer"

Foi a única vez que isso aconteceu?

Não. Já me disseram outras coisas, por exemplo, "se não souberes colar os cromos na caderneta não terás direito a brinde"

Entende esses recados como ameaças? (Perguntam os jornalistas, certamente tão perplexos como eu, ao ler. Então são estas as grandes ameaças que ele já sofreu? É por ameaças deste alto nível de perigosidade que ele conclui que há quem o queira ver afastado....? Qualquer árbitro de futebol deve receber um milhão de 'bocas' mais cáusticas do que estas gracinhas e não é por isso que ficam a cacarejar pelos jornais e televisões armados em vítimas.)

(...)

Adiante.

Depois de revelar a dimensão extraordinária das suas dívidas -- assunto de que falo no post a seguir a este (acima de meio milhão de euros!: 500.000 para casas, 10.000 de um carro, não sei quanto de outro, 10.000 de cartões de crédito) e na sequência de ter dito que, por isso, é que tem que trabalhar ao fim de semana, os jornalistas perguntam-lhe:

É consumista?

Sou consumista de casas e carros. Tenho três casas habitáveis. Um apartamento no Carvoeiro, a moradia onde vivo e a casa dos meus pais em Mação. E depois tenho dois casebres que nâo têm telhado. E depois tenho metade das casas da minha sogra, que estão divididas por boca, mas ainda não foi feita escritura.

Gosta de ter casas?

Gosto. Noutra encarnação devo ter sido pedreiro, não livre, mas pedreiro. Tive uma estagiária que me dizia que pela leitura da minha carta astral eu tinha sido perseguido pela Inquisição. Talvez por isso, não gosto de nada que me aperte o pescoço. Declarando assim as minhas fontes de rendimento espero poder justificar os meus tarecos - móveis, fogão, frigorífico...

A que propósito vem isso agora? (os jornalistas outras vez estupefactos - digo eu)

Acho que devo ser transparente e nem sequer peço aos outros que o sejam.

Uma situação financeira difícil cria condições de vulnerabilidade. Sente que pode ser posto em causa como juiz pela sua situação financeira?

(...) Outra declaração de interesses: tenho três carros. Um Fiat Punto com oito anos já pago. Um BMW série 1 que está em uso por um familiar meu, pelo qual pago 120 euros por mês e que estou a pagar há seis anos. É como as casas. Não são minhas, são do banco porque ainda as estou a pagar. Meus são os casebres, 70 metros quadrados com uma parede ao meio e o tecto caído (...)

....... Mais adiante:

Não sei sequer se o meu colega Dr. Ivo Nelson de Caires Batista Rosa, que se encontra neste tribunal desde 9 de Setembro de 2015, tem telemóvel de serviço. Eu não tenho o número de telemóvel do meu colega e também não tive ocasião de lhe transmitir o meu número de telemóvel, apesar de sermos o substituto legal um do outro.

Não falam, não têm relação? (imagino, de novo, a cara de espanto dos jornalistas...)

Temos uma relação cordial e profissional, tenho de contactar com ele profissionalmente e quando nos cruzamos no corredor.

Só se falam no corredor?

Dou-lhe a saudação e ele dá-me a mim. Não acho que isso seja uma má relação.

(...)
Estando a responder a uma pergunta sobre a informação relativa a offshores, escreve o jornalista que o Juíz Carlos Alexandre interrompe a conversa para voltar a falar do telemóvel:
Estou a pagá-lo a 15 euros por mês. Já há outros muito mais modernos. É como nos carros. Eu já perdi a mania dos carros. Esqueci-me de dizer que tenho um carro que ando a pagar há seis anos e comprei com intenção de o dar ao meu filho para ele ir para a fábrica. Ele não tem carro próprio. E tenho um BMW 520 que se vem sucedendo. Tinha a mania de trocar de carro de vez em quando, de cinco em cinco anos. Era um fetiche que tinha com os carros, algum complexo mal resolvido de não ter tido carro quando era miúdo. Estou a pagá-lo a 400 euros por mês e ainda me faltam 20 mensalidades. Se eu deixar de o pagar, os tipos telefonam-me e vêm buscar o carro. Ainda faltam 10 mil euros. Nem todos têm de ser assim geométricos e pretensiosos como eu. Sou assim e acho que não me podem levar a mal de ser assim, de ter as minhas contas certas e saber que tenho os telefones, água luz em oredem e o gás.

Estávamos a falar das offshores: o sistema de justiça de que faz parte sente-se impotente perante as construções labirínticas? (os jornalistas a quererem chamá-lo à razão e elevar o nível da conversa - digo eu)

______

Já vou continuar mas interrompo aqui para duas ressalvas:

  • primeiro presumo que Carlos Alexandre quisesse dizer que é aritmético e não geométrico (mas, mesmo assim, que raio de afirmação é esta de ser geométrico e pretensioso?!); 
  • segundo: afirma que gosta de ter contas certas e diz isto a seguir a referir que lhe faltam 20 mensalidades de 400 euros cada, e, depois, que lhe faltam 10.000 euros. Ora de aritmética é que o Saloio de Mação também não pesca: 20 x 400 são 8.000 e não 10.000!
E é esta criatura que anda a ajuizar sobre processos cheios de números...!?! 

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Continuando
Na sequência da pergunta dos offshores acima, o juíz começa a responder à pergunta para, acto contínuo, fazer nova deriva:
(...) Porque as pessoas estão numa sociedade em que têm o direito de lutar para terem uma melhor vida e terem bens consonantes com esse nível de vida que conseguiram arranjar. Eu só tenho os carros em causa porque os consigo pagar, estou absolutamente seguro que ninguém me faz o favor, à semelhança do telemóvel, até porque as importâncias são outras. Mesmo que naquele caso em que falei acabou o carregamento e o telemóvel ainda funcionava. Acabou o carregamento e eu continuava a falar durante 3 ou 4 dias. Não sei quem é que estava a pagar esse telemóvel.
[Aparentemente desconhece que os operadores de comunicações dão uma tolerância antes de bloquearem a conta - digo eu, espantada com as paranóias da criatura e com a pequenez  dos assuntos que traz para a conversa].
(...)
Quando está a falar de que conhece a história toda de Proença de Carvalho, deriva para a progressão na carreira e faz suposições, aparentementemente a despropósito, acabando assim:
Não vejo motivo para me retirar porque não estou a fazer mal a ninguém, não tenho, como sói dizer-se agora, agenda. Não estou capturado por nenhuma congregação, nem obediência ou grupo. Não tenho filhos nas instâncias informais ou formais de controlo.

Está a fazer um contraste com alguém.

Estou, estou.

Com quem?

Não vou dizer. (...) Mas se estou a fazer esta afirmação, tenho razões para a fazer.

Está a falar de quem?

Não vou dizer, a quem servir percebe que estou atento. (...)

....
E a entrevista acaba com ele a dizer o seguinte (depois de dizer que, quando se reformar quer tomar conta dos quartéis, que, segundo ele, é como a mulher chama às casas, tomar conta da horta, ler a livralhada que tem andado a juntar):
Eu, se me deixarem, vou continuar a ser magistrado judicial. Se me deixarem, porque não há garantias. A gente nunca sabe o dia de amanhã .

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Nesta transcrição de excertos da entrevista do Super-Alex passei por cima das paranóias sobre a inspecção que a Autoridade Tributária lhe fez e a que ele atribuí motivos estranhos, sobre as escutas que desconfia que lhe fazem, sobre os 'espiões' -- é que teria que transcrever muito paleio, e um paleio demasiado surreal, e não estive para isso. 


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Mas digam-me agora vocês o que acham.

Não parece mesmo que está a pedir para o porem com dono, que, à solta como tem andado até aqui, a fazer o lindo trabalhinho que se lhe conhece, já não se aguenta...? Não sei, não.

Se não for isso, é o quê? Que raio de entrevista é esta? Tal como quando vi a entrevista que deu à SIC, fico perplexa com isto.

Que raio de criatura é esta? Alguma explicação há-de haver para isto.

E alguém pode ficar descansado ao saber que é pelas mãos desta mente perturbada e complexada que passam alguns dos maiores processos do País? 

Se os juízes (os do Conselho da Magistradura ou do que for) não forem capazes de fazer alguma coisa para resolver esta situação, não seria caso para o nosso Digníssimo Presidente Marcelo actuar?

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E antes de me ir aqui deixo um momento em sintonia com a entrevista que o super-saloio do Picão concedeu ao Expresso:


Um momento de tortura pela Inquisição a pedido do pobre super-juíz Alex que é de tão boas contas


Com os cumprimentos dos Monty Python



......

E, caso ainda o não tenham feito, queiram, por favor, descer até ao post que se segue.

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sexta-feira, setembro 16, 2016

A vida sexual de personagens públicas pela mão do arquitecto Saraiva? O novo livro sensação apresentado por Passos Coelho?
Não. Nem pensar. mexericos não é comigo. Eu é mais bolos.
Impostos.
Um imposto novo...?
Que bom.
Um imposto novo ou uma sobretaxa ou uma alteração de critérios todos o anos é mesmo do melhor que há para a economia tirar o pé da lama...
Só acho mal uma coisa: que não se faça uma sondagem para se escolher sobre que o haveria de incidir o novo imposto.
Ou melhor ainda: porque é que não se cria um imposto sobre.... aquilo....?


Se abaixo me deixei levar por temas mais pessoais, ou mesmo, privados, aqui, agora, falo do tema do momento.

E, a quem pense que o tema do momento é o escaldante livro do arquitecto Saraiva desvendando a vida sexual de pessoas que entrevistou ao longo de anos ou fofocas que ouviu a uns e outros tais como inclinações sexuais de políticos, paixões proibidas e outras cenas de pura alcoviteirice -- livro esse que será apresentado por uma pessoa que nutre grande admiração pelo arquitecto Saraiva, a saber Pedro Passos Coelho (who else?) -- pois saiba que nem tanto. 


Acredito que alguns dos que aparecem na capa (Marcelo, Balsemão, Paulo Portas, Santana Lopes, Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Durão Barroso, Cavaco Silva, etc, etc) a esta hora estejam algo incomodados -- e não é caso para menos a julgar pelo que diz o autor:


"Um livro deste tipo só tem sentido se o autor se dispuser a contar tudo o que ouviu dos seus interlocutores e relatar tudo a que assistiu e que julgue ter interesse público." "Assim, como o leitor reparou, há no texto revelações duras e outras que roçam a violação da privacidade. Mas, insisto, é o preço a pagar por uma iniciativa como esta. Só guardei para mim aqueles segredos cujo interesse público, em meu entender, não mereceria os danos que a sua divulgação poderia causar."

Diz do assunto, no DN em crónica justamente apelidada de José António Saraiva espreita e baba-se, o Mestre Ferreira Fernandes:

Canalhices de políticos lembradas, passemos então, sem sair do género, ao magnífico "Eu...", o JAS e as coisas picantes que ele sabe sobre os nossos políticos. Olha, o irmão que já morreu, a contar ao "Eu" a sexualidade do irmão; olha, o escritor que já morreu, a contar ao "Eu" as brejeirices dum ministro; olha, um ministro que já morreu e que, moribundo, invocou ao "Eu" a sua doença para sacar umas massas... Na capa do livro desenha-se um buraco de fechadura, erro gráfico: o JAS espreitou menos do que cavou em campas.
Sinistro. É um lindo serviço o do pequeno arquitecto, sim senhor. É certo que para os pequenos seres que rasteiram pela vida pública tarde ou cedo chega a hora de se vingarem dos que os olharem de cima, e nesta rentrée já vão dois, mas essa cena da lavagem de roupa suja em público foi coisa que nunca me atraíu.

Face a estes exemplos, só me assalta uma dúvida: um dia que o Saloio de Mação seja afastado das suas funções, irá  também escrever um livro de memórias, relatando os segredos cabeludos que vem acumulando há anos, fruto do seu exercício solitário de escutar a vida alheia?

(É só mesmo uma dúvida).

Mas como não era destas coscuvilhices que vinha falar mas de um outro tema que incendeia as mentes brilhantes da nossa iluminada classe política, passo, então, adiante.

Ou seja, se não se importam, salto por cima do arquitecto e vou pegar o novo imposto de caras. Bem, de caras não que ainda não conheço a raça do bicho. Não sei sobre que casas, a partir de que valor, com que regras, não sei se é apenas para 'apanhar' quem não paga IRS (como diz a Mariana Morágua) ou o quê.
O que sei é que a saga de todos os anos andar a ver de que forma se há-de ir sacar mais dinheiro aos contribuintes, apesar de não ser nova, não é uma boa coisa. 
Pode até ser que este novo imposto de que se fala vá taxar quem tem casas no valor de milhões e não paga um tusto ao fisco. Pode ser muita coisa. Mas que parece uma praga que se abateu sobre os portugueses lá isso parece: volta e meia lá anda toda a gente a discutir as excentricidades e criatividades de quem parece possuído pela doença dos impostos. Dada a exaustão fiscal a que há muito se chegou, tenho muitas dúvidas que mais impostos sobre seja o que for não seja pior emenda do que o soneto. 

Mas guardo uma opinião mais reflectida para quando se souber mais de perto as intenções dos cobradores de impostos e, para uma ocasião futura, aqui deixo mais uma sessão de coaching. Desta feita, como criar um novo imposto.

E porque não um imposto sobre... aquilo...?


-- A sabedoria dos Monty Python ao serviço do Ministério das Finanças --


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No post abaixo fala-se de crenças, fé, religião, deus, física, matemática, natureza, etc. 
Caso queiram descer, serão bem recebidos.

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domingo, junho 26, 2016

O brexit, as capas da imprensa internacional e as razões da saída explicadas pelos Monty Phyton


Na senda do post anterior -- em que partilhei convosco a prova do estado de atordoamento em que, na hora da ressaca, os ingleses parecem ter mergulhado sem perceberem bem que raio de cena afinal era aquela do referendo, e o que, de facto, é isso da União Europeia -- mostro algumas das capas da imprensa internacional sobre o dito brexit.

Permitam, contudo, que, para contextualizar a situação, introduza aqui o hino. Deus proteja a Rainha.

(E mais espantoso do que ela, a simpática Isabelinha com os seus coloridos 90 anos, ainda se aguentar tão direitinha e atiladinha, é o marido, o divertido Príncipe Philip, 95 anos preenchidos de suculentas gaffes, ainda se aguentar tão bem com aquele barretão peludo à cabeça).






















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Mas, afinal, quais as verdadeiras razões para que o Não à União Europeia tivesse ganho?

Eles próprios não sabem - mas o vídeo abaixo ajuda a perceber.


What has the EU ever done for us? - Monty Python



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E sigam até ao post seguinte para verem a ganda pancada daquelas cabeças.


sábado, maio 07, 2016

Durão Barroso, Jorge Sampaio, a Cimeira das Lajes, Ricardo Costa, a SIC.
[Durão Barroso, essa esponjosa criatura fez-se acompanhar pela SIC durante um dia e, claro, concedeu uma entrevista ao Mano Costa.
O resultado, do que vi, é nauseabundo. Por isso, desligámos a televisão.]
Prefiro arte.
Prefiro ver Picasso a pintar enquanto anda de bicicleta

[Upsss... afinal isto do Picasso a pintar enquanto anda de bicicleta é uma coisa na base dos Panama Papers by Expresso. Caraças!]



A firmeza de princípios, a qualidade do carácter e o tipo de personalidade de Durão Barroso são sobejamente conhecidos em Portugal, em Bruxelas e talvez em todo o mundo (se é que alguém, fora do perímetro europeu, ainda faz ideia de quem seja a criatura).

Em Portugal pouco ou nada fez de jeito até se pirar para Bruxelas onde, durante anos, ajudou a enterrar o espírito europeu. O seu legado à frente da Comissão será um dia avaliado com precisão mas, a olho, quase aposto que pior ser+a difícil.

Acabou como começou: sem nada de louvável que se diga em seu favor. Podia ser um zero mas não: muito, muito pior, negativo mesmo. Uma vergonha. Uma nódoa.


Fez toda a espécie de fretes que lhe pediram, e a triste figura que fez aquando da guerra do Iraque com base em provas que garantiu existirem é coisa que tão cedo não se apagará da memória dos portugueses.


Pois bem, agora, com aquele vício que adquiriu de dizer o que lhe parece conveniente, independentemente de ter qualquer aderência à realidade, já mudou a história e não se ensaia de quase deixar subjacente que a ideia foi mais de Jorge Sampaio do que dele. Envolver Jorge Sampaio naquela história tenebrosa para a humanidade é coisa que não lembrava ao careca (e nada contra os carecas, atenção): mas lembrou àquela desqualificada criatura. O rasto que deixa por onde passa fede, e esta agora é inaceitável.


Pelo meio, louva as reformas do láparo, gaba-lhe os sucessos e inventa o que lhe apraz -- e tudo perante um Ricardo Costa que, em vez de lhe fazer uma entrevista decente, quase parece dar a ideia de que, se pudesse, se pendurava no braço da alforreca, quiçá como seu protégé.

O que os une? 


Une-os Balsemão -- a dívida para com Balsemão. 

Balsemão: 

    que ali tem o seu ajudante-de-campo, Mano Costa, a pairar sobre a SIC e sobre o Expresso para garantir que a mensagem será espalhada; 

    tal como tem o Cherne Barroso no Bilderberg Club e a conferenciar por aí, pregando a doutrina da nova ordem sobre o novo e o velho mundo.


E digo isto com base em tudo o que ao longo dos anos venho observando. Não tenho a mania da conspiração, nunca tive, e até tenho aversão àquelas pessoas que vêm macaquinhos por todo o lado. Mas o comportamento desta gente é de tal forma despudorado e ridículo que se torna até enjoativo de observar.

Claro que depois de ver uns minutos aquela entrevista -- à qual percebi que o Expresso em papel vai dar ênfase -- não suportei o asco e, de imediato, desliguei a televisão. Ou melhor, desligou-a o meu camarada depois de os mandar para sítios impróprios para figurarem num blog tão pio como este.

Eu, que não sou dada a vernáculos, direi assim antes de mudar de assunto: a pata que os pôs. Pronto.

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E, assim sendo, viro-me para a arte. Picasso. Love, love Picasso. Uma força da natureza, pintava que se desunhava, pintava de olhos fechados, sentado, de pé, de qualquer maneira. Até a andar de bicicleta.

Monty Python - It's Arts 

- Picasso pintando em cima de uma bicicleta 



Ou seja, uma coisa a modos como as escaldantes notícias dos Panama Papers que o Expresso anda há semanas a noticiar que vai noticiar que vai noticiar que vai noticiar. Tretas. Tretas. Tretas.

...

Os cartoons provêm do impagável 'We have Kaos in the Garden'
(será que o autor é o meu alter-ego?)
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Entretanto, volto aqui para actualizar o tema.

É que Jorge Sampaio já deu a devida bofetada de luva branca à alforreca com cara de cherne:
  aqui, se fizerem o favor.