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sexta-feira, novembro 22, 2013

Olhares novos sobre um mundo inteiro por descobrir. A beleza. O silêncio. A vida. [Brooke Golightly e Tara Donovan acompanham-me com o seu olhar de mulheres livres]



E depois há o que faz a diferença, o olhar limpo, a respiração que vem de um outro lugar, as palavras por descobrir, os sons brancos de um outro território, o céu imenso, os sonhos todos. 

Que (escondidos na sombra, amargos e violentos) apontem os sujos dedos, que enterrem as flores, que soltem os mais temíveis instintos. 

Sem medo, um só límpido olhar os deterá.

Na dobra de uma pedra, na terra coberta de musgo, no coração de uma árvore, numa nuvem distante e efémera, na timidez de uma palavra que se resguarda, no gesto suave que o coração dita, se esconde a beleza que dá sentido à vida. 

Quem não conhece os enigmas suaves da terra ou os murmúrios que sobem do fundo do mar jamais voará e a esses um só límpido olhar os deterá.

E depois há os livros. Mil vidas nas folhas de um livro, mil segredos, mil paixões. 

Recebo-os nas minhas mãos, no meu peito, no meu ventre de mulher. Palavras como sementes. 

Sonhos soltos, afectos, choros silenciosos.

Quero voar embalada no voo de quem inventa palavras.

Levem-me, levem-me.

O voo, o sonho, a luz.

A raiz da carne, o cheiro doce do sangue, a leveza de um sorriso, a limpidez de uma lágrima, um abraço, um beijo, ou a vontade não concretizada. 

A beleza das coisas simples, o silêncio. O olhar diferente. Um olhar como se fosse o primeiro.

A vida. A vida inteira. 


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[Vendo o mundo de uma outra maneira, esculpindo os materiais do dia a dia]


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As fotografias são de Brooke Golightly

As esculturas são de Tara Donovan

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No post a seguir, já aqui abaixo, falo da revolta dos polícias, do encontro das esquerdas, da devastação passista e da vontade de a parar.

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Muito gostaria ainda de vos convidar a virem até ao Ginjal e Lisboa, onde hoje recebo a visita de alguém que andava arredio, Emerenciano. Pelas palavras dele vou eu falando também de tudo isto. A seguir chegam, por lá, dois amigos muito malucos, e assiste-se a um momento de verdadeira epifania, Jorge Palma e Rui Reininho.

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E, por hoje, é isto. Chove enquanto escrevo e está frio. Tempo bom para nos recolhermos.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa sexta feira.