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sábado, agosto 16, 2025

Ainda a propósito do Relvas e não só:
É o destino, “for the time being"

 

A propósito do testo que escrevi ontem sobre o Bannon tugolaranja, Relvas, por aí andar a dar as tácticas a Montenegro (respaldado por Passos? ou a abrir caminho a Passos?), permito-me puxar para aqui, para o corpo principal do blog, um comentário bastante interessante.

[Mas, antes, um apontamento. Pouco tempo depois do Relvas ter deixado de ser ministro, e lembremo-nos que saiu pela porta pequena, foi almoçar, num restaurante ali à beira rio, para as bandas de Belém, com um empresário e com um outro artista, familiar (para não dizer familiar muito próximo) de um ex-primeiro ministro. Esse empresário contou-me depois que estavam a almoçar na esplanada e que algumas pessoas que passavam reconheceram-no, olhando parece que com um certo ar trocista, e que ele sorria, na maior. E uns jovens, de longe, gritaram 'Vai estudar ó Relvas'. E ele, sorridente, como se nada fosse. Perguntei: 'Mas, no fundo, deve ficar sentido, não...?'. Resposta desse empresário: 'Acha?! Estava, isso sim, a ver se me 'vendia' umas ideias... Pessoas como o Relvas, gente de esquemas, estão é sempre a ver se estabelecem ligações, se fazem pontes para negócios, coisas assim.']

Mas, então, aqui está o texto do Leitor a quem muito agradeço.

Relvas já tem alguém (Victor Sereno) da sua máxima confiança no aparelho de Estado, precisamente num alto e sensível cargo – o SIRP Serviço de Informações da República Portuguesa, um dos vetores das nossas “Secretas”). O “Dr.” Relvas (assumindo que terá entretanto concluído o tal curso que não possuía) foi buscá-lo (VS) ao MNE, onde já revelava sordidez, ou seja, estavam bem um para o outro – e ambos arrogantes qb.

Quanto ao Tribunal Constitucional, tal como é (ou foi concebido) não deveria existir. Isto porque um Tribunal não deve ter juízes nomeados, ou escolhidos, por razões políticas, como sucede, desde a sua criação. Só nos EUA, que não é um país democrático segundo os “standards” do Conselho da Europa (por causa do seu sistema judicial, cujos magistrados – juízes e procuradores – são nomeados e escolhidos por pertencerem ou aos Partido Republicano, ou Democrata, bem como o seu sistema eleitoral, aquele tal Colégio Eleitoral, onde não é facultado o voto directo) é que os magistrados são escolhidos pela sua simpatia ou filiação partidária.

Inclinava-me para, em vez de termos um Tribunal Constitucional, optássemos por uma Secção Constitucional no Supremos Tribunal de Justiça, com magistrados peritos em Direito Constitucional, a fim de dirimir as questões de carácter constitucional. Como não sucede assim, teremos em breve uns tantos trogloditas de extrema-direita sentados no Palácio Raton a decidir questões sensíveis de constitucionalidade, sabendo bem o quão desprezam esta Constituição. Afinal de contas, o Chega conseguiu eleger 60 energúmeros para a AR, sendo que um deles, Diogo Pacheco de Amorim, antigo bombista do MDLP, fascista/salazarista assumido, que desdenha a Democracia que o 25 de Abril nos devolveu, após 48 anos de Ditadura, é hoje um dos Vice-Presidentes da AR.

Mas, atenção, se hoje estamos onde estamos, com uma maioria de Direita radical (AD+Chega+IL), deve-se ao mau desempenho da Esquerda, em particular do PS, que não se soube assumir como alternativa ao trafulha do Montenegro e ao Chega (os restantes Partidos de Esquerda não existem, praticamente e alguns, BE, e PCP deverão desaparecer em próximas eleições).

Voltando a Relvas, faz o papel que bem sabe e sempre soube fazer, que é o de desgastar a oposição à esquerda do PSD. Um traste político, sem valores e princípios políticos. E teremos esta gente (AD+ Chega, com a mãozinha da IL) pelo menos nos próximos 2 anos, se não forem mais. É o destino, “for the time being”.

sexta-feira, agosto 15, 2025

Miguel Relvas, o Steve Bannon do regime Montenegrista

 

“Deixem o PS de fora”, diz Miguel Relvas, que defende entrada do Chega no Constitucional

Ex-ministro aponta caminhos ao Governo: para substituir os juízes do TC e, depois, para a revisão da Constituição (...)

O outrora conhecido por Vai-Estudar-ó-Relvas e agora, nestes tempos de miséria moral que vai grassando, se calhar já chamado de senador, é como todos os outros do mesmo calibre: está-se nas tintas para o que dizem ou pensam dele. Tem uma ideia, nem sempre a mesma -- mas isso não interessa, o que interessa é o rumo --, e vai atrás dela. Sempre com aquela pose de quem a sabe toda, de quem conhece muito podre, de quem tem muita carta na manga. E há quem lhe dê ouvidos, se calhar há quem lhe tenha aquele respeitinho que resulta do medo de que ele arregimente tropas, gente ressabiada, bolorenta, gente saída dos esquifes a espumar raiva, e apareçam aí para se vingar. Não se sabe se tem o Passos no bolso ou se é, ele mesmo, um alter ego do outrora conhecido por Láparo, não se sabe o que o move, se é apenas o gostinho rançoso de se sentir o verdadeiro estratega do PSD, se há alguma ambiçãozinha de ver os seus negócios alavancados, se tem esperança de ver o seu mérito reconhecido por alguma universidade. Não se sabe. Mas ele por aí anda.

À escala tuga, ele é o Steve Bannon dos laranjinas.

quarta-feira, fevereiro 09, 2022

O que tem a UJM a dizer sobre isto do Relvas já andar outra vez por aí a dar palpites sobre uma nova liderança para o PSD? E sobre os líderes serem como os melões?
E sobre as pegas entre o Cardeal Louçã e Pedro Frazão, vice-presidente do Chega?
E sobre o copinho de leite branco, caucasiano e datado, Pacheco de Amorim?
E sobre as baboseiradas do acéfalo* João Miguel Tavares?

Nada. Tenho mais que fazer.
Chorar por causa deles era o que faltava e, para me rir, prefiro este maluco aqui abaixo.

 


Não vou falar de pategos, palermas, gente encardida, totós, ocos da cabeça aos pés, racistas, chico-espertos, videirinhos, etc, mesmo que um deles já tenha merecido honras inauditas, inexplicáveis e absurdas sob qualquer ponto de vista e mesmo que a comunicação social ande com eles ao colo. Não quero saber de nada que venha dessa gente. A única coisa a fazer é ignorar e, se tentarem passar, bater-lhes com a porta na cara. Gente dessa laia não entra. Não passa. Não merece sentar-se à nossa mesa.

Portanto, segue o baile. 

O meu dia de hoje não teve muito que se lhe diga. Ando cansada e com sono. Estou precisada de umas doze horas de sono de seguida. Na primeira noite que o ursinho peludo passou no hospital mal dormi. E não deve ter sido apenas a falta de sono, deve ter sido também a angústia a consumir-me. A noite seguinte foi melhor mas, ainda assim, em défice. Um défice que se juntou ao défice anterior. E logo de seguida acabou o fim de semana. E a segunda-feira começou cedo de mais, com uma reunião mal o dia estava a romper. Começar a semana com uma reunião quase de madrugada desequilibra-me o biorritmo. E foram reuniões de seguida. E esta terça-feira não aliviou. 

Por isso, hoje estou sem pilhas. Off.

A pequena fera continua a dormir de gosto mas, à tarde, estava eu numa reunião, foi pôr-se ao pé de mim. Nada de mais. Só que eu estava num daqueles meus espaços, abertos, comunicantes (que é onde tenho melhor rede e melhor luz) e, de repente, o grande cão de guarda deve ter ouvido alguma coisa no exterior e, para provar que com ele ninguém faz farinha, desatou a ladrar. Mas a ladrar a bom ladrar. Ladrou, ladrou. Tirei o som ao microfone e mandei-o calar. Parou, olhou para mim e foi para a janela a ladrar ainda com mais força. Queria que eu fosse validar o alerta. Como estava sem som, chamei o meu marido. Felizmente estava em casa. Chamou-o e ele nada, só ladrar à janela. Eu a ter que falar e ele a ladrar à bruta. O meu marido disse para eu tirar a imagem. E, então, passou por trás de mim para o ir apanhar. Ele fugiu. Enfureci-me: 'Resolve isto, tira-o daqui'. O meu marido quase voou para o agarrar, praticamente caindo-lhe em cima. Saiu de lá com a fera cabeluda ao colo. Pedi-lhe: 'Vai para a rua com ele'. O meu marido protestou: 'Como se eu não tivesse que trabalhar!'. É que agora não queremos deixar a fera sozinha no jardim não vá voltar a haver algum problema com as lagartas peludas que, segundo todos me dizem, andam por aí aos montes, em procissão, afobadas com este calor antecipado.

Depois do trabalho, fomos fazer uma rápida caminhada e, a seguir, tratar de uns assuntos à cidade. Levámo-lo, claro. Resultado, chegámos a casa tarde. Quando aqui me sentei a ver o novo episódio da Gilded Age caí no sono. 

Quando acordei, fui espreitar as notícias. Tudo fantasias sem sentido. Não percebo porque há por aí tanta gente a gastar latim com tão fracas figuras.

Para eles só vejo um préstimo: podia fazer-se uma sitcom, na base do reality show, com eles todos juntos: o Vai-Estudar-Ó-Relvas, a galinha Rangélica, o Láparo Careca, o Cardeal Louçã, o destituído João Miguel Tavagues, o grande filósofo Pacheco de Amorim, o beato Ventura e, para arbitrar o forrobodó, the most important portuguese influencer, o famoso Self-Marcel. Nem precisavam de guião. Era metê-los na 'Casa' e deixar que a coisa acontecesse. 

Só acho que fazia falta ter ali umas mulheres. Talvez as manas Mortáguas. Devia ser giro. Talvez também a perene Lili Caneças. Acho que a Lili ligaria bem com as manas urubus (como a minha mãe lhes chama). E o José Castelo-Branco que transforma tudo num happening. Portanto, era metê-los na Casa e esperar que a coisa pegasse. Era vê-los a 'dar canal'. E uma ou duas vezes por semana havia gala com a esganiçada narcisista a fazer a festa, a atirar foguetes e a apanhar as canas. Havia de ser um festival. Ah, agora me lembrei: para a coisa ser ainda mais apimentada era de lá meter também o P. Gonçalo Portocarrero de Almada. 

E um aviso à navegação: se alguém da TVI usar esta minha brilhante ideia, V. são testemunhas que me são devidos direitos de autor.

Mas está a parecer-me que ainda faltam ali umas mulheres. Talvez a Clara Ferreira Alves. Acho que a CFA ficava ali a matar. 

Com a ex-arrumadinha Pipoca e a também perene Cinha a comentar as cenas, os casos de amor, o Relvas a seduzir uma das manas, a galinha careca a ensinar a outra galinha a fazer tricot, o Láparo e o Cardeal a conspirarem pelos cantos, o Castelo-Branco a rezar às escondidas debaixo da batina do P. E aviõezinhos a sobrevoar a Casa, a desejar um amor feliz ao Tavagues e ao seu amor seguegueto.

Bem. Não dou mais tácticas. Melhor: só mais uma. Acho que a Helena Matos também lá era bem metida. Só de imaginar já mal posso esperar. 

Mas, pronto, ainda tenho que ir ler umas coisas antes de ir para a cama. Mas, antes, deixo-vos com um que é muito cá de casa, um daqueles que me provoca gargalhada garantida, um que me faz bem à saúde. Um que é eterno, sempervirens. Leslie Nielsen.




* Escrevi que o João Miguel Tavares é acéfalo mas, calma, escrevi por escrever, na base do que parece, do que dizem por aí. De facto, de facto, não sei de fonte segura pois nunca vi nenhum RX que comprove que a cabeça dele é um daqueles melões de que o Relvas fala, daqueles que, por dentro não tem nada.
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Pinturas de Sang Ik Seo na companhia, lá em cima, de uns meninos que dançam: Jerusalema no Top Africana Best Dance Challenge 2021

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Desejo-vos um belo dia

Humor. Boa disposição. Saúde. Vontade de fazer coisas. Acreditar.

terça-feira, outubro 05, 2021

Bem... se o Vai-Estudar-ó-Relvas apoia o Rangel... bem... então a conversa é outra...

 

Com os resultados das eleições, em especial com a conquista de Lisboa pelo Moedas, Rui Rio deu largas ao seu azedume e, em tom crispado e quase histérico, desatou a espadeirar não se percebeu bem contra quê ou contra quem. Ou seja, foi mais uma daquelas suas inconsequentes rixas contra incertos.

No entanto, consegue adivinhar-se o que lhe passou pela cabeça. 

As perspectivas de sair de cena a ganir, de rabo entre as pernas, não vieram a concretizar-se. E, acto contínuo, sem parar para pensar, resolveu pôr-se a cantar vitória. Pouco inteligente como é, não percebeu que não foi ele que ganhou: foi o Moedas. E, verdade seja dita, também não foi o Moedas que ganhou: foi o Medina que perdeu. Além disso, nada de grande foguetório pois o Medina perdeu por pouco. Se calhar, se, em Arroios, em vez da Margarida, dita A Gorda do Frágil, estivesse outra pessoa, a esta hora outro galo cantaria. É que ela não causou infecção apenas em Arroios, causou infecção no PS Lisboa (e, talvez, no PS em geral).

Mas no PSD a malta não é dada a grandes reflexões. É tudo muito pão-pão, queijo-queijo, mas na versão mais básica. São avessos a filosofias. 

Antes das eleições, os laparistas e demais esfomeados encheram-se de esperanças  achando que o PSD ia levar uma corrida em osso e que, por isso, o Rio se ia esbardalhar. E, sem grande tino, pensaram que branco é, galinha o põe e que, saindo o Rio, outro teria que para lá ir. Outro mais moderno, mais dado a causas fracturantes, mais amigo das novas causas. 

Mas nem quem pensou sabe bem o que querem dizer aquelas coisas nem quem se lembrou de escolher o Rangel pensou que o dito cujo, também conhecido por Galinha Cacarejante, não é propriamente conhecido por ser um moderno, amigo de causas fracturantes. Mas, lá está, com o espírito pragmático que por vezes os chicos-espertos têm, devem ter pensado: não é conhecido mas a gente põe o Daniel Oliveira (não o barbudo ex-BE mas o de 'o que dizem os seus olhos?'), a dar-lhe banho de fractura e ele sai de lá homossexual assumido e, de caminho, ainda o pomos a falar do célebre vídeo em que aparece a cambalear como o Vasco Santana em filme cómico. 

E vai o Rangel e foi. Desmiolado e ávido que só ele.

E logo o Expresso o levou ao colo anunciando alto e bom som que, afastadas as teias de aranha, o caminho para o conhecido rangélico trauliteiro estava aberto. Ôpá: temos novo líder, festejaram eles. Efe-erre-á, á, efe-erre-á, á, aleqüi-alequá, chiripita tá-tá tá-tá.

Mas nestas coisas, às vezes, o entusiasmo é prematuro. Ou seja, a cena dá para o torto, murcha antes de tempo. Isto é, puseram-no a cacarejar cedo demais. Acto falhado. Com o resultado em Lisboa, o coito saiu interrompido. E o Rio, lerdo que só ele, com o Moedas na lapela, com aquele seu ar de quem se sente permanentemente em vias de ser fornicado, pôs-se logo a cantar de galo.

Mas eis que os marioneteiros começam a sair da sombra dando mostras de não querer deitar já para o lixo o investimento feito na imagem arcoírica do Rangel. O primeiro a assumir-se foi o Relvas. Menino dado à política da laranja-podre, aos negócios dos quais pouco se sabe e às jogadas de bastidor, o grande Relvas começou de novo a movimentar-se. 

Deve andar por aí a conspirar, telemóvel sempre em acção, a sua célebre lista de contactos a escaldar, quiçá, por vezes, pelos bares da beira rio ali para os lados de Belém, a falar com o Láparo, com a Albuquerque dos Swaps e com outras magnas figuras do período mais bolsonarista da história política portuguesa recente. Anda a catar apoios como quem cata piolhos. 

Mas eu, que faço parte da turminha do baldinho de água fria, tenho uma coisa a dizer. 

Não lhe vai correr bem como, de resto, na política nunca nada lhe correu bem. Por onde passa, deixa no ar aquele seu azeiteiro perfume a esquema. Para um dia poder vir a ser bem sucedido, teria que descobrir alguém mais apresentável, mais credível, menos cacarejante, alguém com quem se possa estar à mesa sem receio que se ponha a meter os dedos no nariz. Ou seja, o Rangel não serve.

Temos pena, ó Relvas, ainda não é desta que vais conseguir lá meter um segundo láparo. Mas, olha lá, ó Relvas, porque é que desta vez não te chegas tu à frente? Essa é que era de homem. Vá, Relvas, coragem, avança.

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A 1ª e a 4ª imagens provieram, em tempos, do saudoso blog 'We have kaos in the garden'

As outras circulam por aí

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E até já!

sexta-feira, maio 18, 2018

Bruno de Carvalho à beira do precipício.
Miguel Relvas responsável pela área de política e sustentabilidade de empresa especializada em blockchain


Enquanto as televisões, todas contentes,
- contentes como madeireiros incendiários depois dos incêndios --
esfregam as mãos com directos e mais directos, reportagens e comentários a granel sobre a hecatombe a que se assiste no Sporting,  espreito os jornais online.

Saí de casa muito cedo e cheguei muito tarde e, durante o dia, não consegui saber do que se passava. Soube agora que o doido varrido diz que vai processar meio mundo e parece que só o Marcelo é que escapa. Com o Sporting a arder, este outro incendiário continua sem perceber que o seu fim já chegou. Está numa de fuga para a frente mas à sua frente já só há o abismo e parece que só ele é que ainda não percebeu isso. Não vai ser bonito de ver.

Do que leio e vejo na televisão, só me fica perplexidade. Uma instituição com a história e prestígio do Sporting desfaz-se desta maneira...? Violência, suspeitas de corrupção... Um concentrado de vergonha.

O espírito sportinguista pode manter-se mas, financeiramente, a queda pode acontecer e pode não haver condições para o que quer que seja. E não nos esqueçamos da muita gente que trabalha lá, funcionários, desportistas. Como tenho vindo a dizer, é minha séria opinião que, ou alguém muito urgentemente se chega à frente e agarra aquilo, ou podemos estar em presença de uma implosão.

Com tanto jurista ligado ao Sporting, alguém há-de saber quais os mecanismos para afastar o Bruno de Carvalho (que só pode estar com algum problema que lhe afecta o intelecto porque uma pessoa normal não faria o que ele está a fazer) e como se pode evitar a derrocada que pode acontecer se esta crise se prolongar. 

Estou agora a ver esse tal André Geraldes a sair do tribunal com a cartilha lida. Acusado de uma data de crimes. Cara de rapazola. Outro que tal. Como é possível que tanta gente inteligente tenha apoiado esta tropa fandanga? Isso é que me deixa banzada.

Nisto da corrupção, certamente com telefones sob escuta e tal e coisa, não me espantaria que o próximo a ser chamado à pedra fosse o Bruno de Carvalho. E deve ser por saber (ou temer) isso que ele também deve estar nesta espiral de loucura. 

Entretanto, estando com um olho no burro e outro no cigano, li outra notícia extraordinária. Transcrevo do DN:
Miguel Relvas, ex-ministro e antigo secretário-geral do PSD, tem um novo cargo na empresa norte-americana Dorae. O português é o responsável pela área de política e sustentabilidade da empresa especializada em blockchain, tecnologia que serve de base para criar moedas digitais como a bitcoin, para cadeias de fornecimento. (...)
A empresa norte-americana foi fundada em 2014 para desenvolver blockchain e inteligência artificial. Tem escritórios em Silicon Valley, na Califórnia, nas Ilhas Caimão e Londres.
Pasmo. Pasmo. Pasmo. O Vai-Estudar-ó-Relvas na Inteligência Artificial? Não pode ser... Numa empresa em que um dos três escritóros é nas Ilhas Caimão? Uma empresa ligada a bitcoins? 

Please. Belisquem-me. Segurem-me no queixo. Please. Poupem-me. Só falta que ainda nos apareça armado em candidato a sucessor do Bruno. Teria graça. (Sem ter graça nenhuma, claro)

O mundo está outra vez a andar para trás e de patas para o ar. Caneco.

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Para ajudar à minha incompreensão, acabo de saber que Graces Jones faz amanhã 70 anos. É o cúmulo. 70 anos?! Dá para acreditar? Não. Não dá. Não é possível.


quinta-feira, novembro 16, 2017

Charlot e o nonsense. Charlot e o circo.
Passos Coelho e Miguel Relvas.
Tecnoforma, aeródromos, heliportos e outros baixos voos.
Graves irregularidades, ou mesmo fraudes na gestão de fundos europeus.
Mas mesmo que o Ministério Público se tenha feito de ceguinho, nós não nos esqueceremos: Láparo & Relvas nunca mais!


Mas antes, se estiverem de acordo, que entre o homem da canção do nonsense


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Andando eles tão caladinhos, cada um em sua moita, eis que sabemos que o Láparo e o seu criador, o saudoso Vai-Estudar-ó-Relvas, não foram vistos com bons olhos por quem, lá fora, investigou o que a pouco-habilidosa dupla fez enquanto praticava as suas artes e manhas na iniciativa privada relacionada com fundos europeus.


Passaram-se os mal-feitos na altura em que ainda não se tinham arrimado ao poder. Pouco depois, haveriam de lá se alcandorar para, com o beneplácito da dupla de Fadas-Madrinhas Cavaco & Cavaca, darem cabo do País.

Por algum motivo que Freud explicaria, muitos portugueses resolveram acreditar no que a dupla Passos e Relvas prometia. Deram-lhes o voto e, ao longo de quatro anos, incompetentes, impreparados, mal orientados... foi o que se viu. Iam escaqueirando Portugal.

Os portugueses são crentes e demonstram-no a toda a hora. Aqueles dois traziam de experiência o que se sabia mas, ainda assim, tiveram seguidores e devotos. E, mesmo vendo os disparates consecutivos que faziam, ainda houve gente crédula (e, quiçá, um bocadinho mentecapta) que continuou a acreditar que dali haveria de sair um pinto. Pinto não saíu já que nem para chocar ovos aqueles dois servem mas saíu muita gente do País, muitas empresas relevantes foram parar a mãos estrangeiras e a qualidade de vida regrediu. E tudo a troco de nada.

Agora isso é passado. Corre o ano da graça de 2017, Passos foi apeado do poder e está de saída do PSD e da política nacional, saindo pela porta baixa. Relvas, essa raposa velha, está de mulher nova, filha nova e voltou aos terrenos em que se move bem: os negócios que, segundo consta, circulam nos circuitos bem oleados onde corre dinheiro nem sempre bem explicado. E os crentes que tanto os apoiaram, sabendo agora que Bruxelas diz que houve fraude na empresa de Passos Coelho, assobiam para o lado, fingem que não viram, que não sabem. Percebo-os. Mesmo que não o assumam, devem estar roídos de vergonha.


Talvez Marcelo, com a sua veia justiceira, tome a si a defesa dos lesados (todos nós) e encabece uma luta sem trégua contra os alegados fautores de tão ignóbeis actos, exigindo que a os danos sejam reparados e os malfeitores punidos.

E isto de que agora falo soube-se há já uns três ou quatros dias. Andava noutra, não falei no assunto. Hoje pensei que já não era tema, que não ia falar de uma coisa de há dias. Mas é tema, sim, é tema e será tema enquanto houver um apoiante das políticas do Láparo à superfície da terra.

Para quem não leu e não está bem ao corrente e para que aqui conste, pro memoria, do DN transcrevo:
(...) De acordo ainda com o Público, o OLAF conclui que "foram cometidas graves irregularidades, ou mesmo fraudes, na gestão dos fundos europeus" atribuídos entre 2000 e 2013 aos projetos da Tecnoforma e a outros cujo titular foi a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), mas cuja execução foi subcontratada em 2006, à empresa de Passos Coelho. (...)
Em relação aos aeródromos e heliportos, os peritos da Comissão Europeia concluem que "o processo de candidatura elaborado pela empresa está viciado" acrescentando que "esta situação pode efetivamente ter tido origem nas relações pessoais e/ou políticas existentes entre os diferentes intervenientes". Para os auditores "as pessoas em causa, gestor do programa (Paulo Pereira Coelho, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e ex-dirigente da JSD), secretário de Estado (Miguel Relvas), e consultor da empresa (Pedro Passos Coelho), poderiam influenciar e/ou favorecer, em qualquer fase, o projeto de formação, em detrimento de outros". 

Que eu tenha visto, pouco relevo tem sido dado a estas notícias. Mas gostava de saber o que dizem disto os devotos da dupla. Nomeadamente, gostava de saber o que acham disto os dois candidatos ao lugar ainda ocupado pelo Láparo que agora se perfilam como seus lídimos sucessores, admiradores, seguidores.

 

Santana Lopes e Rui Rio continuarão a gabar a criatura criada pelo Relvas? E a iluminária que dá pelo nome de Hugalex, aka Hugo Soares, continuará a beijar o chão que o Láparo pisa?


As televisões não vão promover debates para esmiuçar o caso? Porque não? É tema non grato? Non grato para quem?

Do Observador, vejo também:

O Ministério Público arquivou o processo que envolvia o antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ex-Secretário de Estado, Miguel Relvas, por suspeitas de corrupção, abuso de poder, participação económica e prevaricação através da empresa Tecnoforma. Os investigadores também consideraram não ter existido crime na atividade da empresa — alvo de um processo da OLAF (Organismo Europeu de Luta Antifraude). Mas este considerou existirem fortes indícios de fraude na obtenção de financiamentos europeus.

Não admira. Este é o Ministério Público que temos. Umas vezes vê de mais, outras de menos. Na conta certa é que não tenho ideia de ter visto. E não deveria ser esta outra causa a abraçar pelo Presidente dos Afectos? A de garantir a calibragem da actuação do Ministério Público? Ou isto não dá selfies e não põe as televisões atrás?

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No Circo


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E nada mais por agora a não ser referir que, uma vez mais, os cartoons provêm do We Have Kaos in the Garden.

Estou perdida de sono, incapaz de desenvolver mais do que isto.
Portanto, com vossa licença, vou ali pregar para outra freguesia.

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sexta-feira, outubro 13, 2017

Homens-objecto. Homens que, em vez de apagarem fogos, os ateiam.
E Sophie, a quase mulher.
[E isto, se calhar, por causa do Relvas que me apareceu aqui todo prosa a dizer que, se a maioria votar no Santana, ele se calhar vai interpretar que também deve votar]



Lá está. Aquilo da reverência. Ou do politicamente correcto. Não sou. Tem que ter cuidado... depois dizem que é desalinhada... cuidado... -- recomendam-me. Azarinho. Não gosto de ter cuidado. Gosto mais de provocar ou de passar ao lado dos grandes movimentos de massas. Comoções de grupo, então, estou fora.

Isto para dizer que, em dia de relatório sobre os incêndios e depois de ouvir um senhor bigodudo que podia usar suspensórios para ficar ainda mais igual ao avô Cantigas, a dizer que, se calhar, se cá nevasse, fazia-se cá ski, e que, se os senhores que podiam ter feito diferente, tivessem feito diferente, as coisas podiam ter sido diferentes, eu não devia aqui trazer bombeiros.


Por isso, aceitem, para já, as minhas desculpas. Não quero ferir susceptibilidades. 

Mas a sério: não sei se aquele relatório pode ser levado muito a sério. Também é certo que apenas ouvi o abstract que a televisão passou. Mas, disso, basicamente, fiquei com a ideia de que tudo espremido, bem vistas as coisas, face às circunstâncias, naquele dia tenebroso, não era fácil fazer diferente. No entanto, confesso, apanhei-o meio de raspão -- e pensei que, depois de  um intróito enrolado, ele ia encher-se de brios e chutar à baliza. Mas não, a coisa acabou assim mesmo, meia ensarilhada. Dá ideia que a GNR não fez nada de mal, só alguém é que podia ter feito diferente mas que, se calhar, não era fácil fazer diferente. E esse alguém parece que é o da Protecção Civil mas, para dizer a verdade, do que ouvi, não fiquei certa disso.

Portanto, no meio de um texto cheio de ambiguidades, cá temos mais um banquete de carniça para os urubus da comunicação social e para os amorins desta vida que têm ali muito por onde chafurdar e encontrar novos pretextos para moer a cabeça ao Costa, a ver se é desta que ele despacha algum ministro. Namely a Constança, pois então. 


Mas isto para dizer que, a bem do equilíbrio emocional dos meus Leitores que deveriam ser deixados como estão, postos em sossego -- ora indignados com o senhor comandante que fez o milagre de suspender a fita do tempo, ora chorosos porque o Costa é teimoso como um burro e não deixa cair os ministros, quanto muito o tal da Protecção Civil (que, no meio de tanta coisa, já não sei se é o doutor por equivalências, ou outro qualquer) -- apareço eu aqui hoje com o bombeiral quase em pelota. 

Mas pode alguém ser quem não é?


Não pode. E, sendo eu como sou, e depois da subversão artística do post abaixo, o que me apeteceu trazer aqui foi a temática do aproveitamento sexual por parte dos produtores de moda ou de publicidade.

Uma coisa inadmissível. Mamocas, rabiosques. Fantasias sexuais que não se aguentam. Repudio. 

Coisas desse género só em sentido contrário... Aí, com franqueza, parece-me muito bem. Especialmente, porque sei que os homens gostam. Na verdade, acho mesmo que gostam de tudo.


Especialmente gostam de saber que despertam alegrias (de toda a espécie) nas mulheres. Só de pensarem nisso já ficam eles todos animados. 

Tratados como animais de estimação? Como mobília?... Nada de mais. Sempre às ordens. Todos nus? Porque não? Melhor ainda se as mulheres a quem querem agradar estiverem sem roupa interior. Objectos? Seja. Usem-nos a ver se eles se importam.


E mais, ponham-lhes uma quase mulherzinha à frente a ver se eles se importam. Mulherzinha ou humanóide, tanto faz. Desde que bem instruída (em sentido lato, if you know what I mean), no problem

Sophie ficava melhor se não tivesse os neurónios à vista? Oh pá, que importância tem isso? Enfia-se um saco que lhe tape o cocuruto e não se fala mais nisso.

Sophie num encontro sobre Inteligência Artificial e Desenvolvimento Sustentável
(Dá ideia que disse alguma piada que deixou o cavalheiro da esquerda todo surpreendido)

E mais não digo para não ficarem a pensar que não estou é boa da cabeça. 

Mas pronto. Se calhar estou assim, com as ideias meio desorganizadas, porque vi um excerto da conversa do Vai-Estudar-ó-Relvas a quem a SIC foi buscar porque deve estar com falta de gente que queira dar a cara pelo partido. Disse ele, com aqueles seus olhos argutos, que, se interpretar que muita gente prefere o Santana, então ele também, na hora certa, o vai preferir. E disse isto não com ar de maria-vai-com-as-outras mas, sim, com ar assertivo, de quem a sabe toda, de barão escolado. E o jornalista, aquele que parece que depois de entrevistar tanto saco de vento também já só tem ar na cabeça, não se desatou a rir. E o Relvas está com aquela barba que alegadamente lhe dá uma patine mas que, na verdade, não dá coisa nenhuma, só nos faz perceber que se está a sair bem nos negócios. 


E, com isto tudo, deu-me para escrever este post que é a verdadeira negação do que deve ser um post como deve ser. 

Mas é aquela tal coisa: pode alguém ser quem não é? Não pode. E eu sou a verdadeira anti-Relvas e, quando ele aparece, fico logo cheia de erisipela e a erisipela a mim dá-me para isto, para desconversar.

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Ah... que saudades do Relvas a cantar... Volta, Relvas, volta que estou capaz de te perdoar


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Os bombeiros estão um bocado longe para quem queira testar os seus dotes ao vivo: são australianos e aparecem no Calendário 2018. O gif lá de cima mostra uns de outro ano, não sei qual. Mas ainda bem conservados, benza-os deus.

Os homens objecto aparecem na polémica campanha Not Dressing Men

O Relvas feito Einstoino é obra do fantástico We Have Kaos in the Garden


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E queiram continuar a descer porque abaixo é arte desconstruída, digamos assim, e uns apontamentos recordatórios que metem a Nelinha.

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domingo, abril 23, 2017

Queremos o Relvas!
Queremos o Relvas!
Queremos o Relvas!
Queremos o Relvas!
Queremos o Relvas!



Ele é o inteligente, o presciente, 
Ele é o bom cantor, o ex-doutor, 
Ele é o ladino, o bom latino, 
Ele é o sedutor, o trepador, 
Ele é o topa a tudo, o vale tudo, 
Ele é o ex-futuro banqueiro, o lampeiro, o aventaleiro,
Ele é o paridor do láparo, o educador do láparo, o candidato a enterrador do láparo
 ... ele é... 
... ele é... 
... ele é o Relvas!

Relvas!
Relvas!
Relvas!



Miguel Relvas regressa e desafia Passos com primárias no PSD


E regressa faceiro, descarado, igual ao que sempre foi. Doutor da mula ruça e do rabo pelado, a ele não há quem lhe faça o ninho atrás da orelha: diz o que lhe parece que o ar do tempo pede, mesmo que isso não tenha nada a ver com a verdade. Ele está por trás do pano, a mexer as marionetas e a dizer-lhes as falas. Teatrinho ou palhaçada da grossa, tanto faz para o grande artista da televisão e das cassetes piratas. Feito santinho, apaga a história do partido e dele próprio, e qual aparição -- sorry: 'visão imaginativa'! -- ei-lo que regressa pela mão do Expresso, conforme anuncia o DN:
"Está na hora do meu partido, que nunca foi um partido instalado nem com dirigentes dependentes da vida política para viver, encarar este debate sobre as primárias". A frase é de Miguel Relvas, o ex-braço direito de Passos Coelho que assume o regresso à vida política com um desafio ao PSD: "está na hora" de discutir primárias no partido. 

Ao Expresso, o antigo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Passos Coelho - que foi fundamental para a eleição do líder do PSD em 2010 - disse que o debate das primárias tem de ser feito o mais rapidamente possível, apesar de saber que o líder do partido não tem a questão como prioritária.

Esta semana, Miguel Relvas surgiu ao lado de Luís Montenegro, tendo elogiado o líder parlamentar dos sociais-democratas como "um dos rostos do futuro" do partido. (...)


À semelhança do que fez com o ressabiado láparo, estará Relvas a preparar-se para ser a mão atrás do arbusto de onde emanará, vitorioso, o joker e irmão Montenegro?

Ah, a falta que o Relvas me faz.. Farta, farta, fartinha da sensaborice deste PSD do láparo e da pinókia, gente façanhuda e ressabiada, sem graça. 


E o Relvas surgiu perto do 25 de Abril... Isto promete. Tê-lo-emos a cantar a Grândola Vila Morena...? Tomara que sim. Ah, o que eu gostava de o ver outra vez a exibir os seus fantásticos dotes vocais.


Relvas: canta! canta! canta! canta!


Ah, que contente estou com o regresso do nosso fofo Vai-Estudar-ó-Relvas!


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Como é bom de ver, as imagens provêm da inesgotável arca do extraordinário We Have Kaos in the Garden

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Um bom dia de domingo a todos!

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domingo, janeiro 15, 2017

Passos Coelho e a malapata da TSU
- ou "quem com a TSU mata, com a TSU morre"?



Há em Passos Coelho qualquer coisa que poderia ser trágico -- se ele tivesse dimensão para isso. Como não tem, a coisa nem é tragédia. É ópera bufa. Ou nem isso: é representação de aluno de fim de ano, teatrinho pindérico no ginásio da escola. E o láparo não passa do aluno com bom porte, boa figura, com voz bem posicionada mas que, coitado, não acerta uma deixa e, querendo improvisar, nem consegue ter graça nem desarrinca uma tirada inteligente.

Na verdade, o tempo tem provado aquilo que era mais do que evidente: Passos Coelho é a indigência intelectual (e moral) em forma de gente.

Tempos houve em que em volta dele cirandavam macacos de rabo pelado como Ângelo Correia ou ratas sábias como o ex-doutor Relvas. Davam-lhe as tácticas, cutucavam o animal para que não se atirasse para o mato sem cachorro. Enfim, tentavam que, pelo menos perante os distraídos, ele aparentasse ter perfil para a função.

Agora que esses, desde há muito, perceberam que o aluno nem à lei da bala lá ia, Passos Coelho está entregue à sua sorte. 

Como corte tem apenas aquela tropa fandanga que vemos quando as televisões o focam na Assembleia da República (geralmente rindo-se não à coelho mas à porco) ou que ainda dão a cara por ele nos televisivos balcões comentadeiros: um tal Hugo Soares, o Leitão Amaro, o Duarte Marques, o Miguel Morgado. Portanto, com a qualidade desta corte, imagine-se os conselhos que dali saem.


Tirando estes pobres coitados que para aí andam a nadar em seco, há ainda a Marilú, nefasta criatura cuja índole é sobejamente conhecida. Desde os tempos de toupeira, passando pelos tempos em que negociou ruinosos swaps, até aos mais recentes tempos em que a vimos, descarada, a dizer inverdades como quem se confessa ao padre, e a falhar uma por uma todas as metas, a meter os pés pelas mãos, a engraxar o ministro alemão como uma vulgar sabuja, e a seguir em frente de nariz arrebitado e sorrinho faceiro -- conhecemo-la bem, oh se a conhecemos. 

E, para que não restassem dúvidas, mal saíu do governo não perdeu tempo: foi, a correr, ganhar uns trocos para a Arrows -- uma empresa que faz favor... e que a foi buscar teoricamente não pelos seus inside conhecimentos mas pelo seu gabarito -- enquanto, para arredondar o cachet, se mantém na Assembleia a fingir que liga alguma coisa ao povo que a elegeu. E é esta madame, que qualquer líder partidário com dois dedos de testa manteria caladinha a ver se a gente se esquece dela, que volta e meia, para fazer prova de vida, se põe à frente dos microfones para continuar a fingir que percebe algum coisa de alguma coisa. Uma putativa figura de comédia, uma espécie de Ana Bola rabaluda e peixeirosa a armar-se em menina fina.

Portanto, sendo ele, Passos Coelho, tão limitado e estando rodeado por uma pandilha de fraco calibre, não é de estranhar que só cometa argoladas. Uma atrás de outra.

Quando em 2011 anunciou a ideia peregrina de aumentar a TSU dos empregados para a dar aos patrões, indo de seguida, lampeiro, cantar a gorge deployees para o teatro do Avillez, levando meio mundo para a rua, protestando perante tamanha animalidade, Passos Coelho não percebeu o que se passou. Percebeu só que tinha a ver com baixar a TSU dos empresários.

Agora, marimbando-se para a sua base de apoio (que terá muitos empresários, grandes e, sobretudo, pequenos e mal informados), ao ouvir falar em baixar a TSU nem deve ter pensado duas vezes. Não viu que era a moeda de troca da subida do salário mínimo nem quis saber do acordo obtido na Concertação Social. Nada. Armado em leão, diz que é contra. É como aquele de que ouvi falar no outro dia: diz que não sabe do que se está a falar mas que é contra. 


Com mais esta, a malta do PSD gelou. E imagino o Marcelo... deve estar com uma coceira dos diabos a congeminar como achincalhá-lo em público de uma maneira que possa depois dizer que até estava a alogiá-lo. Compreendo-o. Este láparo tira qualquer um do sério. 


A verdade é que, com mais esta calinada, se prepara para arranjar um caldinho com que nem ele sonha. Ou alguém arranja maneira de lhe tirar o tapete ou a coisa pode feder.

Passos Coelho não morreu politicamente na primeira vez que se meteu com a TSU. A ver vamos o que acontece desta vez.

Agora uma coisa é certa: como acima referi, as hostes laranjas andam nervosas. Não basta não haver estratégia autárquica ou candidatos decentes para as grandes cidades, como não há dia que passe que  criatura não cave mais o buraco onde o PSD se está a enterrar.

E vai continuar a cavar porque não percebe nada: nem percebe que há uma altura em que uma pessoa deve perceber que chegou a hora de se retirar, como não percebe que está a esfacelar o PSD. Não percebe. Nem percebe que não percebe. O cúmulo do inconseguimento percepcional. Uma desgraça. Passos Coelho só sairá do PSD à força.



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[As imagens provêm, como é bom de ver, do saudoso We Have Kaos in the Garden.]

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sexta-feira, abril 29, 2016

Para o chefe da Princesa Bafienta, um Cigarette Duet com cheirinho
-- se ela quiser, também pode atirar-se para o paf-charco onde, aliás, parece que os pró laparianos estão a sentir-se muito bem.


Não sou espetadora assídua, só de vez em quando. E mesmo quando espeto é em doses homeopáticas. Também sou um bocado alentejana apesar de não ter raízes por lá. Mas como tenho avós algarvios, se calhar é isso. A coisa deu-se há dias e só agora caíu a ficha. 
Não. Não foi isso. Deu-me pena. Pensei: 'Coitada' e, por isso, resolvi que não ia tocar no assunto.
Mas hoje resolvi que sim. Mas não é por ela, coitada, não merece que a gente fale sobre o assunto, acho que mais vale a gente fingir que não viu. Ocorreu-me usar a palavra caridade mas isso podia soar a maldade e, a sério, acho que maldade grande já foi a que o chefe dela lhe fez, já chega.

Por isso, este meu texto não é para ela, coitada, a sério que não. Este texto é para o chefe dela, aquele a quem o André Gustavo -- que não sei se foi apanhado no Lava-Jato ou não -- tratou da campanha eleitoral. Ele, o láparo maldoso, para discursar no 25 de Abril, a Assembleia à pinha, as televisões a filmarem, é que mandou aquela pobre coitada para os cornos do toiro.

E ela, coitada, com aqueles olhos de quem toma muito drunfo e sabe-se lá que mais, subiu ao parlatório e, com aquele seu ar que tenta, com a veemência, disfarçar a insegurança, para ali leu um chorrilho de disparates, adjectivos bafientos, salazaristas. Um despropósito, um desatino. Coitada.

Mas, como disse, não vi tudo. A televisão apanhou-a a meio e o meu marido disse: 'olha para isto, mal consegue abrir os olhos, e ouve só a conversa dela'. Tentei mas nem percebi de que é que ela estava a falar. Aquilo foi coisa escrita numa altura em que não estava em grandes condições, coitada, e o sacana do láparo, em vez de a ajudar, deixou ir assim mesmo. Não se faz. Por isso, desviei-me, não quis ver. Deu-me pena. Porque é que aquele ali não mandou avançar o enxúndias, o cão com pulgas, o joker ou o puto charila? Mandou aquela pobre coitada porquê? Não achará que queimada e mais que queimada já ela está? De facto, há pessoas cujo carácter se vê na forma como se tratam os mais desvalidos. 

Por isso, este texto é para ele, o láparo. Ela, se quiser, pode ir à boleia, pode ser que um banho de água fria lhe faça bem. Os dois para o banho. Aliás, estou certa que ao Presidente Marcelo vontade não deve ter faltado de lhe dizer: 'Ó minha senhora, vá dar banho ao cão' ou, a ele, ao salazarista e bafiento láparo: ''A que propósito é que em vez de ter ido dar banho ao cão, resolveu expor a loura a esta banhada? Isso faz-se? Acha que isso é de homem? O outro gabou-se de o ter posto aqui, como se tivesse feito um lindo serviço, mas não senhor, não fez grande trabalho, não senhor, não conseguiu fazer de si flor que se cheire. Olhe lá, não estará na hora de ir pregar para outra freguesia, de ir abrir portas lá para o império dele, do seu amigo banqueiro, o vai-estudar-ó-relvas? Vá. Xô!'

Uma miséria, este PSD.

Princess Chelsea - The Cigarette Duet

 

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sexta-feira, março 04, 2016

Maria Luís Albuquerque, a chamada Miss Swaps, ex-Ministra das Finanças e actual Deputada do PSD, é a mais nova funcionária da Arrow Global
-- ou seja, é a verdadeira Olívia costureira/Olívia patroa.
Se está num lado vende, depois passa para o outro lado e compra.

Enquanto no Governo, vendeu a dívida do Banif a uma empresa e agora vai trabalhar para essa empresa?
Ora, ora, o que é isso para a Marilú?
(É que a Marilú, para além de descarada e destemida, é uma verdadeira sortuda: a ela nunca lhe apontaram um rato morto à cabeça -- não é como à Paulinha, a quem acontecem coisas dignas de uma novela do Poe)



Antes de ir para o Governo, a sua fama já a precedia. No período pré-Governo do PSD, diziam-na a garganta funda ao serviço do Coelho. Pouco confiável, já na altura se sabia. 

Depois, se antes tinha negociado com Swaps que iam arruinando o Estado, a seguir, no Governo, poupou os que quis e fez-se de santa em relação a outros e, com aquele ar de matreira videirinha, fazendo-se de inocente e, com a cobertura do ex-aluno Láparo, manteve-se em funções, dizendo que não tinha a ver com nada daquilo. Durante a governação, foi useira e vezeira como troca-tintas: disse e desdisse -- e tudo sempre com aquele seu arzinho descarado, narizinho empinado de quem sabe que está a lidar com mansarrões de onde mal nenhum lhe virá. 

A comunicação social, servil e veneranda, permitiu que fosse vendendo o seu peixe como muito bem quis. Quando confrontada, no Parlamento ou nas Comissões de Inquérito, com as mentiras, mantinha o sorrisinho, e, qual coelhinha bunny-bunny, santinha, santinha, dizia que não tinha dito aquilo que tinha dito. Bajuladora de Bruxelas e, em especial dos alemães, dizia lá fora que era definitivo o que cá dentro dizia que era provisório.
[Já agora: o seu comportamento no processo BES ainda um dia deveria ser escrutinado. Nunca percebi quem lhe deu a cobertura para fazer o que fez na maior impunidade. É uma das história muito mal contadas da governação passista e não percebo como é que ninguém lhe segue o rasto.] 

Pois bem. Agora sabe-se que, enquanto ministra, a nossa diligente Marilú vendeu créditos do Banif a um daqueles fundos que sugam a alma das vítimas -- e que, surprise, surprise!, é justamente para lá que agora trabalha em funções que a fazem estar do outro lado da divisória. 

Lê-se uma pouca vergonha destas e não se acredita:

Maria Luís Albuquerque, atualmente deputada do PSD, vai desempenhar funções de diretora não executiva e fará parte do comité de auditoria e risco da Arrow Global, empresa que se dedica à gestão e recuperação de dívidas e que comprou em 2014 carteiras de crédito ao Banif.

No relatório de gestão e contas de 2014, o Banif dizia que em 30 de junho e 30 de setembro desse ano "foram assinados os contratos de compra e venda de créditos compostos pelas carteiras de Portugal e Espanha à Arrow Global Limited e à Arrow Global Luna Limited, respetivamente".

(...) Em Portugal, a Arrow Global comprou, em abril do ano passado, a empresa de gestão de créditos Whitestar e a empresa de serviços de tratamento e aquisição de dívidas Gesphone, pelas quais pagou 56 milhões de euros. No final do ano passado, o grupo britânico tinha 6,8 mil milhões de euros de ativos sob gestão em Portugal.


Quando confrontada com a falta de moral, de ética e de vergonha na cara que esta sua descarada atitude revela, Maria Luís Albuquerque faz aquele arzinho de inocente que tão bem lhe conhecemos e diz que não tem nada de mais, que, ora, ora, lá estão a fazer aproveitamentos políticos.

Perplexos (nós, os poucos que ainda acreditamos no Pai Natal), interrogamo-nos: Período de nojo? Não trabalhar para empresas com quem se fez negócios enquanto governante? 

"Bahhh... Querem lá ver que agora até acham que há conflito de interesses...? Tanto pruridozinho... Gentinha mais picuinhas!"
(pensará ela, que não é dada a profundidades morais).

É que, para aquelas bandas, parece que bom mesmo é a promiscuidade completa, a desbunda, tudo ao molho e fé em Deus.
E, como se fosse pouco, imagine-se ainda o cúmulo da desfaçatez: parece que, ainda por cima, quer continuar a receber o ordenado de deputada.

Sempre que a televisão a foca na Assembleia, vê-se que a biscateira está desatenta em relação ao que lá se passa ou, de vez em quando, levanta a cara do computador e faz um sorrisinho a fazer de conta que está atenta mas, logo a seguir, como se não tivesse tempo a perder, lá está ela a trabalhar, pimba, pimba, no teclado --  sabe-se lá a fazer o quê. Estará a analisar a créditos e dívidas? Não sei. Pergunto.

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Contou-me um Leitor, por mail, que Manuela Ferreira Leite, na TVI 24, arrasou a Madame Albuquerque. Não vi. Estava a escrever isto e esqueci-me de a ver. Mas os jornais já estão todos a dar conta disso:

Manuela Ferreira Leite não poupa a homónima. Acusa-a de falta de "transparência" e de falta de "bom senso", por ir para uma empresa que causou "prejuízos" ao país, "quase sem tempo nenhum de nojo".


Nem mais.
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E, antes de passar para o momento de humor e para outras pequenas anotações, permitam que daqui mande um alôzinho para o António, o cioso maridão

Olhe, seu mauzão, não leve a mal o que eu acabei de dizer, ouviu? Sou boazinha, franzininha, coitadinha, não me faça mal, está bem...? 

Mas olhe, se quiser vir cá partir-me os cornos (pardon my french), bata antes à porta e peça para falar com o meu maridão, valeu? 

E pronto, é isto. Ficamos assim. À espera.
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E que entre a Olívia Costureira e a Olívia patroa, que esta, sim, tinha (e tem) graça, não viveu à nossa custa e nunca ofendeu a inteligência de ninguém

Ivone Silva 


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As imagens que usei para enfeitar o texto provêm do saudoso We Have Kaos in the Garden
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(Agora uma coisa pergunto eu: será por ter um body guard mauzão que à Marilú nunca apontaram um rato morto à cabeça ou enviaram um laser por correio como parece que fizeram à atilada Paulocas?)


Paula Teixeira da Cruz -- 

o novo elemento dos Monty Phyton

Quiçá a Loretta, não?



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Uma notinha de última hora

Ah, sim... ainda mais uma coisinha: porque é que todos os arguidos do processo Rota do Atlântico ou lá o que é, aquele do José Veiga e do Paulo Santana Lopes, ficam todos proibidos de falar com o Vai-Estudar-ó-Relvas  e com o 007 Sérgio Monteiro (o tal ex-vendedor a jacto da TAP e de outras miudezas e que foi contratado pelo Carlos Costa do Banco de Portugal para vender o Novo Banco)? O que é que estas duas distintas, e certamente impolutas, figuras têm a ver com os outros? Agora até o Manuel Damásio foi proibido de os contactar. Mas porquê, senhores? Alguém me diz?


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Já cá volto - ou daqui a nada ou de manhã. Quero contar-vos uma coisa mesmo do caraças. A sério.

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