A firmeza de princípios, a qualidade do carácter e o tipo de personalidade de Durão Barroso são sobejamente conhecidos em Portugal, em Bruxelas e talvez em todo o mundo (se é que alguém, fora do perímetro europeu, ainda faz ideia de quem seja a criatura).
Em Portugal pouco ou nada fez de jeito até se pirar para Bruxelas onde, durante anos, ajudou a enterrar o espírito europeu. O seu legado à frente da Comissão será um dia avaliado com precisão mas, a olho, quase aposto que pior ser+a difícil.
Acabou como começou: sem nada de louvável que se diga em seu favor. Podia ser um zero mas não: muito, muito pior, negativo mesmo. Uma vergonha. Uma nódoa.
Fez toda a espécie de fretes que lhe pediram, e a triste figura que fez aquando da guerra do Iraque com base em provas que garantiu existirem é coisa que tão cedo não se apagará da memória dos portugueses.
Pois bem, agora, com aquele vício que adquiriu de dizer o que lhe parece conveniente, independentemente de ter qualquer aderência à realidade, já mudou a história e não se ensaia de quase deixar subjacente que a ideia foi mais de Jorge Sampaio do que dele. Envolver Jorge Sampaio naquela história tenebrosa para a humanidade é coisa que não lembrava ao careca (e nada contra os carecas, atenção): mas lembrou àquela desqualificada criatura. O rasto que deixa por onde passa fede, e esta agora é inaceitável.
Pelo meio, louva as reformas do láparo, gaba-lhe os sucessos e inventa o que lhe apraz -- e tudo perante um Ricardo Costa que, em vez de lhe fazer uma entrevista decente, quase parece dar a ideia de que, se pudesse, se pendurava no braço da alforreca, quiçá como seu protégé.
O que os une?
Une-os Balsemão -- a dívida para com Balsemão.
Balsemão:
que ali tem o seu ajudante-de-campo, Mano Costa, a pairar sobre a SIC e sobre o Expresso para garantir que a mensagem será espalhada;
tal como tem o Cherne Barroso no Bilderberg Club e a conferenciar por aí, pregando a doutrina da nova ordem sobre o novo e o velho mundo.
E digo isto com base em tudo o que ao longo dos anos venho observando. Não tenho a mania da conspiração, nunca tive, e até tenho aversão àquelas pessoas que vêm macaquinhos por todo o lado. Mas o comportamento desta gente é de tal forma despudorado e ridículo que se torna até enjoativo de observar.
Claro que depois de ver uns minutos aquela entrevista -- à qual percebi que o Expresso em papel vai dar ênfase -- não suportei o asco e, de imediato, desliguei a televisão. Ou melhor, desligou-a o meu camarada depois de os mandar para sítios impróprios para figurarem num blog tão pio como este.
Eu, que não sou dada a vernáculos, direi assim antes de mudar de assunto: a pata que os pôs. Pronto.
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E, assim sendo, viro-me para a arte. Picasso. Love, love Picasso. Uma força da natureza, pintava que se desunhava, pintava de olhos fechados, sentado, de pé, de qualquer maneira. Até a andar de bicicleta.
Monty Python - It's Arts
- Picasso pintando em cima de uma bicicleta
Ou seja, uma coisa a modos como as escaldantes notícias dos Panama Papers que o Expresso anda há semanas a noticiar que vai noticiar que vai noticiar que vai noticiar. Tretas. Tretas. Tretas.
...
Os cartoons provêm do impagável 'We have Kaos in the Garden'
(será que o autor é o meu alter-ego?)
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Entretanto, volto aqui para actualizar o tema.
É que Jorge Sampaio já deu a devida bofetada de luva branca à alforreca com cara de cherne:
aqui, se fizerem o favor.
Os cartoons provêm do impagável 'We have Kaos in the Garden'
(será que o autor é o meu alter-ego?)
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Entretanto, volto aqui para actualizar o tema.
É que Jorge Sampaio já deu a devida bofetada de luva branca à alforreca com cara de cherne:
aqui, se fizerem o favor.