Mais um belo dia de férias. Praia. Tempo bom. Uma luz branca, levemente enevoada, muito levemente, quase um tule.
Fazemos umas boas caminhadas. Parte do caminho faço-o dentro de água mas apenas os pés. Tão agradável. A água está em boa temperatura.
As pitangueiras estão plantadas. São uma pontinha, apenas, uma ervinha. Espero que vinguem e que se cubram de pontinhos amarelos e encarnados.
Tratei do que tinha a tratar e tive tempo para escrever.
Escrevo, escrevo, escrevo. Não sei de onde saem tantas palavras.
Aconselham-me a que escreva menos, que pondere mais. Mas isso é o mesmo que me dizerem que pense menos ou que respire menos. Não sei pensar antes de escrever. Quanto muito, penso depois de escrever.
Aliás, hoje estava a caminho do fim de uma história e, sabendo já como ia acabar, a minha cabeça começou a deslizar para uma próxima. É muito estranho, bem sei.
Tirando isso, vi, num relance, meia dúzia de jovens com aspecto vagamente alternativo que por aí andam a fazer parvoíces, cortando o trânsito, atrapalhando a vida a quem anda a trabalhar. Quando entrevistados, os jovens só dizem palermices, vacuidades. Estão desfasados da realidade, são incultos, mal informados. São um vulgar subproduto das redes sociais. Contudo a televisão ouve-os, dá-lhes palco. Uma gentinha desqualificada, tanto eles como quem lhes dá palco.
Enfim.
Enquanto estou a escrever, estou a ver uma entrevista com o Woody Allen. Diz que o trabalho é fundamental mas que a sorte é muito importante, que se pode trabalhar bem toda a vida e nunca ter sorte. Um médico que conheço diz o mesmo: a gente tratar-se ou monitorizar-se é importante mas mais importante é ter sorte.
E é mesmo. Por isso gosto tanto de desejar boa sorte. A mim própria me desejo boa sorte.
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A fotografia foi feita há dois dias.
As Boygenius interpretam Cool About It
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Um bom dia feriado
Saúde. Boa sorte. Paz.