Almoço em família ao ar livre, um déjeuner sur l'herbe, tal e qual excepto no que se refere ao dress code. Estendemos toalhas na relva, sob a copa das árvores: toalhas lilases onde se dispõe a comida, colchas e toalhas de pano florido para nos sentarmos ou deitarmos todos em volta. É muito bom isto: a simplicidade da partilha dos alimentos, dos sorrisos, conversas tranquilas, os cheiros bons e o verde da natureza. Depois os meninos brincaram e nós ficámos a descansar. Ela trazia uma caixa de maquilhagem que uns amigos do pai ontem lhe ofereceram e maquilhou-me a mim, à mãe, à tia. Depois escreveu palavras num livro que eu lhe levei. Já conhece o alfabeto todo, já escreve palavras letra a letra que lhe ditam e já sabe, por si, algumas palavras. Gosta muito de escrever. Os rapazes jogaram à bola, treparam a uma árvore, correram. E o bebé, que tem uma dicção perfeita e um vocabulário incrivelmente vasto, fazendo jus à sua fama de macaquinho de gibraltar, entreteve-se a assaltar carteiras: sacou óculos, caixas de pastilhas, porta-moedas, telemóveis, etc.
Mas depois, a meio da tarde, veio aquele momento especial. A Volvo Ocean Race despedia-se de Lisboa e despedia-se em beleza. Uma regata frente à baixa da cidade e depois, num imponente deslizar, os belos e enormes veleiros escoltados por muitos outros de dimensão normal, todos deixando um rasgo de espuma nas águas ou o reflexo das suas cores, afastaram-se em direcção ao horizonte. Depois destes dias em Lisboa, a bela, eis que os impressionantes veleiros partiam para se fazerem ao mar.
Não vou escrever mais e vou pedir-vos desculpa por aqui colocar tantas fotografias, ainda por cima sabendo que as fotografias não conseguem transmitir a beleza assombrosa que o olhar, ali, teve a possibilidade de testemunhar.
Poderão reparar pela sequência das fotografias que o tempo, entretanto, começou a virar. Aos poucos o céu toldou-se, o ar começou a ficar abafado - e, de facto, um pouco depois dos veleiros se afastarem, levantou-se uma ventania, começou por haver uma chuva de folhas douradas e, pouco depois, começou a pingar - e regressámos a casa.
Não vou escrever mais e vou pedir-vos desculpa por aqui colocar tantas fotografias, ainda por cima sabendo que as fotografias não conseguem transmitir a beleza assombrosa que o olhar, ali, teve a possibilidade de testemunhar.
Poderão reparar pela sequência das fotografias que o tempo, entretanto, começou a virar. Aos poucos o céu toldou-se, o ar começou a ficar abafado - e, de facto, um pouco depois dos veleiros se afastarem, levantou-se uma ventania, começou por haver uma chuva de folhas douradas e, pouco depois, começou a pingar - e regressámos a casa.
Esta fotografia panorâmica não é de minha autoria: é da G. a quem agradeço que ma tenha enviado e permitido que a aqui a partilhe convosco |
.....
Acabado de receber de Leitor a quem muito agradeço, um vídeo sobre o Volvo Ocean Race em Lisboa:
Live recording: Leg 8 start - Lisbon - Lorient (gravado no dia 7 de Junho de 2015)
(... para quem tenha tempo...)
....
Lá em cima a música é Mischa Maisky interpretando Rachmaninoff - Vocalise
...
...