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domingo, novembro 15, 2015

Os lobos entraram em Paris - a palavra ao Xilre, ao Pipoco mais Salgado, ao Jumento e ao João Ramos de Almeida no Ladrões de Bicicletas





Xilre


Os que são contra a chegada dos refugiados, encontrarão nos atentados motivos de validação das suas posições; as fronteiras no espaço europeu ir-se-ão fechar, definitivamente; os que fugiram de um dia a dia, nos seus países, idêntico aos horror que ontem se viveu em Paris, continuarão a morrer aos milhares na travessia do Mediterrâneo ou no trajeto por terra; se lá permanecerem, provavelmente morrerão também — porquê ficarem?; os bombardeamentos irão aumentar na Síria, no Líbano, no Iraque; os que sobreviverem a tudo, sobretudo os mais jovens, só conhecerão como horizonte a vingança, o ódio, o desespero, a violência — não terão qualquer perspetiva de educação, de futuro, de normalidade em países inteiramente arrasados. Sem modo de vida na sua terra, traumatizados por anos de guerra (alguém fará ideia do que será crescer em Aleppo?) que farão? Que adultos se tornarão? Onde, e quando, se irão fazer explodir?


in História do Futuro





e

Eu penso em você, minha filha. Aqui lágrimas fracas, dores mínimas, chuvas outonais apenas esboçando a majestade de um choro de viúva, águas mentirosas fecundando campos de melancolia,

tudo isso de repente iluminou minha memória quando cruzei a ponte sobre o Sena. A velha Paris já terminou. As cidades mudam mas meu coração está perdido, e é apenas em delírio que vejo

campos de batalha, museus abandonados, barricadas, avenida ocupada por bandeiras, muros com a palavra, palavras de ordem desgarradas; 

(...) e penso em Paris que enfim me rende, na bandeira branca desfraldada, navegantes esquecidos numa balsa, cativos, vencidos, afogados... e em outros mais ainda!


in Carta de Paris (citando Ana Cristina César, Poética)





Pipoco mais Salgado


Isto não aconteceu em França, aconteceu-nos a nós e à nossa maneira de viver. Isto é connosco, os que podemos escolher se nos apetece ou não crer num Deus e, escolhendo crer, podermos optar pelo Deus que mais nos convém, isto é connosco, que escolhemos gastar o nosso dinheiro em livros, em todos os livros, a conhecer outros mundos ou a dançar tango, olhando nos olhos as mulheres com quem dançamos. Isto é connosco, os que não temos medo do que ainda não conhecemos nem dos que não pensam como nós ou não fazem como nós, os que aceitamos as diferenças porque serão sempre as diferenças que nos inspiram a avançar, mais sábios e mais capazes, os que não têm medo de véus nem de barbas compridas nem de livros estranhos nem de quem nos vem tirar os trabalhos que nunca quisemos ter, os que não precisámos de Paris para saber de que fogem os refugiados.



O Jumento


(...) O Estado Islâmico foi o grupo terrorista que mais foi apreciado pelo Ocidente, ajudou Israel a livrar-se do seu grande inimigo e, muito provavelmente, a anexar definitivamente os Montes Golan, daí que sejam muitos os que apontem o dedo à Mossad. Ajudou a Turquia a matar curdos e xiitas. (...)Os inimigos do Irão, da Rússia ou da Síria, do Hezbollah  ou dos palestinianos  são amigos do Ocidente, de Israel, da Turquia e da Arábia Saudita. Desde que as coisas não passem para a comunicação social podem matar indiscriminadamente, podem matar livremente os alauitas e curdos na Síria, podem fazer desaparecer os Houttis do Iémen, podem eliminar xiitas na Síria, Iraque, Líbano, Israel.

Recordo-me de ver os mesmos chechenos que hoje são os mais extremistas entre os extremistas do Estado Islâmicos serem recebidos na Europa Ocidental como democratas e libertadores vítimas da tirania russa, os fascistas ucranianos que querem fazer desaparecer culturalmente quase metade da população ucraniana e que tiveram um passado de apoio ao nazismo serem agora aclamados como grandes democratas

Só que os terroristas são mesmo terroristas e não hesitam fazer como a aranha Viúva Negra, não resiste à tentação de se alimentar do seu próprio parceiro. Os franceses não foram apenas vítimas dos terroristas, foram-no também de governos feitos de gente suja, para quem tudo vale. Isto é a versão em política internacional do mesmo a que estamos a assistir na economia e em todos os domínios da sociedade. Estas são as consequências da transformação da velhacaria em ideologia do Ocidente. (...)






Ladrões de bicicletas
 - João Ramos de Almeida

(...) Em cada época, cada guerra é devidamente preparada para enlevar a população. Agora é Hollande, um político socialista, que acaba de afirmar que a guerra foi declarada a França. Espera-se mais uns milhões de contratos de armamento, uma expectável maior ousadia militar (sobre a triste figura feita pela França, leia-se o último número de Le Monde Diplomatique). Mais mortes a prazo.

E tudo isto acontece precisamente no mesmo momento em que terminavam as conversações em Viena, nomeadamente com a administração norte-americana e o governo russo, fixando um cessar-fogo na Síria, com um acordo de 3 páginas, prevendo um governo de transição de 3 meses e eleições em 6 meses.  

As guerras podem ser paradas por quem as combate. E nós somos soldados sem o saber. Morremos como soldados, como peões adormecidos na nossa vida pequena.(...)


in Triste Europa


...

Serge Reggiani interpreta Les Loups Sont Entrés Dans Paris

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[As notícias que me chegavam à medida que eu ia escrevendo sobre os atentados de sexta feira, 13 de Novembro de 2015 em Paris, podem ser vistas no post seguinte]


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quarta-feira, setembro 23, 2015

1. Alô, alô Ricardo Araújo Pereira! E que tal fazer um filminho com Passos Coelho, o novo homem-bolha?
2. O governo chumba-se a si próprio, diz Alexandre Abreu - e diz muito bem
3. David Cameron e o porco que ele tomou por lover-boy
4. Passos Coelho debate com Passos Coelho (novo vídeo do grande Luís Vargas)


1. Passos, o homem-bolha

1.1. Os factos


É alérgico a pessoas (e as pessoas alérgicas a ele) e não diz uma que se aproveite. Dentro da bolha, não apenas está a salvo do contacto humano como não precisa de falar e, a bem dizer, até pode arranjar um boneco que diga umas coisas à toa para fazer as vezes dele.


Leio que é deliberadamente que Passos e Portas não aparecem nos cartazes, nem nos que já aí estão afixados nem nos próximos. Esperam, pois, que as pessoas se esqueçam que foram eles que estiveram aos comandos da (des)governação do País nos últimos 4 anos. 


Vejo também que, onde quer que vá, Passos Coelho vai rodeado de seguranças, apoiantes e jornalistas pois, fora deste escudo protector, são mais os insultos e queixas do que palavras simpáticas.


Leio que, por onde passa, montam-lhe quase uma cápsula protectora para que as televisões não o voltem a apanhar a ser confrontado com a ira dos lesados do BES, com novas senhoras cor de rosa ou com gente a chamar-lhe gatuno.

No entanto, quer ele quer o seu vice-irrevogável, são animais de palco: onde quer que os vejamos, riem, fazem de conta que não é nada com eles, que não são de cá, viram-se contra o PS como se o governo em funções fosse do PS e não deles, inventam feitos despropositados*, desbocadamente acusam o PS de ser o que eles próprios são.

Com estes PàFs vale tudo. Desconhecem conceitos como os da vergonha, ética ou moral. Para eles vale tudo.

Mas agora digam-me, meus Caros Leitores:

  • Pode o País eleger para Primeiro Ministro e para seu Vice duas criaturas que os portugueses já não podem ver nem pintados? 
  • Pode o País ser governado por duas criaturas que são um mau exemplo? 
  • Que fazem de tudo para governar como se o país fosse terra de ninguém, sem Constituição? 
  • Que envergonham os portugueses? 
Um não paga a segurança social, mente com quantos dentes tem, outro não tem palavra, vende a sua honra por um cargo no governo. 
E isto só para falar de algumas das mais gritantes que eles fizeram.
  • Pode o País eleger duas criaturas que só vão à rua desde que protegidas e bem protegidas? 
  • É isto que Portugal espera dos seus governantes?

Não, não pode ser, nem pensar, jamais, em tempo algum, só se fossemos um país de totós, seria de gargalhada, etc, etc, etc..  NÃO!



Por isso, bem pode Cavaco andar com uma mão por baixo, outra por cima e meia dúzia de lado amparando estes dois incompetentes, bem pode a comunicação social enxamear as televisões de avençados pafientos e o Expresso manipular a informação com despudor a mando do seu balsemão-patrão, que eu, sim Senhor, ó Leitor Nuno, continuo a achar que os portugueses vão mandar o Láparo e o seu Vice-Irrevogável para ajudantes de campo do ex-Cavaco e de sua Senhora, a Dona Cavaca. Ou isso ou vão dizer-lhes para irem dar banho ao cão. Ou para irem cantar para outra freguesia. Ou para fazer cinquenta travessias no deserto. Qualquer coisa. Mas longe da nossa vista. Acredito.

E, se vir a coisa mal parada, faço uma promessa: se os PàFs ganharem, deixo crescer a barba.

(Já está a ver, Nuno, que estou à vontade)


1.2. O Vídeo do Homem-Bolha e sugestões ao RAP


Bem, mas aqui está o filme do Homem-Bolha para ver se o RAP se inspira e, já que o Láparo em pessoa não lhe dá a honra de uma visita, pois que no Isto é tudo muito bonito, mas..., apareça o homem-bolha a falar por ele.


(Ó Ricardo, e até podia ir buscar aquele isento comentador da SIC, o catraio Mendes, para fazer de anãozinho - ver ali aos 58 segundos do vídeo, para ver se o nosso querido coisecas tem altura que chegue).
E nada contra os pequeninos, juro, até os acho amorosos. Só me maçam os pequeninos armados em conselheiros de estado, que contratualizam vistos gold no intervalo dos biscates na televisão e assim.

(Olhe, olhe, ó Ricardo!, e também podia ir buscar aquela ministra que dá mau nome às louras - a das inventonas, a que armou um granel dos grandes nos tribunais, a que ia derretendo os processos todos naquela bronca (ainda não resolvida,a do Citius), -- para fazer de moçoila gaseada que anda de mangueira na mão a fazer números sexy em cima do carro)

Vá lá, RAP, faça lá isso.



Coisa esperta, este homem-bolha do vídeo. Mas, apesar de tudo, ligeiramente mais esperto que o Láparo.

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1.3. Em contrapartida, António Costa


Em contrapartida, vejo António Costa na rua, a andar à vontade, sem medo, entre abraços, risos, toda a gente fala com ele, há afabilidade e alegria no ar.





E explicou - e bem - aquilo da Segurança Social e só espero que os pafientos percebam que não vale mais a pena continuarem a chover no molhado, que aquela furdunço que armaram já foi chão que deu uvas.

António Costa pode não ser um santo (espero bem que não seja, que de santinhos está o inferno cheio) mas é, de certeza, mais inteligente, mais sério, mais patriota, mais decente, mais respeitador, mais humanista, melhor defensor dos interesses dos portugueses que esta cambada dos pafiosos que só não nos trataram na base da chicotada para que nos vergássemos aos interesses dos chineses, angolanos, brasileiros ou quem calhe porque, em 4 anos, não tiveram ocasião de chegar a essa fase. Era deixá-los mais 4 anos e a ver o que eles seriam capazes de fazer. Foge! 

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1.4. Diz Nicolau Santos sobre Passos Coelho


* Sobre os feitos que, pela boca dos cabecilhas dos PàFs,  saem à cena sejam ou não verdadeiros, transcrevo o que diz Nicolau Santos:

Pedro Passos Coelho enganou-se. 
Afinal a 15 de outubro não há um pagamento antecipado do empréstimo da troika mas sim o pagamento de uma emissão obrigacionista a dez anos. Mas à noite insistiu em atribuir as culpas, nos dois casos, aos socialistas

Poder-se-ia dizer: o homem é maluco. Um homem normal, inteligente, bem formado, não actuaria assim. Mas este actua. 

Xô! Caraças: xô!

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2. O governo chumba-se a si próprio, diz Alexandre Abreu no Ladrões de Bicicletas





O Alexandre Abreu podia ser apenas um homem bonito.
Se os olheiros da Dolce & Gabanna o vissem chamavam-lhe um figo: ia direitinho para modelo da marca. Que belos fatos eles lhe vestiriam, que belas poses eles o poriam a fazer. Tem uns olhos lindos  e um sorriso florentinamente inocente (ou quase). 
Mas ele não é apenas bonito: é também inteligente, focado, rigoroso, sistemático.

Ler o que escreve é um prazer. O seu último texto no blog acima referido deveria ser decorado e, a toda a hora, debitado  pela oposição em peso.

Transcrevo apenas a introdução mas aconselho a sua leitura integral pois, ponto a ponto, o economista que tem uns belos blue eyes desmonta o embuste que é o sucesso que os PàFs andam por aí, pelas feiras, a ver se vendem aos distraídos.


À luz da sua própria avaliação, o governo PSD-CDS deixa um “triste legado” que “vai marcar inexoravelmente as nossas vidas e as dos nossos filhos”.


Em maio de 2011, a poucas semanas das últimas eleições legislativas, Álvaro Santos Pereira procedeu no blogue Desmitos a uma avaliação do desempenho do anterior governo PS à luz de oito critérios – oito indicadores económicos, analisados em sucessão a fim de proporcionar uma perspectiva abrangente da situação da economia portuguesa.

Santos Pereira concluiu essa análise ao legado do governo PS afirmando que estávamos perante, “de longe, os piores indicadores económicos desde 1892” e apelando a que os portugueses não esquecessem esses factos no dia das eleições. Poucas semanas depois, tomava posse um novo governo de coligação PSD-CDS, sustentado por uma maioria absoluta parlamentar. O Ministro da Economia desse governo era o próprio Álvaro Santos Pereira, certamente determinado a inverter a catastrófica situação que tão exaustivamente diagnosticara.

Quatro anos depois, é da mais elementar justiça que avaliemos os resultados alcançados por este governo à luz dos indicadores que o seu próprio Ministro da Economia original considerou mais apropriados para aferir o desempenho governativo. Quais eram os desequilíbrios então identificados? E qual o desempenho do governo PSD-CDS à luz desses mesmos critérios? Quando actualizamos os gráficos de Santos Pereira, trazendo-os até ao presente, verificamos que os resultados são esclarecedores.

(ler o artigo todo; também foi publicado no Expresso)

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3. David Cameron: sexo, pias virtudes e cabeças de porco




A propósito dos santinhos, era para falar do Cameron mas agora, aqui, não vem a propósito. 

Ainda se o post fosse só sobre o Láparo, o novo Homem-bolha, ainda fazia sentido, são ambos conservadores, ambos muito certinhos, muito apertadinhos
Mas, assim, depois de ter falado de coisas sérias, até o Alexandre Abreu me deserdava se eu o misturasse com tão bizarras criaturas. Não pode ser.  
Por isso, só mesmo um brevíssimo apontamento, para quem não está ao corrente dos gostos sexuais do exemplar Primeiro Ministro britânico:
Segundo relata um amigo do peito, nos tempos de esbórnia, Dave (como agora lhe conheço certas intimidades, acho que já posso tratá-lo por Dave) não se pôs, qual Edite Estrela na imaginação do Herman há uns anos, ou seja, qual leitão, todo nu de maçã na boca, num tabuleiro de ir à mesa - mas, ao invés, praticou um curioso número com um porco morto (ou melhor: com a cabeça do porco).  
Diria eu que a coisa desentusiasmaria qualquer homem normal mas, para ele, pelos vistos, foi gratificante. 
(Há gostos para tudo, ó caraças, que esta não lembraria nem ao Maçães, esse nosso intrépito animal sexual.)
Claro está que o Dave teve sorte porque, se fosse na China - em que, volta e meia, declaram o óbito e, umas horas ou dias depois, o morto começa a bater à porta da urna porque, afinal, a notícia da morte foi precipitada - ainda se arriscaria a que o porco, envergonhado, fechasse a boca e ai!... bye bye, valentia.
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STOP

Bem, fico-me por aqui neste tema porque hoje estou que não me recomendo. Se continuo, ainda vou desenterrar gostos excêntricos de outras proeminentes figuras do nosso espaço político e ainda se armava aqui no Um Jeito Manso uma verdadeira hórgia, como dizia o outro. É que podia não haver cabeça de porco mas teríamos animais para uma verdadeira cena em grupo; um cherne, um c-rato, um láparo, um cão com pulgas, uma galinha, um lombinha, um bando de papagaios, sei lá - uma verdadeira desbunda.

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4. Passos Coelho debate com Passos Coelho - mais um vídeo do grande Luís Vargas


O Passos Coelho de 2015 em debate com o de 2011.




Brilhante!
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 Usei outra vez duas imagens do Kaos. 
I love, love, love Kaos in the Garden.

(Atenção: a 2ª imagem, a última ceia a la PaF, não é obra do Kaos, é obra mesmo dos pafiosos)

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Pronto. calo-me já. 
Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela e divertida quarta-feira.

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terça-feira, março 03, 2015

Passos Coelho não sabia que tinha que descontar para a Segurança Social. Aguiar Tinto já veio dizer que o Primeiro-Ministro é um exemplo. Como presente por serem tão lindos, daqui lhes envio uma linda música: 'A mula da Cooperativa'. Ai és tão linda...!







Dúvidas sobre a omissão de rendimentos por Passos Coelho: a voz a João Ramos de Almeida no blogue Ladrões de Bicicletas



Posso estar enganado, mas parece-me que é bem mais complicada a verdadeira razão do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para não ter pago as contribuições à Segurança Social.

E por duas ordens de razões. Primeiro, recorde-se que, segundo o Público e ao contrário do que afirmou o porta-voz do PSD, quando tudo aconteceu não havia qualquer confusão com a possível acumulação de remunerações, como assalariado e independente.

"Entre o dia em que terminou o seu mandato de deputado, em Outubro de 1999, e Setembro de 2004, data em que recomeçou a descontar como trabalhador por contra de outrém, no grupo Fomentinvest, o então consultor da Tecnoforma não pagou quaisquer contribuições para a Segurança Social. Nesse período, além da Tecnoforma, onde era responsável pela área da formação profissional nas autarquias e auferia 2500 euros por mês mediante a emissão de recibos verdes, trabalhava também, sujeito ao mesmo regime, na empresa LDN e na associação URBE. Nos dois primeiros anos em questão foi igualmente dirigente do Centro Português para a Cooperação, organização não-governamental financiada pela Tecnoforma. Foi esta organização que esteve, em Outubro passado, no centro de uma controvérsia sobre o carácter remunerado ou não das funções que Passos Coelho aí exerceu, e sobre uma fraude fiscal que então teria praticado no caso de ter sido remunerado, como alegavam as denúncias então surgidas e por si desmentidas."


Ou seja, Pedro Passos Coelho recebia algo que sempre considerou ser, não remunerações, mas "despesas de representação" - "Não se trata de rendimentos", disse no Parlamento sobre a sua situação como deputado em exclusividade - e que, pelos vistos teria continuado a receber quando deixou o lugar de deputado. 

Por outras palavras, o que se trata é de algo um pouco pior do que não saber se eram devidas contribuições sociais. Tudo indicia ser, pois, uma ocultação de rendimentos.




(...)


No fundo, o que se passou - segundo Edmundo Martinho, ex-presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) entre 2005 e 2011, a situação em que o primeiro-ministro confirmou encontrar-se entre 1999 e 2004 "corresponde aquilo que tecnicamente se chama, e é assim que é definida internacionalmente, uma situação continuada de evasão contributiva".


(...)
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Ai... tanto crocodilo...!

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Os sublinhados e engrandecimentos ilícitos no tamanho de letra são de minha responsabilidade. As quatro imagens provêm do blogue 77 Colinas. A canção que o Um Jeito Manso dedica ao ilustre Passos Coelho, o Rei dos casos mal contados e dos esquecimentos oportunos, e ao Aguiar Tinto, ao Trocas-e-Motas, ao Núncio do Microfone e aos outros que por aí andam entretidos a espatifar o País é, com vossa licença,  A Mula da Cooperativa numa inesquecível interpretação do grande Max. 

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