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terça-feira, maio 02, 2023

O susto de a gente se sentir perdido dos outros

 

Nunca passei por nada que se pareça com o que o Roberto, aqui abaixo, nos conta. Deve ter sido um susto e tanto. Ele disfarça, leva para a brincadeira mas está bem, está. 

O mais parecido, e que me deixou deveras ansiosa, foi o que se passou há uns anos em Bruxelas, no aeroporto. 

Vínhamos de Amesterdão e eu e mais dois seguiríamos para Lisboa e um para o Porto. Isto tinha sido um improviso de última hora pois era para virmos, mais tarde, directamente de Amesterdão para os nossos destinos. Mas um deles é uma pessoa acelerada e, achando que era um desperdício de tempo ficarmos a bater perna na Holanda, tinha pedido mudança de voos. E, assim, todos os planos tinham sido precipitados, passando a incluir uma escala em Bruxelas e tudo à tangente. 

Chegados ao aeroporto, um aeroporto super movimentado (como quem o conheça poderá confirmar), uns procuravam a porta para Lisboa e o outro a do Porto. Mas, entretanto, eu queria trazer qualquer coisa para os meus filhos que, à data, ainda viviam connosco. Portanto, rapidamente entrei na free shop para trazer nem que fosse uns chocolates. Eles também entraram. Combinámos encontrar-nos à porta para embarcarmos juntos. Devo dizer que detesto cenas assim, correrias, stresses em locais de grande confusão (ainda por cima, tudo para chegar a casa apenas uma ou duas horas antes). 

Acontece que eu tinha o número de telemóvel do que ia para o Porto, não dos que vinham comigo para Lisboa com quem, na altura, ainda não tinha grande confiança.

Mas aquilo era um mundo de gente e, quando estava na caixa e olhei à volta, não vi os de Lisboa, apenas o que ia para o Porto. Perguntei-lhe pelos outros dois. Não sabia, tinha deixado de os ver e abalou à pressa, para a porta dele. 

Olhei, uns enervados 360º, e nada, nem rasto dos meus dois companheiros.

Era hora de embarcar e eu não sabia deles. Nem eles tinham o meu número. 

Fiquei sem saber se eles tinham deixado de me ver e estariam à minha procura ou se, dado o aperto da hora, tinham avançado para o avião. Pensei: se fico à espera de os encontrar, ainda perco o avião. Em contrapartida, se embarco e eles andam cá fora à minha procura e perdem eles o avião, se calhar ainda é pior papel.

Não disse ainda que um deles era o administrador da holding a quem eu reportava há muito pouco tempo e o outro era o próprio presidente. Nada de mais mas, parecendo que não, uma pessoa parece que fica um bocado mais atrapalhada, tanto mais que o nosso convívio ainda era coisa recente. Uma barracada que meta perda de avião é sempre chata mas sendo os envolvidos aqueles dois parecia-me ainda mais chato. Fiquei naquele sufoco. Faço o quê? 

Ouvi a última chamada para o embarque.

Então resolvi que avançava e que se lixasse. Entretanto, tive uma ideia luminosa: lembrei-me que tinha o número da secretária do presidente. Liguei-lhe para ela me dar o número dele ou lhe ligar ela a dizer que eu ia entrar. Mas deu-me interrompido. Caraças. Quando dá para o torto, é para a desgraça. Toda acelerada e enervada, escrevi-lhe uma mensagem.

E avancei.

Quando entrei no avião, lá estavam eles os dois. E já o presidente estava a receber a mensagem da secretária. 

Tinha-lhes acontecido o mesmo que a mim. Tinham deixado de me ver, andaram às voltas e, à última hora, resolveram entrar.

Tudo acabou em bem. Mas o stressezinho por que passei ficou-me tatuado nas meninges.

Certamente, tal como aconteceu com o bom do Roberto.

Roberto foi esquecido e ficou trancado na clínica médica 

| Que História É Essa, Porchat?

Todo mundo já sonhou passar a noite em um shopping, mas e em uma clínica médica? Roberto passou por isso! Ele foi fazer uma ressonância magnética e acabou sendo esquecido dentro na clínica. Pra piorar, na época ele não tinha celular e a mulher dele não acreditou muito nessa história... Vem ouvir!


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Desejo-vos um dia bom
Saúde. Boa disposição. Paz.

terça-feira, agosto 30, 2016

Uma viagem. Duas equipas.
[Belíssimo anúncio da United com a equipa americana dos Jogos Olímpicos Rio 2016]
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Depois do vídeo abaixo que me foi recomendado pelo Bob Marley e que eu também vos recomendo pois transmite muito do que também é a minha maneira de estar na vida -- ie: tentando não me focar excessivamente em objectivos que se tornem castradores ou que ceguem, tentando não passar ao lado das coisas boas que apenas estão disponíveis para quem as vê e para elas tem tempo -- continuo a fazer-me eco das recomendações dos Leitores.

De Leitor a quem muito agradeço, acabo de receber por mail, um vídeo que é um anúncio. Publicidade. Mas uma publicidade inteligente. Não deve ter sido barata. É da United Airlines, mais vulgarmente conhecida simplesmente por United. E estabele uma ligação de pertença (a United é americana e quer posicionar-se entre as melhores tal como a equipa olímpica americana) e uma ligação de afecto (todos gostarão de ver os seus atletas e sorrirão perante os seus feitos) e isso são as ligações mais fortes que uma empresa pode pretender estabelecer com os seus clientes. Belo anúncio, belo vídeo.

United - Team USA Commercial: "One Journey. Two Teams."




Diz o Leitor que o anúncio também merece uma medalha de ouro. Concordo. Pode chamar ao pódio.

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E sigam, por favor, para: 'Porque a sua vida não é uma viagem'


terça-feira, maio 26, 2015

Descida no aeroporto em Queenstown, New Zeland --- É também por coisas assim que vale a pena voar


Acabado de receber de um Leitor a quem agradeço, aqui partilho convosco as imagens maravilhosas da parte final de um voo.

Não percebo nada do assunto pelo que me limito a transcrever as palavras que acompanhavam o vídeo:

Certamente que a perfuração de nuvens, observada em região de elevada densidade montanhosa, como no caso em foco, só podia acontecer sob apoios electrónicos (VOR), com radiais predefinidas na respectiva carta de aproximação do aeroporto a que a mesma respeita. Os voos em tais condições obedecem às regras IFR, voos por instrumentos (Instruments Flying Rulles); contrariamente seria convite ao suicídio.


 This is why we fly

... sometimes what a pilot sees in a day, people won't see in their lifetimes ...



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