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segunda-feira, novembro 29, 2021

Kate Middleton, Letizia de Espanha, Ursula von der Leyen -
- feridas, com hematomas, desfiguradas, vítimas de violência conjugal

 


É tema que já aqui veio várias vezes. É daqueles que receio sempre não saber abordar por não ser capaz sequer de imaginar o que é uma mulher viver sempre amedrontada na sua própria casa tendo que conviver com um homem que a mantém em permanente estado de alerta, sempre com medo de lhe provocar alguma reação que o deixe zangado, sempre com receio de que, a partir de uma qualquer insignificância, se gere uma situação de violência, seja ela física seja psicológica.

O que será viver sempre no fio da navalha, sempre com medo de uma agressão? Sempre com receio de que os filhos testemunhem uma situação que forçosamente os marcará, Receio de que alguém testemunhe a humilhação a que está sujeita. Receio pela própria integridade física. Receio pela integridade dos próprios filhos. Receio de não aguentar. Receio de não ser capaz de escapar. Receio. Receio e vergonha. Vergonha de assumir a situação, vergonha de que os outros tenham pena, vergonha.

O que será viver assim? Como se consegue viver assim? Como se consegue sobreviver assim, debaixo de uma ansiedade escondida, de um permanente terror?

Nem imagino o que será o carrossel emocional de viver com um homem que ora se faz de infeliz, que arranja desculpas para as suas reacções, que ainda quer receber apoio e comiseração por parte da sua vítima, que pede desculpas e até chora e que, dias depois, por um nada, se vira do avesso, amua sabe-se lá porquê, amua e não diz porque está amuado, um homem que desconfia de tudo, que se vitimiza, que tem ciúmes de tudo e de todos, que inventa pretextos para violentar e agredir aquela a quem dias antes jurou amar para sempre. Nem imagino.

Nem imagino como se consegue tentar ganhar coragem para denunciar a situação sabendo que ele pode vingar-se, pode fazer mal aos filhos, pode fazer chantagem, pode fazer-lhe ainda pior se souber, pode agredi-la ainda mais ao sentir-se acossado. Nem imagino a coragem que é preciso ter quando ele não quer sair de casa e ela não tem para onde ir. 

Nem imagino como se consegue suportar a proximidade física de alguém de quem se teme que um dia lhe cause uma dor irreversível, fracturas, ferimentos, denunciadores hematomas, de alguém que quem se teme que seja capaz de lhe tirar a própria vida. Como se suporta partilhar a intimidade com alguém que deveria estar preso?

Como se consegue dormir e continuar a trabalhar, fingindo que se leva uma vida normal, quando a angústia é uma garra que aperta o coração e destrói a alma?

Como se consegue sobreviver quando já se ultrapassaram mil barreiras psicológicas e já se denunciou a situação e, no entanto, ninguém levou a sério nem tomou as devidas providências?

Como se consegue arranjar coragem para continuar a descobrir forças para proteger os filhos e a família, para que não sofram, para que não vivam aterrorizados? Como se consegue?

E como se consegue continuar a ter esperança quando há polícias que não agem rapidamente e juízes que desculpabilizam os agressores e ainda fazem recair sobre as mulheres-vítimas parte da responsabilidade pela violência? 

O que devemos fazer para, como sociedade, não aceitarmos mais situações testas? O que devemos fazer para criar condições para que qualquer mulher que tenha sido ou receie ser agredida saiba como agir para viver em paz e sossego, livre de ameaças e maus tratos?

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As fotografias foram editadas por Alexsandro Palombo, ao que parece sem ter pedido autorização às respectivas figuras públicas. No entanto, estou em crer que não se importarão. Kate Middleton, Ursula von der Leyen, Letizia, Kamala Harris, Christine Lagarde e outras aparecem em nome de tantas mulheres anónimas de quem só se ouve falar quando são assassinadas pelos companheiros.

Esta série, 'She reported him,' não é a primeira. Já antes tinha feito uma idêntica cujas fotografias foram afixadas nas ruas para denunciar a indiferença com que deixamos que estes crimes continuem a acontecer entre portas. Angela Merkel, Brigitte Macron e outras apareciam igualmente com os rostos desfigurados. 

Todos os anos várias mulheres morrem às mãos dos seus algozes. Mas as que morrem são os casos limites. Por cada mulher que morre, muitas outras sofrem em silêncio, escondendo as agressões, disfarçando os hematomas, sorrindo como se não fosse nada, apenas uma queda sem importância..

Nesta campanha Alessandro tenta chamar a atenção para que não basta incentivar as mulheres a denunciar a situação: há que garantir que o Estado as consegue proteger, amparar, dar-lhes sustento enquanto viverem sob resguardo.

Para quem esteja interessado, poderá ver o artigo no qual tomei conhecimento desta campanha: Kate Middleton défigurée par des hématomes, l’image choc d’une campagne contre les violences conjugales

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Agora que falo nisto, a quem subscreva a Netflix quero sugerir a Maid. É daquelas séries que quem vê nunca esquecerá.

É uma série curta e excepcional baseada em situações reais vividas pela autora do livro sobre o qual se fez a série. Não é uma série negra, não é escancaradamente dramática. É contida, é terna, transporta esperança e mostra como a coragem é uma coisa cheia de riscos e retrocessos mas na qual brilha, ao fundo, uma luzinha que indica o caminho de saída. 

E Margaret Qualley, como Alex, a jovem mãe que foge a um companheiro violento e com problemas de alcoolismo e que, para sobreviver e pagar o seu sustento e o da filha, suporta, com brio, todas as vicissitudes de um trabalho exigente e mal pago, é verdadeiramente excepcional. 

Maid

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Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira

Saúde. Sorte. Boa disposição.

terça-feira, junho 18, 2019

Com incansável inteligência e alguma ocasional petulância






Ao longo do dia, andei de umas para outras sem que nada, durante todas aquelas vastas horas, me tivesse agradado especialmente. Muita reunião, muito roadmap, muito business plan e business case, muita mitigação, muita coisa nessa base e sumo que é bom e eu gosto, pouco e, o que há, fraquinho, fraquinho. Pior: no intervalo, nada. Um compacto de cenas desinspiradas.

Vão rareando as pessoas que me fazem rir ou com quem se consiga ter uma conversa variada sobre temas pouco sérios. Quanto mais pessoas conheço mais me convenço que as pessoas muito sisudas e que só sabem falar de trabalho, por muito que aparentem ser eficientes e ultra zelosas, são, na realidade, umas perfeitas nulidades, fazendo muito bem coisas que geralmente não servem para nada. Acresce que são chatas, muito chatas.

Tenho saudades dos longínquos tempos de grande irreverência, de muito mau comportamento. Tenho saudades de quando me diziam que o meu colega e grande amigo tinha saído do gabinete a apertar a portinhola, isto depois da secretária ter de lá saído segundos antes toda afogueada e sorridente. Tenho saudades dos relatos mirabolantes de um colega que contava histórias inverosímeis e que, quando eu o confrontava: 'Não acredito em nada disso, deve ser tudo mentira' me respondia com ar divertido e gaiato: 'Tudo não, que exagero. Tem um fundo de verdade'. Tenho saudades de quando a minha secretária me contava que tinha pressionado outro meu colega e amigo, dizendo-lhe: 'Se está à espera de ser velho para deixar a sua mulher e vir viver comigo, tire daí o sentido, ou é agora, enquanto somos novos, ou esqueça'.  Tenho saudades daqueles dias divertidos em que a arquitecta que ia comigo ver as obras, saia étnica até aos pés, me dizia: 'Viste como os gajos não tiravam os olhos das minhas pernas? É que a saia é transparente e eu ponho-me em contraluz para os gajos ficarem vesgos'. Tenho saudades daquele presidente, amicíssimo, um mestre, que contava que a vizinha da moradia contígua, no Estoril, era italiana, fogosa e andava nua no jardim... e que ele inventava desculpas para não ficar na casa da cidade, onde vivia com uma namorada vinte e cinco anos mais nova, para ir pernoitar ao Estoril e, mal lá chegado, saltar a cerca e pernoitar com a italiana, sexagenária como ele. Tenho saudades daquele outro colega que, quando chegava à ponta do corredor, dava um salto batendo os pés de lado como se a seguir fosse dançar como o Fred Astaire.
Um paradigma do homem sadio, criado para confiar totalmente nos seus próprios impulsos, graças a uma intensa e jubilosa vitalidade imune ao medo, à má consciência, à malícia e aos expedientes e muletas morais da lei e da ordem que os acompanham.
Eram todos assim, eu a única mulher no meio de um bando de doidos. Mas uns doidos inteligentes, competentes, arrojados, irreverentes, bem sucedidos no seu trabalho, na sua vida. Divertíamo-nos à brava. Só um é que se levava a sério e, portanto, ninguém tinha paciência para ele. Uma vez metemo-nos todos numa bravata que, como todas as bravatas, comportava riscos. Esse tal apertadinho teve medo, acobardou-se, saltou fora. Todos os outros mantiveram-se unidos até ao final, apesar das ameaças, apesar de sabermos que haveríamos de pagar pela nossa insolência (e coragem e coerência). E pagámos, de peito feito, alegres da vida.

O ambiente profissional que conheço, aqui e ali, hoje não tem disso. É tudo muito calculado, muito bem comportado,  muito politicamente correcto, ninguém ousa uma piada mais brejeira, ninguém ousa pisar o risco. Hoje ninguém tem tempo para maluqueiras, anda toda a gente muito ocupada a cumprir objectivos, a atingir os kpi's e a mostrar-se muito eficiente junto do chefe.

Até certa altura, não estava ainda tudo automatizado, não havia mails desde que despertamos até que nos deitamos, não havia telemóveis a levarem o trabalho até nós: e, no entanto, não havia qualquer necessidade de trabalhar até às quinhentas, e, durante o dia, nem sei como, havia tempo para falar de livros, para falar de cinema, para anedotas, para fofocas divertidas, para risotas boas.

Quando penso nisto parece ficção. Ou coisa que aconteceu num outro mundo, numa outra época.

E não sei como é que isto se perdeu. 

Aliás, sei. Houve uma época tenebrosa, dos yuppies, gente muito pseudo-eficiente, gente muito ao sabor de modas, gente que não sabia nada de nada a não ser papaguear jargões em consultês, gente que muito menos sabia da vida, e que apareceu a querer normalizar a diversidade.
Lembro-me de um que apareceu nem sei de onde. Tinha trinta e picos e portava-se como se fosse um grande magnata. Fumava charuto e um dos meus amigos, à socapa, gozava com ele, dizia que parecia aquele bebé, o Baby Herman, semblante autoritário, charuto na boca e... de fraldas. Vi-o depois naquilo dos empresários qualquer coisa de Portugal, que iam refundar Portugal, acho que se chamava Compromisso Portugal. O João Miguel Tavares é que, nessa altura, mesmo andando ainda de fraldas, devia ter aproveitado as causas. Aqueles lá tinham causas. Muito parvalhão acreditou nos el dorados que prometiam amanhãs que cantavam, muito parvalhão lhes deu palco, muitas entrevistas. Muito se assistiu à sua pesporrência fútil e bacoca. O Baby Herman por lá andou a fazer não se sabe bem o quê. Certamente alguém o fez Comendador. Deve ter falido a empresa mas isso não interessa, a memória da malta é curta. 

Mas, enfim, é assim. Os tempos mudam e nem sempre mudam para melhor. E somos todos nós, colectivamente, que deixamos que isso aconteça. Vamos deixando, vamos contemporizando. E, quando damos por ela, o mundo mudou, alagado em mediania... e, quando queremos mudar-nos daqui para um lugar melhor, percebemos que perdemos o pé.

Mas, na volta, sempre assim foi desde o princípio dos tempos: toda a gente sempre a achar que tudo isto não passa de um devir a caminho da nulidade.
Nenhum de nós alcançará a terra prometida: morreremos todos no deserto. O intelecto, como alguém já disse, é uma espécie de doença: incurável.

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Pinturas de Kim Heungsou na companhia de Yiruma com Maybe. Em itálico, excertos de O wagneriano perfeito de Bernard Shaw (incluindo o título)

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Já agora, a propósito de Bernard Shaw, o discurso em louvor de Einstein 
-- e que bom quando as pessoas gostam de rir, de se rir


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E, que nem de propósito, abaixo uma evocação de um mundo transacto, um mundo que já nada tem a ver com este nosso mundo -- um mundo de reis, rainhas, príncipes e princesas, duques e duquesas, caleches e penachos a enfeitar as belezas. Bem podem as ruas protestar e os noticiários falar de brexits, de autodeterminações, de crises políticas, ambientais, sociais que, numa outra dimensão, num tempo que parece pretérito, os soldadinhos vestidinhos com os seus fatinhos bonitinhos continuam a bater o pezinho e a subir as escadas quase aos saltinhos e as realezas continuam a desfilar cheias de capas e capelines. Uma real gracinha.


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E, no meio disto, tudo de bom para vocês: peace and love.

terça-feira, abril 17, 2018

Marcelo, um pinto calçudo no meio da realeza espanhola
Uma reportagem fotográfica da UJM, enviada especial ao serviço da ¡HOLA!


Bem. Estava eu a ir de carro quando ouço alguém a falar espanhol com um sotaque macarrónico. Apurei o ouvido. O converseio e a voz eram-me familiares. Pensei: 'Mas querem lá ver que agora já por aí anda a discursar em espanhol?' Exacto. Era mesmo. O nosso incontornável Marcelo estava a dar uma aula numa universidade em Madrid. Louvava a geringonça com todo o salero de que era capaz e com um à vontade de quem estava em casa. Pimbas. Espanha já no bolso.

E que à noite ia jantar com os reis, dizia o repórter. 

À vinda, ouço as notícias das oito. O Marcelo já estava no banquete.

Curiosa para ver a cena, fui ao site da ¡HOLA! e, olé!, já lá estavam. Marcelo como se, de novo, também em casa a distribuir charme. Dona Letizia, como sempre, apenas esboçando um ar de simpatia não vá o sorriso causar-lhe alguma indesejada ruga, e firme e hirta, o garfo ainda entalado no gasganete. Dom Filipe igual a si próprio, esfíngico, simpático e nulo.

Mas o que me chamou a atenção foi que alguém emprestou a farpela ao nosso Marcelo e ninguém se deu ao trabalho de ajustar as peças ao recheio. Calças largueironas e a cairem-lhes aos folhos pelos artelhos abaixo. Lá está. Em linha com o que dizia há pouco, se isto fosse festa de pobrezinhos, não faltaria quem lhe alinhavasse uma bainha, quem o fizesse andar para ver como ficava, etc, ninguém querendo que o pobre coitado fosse fazer má figura. Assim, toda a gente caguou para o pormenor (calma: não disse nenhuma grosseria, fui fina no trato, disse caguou): vai com as calças de rojo e vai fantástico.


A fralda também demasiado de fora mas, enfim, por um ou dois dedos a mais também não vou fazer caso. Agora as calças, senhores, no mínimo um número acima na barriga e um palmo a mais no tamanho.

Consta que a tiara da Rainha também é especial, um tal Diadema de Cartier. Coisa quase a roubar a atenção do arejamento que o vestido apresenta nas cavas.

Ana Pastor, então, foi mais longe e arejou os bracitos todos. Pelo ar da guapa señorita, o malandreco do Marcelo devia estar a dizer-lhe um piropo, deixando os senhores da direita da foto a fofocarem, meio incrédulos.


Pelo contrário, a senhora que ia com Mariano Rajoy (e que não creio ser a mulher mas, talvez, a sogra) vai bem agasalhada. Não se esmerou foi muito no penteado que aquilo mais parece o carrapito de uma minhota que se penteou à pressa, com um gancho de cada lado.


Quem avançou formosa e segura foi a Tejerina, mais concretamente Isabel García Tejerina, ministra da agricultura e das pescas. É ver o olharzinho encantado do nosso ministro Augusto Santos Silva, olhando a forma sinuosa do corpinho deslizando pela passadeira, todo ele com um sorrisinho de quem está a ensaiar uma boquinha filosófica para se armar ao pingarelho na primeira oportunidade.

E quem me parece ver ali com um traje meio estranho, saia justa em beige e camisa de renda preta com o cinto caído saia abaixo é a Teresa Leal ao Coelho, talvez na qualidade de Embaixatriz já que me parece ver a cara redonda do Embaixador a assomar por detrás da paisagem.


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E, dado o adiantado da hora, me quedo por aquí. As fotos são, como referi, da ¡HOLA!

Amanhã, com vossa licença, falo sobre a reportagem relativa ao Caso Sócrates. Não falei hoje porque quero deixar assentar. Prefiro servir a coisa depois de a ter assimilado, destilado, processado, whatever.  

E queiram continuar a descer que, já a seguir, tenho um grande texto sobre a Síria que vivamente recomendo. Não foi escrito por mim mas tenho pena: enviou-mo Leitor amigo que sabe da coisa.

Logo a seguir, tenho umas certas e determinadas Divinas, coisa com alguma transcendência.

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quinta-feira, dezembro 01, 2016

Marcelo e Letizia.
As anjinhas dos segredos quase a mostrarem as asas e as maminhas.
O CR7 e as dúvidas por mais uma namoradinha tirada da manga.
E, à falta de um gif com o láparo aos tiros nos pés, um conjunto de gémeos separados à nascença.
Ah, e é verdade: qual é a password...?
Esperem, esperem...! Estava a esquecer-me do Marcelo a fazer coisas....


No meio do meu desconhecimento dos dias, chego a casa à noite em busca de algum fenómeno que tenha justificado o movimento do planeta. Mas o planeta está em roda livre, gira sem que nada o justifique. 


Lado a lado, nas notícias, vejo aviões destruídos a ilustrar as últimas palavras de um homem desesperado e o backstage dos anjos without secrets que se preparam para desfilar em lingerie*.

Não há decoro na conjugação de notícias: salta para o frontespício o que pingar mais sangue, soltar mais bravos ou balofos impropérios, estiver envolvido em jogadas de futebol duvidosas, tiver o corpinho mais envolto em glamour ou tiver morrido ou estiver em vias disso.

De empolgante apenas a maluqueira do Marcelo, todo de franga à solta a fazer gracinhas para a esquálida e simpática rainha. Nunca ela teve visto coisa assim. Hiperactivo, este nosso Marcelo, uma coisa nunca vista. 


Quando vejo fotografias assim, uma pobre coitada como Letizia, de manhã à noite, a ter que desfilar, cumprimentar, observar, conversar, etc, só me ocorre que deve ser uma seca do caraças -- e isto já para não falar que não sei como faz esta gente quando tem vontade de ir à casa de banho. Bolas, deve ser cá uma aflição.


Também li que Cavaco com a sua saudosa Cavaca deram à costa mas não sei porquê e a verdade é que isso não despertou a minha atenção.

Mais à frente, a Madame, que não as poupa, diz que aquilo da Georgina, a suposta nova namorada de Ronaldo, é armação, que, para começar, se calhar nem é ele, ainda é mas é um duplo e que, sempre que os jornais se enchem com rumores de homossexualidade, saem logo a seguir notícias de namoradas que não são namoradas coisa nenhuma. Agora a cena que precedeu a aparição da Georgina parece que terá a ver com uma discussão entre o CR7 e o colega Koke. A troca de carinhos relatada reza assim:

Koke teria tratado Ronaldo de bicha ao que Ronaldo terá respondido: Sim, sim, bicha. Mas uma bicha muito rica, ó imbecil.

E portanto parece que está meio mundo à espera do coming out do Ronaldo. Eu não. Estou à espera é de ter um dia feriado descansado.


E, portanto, enquanto não chega a hora de sentir que estou a desfrutar o justo borreganço, ocupo a minha fraca mente com inconsequentes deambulações. Coisas à toa, mesmo.

Uma das coisas que me alegra é o de ver como, mesmo separados à nascença ou, mesmo que nascidos com décadas de intervalo, os gémeos se mantêm iguais. Aliás, ainda estou para descobrir todos os meus gémeos. Sempre quis ter gémeos. Eu e mais dúzia de pessoas iguais a mim. Pessoas ou gatas. Adorava.

Partilho agora convosco alguns desses fantásticos gémeos separados à nascença. É que isto, sim, me parece matéria interessante. De resto, também acho graça aos tiros nos pés do Láparo mas, nos últimos dias, parece que anda na moita, não o tenho visto, dá ideia que passou temporariamente a pasta à dupla disfuncional Montenegro & Bacorinho. Tenho saudades de o ver, com aquela boca retorcida, tanta a raiva que quase come os lábios. Que é feito dele? Já de roda das rabanadas, será? Quando o vejo, ao Rei dos Ressabiados, a rir à maluco na bancada pafiana só o imagino de pistola na mão a dar tiros nos pés. O Canal Parlamento devia pôr uma câmara ao pé dos pés dele.

Mas pronto, à falta de imagens que o comprovem, fico-me, então, com os gémeos univitelinos (ie, gotas de água iguais, à semelhança do que acontece com as gémeas Júlia Pinheiro e Ana Gomes). Ei-los:








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Era para ir escrever outro post mas fica para amanhã. Hoje fico na companhia de outros manos.

Marx Brothers - Password Scene


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Ah, e um encore para o Marcelo.

Marcelo a fazer coisas


(Aqui Marcelo a premiar o Melhor Penteado)

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E que os anjos vos acompanhem

The Making Of The 2016 Victoria’s Secret Fashion Show



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Tenham, meus Caros Leitores, um belo dia feriado.
Mesmo que esteja de chuva, que seja um dia luminoso para cada um de vós.

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quarta-feira, julho 09, 2014

Reportagem fotográfica da primeira visita oficial dos Reis de Espanha a Portugal, o protectorado do vice-irrevogável (que não consegui ver por lá).


Estou cheia de pena, cheia, cheia. O meu filho falava-me há bocado no tanque que era a equipa alemã e, quando o disse ainda a coisa ia em 5 a 0. Mas agora que já vai em 7 a 1 nem sei o que dirá ele: bomba atómica..? Que pena dos rapazes, coitados. Ninguém merece uma humilhação destas.

Bom, adiante que eu de futebol não sei nada.

No post abaixo já vos mostrei uma fotografia em grande plano de Letizia: dá para ver em pormenor como é que ela se maquilha e é uma perfeição. Claro que a beleza dela e a qualidade da pele e do cabelo ajudam muito mas, ainda assim, é uma lição de bem maquilhar.

Mas se abaixo a coisa se foca na beleza, aqui, agora, a conversa é outra, um bocadinho outra. Um bocadinho porque, com diminutivo, talvez custe menos.


Ora vejamos o que é que temos aqui.

Mas ao som de Marisol, por supuesto.



Ha llegado un Angel




O Rei de Espanha a fazer de conta que não reparava
no pernão da Sum-Sum
e a Rainha a interrogar-se mentalmente
porque teria ela que estar ali naquele cenário do século passado
.
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A nossa inconseguida Sum-Sum Esteves desta vez armou-se em woman in red, pernoca ao léu, dressed to impress


Mas é bizarra demais, aquela cabeça espetada, aquela pose, tornam-na uma figura que se presta à caricatura. Resta saber o que disse. Às tantas, a indumentária ainda foi o menos. Imaginem se desatou com aquela conversa do soft power e mais não sei o quê...

Os Reis de Espanha com Assunção Esteves
(que parece estar a pedir uma esmolinha)

.
Na fotografia sentada, não se percebe bem o modelito da Sum-Sum mas, quando está de pé, a gente vê que a toilette também resultou inconseguida. Uma verdadeira frustação inconseguimental.

O cabelinho, a expressaozita, o casaquinho, tudo é coitadinho, parece que está naquela, desculpe lá qualquer coisinha, ó senhor meu rei...

O Rei olha para ela com espanto, parece nem saber bem o que dizer, se lhe há-de dar uma peseta se lhe há-de pôr uma chucha a ver se ela não chora..

A Rainha faz como eu: olha para o lado a ver se não encara. Na volta padece do mesmo mal que eu, tem pavor de desatar a rir perante situações assim.

A pobre da Letizia não teve a vida facilitada nesta visita. Como ontem vos mostrei, ia ficando sem mão, com o Cavaco a lambuzar-se nela.
O meu marido diz que o homem estava era com raivinhas (como o nosso bebé que, quando tem os dentes a nascer, morde tudo o que lhe passa por perto). 
Depois ainda teve que passar pela provação de ter pela frente uma inconseguida que não diz coisa com coisa. Se à Sum-Sum lhe deu para falar em espanhol, então faço ideia o espectáculo.

Os Reis de Espanha com o Casal Coelho

.

E ainda teve que ouvir a D. Laurinha a ensinar-lhe com pormenor e linguagem gestual a receita das farófias. 


Letizia nem queria acreditar quando a D. Laurinha defendeu que as queijadas que o marido faz são ainda melhores que as de Sintra. Pela expressão corporal, a gente consegue adivinhar o pensamento da Rainha: 'Não acredito no que esta me está a dizer... Pleeeaase... Tirem-me deste filme...!'




Cavaco Silva largou a mão da Rainha para logo se agarrar ao cotovelo.
 Senhores, que melga.
.

Já para não falar do Cavaco, armado em babaca, todo derretido, sempre a agarrar-se à rapariga, a parecer um velho babão. 

Joana Vasconcelos, a artista plástica do regime,
sempre a inovar nas toilettes


(O azul da esfregona 
quase coincide com o azul do fato de Letizia 
mas o bracinho cor de rosa faz a diferença)


E tudo sob o olhar baboso da D. Cavaca. A moça está mesmo 'Pleaaasee, deixem-me em paz...' ou 'Mas este não me larga... Pleeaase, atem-no, tirem-no daqui. E as gracinhas que diz... e o sotaque, senhores, a querer falar espanhol... pleeeaaase... poupem-me...'

Mas a coisa não se ficou por aqui.

Não sei se a Kátia Guerreiro, de saia rodada, xaile pelas costas  e sorriso embevecido, também por lá andou mas a Joana das Pegas e dos Tachos não faltou.


Desta vez não foi vestida com uma colcha, nem com um espanador na cabeça nem sequer mascarada de bicho exótico.


Não senhor, desta vez Joana Vasconcelos foi menos elaborada: foi de simples esfregona. 


Pela fotografia não consigo ver se a coisa ia até aos joelhos ou se ia de mini-saia, uma coisa mesmo na base da Vileda. 

Pela expressão do Cavaco, com dentinhos de fora, teme-se o pior relativamente ao que estaria a dizer. Uma gracinha foleira, certamente. 

Enquanto isso, gabando a Vasconcelos, a D. Cavaca dizia a Letizia 'Quem a vê ninguém diz mas é uma mãos de fada. E os tachos dela...? Areados que dão gosto'.



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E assim se passou a primeira visita de Felipe e Letizia, Reis de Espanha, a este protectorado. Só sinto falta, nesta minha reportagem fotográfica, do Caniche Miró. Será que não se apresentou para abrir a porta dos palácios?


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E entretanto acabou o jogo Brasil-Alemanha, um resultado humilhante, um mineiraço desgraçado: quando o apito final soou, primeiro os jogadores brasileiros rezaram e, depois da oração, caíram na maior choradeira. O meu marido disse, dantes os jogadores de futebol eram do tipo machão, agora são do tipo sensível.


A seguir o Felipão apareceu com a conversa mole do costume. Espremi e não deitou sumo.

Agora tenho o treinador alemão aqui na sala, um sujeito entre o sinistro e a esquisitinho, uma franjinha para o suspeito. A conferência está a ser dublada e a coisa soa ainda mais estranha.

Mas eu, como não acompanho estas coisas, não sei qual a moral da história.

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(As fotos da visita real foram obtidas aqui e ali, nomeadamente na !Hola! - e eu devia ser capaz de virar o ponto de exclamação de pernas para o ar mas não sei como se faz).

E, agora que falo de ponto de exclamação, ocorreu-me que, em tempos, parece que andou por aí uma cabala contra os pontos de exclamação. Tenho ideia que os intelectuais achavam que isso das exclamações - muita pontuação, muita emoção - era coisa de gente brega. Já com os advérbios de modo parece que é a mesma coisa, um encanitanço dos diabos. E eu, que passo os meus dias no meio dos números e no meio de gente que nem uma vírgula sabe usar quanto mais aconselhar-me nestas minhas dúvidas linguísticas, leio a gozação dos intelectuais e fico a pensar: ó com o caraças, mas como é que eu, plebeia das letras, me vou expressar por escrito sem usar pontos de exclamação ou advérbios de modo? Se ninguém me vê a rir, se não vale a pena gesticular, se bem posso dar murros na mesa que ninguém me ouve... como vou fazer para a escrita soar expressiva, e não parecer escanzelada, pele e osso, pãozinho sem sal...? E estou a escrever isto e a pensar: na volta até as reticências são enfeite desnecessário.

Mas adiante.

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E olé! que se faz tarde.




 Suite Sevilha pela Companhia de Dança Antonio Navarro

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Meus Caros, hoje fico-me por aqui. Pus-me a responder a mails, tinha uns poucos - e, mesmo assim, não consegui responder a todos - e agora já estou cheia de sono. Tenho aqui umas anedotas e umas notícias parvas para comentar mas estou pedradésima, mesmo a precisar de ir descansar, já não dá para fazer mais nada por aqui. Também queria dar uma folheada num livro que comprei e que está a despertar a minha curiosidade mas acho que nem isso.

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela quarta feira.


Aula prática de maquilhagem: minhas Amigas, basta pôr os olhos em Letizia, Rainha de Espanha .. [E estou com isto para não assistir a uma humilhação futebolística em directo: a Alemanha está a ganhar por 7 a 0 aos desgraçados do Brasil]


Enquanto, aqui em casa, evito olhar para a televisão para não sentir uma compaixão absurda pelos brasileiros (coitadinhos, estarem a levar 7 contra 0 em casa, numa meia-final até a mim me dói), viro as atenções para assuntos de gajas. O futebol tem este efeito em mim: não sei se é uma reacção alérgica exacerbada, se quê, a verdade é que desce em mim um requentado espírito de lady, de gaja, sei lá, que não consigo controlar.

Já me ocorreu ir à procura da moda outono/inverno (dá para acreditar que a Zara já está com roupa de Outono...? mas está!), ou à procura de sapatos, ou de écharpes, qualquer coisa.

Mas não, que teria que calcorrear uns quantos sites e estou com preguiça.

Fico-me pela graciosidade de Letizia, rainha de Espanha.


Belíssima, elegantíssima: assim é a guapa Letizia, Rainha de Espanha


(E não vale a pena virem dizer-me que as plásticas e tal ajudam muito: ajudarão quando são bem feitas e, neste caso, pelo que vê, foram-no)


Que bem maquilhada que estava. Amanhã já vou tentar reproduzir aquele risquinho prolongado na pálpebra inferior. Maquilhagem em tom castanho para fazer pendant com o fato azul claro. Perfeito.

E, como o casaco é de renda, já não pôs colar: muito bem pois qualquer adereço ali seria excessivo.


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terça-feira, julho 08, 2014

O que é que o Cavaco Silva estava a fazer com a mão de D. Letizia, rainha de Espanha, na primeira visita dos novos Reis de Espanha a Portugal? Beija mão não parece.


No post abaixo já vos falei de um tal que conheço e do qual, volta e meia, me lembro de coisas que me fazem rir. Contudo, sempre que isso acontece, forço-me a recordar também que aquele ali não é apenas um bimbo alcandorado a gente fina: é também um sacana sem escrúpulos, flor que não se deve cheirar. E, do exemplo dele, parto para o que se passa com este Governo que trata como erva daninha que deve ser exterminada tudo o que é gente ligada ao conhecimento. O ataque de Passos Coelho aos meios científicos é uma coisa aterradora e não deve passar despercebida.

Mas isso é a seguir.

Aqui, agora, a conversa é outra.

Como habitualmente, não vi notícias. Talvez porque estamos a precisar de férias, mal nos cheira a Cavaco ou a Passos ou, mesmo, a Seguro, o zapping já é consensual.

Portanto, no meio disto, escapou-me a visita dos novos Reis de Espanha, pessoas simpáticas que, coitadas, cá vieram fazer o frete, noblesse oblige, de vir ao beija mão do Cavaco e da Cavaca.


No entanto, mão amiga - a quem muito agradeço - não me deixou desamparada e hoje, mal abri o mail, cá tinha uma fotografia do grande momento.

Uma coisa estranhíssima. Nem será bem um beija-mão. Mostro.

Perante a curiosidade da D. Cavaca, Cavaco jogou-se à mão de D. Letizia... e não se percebe o que fez com ela a seguir.


O bizarro beija mão de Cavaco a Letizia, Rainha de Espanha


No mail aventavam-se duas hipóteses:

1. Terá Cavaco Silva aproveitado para recolocar a placa?

2. A mão de D. Letizia ter-lhe-á cheirado a bolo-rei?



Alguma das duas deve ter sido. Não se vislumbra, de facto, outra hipótese. O que consta é que depois disto, D. Letizia terá abalado a correr para a casa de banho, para desinfectar a mão.


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E, agora, recordo: desçam por favor até ao post seguinte. Falo ali de coisas sérias, de gente perigosa, de cuidados que devemos ter com certo tipo de gente.


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sexta-feira, junho 20, 2014

Rei Felipe e Rainha Letizia, um casal apaixonado. (Entre uma monarquia com gente moderna, de cabeça arejada e próxima do povo como parecem ser os novos Reis de Espanha, e uma República paralisada, entregue a uma criatura vaga e mumificada que assiste passivamente à destruição do País, nem sei o que vos diga)


Nos dois posts abaixo falo de assuntos chatos, mal-cheirosos (uma poiazita e um banqueiro que fede) e que insistem em poluir os nossos dias. 

Mas, sobre isso, terão que fazer o favor de descer quando acabarem de ler isto agora, onde vou falar de assuntos mais civilizados.


Sou republicana, e disso não tenho dúvidas.

Mas que ninguém se engane a meu respeito: mesmo quando não tenho dúvidas, volta e meia, lá bem no fundo, uma ou outra duvidazinha sinuosa esgueira-se e vem espreitar por trás da cortina da minha racionalidade e desafiar-me, língua de fora, atrevido piscar de olho.

É o caso.

Pode até isto ser conjuntural. As circunstâncias não são as melhores.

A questão é que já estou como o General Garcia dos Santos: é que nem pintado. Já ninguém aguenta. Ninguém já tem respeito pela criatura. Os índices de popularidade são uma desgraça como antes nunca se tinha visto. A sério: o cagarro não faz nada. Assiste a tudo, impassível. De vez em quando, aparece a dizer umas frases enviesadas, ar ressabiado. Mas, de facto, a ele ficarão associadas as maiores desgraças deste País: a destruição do tecido produtivo quando foi primeiro-ministro e a destruição do país enquanto Presidente da República. 
O que agora se está a passar em Portugal sem que o belo adormecido de Belém mexa uma palha, é assustador. Os órgãos de soberania são postos em causa todos os dias, uns pelos outros, e ele, que deveria zelar pelo respeito institucional, faz-se se morto.

De que serve ser República se a República parece paralisada? 

Isto tudo para dizer que gostei de ver a passagem de testemunho de Juan Carlos a seu filho Felipe. E gostei bastante do discurso do novo rei. 


Gente normal, gente afável. Gente com uma conversa próxima do povo. 

Assim falou Felipe:

É com emoção que quero prestar uma homenagem de gratidão e respeito a meu pai, o rei Juan Carlos I. Permitam-me ainda agradecer a minha mãe, a rainha Sofia, toda uma vida de trabalho impecável ao serviço dos espanhóis (…).

Hoje, mais do que nunca, os cidadãos pedem, com razão, que os princípios morais e éticos sejam um exemplo e inspirem a vida pública. Estas são convicções sobre a Coroa que represento a partir de hoje. Uma monarquia renovada para uma nova era (…)

Cervantes disse, pela boca de Dom Quixote: tu não és um homem melhor do que outro se não fizeres melhor do que o outro. Sinto um imenso orgulho nos espanhóis e nada me dará mais prazer que, graças ao meu trabalho, também os espanhóis se sintam orgulhosos do seu novo rei. 


E o que eu gostei de ver o carinho entre o novo Rei e a nova Rainha. Uma cumplicidade, uns olhares em sintonia, uma ternura. 

E a toilette de Letizia de uma elegância perfeita. E as meninas, as infantas, que doçura.

E a Rainha Sofia, essa mulher digna, resiliente...? A ternura e orgulho dela no filho sempre tão patentes.

Quase me emocionei, juro.


Face a isto o que tenho a desejar é que o reinado de Felipe seja bem sucedido, feliz, que Espanha se sinta apaziguada, que cresça na sua diversidade mas se mantenha unida. E que o amor que o une à rainha Letizia se mantenha forte. Dá gosto ver.

Estou a escrever isto e a pensar que é capaz de vos soar pimba, lamechas. 

Mas eu sou assim, que hei-de eu fazer? 


Príncipes e princesas, beijinhos e sorrisos apaixonados, abraços e mãos dadas, cabelos ao vento e ternura a esvoaçar em volta dos pombinhos, pozinhos de fada, carruagens, cavalos, meninas de trancinhas e com belos vestidinhos, amor e simpatia. Há lá coisa mais bonita?

(Acho até que, depois de estar a escrever isto, vou ter uns sonhos todos cor de rosa, verdadeiramente perlimpimpim.)

E, pronto, por aqui me fico - mas não sem antes desejar de novo uma longa vida aos novos Reis de Espanha e às princesas, Leonor e Sofia, umas fofinhas queridas. E que os espanhóis não tenham de que se queixar por ser Monarquia e não República.


Ou seja, que o reinado de Felipe VI traga muitas alegrias aos espanhóis. 

A vida é breve e deve ser vivida em alegria.



Manuel de Falla - La vida breve

(Lucero Tena nas castanholas)

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Nota: Estou aqui a pensar. 

Com a pouca sorte que temos - parece que a nós só nos sai a fava - se fartos do Cavaco e com medo que nos caísse outro em cima, resolvêssemos virar para a monarquia, em vez de um casal charmoso como o acima referido, apanhávamos era com a boca de favas do nosso Duarte Pio que é um querido mas não sei se algo mais do que isso.

(Tantas favas na mesma frase, logo eu que este ano nem comi favas, credo)

Por isso, assim como assim, vamos mas é manter-nos republicanos.


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Depois disto, tenho dificuldade em aconselhar que desçam até aos dois posts seguintes. Fica, pois, à vossa consideração mas, se forem, não digam depois que não foram avisados.

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E tenham, meus Caros Leitores, uma bela sexta-feira!

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