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domingo, janeiro 29, 2017

A democracia no início de uma nova era


Talvez um dia o Passos Coelho, depois de acumular negas para a Câmara de Lisboa, resolva convidar Cláudio Coelho. 

Cláudio Coelho, conhecido por ser jogador de poker e, sobretudo, pelas suas participações nos reality shows apadrinhados por Madame Teresa Guilherme e pelos mediáticos romances que vai tendo com estrelas do seu calibre, uma das quais Cátia Aveiro, embalado pela fama, com o ego em cima face a ser capa de tantas revistas e a ser tão requisitado, resolva que está na hora de pôr a sua arte e manha ao serviço do povo.


E talvez o povo português, iludido, seguindo o exemplo dos americanos que puseram um biltre platinado na presidência, achem que mais vale um não político, um sujeito esperto e charmoso, do que um qualquer outro sem graça e com menos antena do que o Cláudio Coelho -- e o elejam.

E, portanto, depois do que tenho visto nos últimos tempos, não me admiraria muito que também o nosso pobre país aparecesse um dia maculado pela presença de um qualquer espécime desse estilo ao comando dos destinos de uma cidade, quiçá até de todo o país.

Hoje, enquanto não chegava a nossa vez na caixa do supermercado, deixei o meu marido na fila e fui espreitar as revistas. Uma notícia deixou-me espantada: Maria Vieira diz que o desaguisado com Ana Bola ainda acaba no tribunal. Pasmei. Sempre achei que fossem amigas e gente decente. Abri a revista e li em diagonal. Tricas expostas ao público no facebook, bloqueio de uma e outra na rede de amigos, cenas que não percebi mas que me pareceu terem a ver com comentários no facebook.


Mulheres já maduras, com mundo, e para aí andam em bate-boca nas rede sociais. É este o mundo em que tudo se propaga, onde tudo se empola, emporcalha e desvirtua. 

É o tempo da democracia mais absoluta, sem representantes. Cada voz vale por si e tanto como as demais. É este mundo imediatista, populista, em que a opinião de um burro vale tanto como a de um sabedor, em que um cão ou um gato pode ter a sua página com milhares de seguidores, em que todos seguem todos e todos sabem quem são os amigos de um e outro, em que toda a gente solta likes ou emite opiniões que não valem um caracol mas que logo se enchem de likes e se propagam como coisa importante. Ecos de ecos de coisa nenhuma.

Mais: os mais carenciados, os mais vulneráveis são os primeiros a gostar de espreitar a vida de fausto dos ricos e famosos e os primeiros a darem o seu voto quando uma qualquer dessas bestas douradas se apresenta a votos, mesmo que a besta anuncie que vai espezinhar ainda mais os carenciados e favorecer os esquemas, a fuga ao fisco ou, até, o comportamento mais misógino, retrógrado e execrável.

Não sei como se combate esta onda. Mas sei que tem que ser combatida.


O que se passa nos Estados Unidos é de vómito. Aquelas imagens que nos chegam, o Trump à secretária -- rodeado de figuras de enfeite que mais parecem saídos de uma comédia do Borat -- a assinar determinações que parecem anedotas de mau gosto, são de uma pessoa se arrepiar. Assina e mostra para as câmaras. Só falta aparecer a seguir uma do género da Teresa Guilherme, com um vestido coberto de lantejoulas, apertado para além do razoável, com decote até ao umbigo, cabelos até meio das costas e riso alarve, aparecer a comentar e louvar o sucedido. Os reality shows a chegarem à Casa Branca. O impensável a acontecer. E nós a assistirmos. Em directo e a cores.


E, no entanto, se Donald Trump, depois de todo o lixo que já produziu nesta semana, se apresentasse de novo a votos era capaz de ainda ter uma votação idêntica à que obteve. 

Pacheco Pereira tem escrito sobre isso e tem escrito bem. Mas ele elucubra sobre como estamos. Chora sobre leite derramado. Chove no molhado. O mesmo que eu estou a fazer mas com sabedoria e um mérito que não tenho. No entanto, face ao que está a acontecer é preciso mais do que isso, é preciso quem veja mais longe e saiba como travar esta onda.

Isto a que assistimos é a democracia em formato lúmpen e daqui, como se vê, não sai nada de bom; só sai rebotalho. 

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Já agora deixem que partilhe convosco:

Com que se parece uma Democracia: um retrato do fim de semana da tomada de posse nos EUA




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E, também já agora, uma graça

A Boa Mãe -- La Madre Buena (The Good Mother)


The tale of a Mexican mother torn between her politics and pleasing her only son’s request – to have a Donald Trump piñata for his birthday party.




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terça-feira, julho 26, 2016

O cruzquini aprovado pela Santa Sé.
A digressão geriátrica dos Rolling Stones.
O crazy gun man Trump que ainda nos arriscamos a ter como Presidente dos EUA.
A napoleónica mãozinha de Hollande que lhe descaíu para a portinhola.
A Madame Cristas que falhou o seu momento Marilyn quando foi fazer uma visitinha a Marcelo em Belém.
O Love on Top da TVI, mais uma casa a cargo de Madame Teresa Guilherme, que mais parece feito numa casa de má fama.
E o Passos Coelho que não consegue levantar-se depois de cair no ridículo.


Se abaixo já partilhei um vídeo sério e interessante, agora aqui abaixo partilho duas fotos recebidas também por mail e que me deram vontade de ir à procura de mais.

Continuo com o disco repleto. Por isso, ainda não posso ver os vídeos ou power-points que me enviam em ficheiro mas apenas aqueles de que recebo o link do youtube ou, então, fotografias simples. Claro que poderia guardá-los no dropbox mas não estou para isso, não tenho tempo para gerir tanta trapalhada na internet. Por isso, não levem a mal que não me pronuncie sobre o que me enviam mas é que não consigo ver. De vez em quando, à noite, ponho-me aqui a ver o que posso apagar mas depois desisto porque me chateia estar a usar o meu precioso tempo em limpezas. E, portanto, com os discos a rebentar pelas costuras, desorganizada, prolixa na produção mas um zero na manutenção, aqui me têm.

Abrevio e passo a mostrar as fotos que recebi:

O Cruzquini - o fato de banho aprovado pela Santa Sé


Foto de uma digressão dos Rolling Stones daqui por uns 30 anos

E agora umas que descobri por mim e me apeteceu juntar:

A gente a brincar e o homem-banana com boca-de-pato a subir nas sondagens. Um pesadelo.

Napoleão, Sarkozy e Hollande e a mãozinha protectora
(a de Napoleão ali guardada parece que era para lhe sossegar o estômago. A do Hollande sabemos bem o que é que. nele, precisa de ser sossegado)

A Madame Cristas bem tentou ter o seu momento Marilyn mas a aragem poupou-nos

Há bocado, numa de zapping, vi o prgrama mais inenarrável da TV. Um grupo de criaturas parece que acabado de sair das casas de alterne no norte (os que ouvi pareceram-me ter sotaque do Porto) espojava-se por camas, espreguiçadeiras, numas conversas indescritíveis. Coisa com a mão de Madame Teresa Guilherme, claro. Uma rasquice que só vista. Como é que se permite a existênia deste lúmpen televisivo?

Estes não sei quem são mas têm piada
E é verdade: o triste do Láparo está cada vez mais ridículo. De cada vez que fala a gente, para não atirar um tomate à televisão, fica-se pela alternativa: rimo-nos a bom rir dos seus modos ressabiados, catastrofistas e descabidos
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E agora, para um vídeo instrutivo, queiram continuar a deslizar por aí abaixo.

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terça-feira, março 08, 2016

António Varela sai do Banco de Portugal porque, segundo ele, não existe química com a política e a estratégia, e Carlos Costa vai para a cama com Alexandra


Não sou de intrigas
    e trigo limpo farinha amparo,
        e cada um é como cada qual
             e cantas bem mas não me embalas
                  e o primeiro milho é para os pardais.
                      e cada um sabe de si e deus é que sabe de todos
                          e quem nunca errou que atire a primeira pedra
                              e tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia lá deixa a asa
                                  e mil outras razões, argumentos, justificações, sugestões, suposições.
                                     A verdade é que não sei. Não sei mesmo. E tenho raiva a quem saiba, a sério.

O que sei é o que vêem estes que a terra há-de comer. E o que posso dizer que vi é o seguinte:

Banco de Portugal confirma demissão de António Varela


António Varela e, ao fundo, a sombra de Sérgio Monteiro
que, pouco depois, haveria de ser contratado pelo Carlos Costa
para ir ganhar uma pipa de massa para o BdP
para despachar o Novo Banco
O Jornal de Negócios avança que, na sua carta de demissão apresentada ao Governo, o administrador cessante disse não se identificar "o suficiente com a política e a gestão do Banco de Portugal". Não terá apontado nenhuma razão mais concreta para a sua saída da instituição.

Era administrador do Banco de Portugal desde setembro de 2014, tendo sido indicado para o cargo pela então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Em abril de 2015, soube-se que António Varela, que já era então administrador do Banco de Portugal e era visto como possível sucessor a Carlos Costa no cargo de governador, era acionista de vários bancos incluindo o Santander, o BCP, e o Banif.


Em contrapartida, o Carlos Costa que toda a gente pensava que era gay e que depois já se passava por bissexual, surpreendeu toda a gente ao meter-se na cama da Alexandra Ferreira; e diz quem viu que se não pintou, rolou. Ou vice-versa. 


Ou seja, truca-truca ou, se não foi, pareceu -- dizem eles.

E eu, face a isto, não sei o que hei-de concluir.

A quadrilha, vou já avisando, é das malucas. Nem Mestre Drummond podia imaginar.

O Láparo gostava da Marilú
que gostava do Varela
e o Varela parecia que gostava do Carlos Costa.
Vão-se as madrinhas,
zangam-se as vizinhas,
e agora o Varela diz que afinal não gosta do Carlos Costa
e o Carlos Costa em vez de gostar de um António,
embeiçou-se por Alexandra Ferreira
que não fazia parte da história.


Ora bem, vejamos, no vídeo abaixo, esta cegarrega generosamente adubada pela Madama da Maison (digo da Quinta das Acelebridades), Teresa Guilherme de seu nome.

O vídeo abaixo desfaz as dúvidas.

Depois disto, duvido que António Varela volte para o BdP ou para o Banif. Talvez o vejamos na Arrow, esse colosso da alta finança que, quiçá mais tarde, ainda venha a contratar essa águia, o láparo. Para contínuo, claro - diz que não há como ele a abrir portas.

Surpresa na Quinta: Alexandra e Carlos Costa envolvem-se na cama!


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Já agora, uma vez mais:

Quadrilha na voz do próprio Carlos Drummond de Andrade



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E, de qualquer forma, há coisas piores. Como aquela do tal habitante da Travessa do Possolo que se fez retratar pelo outro Possolo e agora sempre quero ver como é que se vai tirar de dentro do portfolio do dito pintor.


Ele há coisas...
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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa terça-feira.

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terça-feira, setembro 23, 2014

Paula Teixeira da Cruz e Nuno Crato, concorrentes na Casa dos Desgovernos, vão ao confessionário contar à Teresa Guilherme o que andam a fazer respectivamente com a salsicha jurídica e com a salsicha educativa. É capaz de não ser coisa deles, é capaz de ser missão ditada pela Voz (que, pelo tom de barítono, se suspeita ser Passos Coelho em pessoa)





Na Casa dos Desgovernos, Teresa Guilherme chama ao confessionário Paula Teixeira da Cruz.



- Paulinha, filha, então como tem passado?
Bem… 
- Bem? Não me parece...
- Bem… Tem razão: bem, bem não será. Alguns transtornos.
- Transtornos? Não me diga que esteve com o TPM, querida.
- O que é isso, Teresinha…?
- Ó filha, não me diga que não sabe… Toda a gente sabe o que é o TPM, querida. Ora veja lá se adivinha, puxe lá pela cabecinha.
- Ai Teresinha, como é que quer que eu adivinhe uma coisa dessas… TPM… TPM... Totó do Primeiro Ministro…? Não me faça rir, Teresinha. Está-me a perguntar se eu estive com o Totó do Primeiro Ministro…? Ai Teresinha, não seja assim, tão mazinha.
- Não, filha! Transtorno Pré-Menstrual, filha.
- Ai Teresinha, que ideia. Não, nada disso. Estive foi com alguns transtornos na salsicha.
- Credo, filha! Repita lá! Na salsicha...?!
- Sim, Teresinha, na chamada salsicha jurídica.
- Jurídica? Salsicha jurídica...? Ai filha, essa eu nunca lhe tinha ouvido chamar.
- Ai Teresinha, sempre a pensar no mesmo: sexo, sexo, sexo. 
- Ai filha, que assim ainda mais ajuda a dar mau nome às louras, filha. E não era para revelar já o seu segredo… Ai, todos tão burrinhos. Vá-se lá embora, querida. Para que é que já foi falar na sua salsicha? Ai, cabecinha oca... Olhe, querida, quer mandar beijinhos?
- Quero, Teresinha! Beijinhos para os senhores juízes, para os senhores advogados, para os réus, para as testemunhas, para todos, todos tão amigos dos seus amigos, e quero pedir desculpa pelos transtornos que a minha salsicha jurídica tem causado. nunca pensei que ela fosse engrossar tanto, juro, juro, Teresinha, nunca pensei, juro pela saúde do meu laparoto de estimação.
- Vá lá, filha, vá lá. E chame o Nuno.





Teresa Guilherme com Nuno Crato no confessionário


- Então Nuno, conte-me coisas.
- Sim, Teresa, diga lá o que quer que lhe conte. Mas antes deixe que lhe diga que está uma brasa, esse vestido fica-lhe a matar. Olhe, aqui só para nós, se a apanhasse à mão de semear, papava-a toda. E o babete capaz de até dar jeito. 
- Credo, filho, que me deixa sem jeito. Papanços são dentro da casa e é para se despacharem que a gente quer é cenas que dêem canal. Mas só o vejo a engonhar. A ver se passa à acção, ouviu?
- Ouvi, Teresa, mas com quem?
- Ai isso eu não sei, com qualquer uma ou qualquer um. Olhe, não gosta da Paulinha...? Mas já lá chegamos. Agora vamos começar pelo principio. Então, conte-me coisas: como é que tem passado?
- Bem, Teresa, sempre na maior. Sabe como é…
- Sei filho…? Não sei. Conte lá…
- Já sabe que eu sou um engatatão, ninguém escapa ao meu mamar doce.
- Alto! Pára tudo!
- Então, Teresa, o que foi…?
- Mamar doce? Conte, conte, que estou a gostar. Quem, quando, onde? Conte-me tudo. Não me poupe aos pormenores sórdidos. Tudo!
- Espere aí, Teresa, em que é que já está a pensar? 
- Eu, querido? Eu, nada. Você é que disse.
- Era uma maneira de dizer, Teresa, não sei bem o que aquilo quer dizer mas sua-me bem.
- Não é sua-me, querido, é soa-me.
- Se a Teresa o diz. Mas então, o que eu queria dizer e que já comecei a fazer lóbio.
- Lóbio? Mas o que é isso, Nuno? Eduquês?
- Fazer lóbio é facilitar, lubrificar, não sei se está ver, Teresa.
- Não querido, não estou a ver. Conte lá: quem é que você lubrificou?
- Mandei uma boneca com cara de Avoila ao Nogueira, mandei uma bandelete ao Santana Castilho, mandei alpista para os papagaios da televisão e, a títalo simbológico, mandei uma chamada salsicha educativa ao Fiolhais.
- Credo, filho! A títalo? Simbológico? Cruzes. E ao Fiolhais?! Ao Carlos Fiolhais? Uma salsicha? Mandou uma salsicha ao Fiolhais
- Esse mesmo. Mandei a mando da Voz mas mandei entregar em mão. Em mão, não. Pela goela abaixo, a ver se o gajo e os outros todos se calam com essa gaita da investigação e da avaliação e de andarem sempre a pegar no meu pé, que já nem os posso ouvir. Chiça! Cambada de pica-miolos!
- Ai, filho, que você é mesmo mauzinho.
- Não sou nada mauzinho, Teresa, a salsicha era pequenina. Já era antes mas, nas minhas mãos, ainda mirrou mais.
- Mas mesmo assim, e mesmo que seja missão ditada pela Voz, você é mauzinho. Andar a maltratar o pobre do Fiolhais e os outros cientistas, investigadores, professores com salsichas educativas, por muito mirradas que sejam, é ser mauzinho, ó Nuno.
- Não sou mauzinho, sou é maoista.
- Maoista, querido? Mas disse isso aqui....?! Esse não era o seu segredo? Ai, credo, que burrinho me saíu, todos tão burrinhos, parece que foram escolhidos a dedo, credo. Olhe, quer mandar beijinhos, filho?

- Não, Teresa, que eu sou muito macho, só mando caneladas  e encontrões, por minha vontade mandava era implodir esta merda toda. E preciso é de me despachar daqui porque parece que a Voz quer que eu vá aumentar o tamanho de algumas salsichas para as mandar entregar não sei bem onde, parece que é ao Palácio das Laranjeiras e ao de Belém. 
- Ai, credo, filho, diga mas é à Voz para ir ao psicanalista. Que é que se terá passado com ele, no passado, para andar com essa pancada das salsichas e de aumentar salsichas, credo? Ele devia era tratar-se,
- Está bem, Teresa, vou já e eu digo-lhe que a Teresa disse para ele ir a um médico de tarados.
- Não disse bem isso, mas isso também agora não interessa para nada, diga o que quiser, querido. Até amanhã. Dê lá beijinhos aos seus colegas da Casa. E vá mas é consolar a Paulinha que me apareceu aqui quase a chorar, a queixar-se de transtornos na salsicha.
- Está bem, Teresa, vou ver se a meto no citius.
- Vá lá, filho, vá, Beijinhos!




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E, já agora, se falamos em aumentar salsichas, em Passos Coelho ou na Casa dos Segredos, let's Think Dirty


(Marty Feldman e a Hot Dog lady - Sexy, Funny, Saucy)





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E, assim sendo, desçam até ao post a seguir, meus Caros, que já aqui abaixo poderão espreitar pelo buraco da fechadura e assistir à sessão de psicanálise da Voz (digo, do putativo barítono Passos Coelho). Vamos ver de onde lhe apareceu esta da salsicha.





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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira 
- e, de preferência, sem trombas de água que é para não culparem o António Costa 
(mesmo que as ruas alagadas sejam as as Caldas da Rainha ou do Porto)


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segunda-feira, setembro 22, 2014

Teresa Guilherme de vestido com babete dourado ou peitilho ou lá o que é aquilo apresentou a nova Casa dos Segredos. Tudo do pior que há, desde a toilette dela, aos trocadilhos vulgares, à pinta dos concorrentes. Para esquecer. ---- E, por contraste, o tributo a um eterno sedutor, Leonard Cohen, no seu 80º aniversário.



Tinha eu acabado de escrever o post abaixo, um post dividido em duas partes, relativo à tarde na Gulbenkian, quando, instantes depois, recebi um sms da minha filha. Pensei logo que já o tinha lido e discordava de alguma coisa já que tinha presenciado a cena descrita na parte final. 

Afinal era outro o assunto: perguntava-me se já tinha visto o outfit da Teresa Guilherme na casa dos Segredos, e acrescentava que era surreal.


Respondi-lhe que estava na dúvida, que me parecia mau demais. Para falar, teria que ser franca - como sempre sou - e depois lá iam dizer que não tenho compaixão ou que tenho é inveja, piropos que, por vezes, leio por aí. Não é que me afectem, até lhes acho uma certa graça, mas, desta vez, o dito outfit era tão estapafúrdio que até dava dó (e não gosto de falar do que me dá dó). 

Mas depois ela enviou-me outro sms a insistir que era coisa tão indescritível que merecia bem uma referência. E acrescentou que 'já para não falar nos concorrentes, todos iguais, tudo o mesmo look, tão básicos, não se consegue ver mais do que 5 minutos disto'.

Para não falar de cor, deixei-me ficar a ver, vi bem uma meia hora daquilo. De facto, é inenarrável. 


Pensar que está a passar em horário nobre uma coisa que é da ordem do lúmpen televisivo. Os concorrentes apresentam-se como se estivessem dispostos e habituados ao vale tudo, e dizem-se amigos dos seus amigos e meigos às vezes, bombásticos outras e uns gabam-se que têm várias namoradas ao mesmo tempo, elas que são fogo e que ninguém as provoque, e tudo banalidades e insinuações deste género, e a Teresa Guilherme, em cada frase que pronuncia, mostra que se espera deles que se envolvam, que haja zaragata e sexo. Uma chusma de vulgaridades que choca. E choca ver aquela gente toda produzida e contente por ir entrar para uma gaiola vigiada onde serão manipulados, emocionalmente explorados. Uma coisa aterradora e de uma vulgaridade sem limites. Tudo o que é comportamento cívico, cultura, exigência moral, ética, ali é coisa que não existe. Aliás, certamente serão exploradas, sem dó nem compaixão, a sua ignorância, boçalidade, pobreza de espírito. 


Já por telefone, durante a tarde, a minha mãe me tinha dito que já quase que só consegue ver outros canais que não os generalistas, que a qualidade destes se está a esvair a toda a velocidade. Acrescentou, vê tu que até aquela Fanny da Casa dos Segredos, uma que grita muito, que diz muitas asneiras, agora aparece a toda a hora, parece que vai ser repórter do novo programa. 


Fico passada com isto, juro. Tanta gente válida neste País, tanta gente culta que não arranja emprego, que se vê forçada a aceitar empregos menores, que se vê forçada a emigrar, e depois as televisões são inundadas de gente que não estuda, que não quer trabalhar, que tem como único objectivo na vida aparecer nas capas das revistas, fazer presenças, O mal que programas deste tipo fazem à cabeça da camada mais frágil e influenciável da população... é uma regressão permanente, uma vulgarização da boçalidade e da ignorância. Um charco.

Isto a par do empobrecimento decretado e levado à prática por Passos Coelho, do ataque cerrado à cultura e à investigação, só pode fazer mal a este país desgraçado, cada vez mais atascado num lodaçal infecto. 

Claro que no meio disto tudo, o vestido ridículo da Teresa Guilherme é um pormenor. Pode ser boa pessoa, não digo que não, não a conheço, mas presta-se a um papel que não a dignifica, o papel de alcoviteira. Pode até dizer-se que ela é o rosto do que de pior a televisão tem.


Vê isto quem quer, dir-me-ão. Mas a escolha não é muita, especialmente para quem não tem televisão por cabo. Estive a fazer zapping e não há grandes alternativas nos canais portugueses. Além disso, é sabido que programas deste género são um estímulo ao voyeurismo e, havendo um buraco da fechadura à disposição, grande parte das pessoas irão espreitar por ele.

E isto entorpece. As pessoas vão aceitando tudo, tudo. 

Por exemplo, li há pouco que Passos Coelho disse que quer demissões na Justiça. LeioPassos Coelho disse hoje aos Conselheiros Nacionais do PSD que as estruturas intermédias que enganaram a ministra têm de ser demitidas.


E às tantas os papagaios de serviço até aparecerão a elogiá-lo. E, no entanto, eu acho isto uma coisa imoral, estúpida: então o sujeito vai dizer numa reunião do partido que pessoas que trabalham em estruturas pelas quais ele é o primeiro responsável têm que ser demitidas? Isto é próprio de uma pessoa leal, responsável? Não é isto um populismo barato? Não é isto uma falta de ética?
Se achava que demitir as pessoas que andam há tempos a avisar dos riscos da instável manta de retalhos feita de programas informáticos presos com pinças que constitui o Citius, e a quem ninguém deu ouvidos, é a solução para o caos instalado na Justiça, não o deveria dizer reservadamente, junto da ministra em vez de o andar a apregoar publicamente? 

Mas perante tanta e tão permanente mediocridade, tanta banalização da nulidade, já nada parece chocante.


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Quando cheguei a casa ao fim da tarde e o sol caía sobre um rio rosado que reflectia um céu acobreado, estive a fotografar recantos da casa que estavam banhados por essa luz tão doce, recantos onde guardo livros. Queria falar disso, dos meus recantos, dos meus livros banhados pela luz, da vista desta minha janela. E fotografei o rio e o céu.

Depois pus-me a falar da Gulbenkian e agora da Teresa Guilherme e da nova temporada da Casa dos Segredos e, aqui chegada,  já é tarde para começar a escrever sobre luz, livros, recantos. Talvez amanhã.

Mas está a custar-me acabar o dia com assuntos negativos, maçadores. 

Por isso, se me permitem:


Thanks Mr. Cohen, thanks for all the good moments. I'll be here for you, as always
E que me continue a surpreender e a agradar como sempre o fez. 

Leonard Cohen Turns 80


Tributo da CBC





Quando a inteligência e o charme se juntam é um escândalo, uma perdição. 
E o bem que faz à saúde... Quanto mais velho está, mais bonito e interessante está.

Dance me to the end of love, Mr. Cohen.


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Relembro: no post já a seguir falo da minha tarde nos Jardins da Gulbenkian e falo de uma figura pública que lá encontrei e da estranheza que me causou o seu comportamento. 


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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa semana a começar já por esta segunda-feira.

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segunda-feira, setembro 15, 2014

Teresa Guilherme no Dança com Estrelas - já estou como o António Costa no outro dia ao dirigir-se ao Tó-Zero, 'eu não queria ser desagradável... mas...'. Talvez esteja mais magra mas, ó senhores, não tanto que justifique aquela amostra de vestido, não é...?


Foi mais um dia cheio que nem um ovo (voltei a casa do meu filho e, antes de me dedicar à terceira idade, estive em pinturas), sem conseguir estender-me durante o dia para me pôr a ler o Expresso e deixar-me ir levada pelo sono, coisa que apenas consegui depois de um retemperador banho ao chegar a casa já depois das 8 da noite. Portanto, chego a esta hora e a última coisa que me apetece é ouvir falar de coisas complicadas ou futebol. Felizmente cá em casa pusémo-nos de acordo e, numa de menor denominador comum, estamos a ver o Dança com as Estrelas. Gosto de ver dançar e, portanto, haveria condições para estar tranquilamente a ler os mails, a passar os olhos pelo Jornal de Negócios, enquanto vejo televisão. No entanto, a coisa não corre tão flat quanto devia.

Primeiro a Cristina Ferreira. Sendo bonita e tendo condições físicas para ser uma mulher interessante, é de tal forma 'popular' que se torna vulgar. Causa poluição sonora, grita, usa interjeições descabidas naquele contexto  - um estridente 'É pá...' é a torto e a direito - e tem uma postura corporal de susto, está sempre de perna aberta, deselegante.


Teresa Guilherme mais magra?

Teresa Guilherme com uma amostra de vestido
na final do Dança com as Estrelas com uma histriónica Cristina Ferreira


Mas eis que, então, depois dos concorrentes, das mães dos concorrentes, e de mais não sei o quê, aparece a anunciada Teresa Guilherme (em rampa de lançamento para mais uma Casa dos Segredos, claro). Tudo bem, não dançou mal de toodo, tem à vontade, tem uma presença televisiva forte. Mas, caraças, que vestidinho era aquele? Disse que perdeu 3 kg durante a semana de ensaios e acredito já que aquilo deve cansar. Mas, se está um pouco mais magra, isso não é passaporte para se vestir como se tivesse menos 30 anos e menos 13 kg. Mini-saia, vestidinho justo, um estrondo em potência. Mas pequenina como é, cabelão até meio das costas, mais parecia uma Miss Piggy. Se tivesse outro físico até poderia ter mais 30 anos e o modelito ficar-lhe bem. Mas assim, ó minha nossa.




E depois, no fim, a guincharia da Cristina Ferreira... 

Não dá para acreditar. Peguei na máquina fotográfica e registei alguns momentos pois repetiu alguns passos, os mais ridículos, perante a histeria da esfuziante apresentadora. 

Claro que, andando a rodopiar, algumas fotografias ficaram desfocadas mas, ainda assim, coloco-as aqui.

Um despropósito.

Quando se poderia estar em presença de momentos televisivos de entretenimento normais e até agradáveis, aparecem depois estes pormenores que levam tudo para o campo do popularucho brega. 

Bastava que alguém ensinasse a Cristina Ferreira a gritar menos, a saber comportar-se e a não estar sempre de perna aberta, e que quem escolhe os guarda-roupas tivesse em atenção o físico de quem pisa o palco, para que o programa tivesse mais algum nível. Assim, mais parece um programa humorístico.

Enfim.


É a televisão portuguesa generalista que temos.



segunda-feira, janeiro 27, 2014

A Casa dos Segredos (ou O Desafio Final) na TVI: a abjecção não tem limites? Vale tudo em televisão? E, por coincidência, uma vez mais a palavra aos Leitores: "BORDEL CHEZ MADAME TÉTÉ"


Há pouco, para ver se o Professor Marcelo ainda estava na opinação com a Judite, parámos na TVI. E, sem querer, assistimos a uma cena que mais parecia uma cena de praxes. Era a Casa dos Segredos que agora, salvo erro, se chama Desafio Final. 


A TVI abusa daqueles pobres coitados que tudo fazem para aparecer ou para ganhar algum dinheiro. Que as pessoas se esforcem para assegurar a sua subsistência é mais do que compreensível. Mas, do que parece, mais do que por uma questão de subsistência, aqueles jovens estão ali para serem conhecidos para depois fazerem presenças. E, do que me parece, fazer presenças é o seu modo de vida.

É mais uma daquelas manifestações de uma realidade paralela. Mas que a TVI, para ter audiências, vá até ao ponto em que a dignidade das pessoas saia beliscada, já me parece demais.

O que se estava a passar ali era o seguinte: para que uma de duas miúdas, Érica ou Jessica, se bem fixei os nomes, pudesse estar na Final, teria que enfiar o braço para tirar peças de um puzzle de um frasco cheio de pequenos ratos. As miúdas enojadas, cheias de medo, sujeitaram-se a isso.


E, como se isso não bastasse, a seguir ofereciam 5.000 euros a quem tirasse uma certa chave de frascos com larvas nojentas. E sempre a Teresa Guilherme a incentivar, a gritar, a fazer trocadilhos maliciosos, uma coisa quase aberrante dado o que se estava ali a passar. 


Nesse ponto, fugi a sete pés daquele canal.

É mau demais. 

Como é que há jovens que se prestam a isto? E, tão estranho como isso, na assistência está (o que se percebe ser) a família a aplaudir. Em vez de se indignarem com os sacrifícios a que os jovens estão a ser submetidos, as famílias rejubilam.

Como é que a televisão chegou a este ponto? E em prime time num fim de semana?

É o que as pessoas querem ver, dirão os cínicos. Pois. Podia aqui recordar coisas que as pessoas, em tempos que já lá vão, também gostavam de ver. No entanto, gosto de pensar que isso foram coisas que ficaram lá para trás, nas dobras sombrias da história.

Tudo isto é estranho e inquietante. Que mundo é este?

Li um texto escrito por Rui Bebiano no seu interessante blogue, A Terceira Noite, que me deixou a pensar. Nem tudo resulta de um mau governo, claro que não. Mas de um mau governo, nascem más escolhas que depois fazem outras más escolhas, gente que faz más leis, que desregula o que deveria regular ou regula ao contrário do que devia.

Transcrevo a parte inicial desse texto:


Ainda sobre as medidas governamentais em curso objetivamente destinadas a desmembrar o mais depressa possível a investigação científica e a fazer com que Portugal regrida trinta ou quarenta anos neste domínio. Independentemente das dificuldades de tesouraria que todos sabemos existirem – e que servem para justificar formalmente os cortes arbitrários –, parece evidente que tais medidas de imposição da barbárie só podem ter como responsáveis, em última instância, pessoas que nem uma licenciatura fizeram com um mínimo de qualidade, e para as quais, por isso, é totalmente inimaginável aquilo que se faz ou deixa de fazer nos centros de investigação e nos domínios mais avançados da produção de conhecimento. É o cenário distópico, até há pouco inimaginável para qualquer professor, de um país governado pelos que foram os seus piores alunos.

*

Mudando agora de registo, até porque o humor por vezes é mais eficaz do que muitos sermões. Recebi da Leitora Lídia mais algumas das suas divertidas montagens e textos.

Transcrevo um dos textos, uma anedota. Diz a Leitora que se lembrou desta anedota vendo uma revista cor de rosa no escaparate:


Em Paris há um bordel chiquérrimo dirigido por Madame Tété. As demoiselles estão todas prontas esperando os clientes. Tocam à campainha e Madame Tété ordena a Mademoiselle Bébé: Vá ver quem toca. 

Era um gentleman de chapéu de coco e uma mala samsonite na mão, que lhe diz: Diga à sua patroa que eu sou um tarado sexual e quero  uma mulher obediente e pago tudo  o que ela quiser. 

Entrou discutiu o preço com Madame Tété que ordenou a Mademoiselle Mimi:  Acompanhe o cavalheiro ao quarto e faça tudo o que ele exigir.

Ela subiu as escadas e, chegada ao quarto, começou a despir-se. Ele indignado disse: Nada disso, vá à casa de banho, encha um copo de água e suba para cima do guarda fatos. Ele despiu a roupa toda, abriu a samsonite e começou a vestir um fato de mergulhador, pôs as barbatanas e o respirador.

Disse: Mademoille, com os dedos comece a atirar a água para cima de mim. E começou a gritar: Ai Mãezinha estou a gozar tanto, com tanta chuva. 

Passado um bom bocado gritou: Agora bata com os sapatos no guarda-fato. E ele gritava: Ai Mãezinha estou a gozar tanto, tanta chuva, tantos trovões. 

Passado outro bocado disse: Agora com o outro pé apague e acenda a luz. Aí gritou: Ai Mãezinha que tempestade monstruosa, tanta chuva, tantos trovões, tantos relâmpagos.

Passado um tempo, Mimi já não aguentava mais e disse. Oh Cavalheiro e quando vamos f.......?

E ele, indignado, respondeu: É maluca ou faz-se? Com um tempo destes? 

*

E esta foi uma das montagens que a Leitora Lídia me enviou.

"Em noite quente na casa", "Doriana e Érica"

Nem de propósito
hoje aterraram aqui alguns visitantes

que vinham em busca de 'Érica nua',

não sei se era desta ou se há outras Éricas que andem nuas por aí.


*

terça-feira, outubro 15, 2013

A Casa dos Segredos conduzida por Teresa Guilherme a partir da Presidência do Conselho de Ministros, ao som da Liliane Marise. Para nos vermos livres deste grupo de gente perigosa, Passos Coelho, Paulo Portas e Companhia, ou isso ou um jogo como o que os Monty Phyton aqui exemplificam (mas com tiros a brincar, claro!)


Um aviso prévio: depois do que vou escrever, não deixem, por favor, de descer até ao post seguinte e ver a maravilhosa ode à Terra. É um filme que nos leva até onde os nossos passos talvez nunca consigam levar-nos. E tanto que evasões assim nos andam a fazer falta...

Mas isso é lá em baixo. Aqui, agora, é tempo de indecências e pimbalhada.

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Que entre a Liliane Marise, se faz favor.



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Volto ao tema que aqui me trouxe ontem, ao OE 2014, e ao grupelho que para aí anda a ver se albarda uma coisa qualquer com os números destrambelhados de que é capaz. Eu disse albarda? Talvez tenha trocado umas letras. Corrijo: aldraba - a ver se aldrabam uns números.




Tentei saber o que estiveram aquelas almas penadas a fazer fechadas numa sala durante 17 horas no domingo - mas pouco ou nada se sabe.

Ou seja, sabe-se o costume: que, como qualquer burro que se preze, vão insistir naquilo que já provou inequivocamente ser uma receita errada: retirar liquidez da economia, roubar ainda mais os funcionários públicos e pensionistas, esvaziar o Estado Social, tornar a vida das pessoas um martírio, tornar tudo isto ingovernável, afastar os jovens, os investidores - espatifar o País, em suma. 


É isto e só isto que estes incompetentes (incompetentes ou dementes?) sabem fazer.




Já uma vez aqui, a propósito destas reuniões descabeladas do Conselho Ministro que são feitas ao fim de semana e dias feriados e que duram 13 ou 17 horas: sugeri que instalassem câmaras na sala do conselho de ministros e transmitissem em directo ou fizessem resumos para a gente conseguir ter ideia da maluquice que deve ser aquilo.


17 horas é muita hora. Não consigo perceber que raio de processo é este de fazer um orçamento e se eu já acompanhei a feitura de orçamentos ao longo da minha vida profissional…

Aposto que, se seguissem a minha sugestão e os filmassem, a coisa deveria ter mais audiências que a Casa dos Segredos.


Imagino o que deve ser aquilo: a malta toda fechada numa sala, cada um a mandar ‘postas de pescada’.


- Ora corta aí mais que ainda não chega, 
- Já rapei aos funcionários públicos, até já os ouço a guinchar. Ainda não chega? 
- Chega lá agora... Ora rouba lá mais um bocado aos velhinhos, 
- Ai cuidado, que esses já estão quase todos a pão e água, e têm lá uma 'tipa' que faz um banzé...
- Ok, ok, atão vamos dar cabo das viúvas,
     - Ó pá, cuidado, que a malta da blogosfera e dos jornais não fala de outra coisa, vai aí uma choradeira que até enjoa...
- Tá bem, atão vamos sacar só algum aí e vamos sacar mas é aos ceguinhos, que esses têm estado a ser poupados e era o faltava todos a fazerem sacrifícios e os ceguinhos a viverem à grande e à francesa, vamos mas é taxar a bengalinha branca, 
     - E isso chega? Não me parece. Bora mas é taxar a ração dos cães e dos gatos. Tenho que ser eu a ter as boas ideias, ó cambada de piegas. Vocês sejam criativos como eu! 
- Ui, que já sei, vamos taxar o papel higiénico? Boa?
     - Ai, isso não que se presta a trocadilhos. Só se for o preto, que isso de limpar o cu a papel higiénico preto é coisa de gente folgada.
- Boa, vamos taxar isso pela medida grossa!
- Medida grossa? Cu? É pá, cuidado com isso... 

... e toda noite nisto, corta daqui, cose de acolá. Ajudantes de costureirinhas misturados com ajudantes de cozinheiras é o que são estes ministros. Estratégia: zero; pensamento estruturado: zero; inteligência e senso comum: zero. E mesmo que algum tenha um pouco de qualquer coisa, tamanho deve ser o desmando colectivo que logo qualquer virtude se esbate.

Obviamente que o que sair daqui só pode ser o aborto do costume. Tal como todos os anteriores OE's, mal vêem a luz do dia já são inexequíveis. Daí que, mesmo que andem de rectificativo em rectificativo, nem mesmo assim conseguem acertar. É areia a mais para a camionetazinha de brincar deles.

E Cavaco Silva, que tem competência profissional para perceber o saco de gatos que ali está (de gatos varridos da cabeça) e que dali é impossível que algum dia saia uma obra asseada, assiste impávido e sereno. Deve tomar Xanax todos os dias para esperar que passe este período de corte e costura sem que lhê um treco. Depois deve tomar outra dose valente enquanto dura o período das provas na AR. Depois deve tomar outros tantos para ver os que os assessores lhe dizem: se o aborto vai direitinho para o Constitucional ou se se fecha os olhos à maior e se se questionam só umas coisecas (para não ficar para a história como o presidente que pôs uma mão por baixo e uma por cima em relação a um bando de fedelhos que não sabem fazer ponta de corno).


Enquanto isso, os grandes escritórios de advogados e as majors da consultoria vão esfregando as mãos de contentes porque, enquanto o governo anda entretido sem atinar com coisa nenhuma, os grandes negócios podem ir continuando a decorrer.

Mas, voltando à minha ideia, e uma vez que o Poiazinha Madura anda à nora, sem saber o que fazer para agradar ainda mais ao Alberto da Ponte, daqui lanço um plano para incrementar as audiências da RTP 1 de forma a não terem que aumentar a taxa de televisão na factura da electricidade.




Ponto 1. Contratar a Teresa Guilherme. À medida que vai ganhando mais endurance neste tipo de programas, vai refinando o perfil brejeiro e a vocação de alcoviteira, ou seja, não descansa enquanto não enfia todos na alcova.

Ponto 2. Instalar as ditas câmaras em toda as salas e distribuir microfones aos ministros mal entrem na Presidência do Conselho de Ministros que, a partir de agora, deve passar a chamar-se Casa dos Ministros.

Ponto 3. A sala onde temos visto o Paulo Portas a fazer as conferências, que é bem capaz de ser a mal afamada sala onde o lombinha fazia os briefings, passará a ser O Confessionário a partir do qual todos falarão ao País com a intermediação da Teresa Guilherme.

Ponto 4. Todos os domingos há nomeações e todas as terças feiras há uma expulsão (ou vice-versa).

Ponto 5. Quando estiver só um, o Cavaco dará o governo por extinto e ganha o ministro que chegar à última sessão. De presente, ganhará um contrato para fazer presenças em discotecas pelo país fora.


Doidona como é, a Teresa Guilherme, cada vez mais parecida no vestuário, no cabelo e na pose com a Miss Piggy (na cara é que não mas, enfim, imaginemo-la com o queixo menos comprido), vai fazer de tudo para fazer com que haja acasalamentos, pedidos de noivado, brejeirices e tudo aquilo a que ela acha que os espectadores têm direito. 


Por outro lado, a produção vai começar a distribuir vestimentas a condizer. 


Eles quase despidos, em tronco nu, armados em bons (imaginemos o Paulo Macedo, o Moedas, todos eles de calçãozito justo, barriga musculada, bíceps astronómicos), e elas quase em top less, quase sem saia e sem cuecas (a Maria Luís e Paula Teixeira da Cruz até já são louras, só lhes falta porem pestanas postiças e carregarem na maquilhagem). 


E todos sempre agarrados uns aos outros, a jogarem ao verdade ou consequência. Não sei se os meus Caros Leitores quererão antecipar alguns casais mas eu já estou a ver uns quantos. 


E como há mais homens que mulheres até será de admitir que venhamos a ter casalinhos gay, ora porque não? E será que algum mudou de sexo como o Lourenço da Casa dos Segredos que antes era Ivone? Estou a passá-los em revista e há ali um que é bem capaz de ter cara de Ivoninha (e nada de me lembrarem a gracinha da plaquinha para a ivoninha).



Uma coisa é certa: se esta minha ideia for avante – e quanto mais penso nela mais virtudes lhe vejo – até eu estou capaz de contratar uma avioneta para ir sobrevoar a Casa dos Ministros com uma faixa a dizer: Passos, quero provar as tuas farófias!

E, portanto, resumindo e concluindo, se adoptarmos esta minha ideia e transformarmos a Presidência do Conselho de Ministros na Casa dos Segredos, daqui por umas doze semanas estamos livres desta praga. Doze? Eles são doze ou já são mais? Já nem sei.



Ou isso, ou organizarmos um jogos como este aqui abaixo para os inteligentes e bem coordenados ministros do desgoverno do cacos coelho.


Monty Python - Upper Class Twit of the Year

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NB 

Aos meus leitores que, a esta hora, estarão intrigados com o meu conhecimento da Casa dos Segredos informo que, quando estou in heaven, apenas com os quatro canais da TDT, nas noites de fim de semana não me resta outra alternativa senão assistir àquele delirante programa. As coisas que eles dizem e fazem e a forma como se apresentam só consegue ser superado pelas estonteantes e desbragadas intervenções da Teresa Guilherme. Uma coisa do além. Dou por mim presa àquilo, intrigada, estupefacta.


E agora até estou com pena de ter que me ir deitar porque estava era capaz de ficar aqui a arranjar segredos bem cabeludos para cada um dos ministros do inenarrável desGoverno do excelentíssimo Passos Coelho. 

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As imagens são, uma vez mais, do talentoso autor do blogue We Have Kaos in the Garden.

No que se refere às fotografias de grupo não garanto que digam respeito a esta edição da Casa dos Segredos.

Permito-me lembrar-vos que, a seguir a este post, poderão ver um filme, que um Leitor generoso deixou aqui no UJM, que não deverão perder por nada: a Terra em todo o seu esplendor

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Vou maçar-vos ainda mais um pouco: muito gostaria que me visitassem também no meu Ginjal e Lisboa. Hoje o poeta Abel neves deixou lá um poema muito bonito que me levou a supir com ele por uns degraus de onde alguns poetas teimam em despenhar-se. A seguir há jazz do bom, Cecile McLorin Salvant.

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E por agora é isto. 
Desejo-vos, meus Caros leitores uma bela terça feira! 
Haja alegria e força para ver se batemos o pé (e a porta na cara) a estes incompetentes que por aí andam.

sexta-feira, agosto 30, 2013

Afinal o que é que a Teresa Guilherme fez para estar tão gira? Botox? Cirurgia plástica? Laser? What?! Qual o segredo para ser tão assediada? E quem é afinal o namorado secreto, esse sortudo?.... Ora bem. Apresento-vos as respostas possíveis. [E, de caminho, relato um outro caso verídico a que assisti de perto, e que é uma coisa na mesma base: muita mexida para ficar nova, muito assédio, muito namoro]


No post abaixo falo de mais uma inconstitucionalidade de Passos Coelho, coisa banal. Mas falo ao de leve para não perder tempo com banalidades, tenho aversão a banalidades, só o que é estranho me atrai. Passo, portanto, já para o tema de hoje.

Ontem, aqui no Um Jeito Manso, a propósito da referência que fiz à capa da revista da Lux desta semana que mostra a Teresa Guilherme toda sorridente com o seu novo look - 9 kg mais magra e supostamente intervencionada através de diversos tratamentos estéticos - a Caríssima Helena Sacadura Cabral, desconfiada, deixou cair a pergunta: Mas o que é que aconteceu à Teresa para além de perder 9 Kg? 


Pois. De facto, perguntei-me a mesma coisa ao vê-la: parece igual. Mas ela deve achar que está uma brasa senão não seria capa de revista falando sobre o tema e sobre o que o namorado acha sobre o tema.

Como sou moça de desafios, resolvi investigar: afinal o que é que ela fez, senhores? O que é que mudou nela, que a gente olha e parece que está na mesma? 

O resultado não estava longe. 

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E música,  por favor, que o momento pede acompanhamento musical: 

Quim Barreiros interpreta 'Chupa Teresa' 


Relevem, por favor, aquilo que pode ser tomado como algum excesso de malandrice mas que, de facto, também pode apenas ser uma brincadeira à volta de uns trocadilhos maliciosos, coisa mesmo inocente, coisa de alguém que estava apenas a falar de sorvetes. Lembrei-me dela por ser dedicada a uma Teresa, não que a letra me fizesse lembrar a Guilherme, credo. 




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Eis Teresa Guilherme há alguns anos, seguramente antes de começar a ser intervencionada

(.... Olhando-a aqui até parece que estamos a fazer uma viagem no tempo, ó minha Nossa Senhora)

Leio então: sobre os 9 kg que perdeu, diz Teresa Guilherme que seguiu a regra de fechar a boca; ou seja, passou vários meses de fominha, sem se sentar à mesa, sem ir jantar fora e sempre a “fugir à tentação das mãos, que é agarrar o pãozinho, o queijinho…"




Teresa Guilherme aqui já tinha rejuvenescido um bocadinho
mas parece que a boquinha aqui fechada era só para nos enganar
porque ainda devia estar naquela fase das mãos tentadoras

Quanto ao resto, a apresentadora não tem problemas em falar sobre os vários tratamentos estéticos a que se tem submetido: botox, já “há muitos anos”, laser, uma desintoxicação alimentar duas vezes por ano em Itália e injecções de cocktails vitamínicos.




Não sei se a foto é recente ou se o namorado é este e, se for este, se é um tal de Cóias.
Mas isso agora também não interessa.

E ainda há o caso do namorado de quem, pelo que leio, ninguém sabe quem é: na entrevista à revista “Lux” desta semana, a apresentadora de 58 anos admite que há um homem na sua vida, mas recusa-se peremptoriamente a revelar quem é o eleito. Não diz o nome, nem a nacionalidade, nem sequer a idade…


Teresa desmente apenas que seja um italiano, como chegou a constar na praça, e sugere apenas que se trata de uma pessoa mais jovem do que ela.

A apresentadora, que se divorciou de Henrique Dias em 2008, revela que fez “um ano de luto” mas que, depois, nunca mais parou de namorar. “Sou namoradeira e assediada. Muito!”, sublinha.


Ora bem. Quem diria, hein...?!? 

A Teresinha toda maluca, toda assanhada, toda assediada. Deve ser giro de ver.


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Isso recordou-me uma coisa.

Conheço vagamente uma senhora (e não é a Senhora Dona Lady), alta dama da mais requintada sociedade, que, de tantas plásticas que fez, mais parece já um desenho mal acabado. Parece que está a deixar de ser tridimensional para passar a duas dimensões, aplanada. E a gente não sabe se ela está sempre a sorrir ou se, de tanto a esticarem, já ficou de boca alçada. Rugas não tem mas também não tem coisa nenhuma, muito menos expressão. Toda a gente a toma por meia tonta mas não sei se isso é verdade ou se resulta de ter ficado tão repuxada que parece andar sempre meio a rir mesmo quando está num velório.

Em contrapartida, há uns anos, havia no meu trabalho uma senhora - e creio que até já falei aqui dela - que, quando andaria perto dos sessenta anos, resolveu ter um caso com um colaborador meu que, na altura, andava pela mesma idade. Ao passo que ela era divorciada (e avó) ele era casadíssimo (e também avô). De cabeça completamente perdida por ela, ele largou a mulher e a casa, marimbou-se para a filha e para o neto (pois a família ficou tão chocada com o que ele fazia que lhe pôs a faca ao peito: ou voltava a ter juízo ou, então, que esquecesse a família – e ele esqueceu a família) e pouco tempo depois, apaixonado como um adolescente, foi viver com a dita colega.

Essa colega, bonita não era mas era aquele tipo de mulher de anca larga, perna grossa, cabelo pintado de louro claro sempre muito arranjado, toda ela, aliás muito bem arranjada, e que, apesar do ar de matrona, tinha a sua malícia que agitava um pouco as hostes masculinas mais entradas na idade.

Tinha ela ainda uma outra particularidade. Tinha um ‘amigo’ que era engenheiro (coisa de que ela falava com uma certa vaidade) e que bancava todas as suas extravagâncias. Andava sempre bem vestida, calçada e perfumada, ia ao teatro, ia para fora nas férias e dizia-se que era o engenheiro que ‘entrava’ com tudo (dizia-se porque tenho ideia que era ela, toda orgulhosa, que dizia que eram presentes do engenheiro). 

Essa do engenheiro era uma coisa tão oficial que presumo que o meu colaborador sabia que o seu estatuto era o de ‘o outro’ mas, pelos vistos, não se importava. 

Mas vem isto a propósito de uma outra coisa. Uma vez, ela ausentou-se do País: durante umas férias foi para o Brasil. Coisa normal nela, não era por isso que o regresso era notícia. A notícia é que tinha feito uma plástica num cirurgião brasileiro muito conhecido, que vinha outra, muito melhor.

De vez em quanto, alguém assomava ao meu gabinete para me perguntar se eu já a tinha visto. Tanta a expectativa criaram em mim que fiquei a imaginar que ela já não parecia a matrona produzida que eu conhecia mas que tinha vindo de lá a parecer a Bardot.




Quando veio a propósito ir falar com o chefe dela, via-a então. Estava igual. Ainda tentei descortinar qualquer coisa de melhor mas não. Ela própria me falou, então, no assunto. Que ainda não estava a 100%, que ainda estava um pouco inchada, que também não podia apanhar sol, mas que o esforço, o sofrimento, tinham valido bem a pena. Penso que devo ter feito o mesmo sorriso atoleimado da primeira madame que referi e devo ter dito qualquer coisa simpática mas que não comprometesse muito o meu amor à verdade. Quando entrei no gabinete do chefe dela, ele disparou a rir, ‘Então, que tal a brasa da minha secretária?’. Disse-lhe que, muito sinceramente, achava que estava igual. Ele riu-se, que também achava, mas que ela, coitada, estava tão feliz, que ele, sempre que passava por ela, dizia que parecia que tinha uma secretária nova, uma miúda, e que ela toda se derretia.

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Que nem de propósito li há dias um artigo em que se dizia que tinham feito inquéritos perguntando a pessoas dos dois sexos e de várias idades que idade davam a pessoas quer que tinham feito cirurgia estética quer que não a tinham feito.

Regra geral, nos casos em que davam menos idade às que tinham sido ‘mexidas’, apenas lhes retiravam 3 anos e, mesmo assim, uma parte significativa dava, em média a idade que tinham, chegando até a dar mais.

Ou seja, não é que não desse jeito, de vez em quando, uma pessoa dar uma esticadinha mas, depois, pensando melhor, será que valeria a pena? Anestesias, dores, inchaços, para cima de um dinheirão, sei lá que mais e depois ou não se notar nada ou, então, pior ainda, a pessoa ficar a parecer o Batatinha ou a gémea separada à nascença da Senhora Dona Lady ou da Moura Guedes? Ná…!


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E por aqui me fico que não faço outra coisa senão cabecear, daqui a nada ainda caio da cadeira abaixo (estou a falar a sério....).
A 'cena' do meu passeio por Lisboa by night a ver se fica para amanhã.

Tenham meus Caros, uma fantástica sexta feira!!!