sexta-feira, outubro 13, 2017

Homens-objecto. Homens que, em vez de apagarem fogos, os ateiam.
E Sophie, a quase mulher.
[E isto, se calhar, por causa do Relvas que me apareceu aqui todo prosa a dizer que, se a maioria votar no Santana, ele se calhar vai interpretar que também deve votar]



Lá está. Aquilo da reverência. Ou do politicamente correcto. Não sou. Tem que ter cuidado... depois dizem que é desalinhada... cuidado... -- recomendam-me. Azarinho. Não gosto de ter cuidado. Gosto mais de provocar ou de passar ao lado dos grandes movimentos de massas. Comoções de grupo, então, estou fora.

Isto para dizer que, em dia de relatório sobre os incêndios e depois de ouvir um senhor bigodudo que podia usar suspensórios para ficar ainda mais igual ao avô Cantigas, a dizer que, se calhar, se cá nevasse, fazia-se cá ski, e que, se os senhores que podiam ter feito diferente, tivessem feito diferente, as coisas podiam ter sido diferentes, eu não devia aqui trazer bombeiros.


Por isso, aceitem, para já, as minhas desculpas. Não quero ferir susceptibilidades. 

Mas a sério: não sei se aquele relatório pode ser levado muito a sério. Também é certo que apenas ouvi o abstract que a televisão passou. Mas, disso, basicamente, fiquei com a ideia de que tudo espremido, bem vistas as coisas, face às circunstâncias, naquele dia tenebroso, não era fácil fazer diferente. No entanto, confesso, apanhei-o meio de raspão -- e pensei que, depois de  um intróito enrolado, ele ia encher-se de brios e chutar à baliza. Mas não, a coisa acabou assim mesmo, meia ensarilhada. Dá ideia que a GNR não fez nada de mal, só alguém é que podia ter feito diferente mas que, se calhar, não era fácil fazer diferente. E esse alguém parece que é o da Protecção Civil mas, para dizer a verdade, do que ouvi, não fiquei certa disso.

Portanto, no meio de um texto cheio de ambiguidades, cá temos mais um banquete de carniça para os urubus da comunicação social e para os amorins desta vida que têm ali muito por onde chafurdar e encontrar novos pretextos para moer a cabeça ao Costa, a ver se é desta que ele despacha algum ministro. Namely a Constança, pois então. 


Mas isto para dizer que, a bem do equilíbrio emocional dos meus Leitores que deveriam ser deixados como estão, postos em sossego -- ora indignados com o senhor comandante que fez o milagre de suspender a fita do tempo, ora chorosos porque o Costa é teimoso como um burro e não deixa cair os ministros, quanto muito o tal da Protecção Civil (que, no meio de tanta coisa, já não sei se é o doutor por equivalências, ou outro qualquer) -- apareço eu aqui hoje com o bombeiral quase em pelota. 

Mas pode alguém ser quem não é?


Não pode. E, sendo eu como sou, e depois da subversão artística do post abaixo, o que me apeteceu trazer aqui foi a temática do aproveitamento sexual por parte dos produtores de moda ou de publicidade.

Uma coisa inadmissível. Mamocas, rabiosques. Fantasias sexuais que não se aguentam. Repudio. 

Coisas desse género só em sentido contrário... Aí, com franqueza, parece-me muito bem. Especialmente, porque sei que os homens gostam. Na verdade, acho mesmo que gostam de tudo.


Especialmente gostam de saber que despertam alegrias (de toda a espécie) nas mulheres. Só de pensarem nisso já ficam eles todos animados. 

Tratados como animais de estimação? Como mobília?... Nada de mais. Sempre às ordens. Todos nus? Porque não? Melhor ainda se as mulheres a quem querem agradar estiverem sem roupa interior. Objectos? Seja. Usem-nos a ver se eles se importam.


E mais, ponham-lhes uma quase mulherzinha à frente a ver se eles se importam. Mulherzinha ou humanóide, tanto faz. Desde que bem instruída (em sentido lato, if you know what I mean), no problem

Sophie ficava melhor se não tivesse os neurónios à vista? Oh pá, que importância tem isso? Enfia-se um saco que lhe tape o cocuruto e não se fala mais nisso.

Sophie num encontro sobre Inteligência Artificial e Desenvolvimento Sustentável
(Dá ideia que disse alguma piada que deixou o cavalheiro da esquerda todo surpreendido)

E mais não digo para não ficarem a pensar que não estou é boa da cabeça. 

Mas pronto. Se calhar estou assim, com as ideias meio desorganizadas, porque vi um excerto da conversa do Vai-Estudar-ó-Relvas a quem a SIC foi buscar porque deve estar com falta de gente que queira dar a cara pelo partido. Disse ele, com aqueles seus olhos argutos, que, se interpretar que muita gente prefere o Santana, então ele também, na hora certa, o vai preferir. E disse isto não com ar de maria-vai-com-as-outras mas, sim, com ar assertivo, de quem a sabe toda, de barão escolado. E o jornalista, aquele que parece que depois de entrevistar tanto saco de vento também já só tem ar na cabeça, não se desatou a rir. E o Relvas está com aquela barba que alegadamente lhe dá uma patine mas que, na verdade, não dá coisa nenhuma, só nos faz perceber que se está a sair bem nos negócios. 


E, com isto tudo, deu-me para escrever este post que é a verdadeira negação do que deve ser um post como deve ser. 

Mas é aquela tal coisa: pode alguém ser quem não é? Não pode. E eu sou a verdadeira anti-Relvas e, quando ele aparece, fico logo cheia de erisipela e a erisipela a mim dá-me para isto, para desconversar.

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Ah... que saudades do Relvas a cantar... Volta, Relvas, volta que estou capaz de te perdoar


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Os bombeiros estão um bocado longe para quem queira testar os seus dotes ao vivo: são australianos e aparecem no Calendário 2018. O gif lá de cima mostra uns de outro ano, não sei qual. Mas ainda bem conservados, benza-os deus.

Os homens objecto aparecem na polémica campanha Not Dressing Men

O Relvas feito Einstoino é obra do fantástico We Have Kaos in the Garden


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E queiram continuar a descer porque abaixo é arte desconstruída, digamos assim, e uns apontamentos recordatórios que metem a Nelinha.

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