quinta-feira, agosto 31, 2017

Liberdade. Paixão. Ousadia.
Branding. Rebranding. Marketing. Comunicação. Imagem.



Estou farta, fartinha, de aturar meninos (ou não tão meninos quanto isso) que vendem serviços de branding, rebranding, comunicação, imagem e estratégias de marketing apresentando storyboards que são música para os ouvidos mas nulas em termos de verdadeiro conteúdo e inventando argumentos e slogans que tanto serviriam para aquele caso em concreto como para qualquer igreja universal, marca de sabonetes ou banha da cobra. São estratégias que são espuma, existem apenas porque soam bem, surfam a onda do politicamente correcto ou apontam no sentido de targets que eles se encarregam de engendrar. Por isso, é sempre com agrado que, nestes domínios, vejo o oposto: trabalhos sérios e bem feitos.

Disclaimer (escusado): Se eu fosse muito rica, permitia-me alguns mimos. Compraria tailleurs Armani (tenho um em antracite com um leve risco fino em nude -- oferecido pelo meu marido e que, apesar de ser do mais discreto que há, é uma verdadeira obra de arte -- mas poderia bem ter mais; um em azul bem escuro, por exemplo) e um monte de coisas Chanel: vestidos, casacos, também tailleurs, sapatos e carteiras. E talvez mais uma ou outra coisita. Só não relógio porque, como já vos contei, o meu é indescartável, é já parte de mim.
Assim, não me tendo saído o euromilhões, visto-me, frequentemente num estilo Chanel alike. Mais ou menos. Ou seja, nem sempre. Mas volta e meia, sim.
É que, na marca Chanel, geralmente gosto de tudo (já para não falar naquilo de que tantas vezes falo: nos perfumes). Há um bom gosto consistente, uma capacidade de inovar não desrespeitando o 'estilo' de origem. 
E gosto também da publicidade Chanel. Sempre. Há sempre inteligência e dignidade e um profissionalismo também impregnado do espírito Chanel. As palavras ali fazem sentido. Há, em tudo, uma coerência intrínseca.

Os dois vídeos abaixo deveriam ser vistos e revistos pelos estudantes e profissionais destas áreas. Não há cedência a facilitismos, não há vacuidades: há a utilização magistral dos valores e dos objectivos de sempre da Casa Chanel.

E, tal o carisma da sua criadora e tal a força e perenidade da marca que deixou impressa na sua obra, que os instrumentos de comunicação que são produzidos nunca a esquecem. A visionária e lutadora Gabrielle Bonheur Chanel, também conhecida por Coco, que viveu entre 1883 e 1971, é ainda hoje o exemplo e o farol da Casa Chanel. Mudam os donos, os presidentes, os designers, os perfumistas mas os traços de carácter de Gabrielle estão sempre presentes. Vejam, por favor, um exemplo do que estou a dizer. Ou melhor: dois exemplos.


Gabrielle, a procura da liberdade



Gabrielle, a paixão 


(Não sei como melhor traduzir 'the pursuit of passion' -- parece que a procura ou busca ou a perseguição não ficam bem)

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Já agora também este que acho muito bom:

O auto-retrato de um perfume 



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Aproveito para divulgar dois sites sobre perfumes que, a propósito do meu post sobre o novo Chanel, Gabrielle, Leitor amigo (a quem agradeço!) me deu a conhecer:



Em ambos os casos os links apontam para o Gabrielle.

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E uma bela quinta-feira a si que está aí desse lado.

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