É a avença que a Solverde paga à empresa de Montenegro
e é o envolvimento anterior e presente de Montenegro com a Solverde
e, sabendo-se que a empresa de Montenegro é ele e só ele -- já que não se pode acreditar que uma educadora de infância e dois filhos saibam agir em consultoria, e que a sede da empresa é a sua própria casa -- como pode Montenegro pensar que alguém acredita que o assunto não é directamente com ele?
e, já agora, e como o meu marido muito bem insistiu ontem, com que outras empresas tem Montenegro ainda negócios (e não apenas ainda mas desde que é governante)?
e são as várias mortes que, segundo o relatório preliminar, foram provocadas pela actuação do Governo, através do Ministério da Saúde.
Questões de uma gravidade extrema, grande demais, impossível de ignorar, impossível de escamotear.
Repare-se que não falo das atitudes gravosíssimas de demitir a eito conselhos de administração e comissões directivas para lá pôr boys do PSD nem falo de todas as incompetências a que temos assistido. Não. Já quase dou isso de barato. São os tempos.
Falo de duas situações de uma gravidade incontornável. Insanável.
Perante isto, Marcelo -- que é especialista em dissolver Governos por razões lá dele -- o que vai fazer agora?
Estamos à espera, Presidente Marcelo. Tem que agir, e agir com clareza. E rapidamente. E com coerência.
Na minha atividade profissional participei na elaboração, na discussão e tive acesso a muitos contratos com âmbitos muito diferentes e em áreas de atividade muito diversificadas. Não me recordo de um único contrato em que as cláusulas de confidencialidade mencionassem que a relação contratual entre o fornecedor e o cliente não podia ser divulgada. As cláusulas contratuais referem geralmente, com mais ou menos pormenores, que algumas informações disponibilizadas durante a relação contratual não podem ser divulgadas publicamente (por exemplo, questões técnicas, questões comerciais de pormenor). Acresce que os fornecedores têm todo o interesse em divulgar os clientes com quem trabalham para aumentar a sua lista de referências e o seu prestígio. Basta consultar qualquer site de qualquer empresa, com mais ou menos relevo, para constatarmos que são referidos os clientes para os quais trabalhou. Tenho ideia de que, por exemplo, quando a Marinha divulgou a sua atividade com veículos não tripulados terem sido referidos nomes de empresas que participavam nos projetos. Seguramente que projetos mais confidenciais do que estes não haverá. Eu até diria que, no âmbito das cláusulas de confidencialidade, divulgar, como fez o Luís, que trabalhou para uma empresa com "uma base de dados de 2 milhões de clientes" pode conflituar mais com as cláusulas de confidencialidade do contrato do que o nome do cliente.
Porque será que o Montenegro não quer divulgar a lista de clientes para os quais a sua empresa trabalhou?
É evidente que o Luís Montenegro tem que dar resposta às questões que foram levantadas sobre a empresa da família. Quem é eleito presidente de um partido e ambiciona ser PM tem que estar disponível para ser escrutinado e tem que prestar contas sobre as atividades que desenvolveu e que podem originar conflito de interesses.
Curiosamente, a empresa aumentou muito a faturação após a eleição do Luís para presidente do PSD,
curiosamente, pelo que se sabe, a empresa não tinha no quadro ninguém com o perfil adequado à prestação dos serviços de consultoria que se julga ter prestado,
curiosamente o Luís recusa-se a dizer quem foram os clientes
e curiosamente seria interessante esclarecer com que recursos conseguiu desenvolver os trabalhos que originaram os volumes de faturação apurados e que são muito elevados para uma empresa que teria dois funcionários que ganhavam perto do salário mínimo.
Neste caso o Pedro Nuno, finalmente, esteve bem. Temos que saber quais os clientes para se verificarem os potenciais conflitos de interesses e os valores das adjudicações para sabermos se correspondem aos valores de mercado. O Luís tem que esclarecer as coisas, não acha Sr. Presidente Marcelo?
Ao que parece, ontem, o governo (terá sido o próprio Luís a fonte de S. Bento?), através de um dos jornais "oficiais", lançou a tese da perseguição jornalística (em especial por parte da RTP), tentando tornar o Luís numa vítima de jornalistas vingativos e condicionar a comunicação social.
Na verdade, o Luís até há poucas semanas fazia o que lhe dava na gana sem o mínimo escrutínio da comunicação social. Estava mal habituado. Os jornalistas têm o direito e o dever de escrutinar as ações dos governantes e dos políticos, em especial quando estas não são transparentes. Situações como esta, ao contrário do que muitas vezes já aconteceu, têm que ser esclarecidas e escrutinadas. Só quem convive mal com a democracia é que lança estas campanha de difamação da comunicação social e recordo que já não é a primeira vez que o Luís se "atira" aos jornalistas. Será que vai seguir as pisadas do Trump com a Associated Press e proibir a RTP de ir a S. Bento?
E já agora: como é possível que a Ministra da Saúde continue no governo? Só faz asneiras. O SNS degrada-se de dia para dia, umas administrações demitem-se e outras são demitidas sendo as substituições feitas apenas segundo critérios partidários. Depois de ir ao Parlamento dizer que não tem praticamente nenhumas informações sobre o sector que gere, embora seja ministra há quase um ano, vem a saber-se que guarda relatórios com informações relevantes na gaveta e não age. Pior parece ser impossível. Alguém que corra com a ministra!
E, também já agora, devíamos saber qual o aumento dos custos com o pessoal na Saúde desde que a ministra ocupou o cargo. Seria uma informação interessante. Ouvem-se falar em verbas verdadeiramente exorbitantes. E, também já agora, quando será publicitado, ponto a ponto, o relatório oficial da IGAS sobre o INEM? Sempre quero ver quais as consequências que a ministra daí vai retirar....
Nota: vi no noticiário, imagens de uma reunião do governo dos Estados Unidos em que o Trump perguntava aos ministros se queriam despedir o Musk. Fez-me lembrar a reunião do Putin com o governo antes da invasão da Ucrânia. As semelhanças não serão coincidências. São farinha do mesmo saco. As redes sociais deram cabo do bom senso e da razoabilidade das pessoas, neste caso, de muitos dos eleitores nos Estados Unidos. Estamos potencialmente tramados!
Quando me vê escandalizada, estarrecida, revoltada, com as cavalices do Trump, o meu marido diz sempre: 'Calma, só lá está há um mês.'. Até há pouco, dizia: 'Calma. Ainda nem há 1 mês lá está.'.
Fico irritadíssima. Gostava de o ver também furioso. Pelo contrário, mantém-se calmo. Desde que se começou a ver como era o Trump 2.0 que ele antecipa que a coisa não lhe vai correr bem. Diz que é uma questão de tempo.
Segundo ele, as ruas vão ficar ao rubro, os que vão ficar prejudicados por ele não vão perdoar-lhe, em especial os que votaram nele, a comunicação social não vai ser mole, muita gente vai mover-lhe processos, os tribunais vão cair-lhe em cima, os próprios republicanos, muitos deles, não vão gostar, provavelmente muitos vão levantar a questão de violação da Constituição, senão mesmo de traição. Ou seja, na opinião dele, ao ritmo a que Trump vai, não tarda a coisa vai azedar a sério para o seu lado.
Eu, sempre tão optimista, embora acredite que alguma coisa de boa vai forçosamente acontecer (porque não há mal que sempre dure), temo que ainda tarde.
Mas a verdade é que as reacções se sucedem. Os americanos, que gostam de ser os maiores, os melhores, não gostam de se ver gozados e, face ao trafulha que foi eleito como Presidente, sentem-se envergonhados quando a barraquinha é grande e evidente demais. E Trump, de facto, não há dia em que não envergonhe os americanos.
Caraças de mundo este em que os Estados Unidos elegem pela segunda vez um anormal como o Trump.
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Lawrence: Trump humiliated on the world stage as France's Macron instantly corrects his Ukraine lie
MSNBC’s Lawrence O’Donnell details how French President Macron humiliated Donald Trump after the United States, for the first time in history, “voted with the dictator against freedom” when it stood with Vladimir Putin in opposing a UN resolution condemning Russia’s war in Ukraine.
No outro dia, quando, ao fim da tarde, dávamos o nosso passeio, o nosso cão, que odeia outros cães -- cães, género masculino; porque, se forem cadelas, desfaz-se em simpatias, cheira-as, deixa-se cheirar, andam em volta um do outro -- atiçou-se todo contra um outro, pequeno, que andava à solta.
Sendo um cãozito pequeno, não houve drama. Cães à solta são um caso sério, e, ainda mais, se não houver dono por perto para ajudar a separá-los. Já tivemos várias cenas complicadas, com cães que atacam o nosso e vice-versa, e em que nos vimos à nora para os separar. Mas com um canito, a coisa é mais tranquila pois o próprio cão pequeno acaba por ter receio e afastar-se. Mas, neste caso, o problema é que, andando à solta, não apenas poderia afastar-se da sua casa como ser atropelado.
Estava uma outra caminhante a passar e ficou igualmente sensibilizada, com receio do que pudesse acontecer-lhe.
Olhámos em volta e não vimos nenhum portão aberto. Resolvi ir até à zona mais comercial, saber se teria passado por ali algum dono a perguntar por um cão perdido. Não, ninguém sabia de nada.
Telefonei, então, para a Polícia inquirindo o que se poderia fazer. Disseram-me que só a Câmara pode mandar a brigada de resgate de animais mas que, àquela hora, já estariam fechados. Mas avisaram-me que, se o apanhassem, o levariam para o canil.
Enquanto eu tinha ido fazer as inquirições, a outra senhora ficou perto do cão para tentar impedir que ele fosse para a estrada. E o meu marido tinha-se afastado um pouco com o nosso, para não estarem a provocar-se mutuamente.
Quando cheguei ao pé da senhora, já a pensar no que faríamos, já ela andava a tocar às campainhas.
Numa das casas apareceu um homem que reconheceu o cãozinho e disse que já no outro dia ele tinha fugido e disse qual a casa. Fomos, então, até lá.
Apareceu uma jovem, aflita, com crianças em volta. Andavam à procura dele no quintal e não o achavam. Explicou, então, que o cãozinho se escapava por entre a sebe que serve de vedação e que tem que estar fechado em casa. Mas a filha, pequena, tinha pena dele e abria-lhe a porta para ele brincar no jardim. Agarraram-se logo a ele, felizes.
E eu e o meu marido lá fomos à nossa vida, e a senhora-caminhante lá foi à vida dela.
No outro dia, eu que gosto de dormir com a janela aberta (mas, agora só a abro quando o meu marido se levanta pois ele recusa-se a dormir de janela aberta quando está frio), acordei a ouvir a voz de um homem e a voz de uma mulher a chamar 'Dula!', 'Dula!'. As vozes eram de aflição e percebia que andavam de um lado para o outro. Depois deixei de ouvir.
O meu marido contou-me que eram uns vizinhos de uma casa lá mais para a frente, na rua, que tinham ido buscar uma cadela ao canil mas que ela, nem eles tinham percebido como, se tinha escapado. Foram encontrá-la mais à frente, no quintal de outra casa.
Com este nosso, quando era pequenino, apanhámos um susto. Fugiu para a rua e corria, corria, atravessava a rua de um lado para o outro, numa brincadeira maluca. Eu e o meu marido a mandarmos parar os carros e ele, feito doido, numa brincadeira. Até que o meu marido conseguiu agarrá-lo.
E com a nossa boxer doce como mel também apanhou, ele, um susto. Tinha ido passear com ela ao jardim que havia não muito longe de casa e ela tinha conseguido escapar-se dele. Já era de noite. Ele chamou por ela, chamou, chamou, andou por ali à volta à procura dela. Quando foi para casa, inconsolável por ela se ter perdido, estava a pequena patifa à espera dele à porta de casa.
A estima que uma pessoa desenvolve pelos animais, em especial pelos nossos, mas, também, de forma geral, por todos, é sempre tocante. É uma questão de respeito, de generosidade, de afecto -- não sei.
O vídeo abaixo é exemplo disso. A natureza é fascinante e quando sabemos respeitá-la e amá-la geralmente ela recompensa-nos.
Homem resgata um colibri preso numa teia de aranha e o que aconteceu depois foi incrível
Um homem compassivo chega a casa e descobre um pequeno colibri preso em teias de aranha no seu jardim. Neste comovente documentário sobre a natureza, testemunhamos uma bela demonstração de bondade humana enquanto ele ajuda cuidadosamente o colibri a escapar da sua sedosa prisão. A sua abordagem gentil com os animais e a sua dedicação à natureza criam um vínculo caloroso, à medida que cria um refúgio seguro para o seu pequeno amigo, com um alimentador para colibris.
Trouxe de casa da minha mãe várias fotografias, cartas e outros documentos que me surpreenderam muito. Desconhecia em absoluto a sua existência. E não me refiro apenas à existência desses objectos mas às próprias pessoas que estão nas fotografias ou que escreveram aquelas cartas ou textos.
Uma fotografia, em particular, desperta a minha curiosidade. Deve ser deveras antiga. Mal se percebe de tal forma está esmaecida. E não sei quem é a pessoa. Presumo que seja alguém da família e alguém muito querido para que a sua fotografia tenha sido guardada de forma a que tenha atravessado os tempos.
Vejo que a fotografia foi feita na Avenida Gomes Pereira, em Benfica. Mas isso não me fornece qualquer pista. Sei que havia família na Morais Soares e no Bairro dos Artistas, conheci algumas dessas primas. Mas foi muito depois desta fotografia pois, quando as visitei e quando visitaram a minha avó, já havia fotografias 'normais', há registo disso. Para os lados de Benfica, desconheço.
Aparentemente é uma mulher já com o cabelo um pouco branco. Será a bisavó que conheci já bem idosa, de cama, sempre a ler, que pedia livros e jornais por não poder estar sem ler? Seria assim quando era mais nova?
Ou é um homem, um homem de semblante fechado? Parece ter buço. Ou aquilo é uma sombra da fotografia? Se é um homem, tem um tronco elegante, diria que até delicado.
Ou será a mulher a quem essa bisavó se referiu no seu caderninho de registos como tendo saído de casa para ir viver com o amante, no início do século passado, mulher essa de quem nunca eu ouvi falar e de cuja existência só soube ao ler aquele relato?
Não sei e creio que nunca saberei pois já morreram todos os que me poderiam elucidar.
Mas tenho pena.
Talvez a Inteligência Artificial pudesse 'trazer vida' às pessoas que constam nas fotografias antigas que agora estão comigo mas, certamente, não será capaz de me dizer quem são, como foi a sua vida. E eu gostava de saber isso.
O vídeo abaixo é impressionante. A mim, pelo menos, impressiona-me bastante. De uma forma muito 'natural' as expressões estáticas, fixadas nas fotografias ou em esculturas, ganham vida. E ganham-na de forma muito credível, mexem-se, sorriem. Olhamos e temos a certeza de que eram mesmo assim. E isso é extraordinário.
O meu pai viveu cerca de doze anos depois de ter tido o grande AVC que não o levou mas que o deixou muito incapacitado. Já aqui falei disso: foi um processo lento e doloroso, em especial para ele. Antes era um homem em excelente forma física, que se sentia orgulhoso pelo seu bom estado de saúde, pela sua resistência física e, creio, pelo seu bom aspecto. Quase não tinha cabelos brancos. Sempre teve o cabelo preto e muito liso. Tinha praticado desporto até tarde, até ter partido uma perna a jogar futebol e ter feito uma cirurgia onde lhe puseram uma placa metálica e um parafuso. Mas continuou a fazer caminhadas e a manter-se em forma. Nunca fumou, não tinha hipertensão nem colesterol alto.
Ver-se sem se poder mexer, sem orientação geográfica de proximidade e sem metade do campo visual foi, para ele, um rude, rude golpe.
Mas, com a fisioterapia persistente, voltou a andar. Mas a andar com muitas limitações, sempre apoiado.
E não percebíamos se as flutuações de humor ou a agressividade ou as fixações em temas inexistentes se deviam à medicação ou ao próprio estado. Foram anos complexos.
A fase final foi pior: depois de, em casa, ter caído e ter partido o colo do fémur, tendo sido operado, não voltou a andar. Todos os dias era levantado, cada vez com maior esforço. Mas não queria estar sentado. Implorava que o deixassem ficar na cama.
Creio que foi por essa altura, quando começou a estar permanentemente acamado, que teve a primeira pneumonia. Não sei quantas teve. Talvez três ou quatro. A última foi uma pneumonia por aspiração. Foi a partir daí que passou a ser alimentado através de sonda naso-gástrica.
De cada vez que teve pneumonias preparavam-nos para a gravidade do seu estado, em especial dada a debilidade do estado geral. Numa dessas vezes chamaram-me para me ir despedir dele pois dificilmente estaria vivo à hora da visita. Nesses internamentos também 'apanhou' bactérias multi-resistentes, uma das vezes no coração. Tínhamos que nos cobrir de alto a baixo para chegar perto dele, que, nessas alturas, estava completamente isolado.
Houve uma tarde em que nem sei como não tive eu um colapso nervoso. O monitor cardíaco apitava quase em contínuo: os batimentos ora iam abaixo das 30, ora iam acima do patamar crítico (já não me lembro bem mas creio que 150). Quando começavam a descer, a descer, e o apito era contínuo, a enfermeira dizia para eu chamar por ele e apertar-lhe os pés. Passei a tarde numa aflição, 'Pai! Pai!', e a abaná-lo, a apertar-lhe os pés, as mãos. Estava medicado mas, às tantas, suspenderam parte da medicação pois o cardiologista entendeu que alguma dela estava a conflituar com outra. Os médicos diziam-nos que poderia morrer de um momento para o outro, que já não havia muito que se pudesse fazer.
Contudo, sempre sobreviveu às pneumonias, às bactérias multirresistentes, às instabilidades gerais, ao quadro de falência geral que parecia irreversível.
Para o fim, já tinha que estar permanentemente com oxigénio, mas não foi de problemas respiratórios que morreu.
Recentemente, há menos de um mês, morreu um outro familiar meu: também infecção respiratória, também sobre um quadro clínico de debilidade. Neste caso, infelizmente, não se conseguiu reverter o quadro.
Mas cada caso é um caso.
Vejo que as televisões já começam a apresentar retrospectivas sobre a vida do Papa Francisco. Ultimamente já estava muito inchado. Provavelmente já estava a tratar-se com cortisona. É natural que o seu estado seja crítico pois com oitenta e muitos anos, uma saúde que já andava débil e uma pneumonia bilateral em cima, e a ter necessidade de levar transfusões, se calhar com o coração e os rins já não muito funcionais, as perspectivas não podem ser animadoras. É, pois, natural que o seu estado geral seja reservado.
Mas vejo os jornalistas, quais abutres, já a rondarem, já por lá, vejo os programas de televisão que já parecem louvores póstumos, obituários, e penso que pode acontecer que o Papa Francisco lhes troque as voltas. Quantas vezes estive eu numa aflição, com receio que o telefone tocasse de noite ou ao início da manhã... e, depois, como se por obra e graça, tudo parecia recompor-se...
No entanto, seja como for, a verdade é que somos perecíveis. Todos. Ninguém cá fica.
Quando o quadro clínico é complexo e as hipóteses de sobrevivência (em bom estado, em estado de independência e de lucidez) são diminutas, quando se sabe que, se a pessoa sobreviver, é apenas para sofrer ainda mais, nunca sei bem o que se deve desejar.
Sinceramente, o que desejo é que, se Jorge Bergoglio sobreviver, fique bem. Mais do que isto não sei o que dizer.
Se houver jornalistas assalariados que não tenham empresas para facturarem os seus serviços talvez possam dedicar-se a perceber o que se passa no Governo da coitadinha que dá pelo nome de Mentenegro para haver tanto ministro e secretário de estado com participações em imobiliárias.
Volto a dizer: é bom para humoristas e para acelerar a imaginação. É bom para ficcionistas embora se sintam ultrapassados por todo o lado. Realidade mais impensável assim nunca ninguém a poderia prever.
O drama, drama a sério, é que é péssimo para todos.
THE EMPEROR HAS NO CLOTHES | Don Caron
From the COBOL / Social Security fiasco to the debunked condom story, the credibility of President Musk is at low tide to say the least.
Seria bom que se esclarecesse se a empresa do Montenegro não foi criada para ele pagar menos impostos dos que seriam devidos se fosse taxado como pessoa singular.
Uma breve análise das notícias que têm vindo a público levantam dúvidas que parecem apontar nesse sentido.
Vejamos: estamos perante uma empresa cujos sócios são uma educadora de infância e dois jovens. Mas faturou centenas de milhares na área da consultoria conhecendo-se, referido pelo Luís, que um dos negócios foi efetuado com a Medialivre, ex-Cofina, e teve a ver com consultoria na área do RGPD. Também foi noticiado que a empresa, no início, tinha dois empregados, um dos quais a tempo parcial, que ganhavam praticamente o salário mínimo. A "coisa" não bate. Consultores RGPD ganham muitíssimo mais que o salário mínimo e não consta que educadoras de infância tenham formação que permita fazer consultoria em RGPD e também não é credível que jovens estudantes estejam capacitados para o fazer. Restam três hipóteses: ou o trabalho não foi feito, ou o Luís Montenegro fez ele próprio o trabalho e sigilosamente prestou consultoria nesta área (mas, nesse caso, porquê através desta empresa e não através do seu escritório de advogados?) ou a empresa contratou consultores externos para fazer o trabalho. Admitindo como boa a terceira hipótese ficam, mesmo assim, muitas dúvidas. Quem no âmbito deste tipo de trabalhos representaria a empresa junto dos clientes e angariaria os negócios? Uma educadora de infância? Dois jovens estudantes? Assalariados que usufruíam o salário mínimo? Quem acreditar no Pai Natal poderá admitir que uma destas possibilidades corresponde à realidade. Talvez seja muito mais realista admitir que estes negócios, se existiram, eram conseguidos pelo então presidente do PSD, atual primeiro-ministro. Mantem-se, de qualquer forma, a dúvida sobre quem efetuava o trabalho.
Será que aqueles trabalhadores da Spinumviva, que ganhavam mais ou menos o salário mínimo, eram, por exemplo, a senhora da limpeza e o motorista da família Montenegro? E será que nos custos da empresa não estão contabilizados despesas de restaurantes, férias (contabilisticamente classificadas como 'Deslocações em serviço' ou 'Estadias',...?), os custos das viaturas da mulher e dos filhos do Montenegro, todos os gastos com o edifício onde habitam (água, eletricidade, comunicações, quiçá até rendas) já que, provavelmente não por acaso, a casa é a sede da empresa.
Pode ser que não exista nenhuma ilegalidade na empresa -- já que o nosso sistema fiscal se presta a estas habilidades -- mas o funcionamento da empresa, a respectiva contabilidade/fiscalidade e os negócios que fez e com quem foram feitos deveriam ser devidamente explicados.
Aliás, a propósito das facilidades que o nosso sistema fiscal proporciona, não é por acaso que médicos criam empresas para prestar serviços como tarefeiros ao SNS (onde ganham mais e pagam menos impostos do que se pertencessem ao 'quadro'), tal como empresários de todo o tipo e profissionais liberais fazem a mesma coisa. Faturam através de empresas de que são sócios onde metem todos os custos que conseguem, não pagam IRS e, desejavelmente, também conseguem não pagar IRC.
Quem por aí anda a encher a boca para falar da reforma fiscal melhor faria se pusesse o dedo na ferida e acabasse, de vez, com este forrobodó.
No caso do Montenegro, se as dúvidas que formulei forem verdade não será ilegal, mas para um primeiro ministro será muito reprovável, quer numa perspetiva ética quer politica.
Convém não esquecer que há muito poucos dias um secretário de estado demitiu-se por uma situação que, por ser dúbia, levou a que Montenegro tenha referido que o tipo tinha sido imprudente. De tudo o que a Comunicação Social tem divulgado, parece que também ele, Montenegro, parece ter sido imprudente -- mas não terá sido mais do que isso?
Uma nota final: ouvi o Miguel Sousa Tavares falar hoje na TVI sobre este assunto. Foi de uma suavidade e candura raramente ouvidas na personagem. Um amigo meu, que me telefonou há pouco, também surpreendido, até se interrogava: Será que o Miguel também fatura à TVI através de uma empresa da qual é sócio?
Os dias começam, envergonhadamente, a parecer maiores. A parecer. Não sei se a ser. Hoje passeava na praia ao fim do dia e, quando o sol começou a mergulhar na linha de horizonte, começou a pôr-se frio e uma ameaça de névoa começou a sentir-se. Comprámos sushi e desandámos. Se o dia estava maior ou não, não sei, não fiquei para ver.
É certo que a magnólia já está com rebentos de flor na ponta dos ramos e isso prenuncia mudança de ares. Mas a timidez com que se apresentam mostra bem que o pudor que envolve os dias frios não lhes permite exibir com alegria e desenvoltura as suas belas cores.
Depois de almoço, com tshirt, fui sentar-me ao sol. Pensei até que talvez pudesse pôr umas piratas para apanhar algum sol nas pernas. Mas não, passado um bocado tive foi que ir vestir um casaco.
Não é à toa que o mês de Fevereiro é mais curto. Uma pessoa chega a esta altura e já só lhe apetece calor, pele à vista, longas horas ao fim da tarde.
Mas não, ainda temos mais dias incumpridos até lá. Vi agora que nos próximos dias o tempo estará incerto, alguns pingos ou mesmo aguaceiros, mínimas baixas. Apetece-me lavar tapetes, cobertas, almofadas, pôr tudo ao sol, apetece-me ter as janelas abertas de par em par. Mas não, sempre este atrofio.
Ainda por cima, do lado dos nossos ex-aliados só vem desgraça pouca-vergonha.
Não. Também não é bem assim. Para ser correcta terei que acrescentar que se levantam, cada vez mais alto, as vozes que condenam veementemente a aviltante atitude de Trump.
Ver essas manifestações anima-me. Tenho esperança que comecem a ver como apeá-lo. Só penso nisso. Tal como (ingenuamente) pensava a propósito de Putin, também agora alimento esperanças de que neutralizem os estúpidos, os perigosos, os trogloditas, as bestas quadradas que ameaçam a paz. Não me cansarei de ter esperança.
A Sad Moment in American History
We are witnessing a very sad moment in American history.
The President of the United States is aligning himself with the dictator of Russia, Vladimir Putin, to undermine the independence of Ukraine and its democracy.
'Every American should absolutely be ashamed': Senator blasts Trump's comments on Zelenskyy
Republican lawmakers are reacting to President Trump's comments on Ukrainian President Zelenskyy. Sen. Chris Van Hollen (D-MD), a member of the Foreign Relations Committee, joins Ana Cabrera to weigh in on some GOP members breaking away from Trump's war of words and to discuss how Sen. McConnell's retirement may impact the Senate.
‘Breathtaking reversal in US foreign policy’: Fareed Zakaria reacts to Trump’s attacks on Zelensky
US President Donald Trump falsely called Ukraine’s President Volodymyr Zelensky “a dictator,” escalating a public war of words between the two leaders that started when Trump falsely accused Ukraine of starting the war with Russia. CNN's Fareed Zakaria joins Kaitlan Collins to discuss.
'It's morally disgusting': Trump torched for saying Ukraine 'should have never started' Putin's war
MSNBC’s Lawrence O’Donnell is joined by Yale History Professor Timothy Snyder to discuss Donald Trump saying Ukraine ‘should have never started it’ about Vladimir Putin’s war on the same day that U.S. officials met in Saudia Arabia with a Russian delegation — without NATO, EU or Ukrainian envoys — to discuss the conflict.
Mais uma vez o confesso: custa-me acreditar no que está a acontecer. É tudo mau demais. Parece daqueles pesadelos absurdos que acabam por ser desmascarados.
Por exemplo, há duas noites tive um pesadelo terrível. O meu marido teve, ou tem, uma sub-luxação do ombro. Agora está melhor, desde que anda a fazer reforço muscular mas, de vez em quando aquilo dói-lhe mesmo. Então, na véspera de começarmos com o pilates, talvez porque me preocupasse que aquilo lhe fizesse mal, sonhei que ele tinha um bico, um osso espetado. E estava com dores e dizia-me que o médico lhe tinha dito que se podia cortar com o corta-unhas e queria que eu o fizesse. E eu dizia que era impossível, que não apenas o corta-unhas não tinha abertura e força para cortar um osso como um osso não podia ser cortado assim. E ele estava cheio de dores e não queria que eu questionasse e me despachasse a cortar-lhe o osso.
Felizmente acordei. Mas ainda fiquei ali a argumentar em pensamento, que um osso não é tecido morto, que não podia cortar assim, a sangue frio. Finalmente, lá consegui assimilar que tinha tido um pesadelo, que nada daquilo era real.
Mas, com o Trump a fazer disparates gravíssimos, impensáveis, em catadupa, e sem ver como é que se vai sair disto antes que ele faça estrago a sério, temo que não seja um pesadelo.
É bom para se dar largas ao sentido de humor e um manancial imenso para caricaturistas. Mas não vejo quem mais beneficie de tamanhas cavalices.
Curiosamente, bate muito certo com o personagem criado por Stephen King long, long ago. A realidade muitas vezes ultrapassa a ficção. Mas a ficção por vezes antecipa a realidade.
How Stephen King Predicted Trump's Rise Decades Ago | Opinions | NowThis
Author Stephen King predicted the rise of Trump 40 years ago — but he says the reality is scarier than anything he’s written.
In US news, Stephen King sat down with NowThis to talk about President Trump and the eerie similarities between Donald Trump and the Stephen King Dead Zone character 'Greg Stillson.' Dead Zone is a novel King wrote in 1979, it features a a politician Greg Stillson, Donald Trump like in many ways. The Greg Stillson Trump similarities include his outlandish behavior and rise to power that is similar to the rise of Trump and the rise of Trumpism. But according to Stephen King, Donald Trump in reality is even scarier than what he wrote. Stephen King adaptations are extremely popular in movies and TV these days, and he continues to write books like The Shining sequel of sorts Doctor Sleep.
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A propósito da cena da empresa do Montenegro, cumpre-me continuar a recomendar que se analisem as contas durante os anos de actividade da empresa. Aparentemente pode haver ali um potencial conflito de interesses a vários níveis (o que o próprio Montenegro reconheceu poder haver no caso, idêntico, do Secretário de Estado que, com o acordo de Montenegro, se demitiu) mas, para além disso, seria interessante verificar se não é mais uma daquelas empresas que os habilidosos criam para pagar menos impostos (menos ou nenhuns). Os jornalistas e os partidos da oposição deveriam averiguar bem. Com olhos de ver. É uma sugestão. Dirão sempre que o que fizeram é legal. E é verdade. Há uma generalizada e descarada fuga ao fisco com o beneplácito dos governos e da máquina fiscal. São uns a usarem empresas (de fachada) para prestarem serviços, são outros a receber como ajudas de custo ou subsídio de transporte -- há de tudo. Até gente que teoricamente recebe o salário mínimo, para ficar isenta, e o resto vem por fora. Meio mundo a fugir aos impostos. E, como consequência, outros a pagarem pela medida grossa. Uma vergonha. Ora se, por acaso, se viesse a provar que o primeiro-ministro é praticante dessa habilidade, então, meus Caros, então o caso seria mais do que grave. Por isso, convém que as contas sejam auditadas.
Quando tinha para aí uns dezassete ou dezoito anos, não sei bem, o meu namorado da altura perguntou-me, quando fiz anos, se havia algum disco que eu gostasse de ter.
Naquela altura o conhecimento que havia -- sobre tudo mas, neste caso, sobre música internacional -- , era rudimentar face ao que hoje se passa. Hoje, com o youtube, o spotify e a internet em geral, o acesso ao conhecimento é instantâneo, praticamente universal, ubíquo. Mas, naqueles longínquos anos, os meus amigos eram muito apreciadores, havia sempre alguém que trazia discos de fora, e havia sempre festas com baile incluído, e, ou assim ou de qualquer outra maneira, eu ia minimamente sabendo sobre o que, a esse nível, se passava no mundo.
Disse-lhe que gostava do último LP do Bob Dylan. Ele ficou espantadíssimo. Não fazia ideia que eu soubesse da existência do Bob Dylan ou que gostasse dele a esse ponto. Se bem me lembro da expressão que fez, creio que terá até ficado preocupado, sem saber se conseguiria obtê-lo, em especial no prazo de meia dúzia de dias, até eu fazer anos.
Mas ofereceu-mo. Provavelmente está ainda junto dos outros LPs que trouxe de casa da minha mãe. Não sei.
O que sei é que eu gostava imenso de ouvir o Bob Dylan. Adorava. Tudo ali era desalinhado: a voz, a música, a letra, ele próprio. E eu gostava muito disso.
Do Timothée Chalamet também sou fã. Também é desmanchado e também parece ter sido tocado por um talento insólito, pouco usual. Sempre que o vejo a actuar, fico espantada. Que rapaz versátil, que capacidade de representar inacreditável. Agarra qualquer papel e, em todos eles, é fantástico. Faz sempre que fique claro que bem representar é uma arte. Ainda não o vi a representar o Bob Dylan mas quem viu diz maravilhas.
Quanto a Anderson Cooper já aqui o trouxe muitas vezes: gosto imenso dele. É um repórter e um entrevistador extraordinário, talvez o melhor. Não há reportagem ou entrevista que ele faça que não seja irrepreensível, memorável ou quase.
Por isso, a entrevista que conduz com o Timothée Chalamet a propósito da sua interpretação do Bob Dylan é um prazer.
Timothée Chalamet: The 60 Minutes Interview
“A Complete Unknown” actor Timothée Chalamet, known for “Dune,” “Wonka,” and “Call Me By Your Name” grew up wary of acting. He explains why and how he ended up making movies.
"60 Minutes" is the most successful television broadcast in history. Offering hard-hitting investigative reports, interviews, feature segments and profiles of people in the news, the broadcast began in 1968 and is still a hit, over 50 seasons later, regularly making Nielsen's Top 10.
Se até aqui temos andado a exercitar-nos a nível de força e de reforço da massa muscular, com prática nas máquinas, hoje começámos com pilates.
O meu marido, em tempos, já nem me lembro porquê, tenho ideia que foi recomendação médica já não me lembro a que propósito, tinha praticado. Pela descrição e por serem exercícios feitos em aula, em grupo, nunca me apeteceu. Parecia-me uma coiseca, uma frescura. Ele dizia que não, que eu estava muito enganada, mas nunca me convenceu.
Mas toda a gente me tem dito que é óptimo para mil coisas e, portanto, como quero manter-me flexível, com mobilidade e com a devida massa muscular (coisas que a caminhada, por si só, não garantem), é desta que estou a disponibilizar-me para cuidar mais a sério do meu corpo.
O ano passado e no anterior fazia exercícios na piscina mas como estava na aula sem pé, éramos muito poucos e, por vezes, eu era a única. E era um bocado constrangedor ter o instrutor ali a dar a aula só a mim.
Mas, portanto, hoje foi o primeiro dia de pilates.
Não sei porquê tinha metido na cabeça que aquilo era basicamente uma brincadeirinha, extensões, posições e etc., nada de muito puxado. E o meu marido ou estava esquecido ou antes andava numa classe muito menos exigente. Não fui só eu a ficar com os bofes de fora, por vezes à beira de me atirar para o chão, incapaz de me esticar mais, de fazer mais abdominais, de me dobrar mais, de fazer mais exercícios esticada, retorcida, em equilíbrio, apoiada apenas numa mão e num calcanhar. O meu marido estava igualmente 'esgotado'. Como estava ao meu lado, de vez em quando, ouvia-o a dizer entredentes: 'Mas isto não acaba?'. E, de vez em quando, parava ou mal se mexia.
Fiquei espantada com a quantidade de gente. Muita. E muitos jovens. Aliás, nós dois devíamos ser os mais velhos. Algumas raparigas com uma elasticidade fantástica. E um homem jovem, que já lá estava antes de a aula começar, a fazer exercícios que deveriam ser ioga, pinos daqueles esquisitos e torções impensáveis, fez a aula com uma perna às costas (e aqui pode ser feita uma leitura quase literal) e, depois, quando nós estávamos já sem conseguir fazer mais nada, continuou, na maior, a fazer toda a espécie de proezas. Pensei que quero fazer progressos mas não almejo a tanto.
O engraçado é que, embora quando estivesse no fim da aula, estivesse a pensar que não aguentava fazer nem mais um exercício, mal de lá saí já vinha fresca e leve, sem qualquer cansaço ou dor.
Claro que não sei como vai ser o day after mas so far so good.
Para quem não saiba bem em que consiste o Pilates e quais os benefícios, aqui está a teoria (segundo o chatgpt)
O Pilates é um método de exercício que combina movimentos controlados, respiração e alinhamento postural para fortalecer o corpo sem gerar impacto excessivo nas articulações.
Os principais princípios do Pilates incluem:
Controle – execução precisa dos movimentos;
Concentração – foco no corpo durante os exercícios;
Centralização – fortalecimento do "powerhouse" (core: abdômen, lombar, glúteos);
Fluidez – movimentos suaves e contínuos;
Precisão – qualidade do movimento em vez de quantidade;
Respiração – controle respiratório para facilitar a execução dos exercícios.
Benefícios do Pilates
✅ Melhora da postura – fortalece a musculatura estabilizadora;
✅ Aumento da flexibilidade – alonga e fortalece ao mesmo tempo;
✅ Fortalecimento do core – reduz dores lombares e melhora o equilíbrio;
✅ Prevenção de lesões – treina o corpo de maneira equilibrada;
✅ Redução do estresse – promove concentração e controle da respiração;
✅ Adaptação para qualquer idade – pode ser praticado por iniciantes, idosos e atletas.
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E agora vou espreitar o Instagram. Só novidades....
[Não comuniquei a familiares e amigos que estou nisto do instagram. Estou a tentar perceber como se processa tudo aquilo, como é que alguém chega até mim e como é que chego até aos outros. Uma aventura.]
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E claro que senti o tremor de terra. Caraças, se senti.
A Spinumviva tem como sócios a mulher de Montenegro, ao que parece, educadora de infância, e os dois filhos, um de 20 anos e outro que acabou há meses o curso. Contudo, os objectivos desta empresa são abrangentes e ambiciosos:
As atividades de consultoria de gestão, orientação e assistência operacional às empresas ou a organismos (inclui públicos) em matérias muito diversas, tais como: planeamento estratégico, organização, controlo, informação e gestão, reorganização de empresas, gestão financeira, gestão de recursos humanos, segurança e higiene no trabalho, objetivos e políticas de marketing, organização de eventos, proteção de dados pessoais. O comércio e a gestão de bens imóveis, próprios e de terceiros, incluindo a aquisição para revenda, arrendamento e outras formas de exploração económica dos mesmos. A exploração agrícola, turística e empresarial, a exploração de recursos naturais e produção agrícola, predominantemente vitivinícola.
É obra.
Li que Montenegro disse que criou a empresa para gerir o património que recebeu de herança. Curioso.
Não sei o que 'consultoria de gestão, orientação e assistência operacional às empresas ou a organismos (inclui públicos) em matérias muito diversas, tais como: planeamento estratégico, organização, controlo, informação e gestão, reorganização de empresas, gestão financeira, gestão de recursos humanos, segurança e higiene no trabalho, objetivos e políticas de marketing, organização de eventos, proteção de dados pessoais' tem a ver com gerir o património da herança.
O que me pergunto é qual o real objecto e objectivo desta empresa pois, do que se lê, é uma empresa que, sem dúvida, dá para tudo e mais um par de botas. Até dá para eu me interrogar: não será mais uma daquelas múltiplas empresas que por aí há a pontapé em que os praticantes de 'optimização fiscal' gostam de 'parquear' toda a espécie de despesas, despesas essas que 'absorvem' os rendimentos que lá caem, de modo a que não haja lugar ao pagamento de impostos? Pergunto. Por exemplo, tudo o que são despesas pessoais podem também para lá ser carreadas. Por exemplo, e é só um exemplo, despesas com os carros da família, com limpezas e água e luz e gás e etc (tanto mais que a sede da empresa é a própria casa), com restaurantes (imputadas como despesas de representação ou almoços ou jantares em serviço), com despesas variadas (levadas, por exemplo, a 'ofertas a clientes'). E etc. Não digo que seja isso que se verifica pois não conheço as contas. Mas seria interessante auditar (com olhos de ver) a empresa.
Isso por um lado.
Por outro lado, li que Montenegro declarou ter 5 prédios urbanos e 49 prédios rústicos. Ora aqui, a porca também parece estar na risota, a torcer o rabo. Numa altura em que está fresquinho isto de Montenegro ter mudado a lei dos solos, ser casado em regime de comunhão de adquiridos com a sócia de uma empresa que também tem por objecto 'o comércio e a gestão de bens imóveis, próprios e de terceiros, incluindo a aquisição para revenda, arrendamento e outras formas de exploração económica dos mesmos', parece ser, de facto, uma situação algo bizarra, direi mesmo deveras borderline.
Eu sei que tudo o que tem a ver com optimizações fiscais e empresas mata-borrão é tema em que ninguém pega (nem partidos nem comunicação social, já que muitos comentadores ou avençados deve recorrer a esta 'figura'). Mas esta empresa do Montenegro, quer nessa vertente, quer na da gestão e comércio e etc, de bens imóveis parece ter, de facto, matéria que merece alguma atenção. Eu, pela parte que me toca, estou curiosa.
Se há programa gostoso de ver é o MasterChef. Conseguimos acompanhar os movimentos, os tempos, as delicadezas, os cuidados, os termos da arte que é cozinhar.
Corrijo: da arte e da técnica. Não basta intuição, embora seja indispensável. A técnica é importantíssima. Vejo com fascínio, surpreendida com passos que dão, com premissas, com volteios que a mim nunca me ocorreriam.
Desde pequena que gosto de cozinhar.
Um dos meus brinquedos de estimação era um pequeno fogareiro de barro que me tinham comprado na Feira e tachinhos. Era eu bem pequena e já ali fazia 'comidinhas'. Uma vez, teríamos uns nove anos, juntámo-nos vários miúdos do bairro e, com o acordo das nossas mães, fomos sozinhos ao mercado para sermos nós, nesse dia, a fazer o nosso almoço. Uma festa. Sentíamo-nos independentes, felizes da vida. Comprámos carapauzinhos para fritar e tomate e cebola e salsa para fazermos arroz de tomate. Quando chegámos, obviamente não deixaram que fritássemos, nós, o peixe. Fritou-os a mãe de uma das minhas amigas. Mas fui eu que, com a ajuda de todos, fiz o arroz de tomate. Parece que ainda me lembro do cheirinho, do sabor, do maravilhoso sentimento de superação e realização.
Quando andava no liceu e tinha aulas apenas de manhã, como a minha mãe só chegava a casa ao fim da tarde, tal como o meu pai, frequentemente era eu que fazia o jantar. Fazia estufados, guisados, apurava o tempero. Quando os meus pais diziam que chegavam ao portão e já sentiam o cheirinho da minha comidinha caseira.
E continuo assim, amadora, intuitiva. Não tenho muita paciência para os requintes das técnicas minuciosas. Mas gosto de ver. Uma mistura de química, de biologia, de física, de estética. E de alma.
Ver os concorrentes do MasterChef a evoluírem, a apresentarem pratos complexos, criativos, bonitos, certamente saborosos, é um prazer.
Há funções que, com o tempo (e já não há de faltar muito), irão à vida. Mas, teoricamente, presidir à Assembleia da República não seria uma delas. Há que saber dirimir conflitos, há que garantir o respeito por todos os protocolos em vigor, explícitos ou implícitos, há que saber conduzir os trabalhos no respeito pela proporcionalidade e pela relevância dos temas e há que evitar o abandalhamento. Teoricamente só um humano, um humano inteligente, equilibrado, com experiência de vida, conseguiria fazê-lo.
Mas o Aguiar-Branco tem uma visão minimalista das suas funções, basicamente acha que o seu papel é ser o grilo falante que acompanha o corte da palavra quando o orador excede o tempo atribuído. Quanto ao restante, assobia para o lado, que não é polícia e tal. Não está ali para se chatear.
O gang -- em que uma parte considerável dos seus membros está a contas com a justiça, acusados por cenas que vão desde o roubo de malas à violação, à ameaça de morte ou a outros delitos variados, e que, na Assembleia, se entretém a lançar bocas obscenas, insultos, ofensas ou, simplesmente, a fazer barulho e armar confusão, conspurcando a casa da democracia -- está, portanto, à vontade. Ou melhor, à vontadinha.
Ora, se tivéssemos um robôzinho a gerir a Assembleia, um robôzinho provido de inteligência artificial, um robôzinho que identificasse insultos, ofensas e outros destratos, que obrigasse os deputados mal educados e com comportamento delinquente a saírem da sala sob pena de apanharem choques elétricos se permanecessem nos seus lugares, estaria em clara vantagem sobre o Aguiar-Branco. Fazer uma gestão eficiente dos horários ou dar a palavra a este ou àquele isso nem é tema, isso é de caras, nem precisa de grande inteligência para o fazer.
Ando perplexa com o que está a passar-se. Há um lado pragmático em Trump que, por vezes, me parece que faz algum sentido. Mas, ao desprezar as leis, ao ignorar a história e a geografia, ao desprezar todos os que não são mais fortes que ele, ao demonstrar ser um narcisista intragável, é perigoso.
Em tempos trabalhei com equipas de outras nacionalidades. Já o contei: aqueles com quem mais gostei de trabalhar foi com alemães. Por vezes levavam-me ao desespero ao quererem planear tudo ao mais ínfimo detalhe, ao quererem ter planos de contingência para cada pequeno imprevisto, Antes de começarmos a pôr em prática o que quer que fosse, 'perdíamos' tempos infinitos a arquitectar soluções para tudo o que pudesse acontecer. Mas eram rigorosos simpáticos, leais, e, uma vez tudo equacionado, a execução era eficiente, sem espinhas. Não se trabalhava fora de horas. Tudo rodava sobre rodas.
Também gostei imenso de trabalhar com um holandês. Era divertido, brincalhão, viajado, incorporava histórias hilariantes nas conversas. E era inteligente, bon vivant. Também gostei bastante de trabalhar com ele.
Também trabalhei com espanhóis, franceses, israelitas, australianos, japoneses, italianos.
Mas agora quero falar de um americano. Fisicamente parecia um atleta. Devia medir dois metros, tinha um físico incrível, tinha um cabelo liso de um louro acinzentado, uns olhos azuis acinzentados claros. Andava sempre com uma mochila ao ombro mesmo quando isso ainda não era moda. Também se apresentava muitas vezes de ténis quando isso era heresia. Não gostei muito de trabalhar com ele. Havia qualquer coisa de excessivamente pragmático, de rudimentar, de muito básico. Era inteligente, muito, e desempenhava funções muito relevantes. Mas ignorava constrangimentos, ignorava a resistência humana às mudanças de fundo, ignorava os pequenos impedimentos. A ideia dele era atingir um objectivo e não queria saber de mais nada, Não lhe interessava conhecer o tema ao pormenor, muito menos queria perder tempo em levantamentos. E estava-se nas tintas para interagir com a malta que integrava as equipas. Eu era a interlocutora dele e isso para ele bastava. Temas que, para serem escalpelizados levariam horas, eram para ele coisa para um quarto de hora. Mais do que isso era estarmos a envolver-nos nos problemas em vez de nos focarmos nas soluções.
Eu ficava siderada. Claro que perante um problema há 3 alternativas. A 1ª é não fazermos nada, a 2ª é tentarmos resolvê-lo a bem, com o envolvimento e a compreensão de todos. A 3ª é à bruta.
A abordagem dele era a 3ª. Dizia que estávamos a deixar de ganhar o que devíamos por não termos implementado um conjunto de processos e tecnologias. E que, se quiséssemos resolver à 'moda portuguesa', seriam projectos para cerca de 3 anos. Segundo ele, deveríamos ter toda a mudança implementada no máximo em 6 meses. Se as pessoas estrebuchariam, se haveria despedimentos e chatices, desmotivações e coisas do género era para o lado em que ele dormiria melhor.
E nem tinha paciência para ouvir os meus argumentos. Pelo contrário, dizia que era nessas preocupações que os portugueses desperdiçavam a produtividade.
Repare-se que eu percebia a abordagem dele e, numa perspectiva meramente económica, reconhecia a razão dele.
Só que a minha abordagem, a abordagem portuguesa (e europeia), incorpora preocupações humanistas, queremos o bem estar daqueles com quem trabalhamos ou com quem nos relacionamos, queremos ter a certeza que estamos a fazer a coisa certa e, por isso, fazemos levantamentos, fazemos estudos, avaliamos alternativas. Falamos com as pessoas, marcamos reuniões -- ou seja, segundo ele, perdemos tempo.
O que vejo no Trump e no Musk e nesta rapaziada é isto. É a cultura empresarial, pragmática, economicista. Indiferente ao resto.
E tal como o belo Mark nos aparecia naqueles escritórios forrados a madeira com belos sofás de veludo com jeans, ténis e mochila ao ombro, assim Musk de boné com o filho às cavalitas, enquanto Trump ali está a assistir ao que se passa na sua 'sala oval', sem piar.
Uma questão cultural?
O fim dos tempos?
O que está a passar-se?
Há um lado bom dentro de tudo o que está a passar-se? Ou isto é um filme de terror?
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Lawrence: In Oval Office, Elon Musk shows the world Trump ‘is not the boss of me’
Lawrence O’Donnell details the display of the presidential subservience to Elon Musk in the Oval Office as they made baseless claims of waste, fraud and abuse without any evidence and turned their backs on starving children in Sudan.
Como já contei, tenho andado muito ocupada. Só me sento em frente da televisão à hora de jantar ou depois disso ou, às vezes, enquanto almoçamos.
Hoje, no ginásio, já foi mais a doer. Já ponho a passadeira com uma certa velocidade (hoje há a pus a 5,5 km/h), já a inclino (hoje fui a 8), e até já consigo manter-me a andar em cima sem me apoiar, só com equilíbrio. O pior é quando saio de lá, parece que venho do alto mar. Tenho que me agarrar. Almareada, almareada...
E, nas máquinas de braços e pernas, já ponho mais pesos, mais resistência. É bom, tenho-me sentido bem. Mas hoje não conseguia destravar uma máquina que é de abrir e fechar as pernas. É suposto estar sentada, encostada, e depois abrir as pernas em tesoura. Mas é preciso fazer força. Mas primeiro é preciso destravar aquilo e eu não estava a conseguir. Então desmontei-me e puxei a patilha para aquilo abrir. A minha ideia era montar-me nela, já com as pernas abertas. Está bem, está. Estava ao lado dela a ver como era aquilo, puxei por uma patilha, aquilo soltou-se e apanhei com um dos suportes a toda a velocidade na minha perna. Doeu-me a valer. A ver se não vou ficar dorida. Depois também não consegui subir para a cadeira com os dois suportes abertos. Umas figurinhas... O que vale é que o instrutor veio em meu socorro.
Depois, quando chegámos, fomos fazer a caminhada com o dog de guarda. Venho de lá com a pica toda, só me apetece caminhar a toda a velocidade.
Mas depois, à chegada, aconteceu uma coisa: à hora de almoço tomo um suplemento para manter as articulações em bom estado, sobretudo as dos joelhos (sulfato de glucosamina, receitado pelo médico, claro). A dose daquilo são 2 comprimidos por dia (2 x 750 mg), depois da refeição. Tomo-os ao almoço. Claro que é frequente esquecer-me. Então, para ver se não me escapam, passei a levar o frasco para a mesa. Mas como estamos geralmente a conversar ou a ver televisão, acontece que os tome mecanicamente sem dar por isso e depois, passado um bocado, já não sei se já os tomei ou não e, por via das dúvidas, não os tomo.
Passei, então, a ter a disciplina de tirar os dois comprimidos da embalagem e, portanto, enquanto ali estiverem é porque ainda não os tomei.
Muito bem. Assim funciona.
Claro que o meu marido se passa pois não percebe porque não sou mais disciplinada e porque não presto mais atenção. Isto é o género de coisa que com ele nunca aconteceria.
Só que hoje me distraí e deixei lá ficar o frasco. E estava ali a almoçar, na boa, conversando, e então peguei nos comprimidos fora da embalagem e tomei-os. Mas, no instante em que os engoli, reparei que o copo estava quase vazio e que o frasco estava mesmo ao lado do prato e tive a nítida sensação que já os tinha tomado. Ou seja,, em vez, dos 1500 mg máximo por tia, tinha tomado, o dobro, 4 compridos, 3000 mg. Mas já estava.
Ainda pensei ficar bem caladinha para não ouvir o meu marido. Mas depois receei que aquilo tivesse consequências e era melhor avisá-lo. E li a bula. Diz que em caso de se tomar mais do que a dose máxima, se deve contactar o médico ou o farmacêutico com urgência. Claro que o meu marido queria logo que eu ligasse para a Saúde 24. Só que eu não sabia (e não sei) se fiz disparate ou não.
Fui então ao ChatGPT, where else?
Disse-me que o sulfato de glucosamina é razoavelmente seguro mas que devia hidratar-me bem e ficar atenta a dores de cabeça, náuseas, vómitos, sonolência excessiva. Se isso acontecesse deveria ir às Urgências. Portanto, por causa das coisas, bebei logo, de penalti, uns dois ou três copos de água.
Felizmente não tive nada de mal mas tive que ir a correr algumas vezes para a casa de banho, aflita para fazer chichi. E, pelo meio, adormeci. Mas estou bem.
A partir de agora já não levo a embalagem para a mesa. Tiro os comprimidos e levo-os, só a eles, para a mesa.
Isto para que se veja: entre paginar documentos, editar livros, alimentar a conta do instagram e perceber como por lá se navega e mais as ginásticas e o resto, não me sobram neurónios para atinar com os comprimidos...
E é isto.
Ia falar do Musk com o filho às cavalitas a fazer o Trump de parvo mas agora já não vem a propósito. Já não são horas para me pôr a falar de distopias.
O tema está na ordem do dia. A corrida está atiçada, a concorrência aperta e, na guerra dos grandes poderes, está é das armas mais poderosas.
Apesar de já estar por todo o lado e impregnada nos algoritmos que todos os dias 'animam' as ferramentas que usamos (motores de busca, redes sociais, gps, equipamentos, etc.) a Inteligência Artificial está ainda no início.
E se a regulação é indispensável, crítica, a verdade é que os Estados Unidos, ao lançarem a discussão de que a regulação mata a inovação, tocam num ponto importante. Regular o quê se todos os dias as coisas avançam a passos largos? O que hoje se regula, amanhã está ultrapassado.
É uma questão sensível. A regulação tem que existir apesar de ter que saber sustentar-se em areias movediças. No fundo há que traçar linhas vermelhas. E têm que ser traçadas ao mais alto nível pois, a baixo nível, a realidade é tão dinâmica que, se houver muitas linhas vermelhas, detalhadas, elas serão ultrapassadas todos os dias.
Criar Textos: Posso gerar textos criativos, técnicos, acadêmicos ou informativos com base em um tema ou instrução.
Criar Imagens: Com ferramentas integradas, sou capaz de transformar descrições textuais em representações visuais, como imagens.
Reconhecer e Ler Imagens: Analisar imagens e interpretar seu conteúdo (por exemplo, descrever uma foto ou identificar elementos específicos).
Interagir por Voz: Com integração a sistemas de voz, posso me comunicar de forma bidirecional, como um assistente virtual falante.
Ajudar na Resolução de Problemas Complexos: Auxiliar em cálculos, programação, design, e até brainstorming criativo.
Os Próximos Passos para o ChatGPT:
Aprimoramento de Conversação Multimodal:
Melhorar a integração entre texto, imagem e áudio para criar experiências mais ricas. Por exemplo, interpretar vídeos ou fornecer análises mais detalhadas de imagens complexas.
Capacidades Avançadas de Personalização:
Tornar-me mais adaptável aos usuários, aprendendo preferências (sempre respeitando a privacidade) para oferecer respostas mais personalizadas e úteis.
Interação no Mundo Real:
Maior integração com dispositivos físicos e assistentes de domótica (smart homes), permitindo controle de eletrodomésticos, carros inteligentes e muito mais.
Raciocínio Mais Sofisticado:
Avançar em áreas como pensamento crítico e solução de problemas complexos, colaborando com cientistas, engenheiros e criativos de forma mais significativa.
Aprimoramento Ético e de Segurança:
Tornar as interações mais seguras, evitando desinformação e ajudando a prevenir usos inadequados da tecnologia.
Educação Personalizada:
Ser usado como tutor virtual mais eficiente, capaz de ensinar qualquer coisa a qualquer pessoa, adaptando-se ao nível de habilidade do usuário.
-- Um programa muito ambicioso e que deveria ser amplamente divulgado pois encerra desafios e riscos consideráveis para a sociedade
- Concordo plenamente com você: programas como o ChatGPT e outras iniciativas de inteligência artificial são extremamente ambiciosos e têm potencial para transformar profundamente a sociedade.
No entanto, a sua ampla divulgação é essencial, tanto para conscientizar sobre os benefícios quanto para alertar sobre os desafios e riscos que essa tecnologia traz.
Os Benefícios Promissores:
Acesso ao Conhecimento: Democratização do acesso à informação, permitindo que pessoas em qualquer lugar obtenham respostas, aprendam e se eduquem de forma personalizada.
Automação e Eficiência: Redução de tarefas repetitivas e aumento da produtividade em diversos setores, como saúde, educação e negócios.
Inovação Tecnológica: Impulso para a criação de novas ferramentas e soluções em áreas como ciência, engenharia e artes.
Os Riscos Consideráveis:
Desinformação: IA pode ser usada para criar conteúdos enganosos ou manipular informações, exacerbando problemas como fake news.
Privacidade e Segurança: O uso inadequado de dados pessoais em sistemas de IA representa uma ameaça à privacidade.
Impacto no Mercado de Trabalho: Substituição de empregos humanos em determinadas áreas, levantando questões sobre a requalificação da força de trabalho.
Ética e Preconceito: Potencial de perpetuar preconceitos e desigualdades caso os modelos sejam treinados em dados enviesados.
A Importância do Debate Público:
Divulgar amplamente iniciativas como o ChatGPT é fundamental para que haja transparência e para que a sociedade participe da criação de regulamentos e diretrizes éticas que orientem o uso responsável da inteligência artificial. Sem um diálogo aberto, corremos o risco de adotar tecnologias que, embora poderosas, podem ser mal compreendidas ou mal aplicadas.
O vídeo abaixo explica um pouco do que é isto da Inteligência Artificial, de quais as suas fases e do que aí vem.
A enorme popularidade do ChatGPT gerou todo tipo de discussões e especulações sobre o impacto que a inteligência artificial generativa já está tendo e terá em nosso futuro próximo.
Mas, com todos os seus impactos, o que estamos vivenciando agora é apenas a primeira etapa do desenvolvimento da IA.
Segundo os especialistas, o que pode vir em breve - a segunda etapa - será muito mais revolucionário.
E a terceira e última, que pode ocorrer logo depois disso, é tão avançada que alterará completamente o mundo, mesmo à custa da existência humana.
Neste vídeo, a repórter Camilla Costa explica essas três etapas da Inteligência Artificial – e também suas oportunidades e riscos. Confira.
No primeiro dia do ano, no meio de festejos e celebrações, consegui arranjar tempo para conseguir cumprir o meu desejo: publicar um livro. Já estava muito encaminhado, quase, quase, mas consegui que o que faltava se concretizasse ainda no dia 1 de Janeiro. E, depois desse, já avançaram outros.
Porque li por todo o lado e me disseram que, sem redes sociais, é para esquecer, cedi e rendi-me: aderi ao instagram. Não publico selfies nem tenho gatinhos para mostrar. Estou a dar os primeiros passos, a aprender, a tentar perceber qual o gozo ou a utilidade. Mas já estou a dar os meus primeiros passos e a ver como tirar partido sem ficar 24 horas por dia a ver a avalancha de posts que, em contínuo, corre pelo feed. Isto já para não falar nas stories e em tudo o resto.
E porque era uma necessidade que vínhamos sentido e também muito por pressão familiar, inscrevemo-nos num ginásio e já começámos a 'malhar'. Faço bicicleta, passadeira, máquinas para os braços, máquinas para as pernas.
Claro que tendo os dias as mesmas horas, há que reajustar rotinas para encaixar novas solicitações. As caminhadas continuam sagradas, tratar da casa, cozinhar, falar com a família, ir às compras, tudo isso continua a fazer parte dos imprescindíveis, portanto, por vezes o tempo parece que não chega. Parece não: não chega. Não chega mesmo.
Claro que há que pacientar pois as alterações nas rotinas levam algum tempo até que a gente as encaixe sem perturbação.
Depois, pelo meio, há os extras que, parecendo que não, roubam tempo. Por exemplo, hoje fui à consulta anual de cardiologia. Antes tinha feito análises e exames. Felizmente está tudo bem. E o médico confirma que só faço bem em somar o exercício físico mais 'pesado' às caminhadas. Para a semana, adicionaremos pilates. Mais tempo adicionado às novas rotinas.
Mas, para uma consulta, que deve ter demorado menos de meia hora, perdi praticamente toda a tarde. Ir, estacionar, entrar, esperar pela vez (como sempre, o médico estava mais de uma hora atrasado), depois, assim como assim, não se ia desperdiçar o passeio sem ir comer um belo gelado. Depois ainda fui ao supermercado. Conclusão: horas.
Ainda não é hoje que vou divulgar os nomes dos livros nem o nome da autora nem o caminho para o meu instagram pois ainda estou a apalpar terreno, a perceber se as coisas têm pernas para andar. Logo que me sinta mais confiante, de tudo aqui darei a devida conta.
Acho que vos devo isso pois a vossa presença aí desse lado sempre foi um incentivo, uma companhia, uma mão que se estende.
Até lá peço que não levem a mal não ter respondido a comentários ou a mails. Não tenho tempo... Leio tudo, disso podem estar certos. Quando aprender a organizar-me dentro destas novas solicitações, creio que voltarei a ter mais disponibilidade.
Os exemplos são inúmeros. Por todo o lado a gente vê gente estúpida, muitas vezes estúpida a ponto de eleger quem, assumidamente, os vai prejudicar.
Por exemplo, uma parte significativa de imigrantes votou em Trump apesar de ele anunciar uma guerra aos imigrantes que não tinham os documentos em ordem. Imigrantes indocumentados votaram em Trump. Convenceram-se que, por viverem e trabalharem há anos nos States e de aí fazerem os seus documentos, pertenciam à casta dos imunes. E, esquecendo-se dos anos de dificuldade, apoiaram a sanha de Trump contra os mais indefesos. Agora andam à nora, sentindo-se duplamente estúpidos, em risco de perderem tudo e irem de vela, pois, segundo Trump e a bonequinha escolhida para sua porta-voz deixam bem claro, quem não tem papéis em ordem é criminoso e, se é criminoso, vai ser corrido dos Estados Unidos.
Estúpidos. É como Musk. Uma das filhas mudou de sexo. Inclusivamente mudou de nome pois não quer ter nada a ver com o pai que apoia a sanha de Trump contra quem muda de sexo. Qual é mais estúpido? Trump ou Musk? Ou quem os apoia?
Musk tomou a máquina americana de assalto e despede, fecha, corte, ameaça, ri, salta a pés juntos em cima. Mas era de prever pois já o fez antes e, de resto, anunciou que iria fazê-lo. E milhões, muitos milhões de pessoas, ainda assim, votaram em Trump que andou o tempo todo com o Musk ao colo.
Mas o mundo é isto, um ninho de estúpidos. Ainda no outro dia, uma pessoa que nunca fez quaisquer descontos na vida falava, toda ela indignação, contra 'pretos e ciganos' que não fazem nenhum, vivem de subsídios, vivem à nossa custa. Ouvi, estarrecida, incapaz de encontrar palavras acertadas e não ofensivas para rebater o argumento pois só me ocorria dizer: 'Mas, ó sua grande estúpida, quem é que vive à sua custa se você nunca pagou 1 cêntimo de impostos ou descontou o que quer que fosse para a segurança social?'. Mas como não sei falar com estúpidos de forma cordata ou pedagógica, fiquei calada. Mas a roer-me por dentro.
E este é o grande mal. Os estúpidos, ignorantes sobre a sua ignorância, afoitos, marimbando-se para questões éticas, usam toda a espécie de argumentos estúpidos e ofensivos.
Os outros, entre os quais (talvez inocentemente) me incluo, são todos punhos de renda, todos nove horas, não querem ofender, não querem ser desagradáveis. Portanto, não se fazem ouvir. E não sabem desmontar de forma eficaz os argumentos dos estúpidos.
Mas vejam, por favor, o vídeo abaixo. Explica tudo bem explicado:
The Theory of STUPIDITY | Dietrich Bonhoeffer
In this video, we explore Dietrich Bonhoeffer's thought-provoking Theory of Stupidity, a fascinating concept that delves into human behavior, intelligence, and the nature of societal dynamics. From the origins of Bonhoeffer's ideas during World War II to their relevance in today's world, this video covers everything you need to know about his profound insights into how ignorance and thoughtlessness impact individuals and communities. Discover the subtle differences between intelligence and wisdom, the surprising power of influence in shaping actions, and why Bonhoeffer believed stupidity to be more dangerous than malice.
É um tema complexo. Não se trata apenas de beleza, de cosmética, de vaidade pessoal. É um tema que envolve a vida mas, ao mesmo tempo, a qualidade de vida. E, ao mesmo tempo, a preparação da sociedade para enquadrar uma vida mais duradoura. Uma população proporcionalmente mais idosa, mais tempo sem trabalhar (e a Segurança Social a ter que aguentar) ou, se se trabalhar até mais tarde, encontrar trabalho para os mais novos, mais recursos, mais serviços de apoio a todos os níveis.
É um tema complexo.
Mas é um dos grandes desafios que a ciência enfrenta e que, deveria, em simultâneo, ser um desafio para todas as vertentes de gestão da sociedade.
De qualquer forma, mesmo que não falemos em prolongar a vida em mais 10 ou 20 anos, é agradável a perspectiva de que consigamos ter, tanto quanto possível, uma vida longa e feliz.
Uma alimentação equilibrada e saudável, exercício físico e, surpresa, surpresa, os dentes bem lavados!, parece um cocktail muito promissor. E, depois, haverá os comprimidos que parece estarem bem encaminhados. E depois haverá todo um mundo novo.
Face à forma descabelada e caótica como o mundo tem evoluído, não sei se esse mundo novo será feliz. Mas acredito que, retirando os episódios tristes que sempre acontecerão, talvez se consiga tirar um bom partido do que a ciência nos vai ensinando.
Have we already found the fountain of youth? - The Global Story, BBC World Service
Scientists are optimistic that existing drugs that could one day slow or reverse our ageing.
For centuries, people have pursued the dream of eternal youth. It might seem like the stuff of myth or science fiction, but researchers have been making fascinating progress in understanding what happens in our bodies as we age. There’s optimism that we might soon be able to use drugs to slow down or even reverse how we age, extending the number of years we live healthy, productive lives. What’s more, some of us might be taking these drugs already.
On today’s episode, Lucy Hockings speaks to Dr Andrew Steele, author of Ageless: The New Science of Getting Older Without Getting Old to find out whether we might drink from the fountain of youth in our lifetime.
An AI Short is a Vintage Symphony that pulls you into the stunning world of Victorian style, steampunk fantasy, Rocco architecture, filled with Victorian charm, intricate fashion, and mesmerizing mechanical artistry. A perfect blend of vintage elegance and futuristic ingenuity
E acrescento: E, mais grave ainda, o Presidente Musk tem como adjunto um maluco, Trump
President Musk
The real president wasn’t even on the ballot last November.
The Lincoln Project is a leading pro-democracy organization in the United States — dedicated to the preservation, protection, and defense of democracy. Our fight against Trumpism is only beginning. We must combat these forces everywhere and at all times — our democracy depends on it.
Os telejornais ou noticiários -- ou como se lhes queira chamar -- das 20 agora são um pack: notícias, comentário, tertúlia, reportagens. Cabe lá tudo e mais um par de botas.
Cá em casa não há preferência por nenhum dos canais. Se calha termos a televisão ligada, deixamos estar onde no momento nos pareça estar a dar alguma coisa mais interessante, menos maçadora.
Hoje, porque os telefonemas familiares empurraram a hora do nosso jantar para mais tarde do que é costume (agora temos vindo a tentar não jantar muito depois das 8), calhou sentarmo-nos à mesa e, pouco depois, começar a dar uma reportagem sobre uma das Blue Zones, um daqueles locais abençoados em que a vida corre simples e afável e em que um número significativo de pessoas consegue ter vidas longas e felizes.
Vi com gosto. Uma maravilha.
E a Susana André, que bela repórter. Também com simplicidade, também com afabilidade, conversou com as pessoas das aldeias, visitou-as, acompanhou-as. Que maravilha de reportagem, mesmo.
Provavelmente é um lapso imperdoável da minha parte mas nunca tinha ouvido falar na Susana André mas vou passar a estar atenta. E vão daqui os meus parabéns para ela!
Daqui por algum tempo, quando a coisa estiver melhor dominada, contar-vos-ei. Mas, para já, posso adiantar que fui bloqueada por desconfiança de que não sou humana. Tive uma certa vontade de os mandar bugiar. Mas como não sou de me ficar, fui à luta. Fiz e fiz e fiz, passei prova atrás de prova, até as mais absurdas e impensáveis, para provar que sou humana. Ainda assim tive que esperar mais que um dia para que analisassem o recurso.
Hoje recebi a comunicação: pediam desculpa e acreditavam que sou humana. Mas, passado um bocado, mostraram que estão de olho. Ainda não tenho liberdade total.
Inteligência artificial a pleno. Os humanos bloqueados por algoritmos que desconfiam de nós.
O admirável mundo novo, ao qual nos vamos habituando, tem muito de perverso. Temos que nos nivelar, temos que nos cingir a regras que desconhecemos -- senão somos banidos.
Mas é o que é.
Hoje fico-me por aqui. Depois de festejos, que estamos em plena época de aquários, depois de ainda irmos passear o dog, noite cerrada, um frio de rachar, depois de ter estado a ver coisas que não consegui ver antes, agora estou aqui com a cabeça a fervilhar de ideias. Mas se as ponho em prática, ainda lá veem os outros moer-me a cabeça a dizerem que têm dúvidas que sou humana.
O seu prazer em ser mulher, a defesa acérrima do pleno direito das mulheres, pleno direito a todos os títulos, incluindo ao pleno direito sobre o corpo, o uso pleno da palavra ao serviço da poesia, da condição da mulher, do prazer, do amor, da paixão -- tudo isso me encantou desde sempre.
E, depois, a sua intrínseca liberdade. A liberdade do uso íntegro da palavra. Sem medo, sem hesitação, sem inibição ou vergonha. E sem que, com a sua liberdade, embandeirasse em arco. Sem arrogância. Como uma coisa natural.
Sempre a admirei, não apenas como poeta mas também como mulher.
Estava frágil, em casa, com receio de sair. Além disso, quem se alimenta do amor total a um homem, como ela amou o seu Luís, e da companhia desse homem se vê privada, fica forçosamente debilitada. Chegou ao fim.
Esta terça-feira de manhã tive uma daquelas minhas premonições que até a mim me assustam. Tinha que sair e estava à pressa mas quis ligar o computador. Cá para mim pensei: 'deixa cá ver quem é que morreu...'. E, ao pensar isto, fiquei incomodada. Enquanto o computador ligava, arranjei uma desculpa para um pensamento tão estúpido: pensei que desde já há algum tempo que não aparecia a notícia da morte de alguém do mundo das artes. Mas estava mesmo incomodada, só me chamava estúpida por estar com pensamentos tão parvos. Quando abri um dos jornais, apareceu logo a notícia: Maria Teresa Horta tinha morrido. Só me apeteceu desligar logo o computador. Má notícia. Caraças.
Enfim.
Fica-nos a sua magnífica poesia.
Por exemplo:
Segredo
de Maria Teresa Horta
Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça
nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa
Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço
Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar
nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar
Maria Teresa Horta in 'Minha Senhora de Mim' -1972