A água do mar está boa. Estive um bom bocado dentro dela. Sabe bem estar dentro do mar, sentir-lhe as ondas, a frescura.
Está muito calor. A fera estava connosco. Escava, escava, enche tudo de areia e depois deita-se. Mas, sentindo que a areia não está suficientemente fresca, volta a escavar. Só quando a areia está húmida e mais fresca se mantém sossegado.
Levámo-lo à noite para o restaurante, uma esplanada, mas não correu bem. Desatou a ladrar de cada vez que o empregado se aproximava. Está cada vez mais territorial. O meu marido teve que acabar à pressa para ir passear com ele para longe. A minha filha mandou-me um artigo onde se refere que, quando os cães estão fora do seu ambiente normal, costumam ficar stressados e que nada melhor do que lhes aplicar uma dose de CBD. O meu marido disse: 'O pior é se ele se habitua'.
À noite, está um calor tropical. Chega a ser estranho. De dia, tórrido, de noite ainda quente. Não sopra aragem.
O mundo não está preparado para isto. Tanta civilização, tanto conhecimento acumulado e transmitido de gerações em gerações para chegarmos a esta altura do campeonato e estarmos metidos numa guerra medieval, com o planeta exausto e em vias de mandar os humanos às urtigas.
Enquanto isso, alguns fazem o pino para verem as coisas diferentes do que elas são, outros discutem o fim do namoro de umas so called celebridades ou o novo namorado deste ou daquela, umas bloggers fazem posts a opinar contra quem opina, outras desencantam opiniões de quem se acha mais inteligente do que outros ao prever catástrofes que obviamente vão acontecer pois estão a ser deliberadamente provocadas por um assassino psicopata (o que, por um estranho lapso mental, nessas análises é escamoteado). E, pelo meio, a grande empresária Cristina Ferreira partilha-se em poses pretensamente sensuais, Brad Pitt apresenta-se de saia e Marcelo vai a Fátima de duas em duas semanas. As coisas bizarras sucedem-se e parecem não seguir um sentido lá muito promissor.
Não há explicação.
Com um mundo tão maluco, com este calor a fritar-nos os miolos, não sei como vamos conseguir fazer alguma coisa de jeito para nos salvarmos.
Mas, se eu não sei, há quem consiga alinhar as ideias de uma forma convincente. Lamentavelmente não há legendas em português mas, pela oportunidade e pela clareza de exposição, ainda assim acho que vale a pena a partilha.
Yuval Noah Harari: The Actual Cost of Preventing Climate Breakdown | TED
Nobody really knows how much it would cost to avoid the worst impacts of climate change. Yet historian Yuval Noah Harari's analysis, based on the work of scientists and economists, indicates that humanity might avert catastrophe by investing the equivalent of just two percent of global GDP into climate solutions. He makes the case that preventing ecological cataclysm will not require the major global disruptions many fear and explains that we already have the resources we need -- it's just a matter of shifting our priorities.
2 comentários:
Agora compreende-se melhor a preocupação redobrada da fera.
É que eles andam aí, os lesados dos influencers:
https://cnnportugal.iol.pt/sef/influencers/sef-investiga-influencers-brasileiros-por-suspeitas-de-auxilio-a-imigracao-ilegal/20220722/62da4f920cf2f9a86eae5a27
Minha nossa santíssima! Acha que tenho cara de andar metida em sarilhos? Ah, não, de todo. Sou toda muito bem comportadinha. Até há quem me ache uma dondoca dos pés à cabeça...
Não deve ser isso, não.
Nem deve ser ralações com actividades dúbias da dona que fazem a fera virar um urso (embora costumem dizer-me que ele fica mais cão-de-guarda quando estou por perto). Deve achar que a dona é uma princesa que precisa de ser guardada não vá algum vilão querer portar-se mal.
Um bom sábado!
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