quinta-feira, agosto 12, 2021

A investigação que rodeia a vacinação e a investigação dos que são anti-vacinas

 

Vai por aí muita diversão em torno da maluquice daqueles inteligentes do Chega que, no Facebook, disseram que era lógico que o Ventura não se tivesse vacinado pois, se fosse, os socialistas ainda iriam aproveitar para o envenenarem. Ora não me parece que seja caso para se isolar uns pobres coitados apenas porque revelaram ignorância e parvoíce extremas.

De facto, o que por aí não falta é quem por mera ignorância, medo irracional do desconhecido (como o Paulo ontem referiu), estupidez encartada (e aqui refiro-me aos que veem conspirações e complots em cada canto e esquina), de forma mais ou menos escolada ou até pretensamente bem informados, desenvolvam teorias e argumentações para justificarem as suas decisões.

Não sei como se deve lidar com essa camada de pessoas que vive envolta em obscurantismos, em medos, em teorias baseadas num pot pourri de coisas lidas aqui e ali.

Claro que as redes sociais e a comunicação social avençada contribuem muito para a nebulosa que envolve estas pessoas. Conseguem sempre arranjar argumentos para se justificarem. Sabem sempre o que mais ninguém sabe ou conhecem o último estudo ou leram o último artigo. Ou sabem de casos que quase mais ninguém sabe. Ou acham que o que é divulgado nunca é  realidade toda. O mundo inteiro anda equivocado, só eles têm o conhecimento integral dos factos.

Tratando-se de um caso de saúde pública em que é indispensável a existência de medidas transversais e universalmente aplicáveis, os organismos de saúde deveriam munir-se de estratégias de comunicação para lidar com estas pessoas. Imagino que não seja fácil até porque as motivações dos que não se encaixam são díspares. Os que têm fobias não são mal intencionados,  devem é ser tratados. Os obscurantistas ignorantes devem ser convencidos a, humildemente, recolher à casota e lá ficar a estudar a lição antes de voltarem a latir. Os conspiracionistas, confusionistas e populistas devem ser desmascarados e expostos em toda a sua cretinice. Ou seja, deverá haver uma estratégia de comunicação para cada um destes grupos. 

Eu que não sou expert em comunicação -- e, em boa verdade, no que quer que seja -- limito-me a partilhar uma imagem que acho que fala por si, mostrando o que é a investigação séria dos que estudam as vacinas e a pseudo-investigação dos que se alimentam de teorias baseadas no que pescam por aqui e por ali.


No Bored Panda há um local onde se mostra como alguns se dão ao trabalho de tentar rebater os que são anti vacinas. 30 Satisfying Times Anti-Vaxxers Got Roasted. Convido-vos a verem pois pode ser que encontrem formas eficazes para rebaterem os anti-vaccers com que se cruzem. 

Retiro apenas mais um:


Nem mais.

1 comentário:

Paulo B disse...

Hahahahaha.

Mas digo já, a propósito dessa imagem: é empiricamente incorreta. Não são situações mutuamente exclusivas. Pelo contrário (E nas duas direções).