sexta-feira, abril 10, 2015

Para quem prefere mulheres perfeitinhas, caladinhas e submissas aqui fica a sugestão: RealDoll, o Rolls-Royce das bonecas sexuais


No número de Maio de 2015 da revista Vanity Fair, poderá ser visto um artigo sobre estas bonecas a quem o criador espera um dia conseguir vir a dar vida. E, de facto, já não deve faltar muito pois já quase parecem mulheres de verdade.

Lembro-me que uma vez vi um artigo sobre umas bonecas que, para além de parecer que respiram e que têm uma pele com temperatura e uma textura realística, estão também programadas para manter conversa com os seus donos. Podem falar de futebol, natureza, sociedade, etc., à escolha deles.


Ao comentar isto com colegas meus, um deles disse: 'Aí é que eles se espalharam. Caladas era melhor'. Rimo-nos todos já que conhecemos a mulher dele que, simpática, extrovertida e alegre, é capaz de estar um dia inteiro a conversar.

Há bocado, ao tentar perceber melhor este estranho mundo, fui parar a um artigo em que um homem dizia que tinha uma destas bonecas e que sentia por ela um verdadeiro amor. Vestia-a, penteava-a, conversava com ela, dormia com ela. Referindo-se à mulher artificial pelo nome próprio, dizia que ela era uma verdadeira companhia.

Leio isto e sinto-me inquieta. Que mundo estúpido este.

De manhã, ouvi no carro o Sebastião Salgado dizendo que a espécie humana é estúpida, destrói-se a si própria e que poderia desaparecer da face da Terra, que a Terra manter-se-ia viva, normal. De facto, também acredito que sim.



A alvorada dos robots sexuais




Transcrevo da Vanity Fair:

Created two decades ago by artist and entrepreneur Matt McMullen. McMullen’s dolls have almost single-handedly changed the world of sex toys, using cutting-edge technology to develop hyper-realistic sex partners that go for $5,000 and up.


Por acaso até nem as acho muito caras dada a perfeição e dado o trabalho que dão a fazer; e os engraçadinhos do costume até são capazes de dizer que saem mais baratas do que uma mulher a sério; mas eu interrogo-me sobre qual o grau de miséria a que é preciso se ter chegado para se querer viver com uma boneca destas em vez de se viver com uma pessoa de verdade. Mas, enfim, cada um sabe de si e já cá não está quem falou.


The Making of RealDoll, the Customizable, High-End Sex Toy





Existe um documentário mais completo, com a descrição mais pormenorizada do processo de construção destas estranhas mulheres e com imagens de detalhe de algumas partes do seu corpo mas, por poder chocar os Leitores (a mim choca-me, bolas), em vez de incluir o vídeo, deixo apenas aqui o link:

Honey Pie - Real Doll Creator Documentary


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Permitam: no post abaixo pode ser visto Dior and I, apesar de tudo um mundo um pouco mais real.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa sexta-feira.

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1 comentário:

Pôr do Sol disse...

Está o Mundo a enlouquecer a grande velocidade.

Loucura por loucura, eu terminaria aquela perfeição toda com a revolta destas "mulheres" a reduzirem, em grandes panelões, os seus criadores a massa inerte.

Adeus mundo cada vez pior.