terça-feira, março 03, 2015

Passos Coelho não sabia que tinha que descontar para a Segurança Social. Aguiar Tinto já veio dizer que o Primeiro-Ministro é um exemplo. Como presente por serem tão lindos, daqui lhes envio uma linda música: 'A mula da Cooperativa'. Ai és tão linda...!







Dúvidas sobre a omissão de rendimentos por Passos Coelho: a voz a João Ramos de Almeida no blogue Ladrões de Bicicletas



Posso estar enganado, mas parece-me que é bem mais complicada a verdadeira razão do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para não ter pago as contribuições à Segurança Social.

E por duas ordens de razões. Primeiro, recorde-se que, segundo o Público e ao contrário do que afirmou o porta-voz do PSD, quando tudo aconteceu não havia qualquer confusão com a possível acumulação de remunerações, como assalariado e independente.

"Entre o dia em que terminou o seu mandato de deputado, em Outubro de 1999, e Setembro de 2004, data em que recomeçou a descontar como trabalhador por contra de outrém, no grupo Fomentinvest, o então consultor da Tecnoforma não pagou quaisquer contribuições para a Segurança Social. Nesse período, além da Tecnoforma, onde era responsável pela área da formação profissional nas autarquias e auferia 2500 euros por mês mediante a emissão de recibos verdes, trabalhava também, sujeito ao mesmo regime, na empresa LDN e na associação URBE. Nos dois primeiros anos em questão foi igualmente dirigente do Centro Português para a Cooperação, organização não-governamental financiada pela Tecnoforma. Foi esta organização que esteve, em Outubro passado, no centro de uma controvérsia sobre o carácter remunerado ou não das funções que Passos Coelho aí exerceu, e sobre uma fraude fiscal que então teria praticado no caso de ter sido remunerado, como alegavam as denúncias então surgidas e por si desmentidas."


Ou seja, Pedro Passos Coelho recebia algo que sempre considerou ser, não remunerações, mas "despesas de representação" - "Não se trata de rendimentos", disse no Parlamento sobre a sua situação como deputado em exclusividade - e que, pelos vistos teria continuado a receber quando deixou o lugar de deputado. 

Por outras palavras, o que se trata é de algo um pouco pior do que não saber se eram devidas contribuições sociais. Tudo indicia ser, pois, uma ocultação de rendimentos.




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No fundo, o que se passou - segundo Edmundo Martinho, ex-presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) entre 2005 e 2011, a situação em que o primeiro-ministro confirmou encontrar-se entre 1999 e 2004 "corresponde aquilo que tecnicamente se chama, e é assim que é definida internacionalmente, uma situação continuada de evasão contributiva".


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Ai... tanto crocodilo...!

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Os sublinhados e engrandecimentos ilícitos no tamanho de letra são de minha responsabilidade. As quatro imagens provêm do blogue 77 Colinas. A canção que o Um Jeito Manso dedica ao ilustre Passos Coelho, o Rei dos casos mal contados e dos esquecimentos oportunos, e ao Aguiar Tinto, ao Trocas-e-Motas, ao Núncio do Microfone e aos outros que por aí andam entretidos a espatifar o País é, com vossa licença,  A Mula da Cooperativa numa inesquecível interpretação do grande Max. 

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1 comentário:

Anónimo disse...

Isto é o país dos inocentes. Passos Coelho não sabia, o Bava goês também não sabia e ninguém responsável sabe o que significa ser responsável, dar o exemplo, estar acima de qualquer suspeita. O cabotino do Passos devia era estar demitido há muito, mas por aí continua, ameaçando o povilheu com maiorias absolutas. E os “media” reproduzem as suas patacuadas. Um tipo não paga à Segurança Social, como sucedeu com um filho de um colega meu e está feito ao bife, com ameaças fiscais e todo tipo de terrorismo fiscal. Mas, enfim, são obrigações que não podemos deixar de respeitar. Mesmo o PM de Massamá. Até já se tinha esquivado com a Tecnoforma. E depois de pagar este atraso já voltou a estar na “pole-position” para novamente vir a ser PM. Este país faz-se lembrar um circo de aldeia. Uma coisa sórdida. Por aqui, no país, os macacos fazem o que lhes passa na real (ou República) gana, no circo ainda têm uns domadores para lhes explicar como deve ser. No “rectângulo”, o domador, em Belém, quer lá saber dos macacos, o que ele quer é que eles partam a loiça toda. E estão a conseguir isso com sucesso, diga-se de passagem. Basta ver o estado de coma em que o país se encontra.
P.Rufino