terça-feira, setembro 23, 2014

Paula Teixeira da Cruz e Nuno Crato, concorrentes na Casa dos Desgovernos, vão ao confessionário contar à Teresa Guilherme o que andam a fazer respectivamente com a salsicha jurídica e com a salsicha educativa. É capaz de não ser coisa deles, é capaz de ser missão ditada pela Voz (que, pelo tom de barítono, se suspeita ser Passos Coelho em pessoa)





Na Casa dos Desgovernos, Teresa Guilherme chama ao confessionário Paula Teixeira da Cruz.



- Paulinha, filha, então como tem passado?
Bem… 
- Bem? Não me parece...
- Bem… Tem razão: bem, bem não será. Alguns transtornos.
- Transtornos? Não me diga que esteve com o TPM, querida.
- O que é isso, Teresinha…?
- Ó filha, não me diga que não sabe… Toda a gente sabe o que é o TPM, querida. Ora veja lá se adivinha, puxe lá pela cabecinha.
- Ai Teresinha, como é que quer que eu adivinhe uma coisa dessas… TPM… TPM... Totó do Primeiro Ministro…? Não me faça rir, Teresinha. Está-me a perguntar se eu estive com o Totó do Primeiro Ministro…? Ai Teresinha, não seja assim, tão mazinha.
- Não, filha! Transtorno Pré-Menstrual, filha.
- Ai Teresinha, que ideia. Não, nada disso. Estive foi com alguns transtornos na salsicha.
- Credo, filha! Repita lá! Na salsicha...?!
- Sim, Teresinha, na chamada salsicha jurídica.
- Jurídica? Salsicha jurídica...? Ai filha, essa eu nunca lhe tinha ouvido chamar.
- Ai Teresinha, sempre a pensar no mesmo: sexo, sexo, sexo. 
- Ai filha, que assim ainda mais ajuda a dar mau nome às louras, filha. E não era para revelar já o seu segredo… Ai, todos tão burrinhos. Vá-se lá embora, querida. Para que é que já foi falar na sua salsicha? Ai, cabecinha oca... Olhe, querida, quer mandar beijinhos?
- Quero, Teresinha! Beijinhos para os senhores juízes, para os senhores advogados, para os réus, para as testemunhas, para todos, todos tão amigos dos seus amigos, e quero pedir desculpa pelos transtornos que a minha salsicha jurídica tem causado. nunca pensei que ela fosse engrossar tanto, juro, juro, Teresinha, nunca pensei, juro pela saúde do meu laparoto de estimação.
- Vá lá, filha, vá lá. E chame o Nuno.





Teresa Guilherme com Nuno Crato no confessionário


- Então Nuno, conte-me coisas.
- Sim, Teresa, diga lá o que quer que lhe conte. Mas antes deixe que lhe diga que está uma brasa, esse vestido fica-lhe a matar. Olhe, aqui só para nós, se a apanhasse à mão de semear, papava-a toda. E o babete capaz de até dar jeito. 
- Credo, filho, que me deixa sem jeito. Papanços são dentro da casa e é para se despacharem que a gente quer é cenas que dêem canal. Mas só o vejo a engonhar. A ver se passa à acção, ouviu?
- Ouvi, Teresa, mas com quem?
- Ai isso eu não sei, com qualquer uma ou qualquer um. Olhe, não gosta da Paulinha...? Mas já lá chegamos. Agora vamos começar pelo principio. Então, conte-me coisas: como é que tem passado?
- Bem, Teresa, sempre na maior. Sabe como é…
- Sei filho…? Não sei. Conte lá…
- Já sabe que eu sou um engatatão, ninguém escapa ao meu mamar doce.
- Alto! Pára tudo!
- Então, Teresa, o que foi…?
- Mamar doce? Conte, conte, que estou a gostar. Quem, quando, onde? Conte-me tudo. Não me poupe aos pormenores sórdidos. Tudo!
- Espere aí, Teresa, em que é que já está a pensar? 
- Eu, querido? Eu, nada. Você é que disse.
- Era uma maneira de dizer, Teresa, não sei bem o que aquilo quer dizer mas sua-me bem.
- Não é sua-me, querido, é soa-me.
- Se a Teresa o diz. Mas então, o que eu queria dizer e que já comecei a fazer lóbio.
- Lóbio? Mas o que é isso, Nuno? Eduquês?
- Fazer lóbio é facilitar, lubrificar, não sei se está ver, Teresa.
- Não querido, não estou a ver. Conte lá: quem é que você lubrificou?
- Mandei uma boneca com cara de Avoila ao Nogueira, mandei uma bandelete ao Santana Castilho, mandei alpista para os papagaios da televisão e, a títalo simbológico, mandei uma chamada salsicha educativa ao Fiolhais.
- Credo, filho! A títalo? Simbológico? Cruzes. E ao Fiolhais?! Ao Carlos Fiolhais? Uma salsicha? Mandou uma salsicha ao Fiolhais
- Esse mesmo. Mandei a mando da Voz mas mandei entregar em mão. Em mão, não. Pela goela abaixo, a ver se o gajo e os outros todos se calam com essa gaita da investigação e da avaliação e de andarem sempre a pegar no meu pé, que já nem os posso ouvir. Chiça! Cambada de pica-miolos!
- Ai, filho, que você é mesmo mauzinho.
- Não sou nada mauzinho, Teresa, a salsicha era pequenina. Já era antes mas, nas minhas mãos, ainda mirrou mais.
- Mas mesmo assim, e mesmo que seja missão ditada pela Voz, você é mauzinho. Andar a maltratar o pobre do Fiolhais e os outros cientistas, investigadores, professores com salsichas educativas, por muito mirradas que sejam, é ser mauzinho, ó Nuno.
- Não sou mauzinho, sou é maoista.
- Maoista, querido? Mas disse isso aqui....?! Esse não era o seu segredo? Ai, credo, que burrinho me saíu, todos tão burrinhos, parece que foram escolhidos a dedo, credo. Olhe, quer mandar beijinhos, filho?

- Não, Teresa, que eu sou muito macho, só mando caneladas  e encontrões, por minha vontade mandava era implodir esta merda toda. E preciso é de me despachar daqui porque parece que a Voz quer que eu vá aumentar o tamanho de algumas salsichas para as mandar entregar não sei bem onde, parece que é ao Palácio das Laranjeiras e ao de Belém. 
- Ai, credo, filho, diga mas é à Voz para ir ao psicanalista. Que é que se terá passado com ele, no passado, para andar com essa pancada das salsichas e de aumentar salsichas, credo? Ele devia era tratar-se,
- Está bem, Teresa, vou já e eu digo-lhe que a Teresa disse para ele ir a um médico de tarados.
- Não disse bem isso, mas isso também agora não interessa para nada, diga o que quiser, querido. Até amanhã. Dê lá beijinhos aos seus colegas da Casa. E vá mas é consolar a Paulinha que me apareceu aqui quase a chorar, a queixar-se de transtornos na salsicha.
- Está bem, Teresa, vou ver se a meto no citius.
- Vá lá, filho, vá, Beijinhos!




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E, já agora, se falamos em aumentar salsichas, em Passos Coelho ou na Casa dos Segredos, let's Think Dirty


(Marty Feldman e a Hot Dog lady - Sexy, Funny, Saucy)





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E, assim sendo, desçam até ao post a seguir, meus Caros, que já aqui abaixo poderão espreitar pelo buraco da fechadura e assistir à sessão de psicanálise da Voz (digo, do putativo barítono Passos Coelho). Vamos ver de onde lhe apareceu esta da salsicha.





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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira 
- e, de preferência, sem trombas de água que é para não culparem o António Costa 
(mesmo que as ruas alagadas sejam as as Caldas da Rainha ou do Porto)


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2 comentários:

Anónimo disse...

Magistral!
P.Rufino

FIRME disse...

EH PÁ...Fosse este o guião da barraca dos segredos,aqui estava 1 fiel seguidor deste intervalo de completo esvaziar de raciocínio,que se exige a qualquer mente que ainda resiste e pensa !!!Se me permite,vou agora expressar um voto de desconfiança!Em quem???? A EX COLEGA DO BARROSO,COM QUEM COME E BEM...pelo anafado corpinho (muito bem), ANA DRAGO? não!ANA AVOILA? não!Não adivinham??? Podia ser a Ana bola...não é! ANA GOMES...CARAGO! Fiquei esclarecido,ácerca da idoneidade dos atuais jornaleiros da antena 1 que se devia reger pelo rigor e isenção! Qual quê...O sr MAICEDO,que devia ,mesmo tardiamente ,radiar com classe,brindou-nos com o seu companheiro,Luis SOARES,no cOnselho superior,com um momento de tempo de antena do a(tóninho)zito seguro,quando a pergunta era sobre a lavagem do rabinho do LÁPARO,cheio de maximatose!!! Oh ana,todo o crédito que arranjaste á custa do sr GUTERRES FOICE...Refiro-me á questão de TIMOR...META-SE COM OS SUBMARINOS,HÁ-DE LÁ HAVER MARINHEIROS JOVENS CARENTES DE CONSELHOS,E NÃO SÓ...