quarta-feira, março 12, 2014

O texto completo do Manifesto dos 70 relativo à Reestruturação da Dívida [Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente]. E uma pergunta: vai Cavaco Silva também despedir Bagão Félix do Conselho de Estado?


Bagão Félix, subscritor do Manifesto dos 70, na SIC N
mostrou-se incomodado com a forma desrespeitadora como Passos Coelho,
sem ter lido o Manifesto, falou do que não sabia,
pronunciando-se sobre o que não está no documento,
e tratou os seus subscritores como 'essa gente'.


E Bagão Félix explicou que vai continuar a defender o Pais porque é um cidadão livre.

*


  • Porque concordo com as palavras, está claro, bem escrito 
  • porque sei que matematicamente não é possível pagar esta dívida mas nem que a vaca tussa (o que, aliás, está expresso no prefácio aos roteiros do Cavaco:
Pressupondo um crescimento anual do produto nominal de 4 por cento e uma taxa de juro implícita da dívida pública de 4 por cento, para atingir em 2035 o valor de referência de 60% para o rácio da dívida, seria necessário que o orçamento registasse, em média, um excedente primário anual de cerca de 3% do PIB
coisa que toda ela é histórica e estatisticamente impossível de acontecer)
  • porque mais vale olhar as coisas de frente e arranjar uma forma séria de as resolver do que armar-se em estúpido e persistir em políticas erradas que só levam ao crescimento da dívida
  • porque o documento revela seriedade e boas intenções e isso, nos tempos que correm, é uma raridade
  • porque é bom que pessoas de áreas tão díspares se unam para defender o País

aqui transcrevo todo o documento:



Nenhuma estratégia de combate à crise poderá ter êxito se não conciliar a resposta à questão da dívida com a efectivação de um robusto processo de crescimento económico e de emprego num quadro de coesão e efectiva solidariedade nacional. Todos estes aspectos têm de estar presentes e actuantes em estreita sinergia. A reestruturação da dívida é condição sine qua non para o alcance desses objectivos.

O que reúne aqui e agora os signatários, que têm posições diversas sobre as estratégias que devem ser seguidas para responder à crise económica e social, mas que partilham a mesma preocupação quanto ao peso da dívida e à gravidade dos constrangimentos impostos à economia portuguesa, é tão-somente uma tomada de posição sobre uma questão prévia, a da identificação das condições a que deve obedecer um processo eficaz de reestruturação.

O que a seguir se propõe tem sempre em atenção a necessidade de prosseguir as melhores práticas de rigorosa gestão orçamental no respeito das normas constitucionais, bem como a discussão de formas de reestruturação honrada e responsável da dívida no âmbito de funcionamento da União Económica e Monetária, nos termos adiante desenvolvidos.

A actual dívida é insustentável na ausência de robusto e sustentado crescimento


A crise internacional iniciada em 2008 conduziu, entre outros factores de desequilíbrio, ao crescimento sem precedentes da dívida pública. No biénio anterior, o peso da dívida em relação ao PIB subira 0,7 pontos percentuais, mas elevou-se em 15 pontos percentuais no primeiro biénio da crise. No final de 2013 a dívida pública era de 129% do PIB e a líquida de depósitos de cerca de 120%. O endividamento externo público e privado ascendeu a 225% do PIB e o endividamento consolidado do sector empresarial a mais de 155% do PIB. A resolução da questão da dívida pública não só se impõe pelas suas finalidades directas, como pela ajuda que pode dar à criação de condições favoráveis à resolução dos problemas específicos do endividamento externo e do sector empresarial, que são igualmente graves.

A dívida pública tornar-se-á insustentável na ausência de crescimento duradouro significativo: seriam necessários saldos orçamentais primários verdadeiramente excepcionais, insusceptíveis de imposição prolongada.

A nossa competitividade tem uma base qualitativa demasiado frágil para enfrentar no futuro a intensificação da concorrência global. É preciso uma profunda viragem, rumo a especializações competitivas geradas pela qualidade, pela inovação, pela alta produtividade dos factores de produção envolvidos e pela sagaz capacidade de penetração comercial em cadeias internacionais ou nichos de mercado garantes de elevado valor acrescentado.

Trata-se certamente de um caminho difícil e de resultados diferidos no tempo. A sua materialização exige continuidade de acção, coerência de estratégias públicas e privadas, mobilização contínua de elevado volume de recursos, bem como de cooperação nos mais diversos campos de actividade económica, social e política. Será tanto mais possível assegurar a sustentabilidade da dívida, quanto mais vigoroso for o nosso empenho colectivo no aproveitamento das oportunidades abertas pela reestruturação no sentido de promover esse novo padrão de crescimento.

É imprescindível reestruturar a dívida para crescer, mantendo o respeito pelas normas constitucionais


Deixemo-nos de inconsequentes optimismos: sem a reestruturação da dívida pública não será possível libertar e canalizar recursos minimamente suficientes a favor do crescimento, nem sequer fazê-lo beneficiar da concertação de propósitos imprescindível para o seu êxito. Esta questão é vital tanto para o sector público como para o privado, se se quiser que um e outro cumpram a sua missão na esfera em que cada um deles é insubstituível.

Sem reestruturação da dívida, o Estado continuará enredado e tolhido na vã tentativa de resolver os problemas do défice orçamental e da dívida pública pela única via da austeridade. Deste modo, em vez de os ver resolvidos, assistiremos muito provavelmente ao seu agravamento em paralelo com a acentuada degradação dos serviços e prestações provisionados pelo sector público. Subsistirá o desemprego a níveis inaceitáveis, agravar-se-á a precariedade do trabalho, desvitalizar-se-á o país em consequência da emigração de jovens qualificados, crescerão os elevados custos humanos da crise, multiplicar-se-ão as desigualdades, de tudo resultando considerável reforço dos riscos de instabilidade política e de conflitualidade social, com os inerentes custos para todos os portugueses.

Por outro lado, a economia sofrerá simultaneamente constrangimentos acrescidos, impeditivos em múltiplas dimensões do desejável crescimento do investimento, da capacidade produtiva e da produtividade, nomeadamente pela queda da procura e desestruturação do mercado, diminuição da capacidade de autofinanciamento, degradação das condições de acesso, senão mesmo rarefacção do crédito da banca nacional e internacional, crescente liquidação de possibilidades competitivas por défice de investimento e inovação. Por maioria de razões, o ganho sustentado de posições de referência na exportação ficará em risco e inúmeras empresas ver-se-ão compelidas a reduzir efectivos.

Há que encontrar outros caminhos que nos permitam progredir. Esses caminhos passam pela desejável reestruturação responsável da dívida através de processos inseridos no quadro institucional europeu de conjugação entre solidariedade e responsabilidade.

Há alternativa.

A reestruturação deve ocorrer no espaço institucional europeu


No futuro próximo, os processos de reestruturação das dívidas de Portugal e de outros países – Portugal não é caso único – deverão ocorrer no espaço institucional europeu, embora provavelmente a contragosto, designadamente dos responsáveis alemães. Mas reacções a contragosto dos responsáveis alemães não se traduzem necessariamente em posições de veto irreversível. Veja-se o que vem sucedendo com a Grécia, caso irrepetível, de natureza muito diferente e muito mais grave, mas que ajuda a compreender a lógica comportamental dos líderes europeus. Para o que apontam é para intervenções que pecam por serem demasiado tardias e excessivamente curtas ou desequilibradas. Se este tipo de intervenções se mantiver, a União Europeia correrá sérios riscos.

Portugal, por mais que cumpra as boas práticas de rigor orçamental de acordo com as normas constitucionais – e deve fazê-lo sem hesitação, sublinhe-se bem –, não conseguirá superar por si só a falta dos instrumentos que lhe estão interditos por força da perda de soberania monetária e cambial. Um país aderente ao euro não pode ganhar competitividade através da política cambial, não lhe é possível beneficiar directamente da inflação para reduzir o peso real da sua dívida, não pode recorrer à política monetária para contrariar a contracção induzida pelo ajustamento e não tem banco central próprio que possa agir como emprestador de último recurso. Mas se o euro, por um lado, cerceia a possibilidade de uma solução no âmbito nacional, por outro, convoca poderosamente a cooperação entre todos os Estados-membros aderentes. A razão é simples e incontornável: o eventual incumprimento por parte de um país do euro acarretaria, em última instância, custos difíceis de calcular, mas provavelmente elevados, incidindo sobre outros países e sobre o próprio euro. Prevenir as consequências nefastas desta eventualidade é, de facto, um objectivo de interesse comum que não pode ser ignorado.

Após a entrada em funções da nova Comissão Europeia, deverá estar na agenda europeia o início de negociações de um acordo de amortização da dívida pública excessiva, no âmbito do funcionamento das instituições europeias. Na realidade, esse processo já foi lançado e em breve iniciará o seu caminho no contexto do diálogo interinstitucional europeu, entre Comissão, Conselho e Parlamento. É essencial que desse diálogo resultem condições fundamentais para defender sem falhas a democracia nos Estados-membros afectados, como valor fundacional da própria União.

Três condições a que a reestruturação deve obedecer


A Comissão Europeia mandatou um grupo de peritos para apresentar, designadamente, propostas de criação de um fundo europeu de amortização da dívida. O seu relatório será publicado antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu. Essas propostas juntar-se-ão a várias outras formuladas nos últimos quatro anos. Recorde-se que a presente tomada de posição visa apenas a questão prévia da identificação das condições a que deve obedecer um processo eficaz de reestruturação. Serve-nos de guia o exposto sobre a dívida portuguesa, mas pensamos que as condições adiante sugeridas defendem também os melhores interesses comuns dos países do euro.

Tendo presente que a capacidade para trazer a dívida ao valor de referência de 60% do PIB depende fundamentalmente de três variáveis (saldo orçamental primário, taxa de juro implícita do stock de dívida e taxa nominal de crescimento da economia), identificam-se três condições a que deve obedecer a reestruturação da dívida.

1) Abaixamento da taxa média de juro

A primeira condição é o abaixamento significativo da taxa média de juro do stock da dívida, de modo a aliviar a pesada punção dos recursos financeiros nacionais exercida pelos encargos com a dívida, bem como ultrapassar o risco de baixas taxas de crescimento, difíceis de evitar nos próximos anos face aos resultados diferidos das mudanças estruturais necessárias. O actual pano de fundo é elucidativo: os juros da dívida pública directa absorvem 4,5%. do PIB. Atente-se ainda no facto de quase metade da subida da dívida pública nos últimos anos ter sido devida ao efeito dos juros.

2) Alongamento dos prazos da dívida

A segunda condição é a extensão das maturidades da dívida para 40 ou mais anos. A nossa dívida tem picos violentos. De agora até 2017 o reembolso da dívida de médio e longo prazo atingirá cerca de 48 mil milhões de euros. Alongamentos da mesma ordem de grandeza relativa têm respeitáveis antecedentes históricos, um dos quais ocorreu em benefício da própria Alemanha. Pelo Acordo de Londres sobre a Dívida Externa Alemã, de 27 de Fevereiro de 1953, a dívida externa alemã anterior à II Guerra Mundial foi perdoada em 46% e a posterior à II Guerra em 51,2%. Do remanescente, 17% ficaram a juro zero e 38% a juro de 2,5% Os juros devidos desde 1934 foram igualmente perdoados. Foi também acordado um período de carência de cinco anos e limitadas as responsabilidades anuais futuras ao máximo de 5% das exportações no mesmo ano. O último pagamento só foi feito depois da reunificação alemã, cerca de cinco décadas depois do Acordo de Londres. O princípio expresso do Acordo era assegurar a prosperidade futura do povo alemão, em nome do interesse comum. Reputados historiadores económicos alemães são claros em considerar que este excepcional arranjo é a verdadeira origem do milagre económico da Alemanha. O Reino Unido, que alongou por décadas e décadas o pagamento de dívidas suas, oferece outro exemplo. Mesmo na zona euro, já se estudam prazos de 50 anos para a Grécia. Portugal não espera os perdões de dívida e a extraordinária cornucópia de benesses então concedida à Alemanha, mas os actuais líderes europeus devem ter presente a razão de ser desse Acordo: o interesse comum. No actual contexto, Portugal pode e deve, por interesse próprio, responsabilizar-se pela sua dívida, nos termos propostos, visando sempre assegurar o crescimento económico e a defesa do bem-estar vital da sua população, em condições que são também do interesse comum a todos os membros do euro.

3) Reestruturar, pelo menos, a dívida acima de 60% do PIB

Há que estabelecer qual a parte da dívida abrangida pelo processo especial de reestruturação no âmbito institucional europeu. O critério de Maastricht fixa o limite da dívida em 60% do PIB. É diversa a composição e volume das dívidas nacionais. Como é natural, as soluções a acordar devem reflectir essa diversidade. A reestruturação deve ter na base a dívida ao sector oficial, se necessário complementada por outras responsabilidades de tal modo que a reestruturação incida, em regra, sobre dívida acima de 60% do PIB. Nestes termos, mesmo a própria Alemanha poderia beneficiar deste novo mecanismo institucional, tal como vários outros países da Europa do Norte.

Os mecanismos da reestruturação devem instituir processos necessários à recuperação das economias afectadas pela austeridade e a recessão, tendo em atenção a sua capacidade de pagamento em harmonia com o favorecimento do crescimento económico e do emprego num contexto de coesão nacional. Se forem observadas as três condições acima enunciadas, então será possível uma solução no quadro da União e da zona euro com um aproveitamento máximo do quadro jurídico e institucional existente.

A celeridade da aprovação e entrada em funcionamento do regime de reestruturação é vital. A única maneira de acelerar essa negociação é colocá-la desde o início no terreno firme do aproveitamento máximo da cooperação entre Estados-membros, de modo a acolher o alongamento do prazo de reestruturação, a necessária redução de juros e a gestão financeira da reestruturação, tendo em atenção as finalidades visadas pelos mecanismos de reestruturação.

Cada país integraria em conta exclusivamente sua a dívida a transferir e pagaria as suas responsabilidades, por exemplo, mediante a transferência de anuidades de montantes e condições pré-determinadas adequadas à capacidade de pagamento do devedor. As condições do acordo a estabelecer garantiriam a sua estabilidade, tendo em conta as responsabilidades assumidas por cada Estado-membro. Deste modo, a uma sã e rigorosa gestão orçamental no respeito das normas constitucionais acresceria o contributo da cooperação europeia assim orientada. As condições relativas a taxas de juro, prazos e montantes abrangidos devem ser moduladas conjugadamente, a fim de obter a redução significativa do impacto dos encargos com a dívida no défice da balança de rendimentos do país e a sustentabilidade da dívida pública, bem como a criação de condições decisivas favoráveis à resolução dos constrangimentos impostos pelo endividamento do sector empresarial público e privado e pelo pesado endividamento externo.

O processo de reestruturação das dívidas públicas já foi lançado pela Comissão Europeia. Fomos claros quanto a condições a que deve obedecer esse processo. A sua defesa desde o início é essencial. O nosso alheamento pode vir a ser fatal para o interesse nacional

A reestruturação adequada da dívida abrirá uma oportunidade ímpar, geradora de responsabilidade colectiva, respeitadora da dignidade dos portugueses e mobilizadora dos seus melhores esforços a favor da recuperação da economia e do emprego e do desenvolvimento sustentável com democracia e responsabilidade social.



Por quanto ficou dito, os signatários reiteram a sua convicção de que a estratégia de saída sustentada da crise exige a estreita harmonização das nossas responsabilidades em dívida com um crescimento duradouro no quadro de reforçada coesão e solidariedade nacional e europeia.

Estes são os termos em que os signatários apelam ao debate e à preparação, em prazo útil, das melhores soluções para a reestruturação da dívida.



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Eu sei que o documento está tão bem escrito e tão bem fundamentado que não vai conseguir ser assimilado por essa raça barata de caniches que não consegue ler textos que não caibam num tweet. Por isso, toda essa cãozoada por aí vai andar a encher os canais de televisão e de jornais a dizer parvoíces que nada têm a ver com o que aqui se escreve. Pode ser que um dia sejam postos com dono.


10 comentários:

Anónimo disse...

Cara UJM,
Concordo inteiramente com a sua posição aqui expressa. Sobre este assunto acabei de me pronunciar no Blogue da nossa estimada Helena Sacadura Cabral - Fio de Prumo.
Quanto a Bagão Felix, já em mais do que uma ocasião deixei expresso que o acho uma pessoa sensata, ponderada, democrata, com sensibilidade social e que respeito - independentemente de outras divergências políticas, que acho irrelevantes aqui para o caso.
Quanto a Passos, é o típico pateta político que gosta de falar do que não sabe. Ou seja, os políticos que hoje temos e nos desgovernam. Já o PR veio dar mais um tiro nos seus pés, já desfeitos de tanta asneira política dita e praticada. Dois cadávers politicos, ele e o PM que em devido tempo serão enterrados sob terra pesada!
P.Rufino

Olinda Melo disse...


É importante que a sociedade civil tome posição sobre a Dívida, como é o caso deste Manifesto. Há que mostrar que existem neste país cabeças que pensam. Não se pode continuar de cara alegre como se estivéssemos a navegar num mar de rosas.

Obrigada, UJM.

Bj

Bob Marley disse...

trailer do filme 300 (70 - nova versão)http://www.youtube.com/watch?v=Er1cENnQM4U

voltando à vaca fria da eleição solitária do coelho, nem uma lebre alguém lançou, 2015 vem longe,e há tachos em aberto, parece que vai haver obras em força. depois parece-me que esta malta tá naquela idade de poder dizer o que pensa , em vez de pensar o que diz

por isso do filme que não conseguiu ver, tenho mais em que pensar, do que me preocupar com manifestos.Ou partem para a acção concreta quando há oportunidade, ou calem-se para sempre.


não vi que o Seguro tenha assinado, e como é o provável próximo 1.º,esse é que tinha interesse (usar a táctica do santana, andando por aí, parece que dá resultado)

ou seja, tudo normal, desde que se fique nos bitaites

e depois não esquecer, que ele foi pela mão do balsemão receber a bênção de quem realmente manda,e por segurança, levou a maria vai com todos, não vá o povo surpreender

Bob Marley disse...

centenas de concertos (para ouvir música que seja da boa) - http://www.jocortez.com/documents/concertos_ao_vivo.html

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Que a dívida não dá para se pagar e não faz outra coisas senão crescer, isso é um dado adquirido. Agora ou se faz de conta que não se percebe nada ou se enfrenta o problema de frente. Não é não pagar: é renegociar prazos, juros, condições.

Reestruturar uma dívida é o dia a dia de um CFO ou director financeiro de uma qualquer organização. Só alguém muito ignorante ou burro é que vê nisso uma coisa estranha.

Tomara que os astros o ouçam, P. Rufino, e enterrem politicamente as avantesmas que por aí andam a assombrar a nossa vida.

Um Jeito Manso disse...

Olinda,

É isso mesmo.

Temos um monstro a crescer e a alimentar-se do nosso sangue. Porque haveremos de ficar passivos, calados, sem reagir, fazendo de conta que não se passa nada?

Claro que deveremos falar nesta desgraça e ver a melhor forma de controlar o diabo do monstro.

Gostei de ler a sua posição.

Obrigada, Olinda.

Beijinho.

Um Jeito Manso disse...

Caro Bob Marley,

Explicar, propor, criar o ambiente para se avançar num sentido é, em si, uma acção. Não é coisa que se pegue em paus e se desate a partir vidros.

Isto é coisa para se fazer com pés e cabeça, com responsabilidade.

O Manifesto, juntando pessoas tão díspares, é um acto de coragem e todos o devemos levar a sério e apoiar. A pior coisa é desprezá-lo.

Bob Marley disse...

aparecer uma candidatura alternativa não é propriamente pegar em paus e partir vidros, e se ele levasse uma guia de marcha, pelos próprios militantes, ficava numa situação muiiiito complicada.Ideia de um militante desde 1985, mas que nunca teve nem tem intenções de ter tachos.É uma das vantagens de ser a chamada Base.

isto é um país do wing, wing (vulgo faladura)

Bob Marley disse...

enquanto se fazem análises morfológicas ao manifesto, a realidade segue o seu caminho - http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=3728171&especial=Revistas+de+Imprensa&seccao=TV+e+MEDIA
(fanado de novaziodaonda)

numa coisa admiro este gajos (pena que estejam, no outro lado da barricada), falam menos e f... mais

Bob Marley disse...

e eles têm tempo de antena e tudo - http://www.publico.pt/politica/noticia/psd-chumba-inquerito-a-negocios-de-marques-mendes-na-madeira-1628139