Miguel Relvas é vaiado, insultado e impedido de falar numa conferência da TVI no ICSTE - saíu a custo, entre os seus seguranças, no meio da maior turbulência

Não dou novidade a ninguém, são imagens vistas e revistas (a esta hora devem estar a espalhar-se na internet de uma forma viral) mas não quero deixar de as ter aqui. Refiro-me à gravação dos momentos inimagináveis de um ministro vaiado e impedido de falar num evento público - e isto menos de 24 horas depois da cena triste do curioso Clube dos Pensadores.

Até quando o Vai-Estudar-ó-Relvas vai sujeitar-se a este vexame? O País perdeu o respeito ao Relvas. Prolongar-se este agonizar público é muito mau: a ridicularização e o desrespeito a membros do Governo tornarem-se uma coisa banal não é coisa boa para a democracia. 

Percebe-se a raiva pública, o descontentamento, percebe-se a revolta da população pois a qualidade deste governo é deplorável. Mas, apesar de toda a gente estar descontente e ter direito a manifestar-se, uma democracia saudável deve ter respeito pelos seus governantes - porque os governantes devem ser o que de melhor a sociedade produz e a sociedade deve rever-se nos seus governantes.

É certo que o Relvas, por ser tão mau, tão fraco, por ser a caricatura perfeita do que é este governo, congrega em si toda a crispação que existe contra o Governo mas, sejamos realistas: quando um governante é alvo de manifestações de repúdio tão veementes, tão frequentes e tão generalizadas deve ser capaz de perceber que talvez seja preferível sair pelo seu pé (em vez de andar ao colo dos seguranças).