domingo, fevereiro 17, 2013

50 obras de arte que toda a gente deve ver, segundo o Expresso - e algumas das muitas que, em meu entender, ficaram de fora (... e mais mil ficariam sempre)


O caderno Actual do Expresso dá destaque este sábado às 50 obras de arte que toda a gente deve ver. Opinam Celso Martins, Jorge Calado e José Luís Porfírio.

Muito subjectiva é a empreitada e é de louvar quem com ela não se intimida. Se eu tentar eleger as de que mais gostei até hoje fico bloqueada, nem tento. Sei que cometeria muitas injustiças. A minha memória é traiçoeira.

Vejo a que eles escolheram e revejo-me em algumas mas sinto que há qualquer coisa de redutor numa selecção deste tipo. Nem sei se faz sentido fazer estas selecções. Séculos de arte, e tantas disciplinas que a arte tem, como é possível esquecer tanta beleza, tanta inquietação ou harmonia e seleccionar apenas cinquenta obras?

Por exemplo,

  • onde as mãos, a catedral, a pureza, a simplicidade, a perfeição e o silêncio de Rodin?





  • onde a pulsão do sangue e os abismos do carne, o descaramento do desejo e a tragédia de Caravaggio?




  • onde a ingenuidade das cores, o calor ou a noite, o deslumbramento de Van Gogh, a sua peculiar visão?





  • onde o génio sem limites, a desmesura, a imaginação de outro mundo de Gaudi?





  • onde o abandono dos corpos, a beleza rente ao coração, a quietude de Jeanne vista por Modigliani?





  • onde o carinho da lua, as flores para a bem amada, os pássaros imprevistos, a ternura encantatória de Chagall?





  • onde a truculência, a ironia, a irreverência, a provocação de Magritte?





  • onde a pureza das linhas, a violência da dor, a beleza pura (ou impura) de Mapplethorpe?






  • onde inocência, a perversão, a alegria, a denúncia, a inteireza de Paula Rego?





  •  .....


E mil, muitas mil obras mais estarão sempre de fora porque infinita é a beleza e a forma como se manifesta.

*

Desejo-vos meus Caros Leitores, um domingo muito bom.

4 comentários:

Anónimo disse...

«O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar» (Joaquim Pessoa).
Não tendo tido ainda a oportunidade de ver a selecção do Expresso, considero louvável , mas temerário o número de 50, ou , em boa verdade, qualquer outro.

Às imagens/interrogações de UJM, acrescentaria Camille Claudel.

Embora chuvoso e cinzentão, que radioso se cumpra domingo.

A. de Sá

jrd disse...

É de facto subjectiva a escolha, mas partilho a sua selecção.
Abraço

Isabel disse...

Não vi a lista do Expresso, mas hei-de espreitar (peço mais uma vez o jornal emprestado, ao meu cunhado, que eu não compro jornais).
Mas de certeza que todas ou quase todas as obras nunca as verei ao vivo, já que de certeza muitas delas estão fora de Portugal.
Mas por cá felizmente também há muitas obras de arte, que merecem ser vistas.
Gostei de todas as escolhas que deixou aqui no post de hoje.
Um beijinho e boa semana (que trouxe de volta a chuva!)

Anónimo disse...

Se há obras de arte que recolhem, indiscutivelmente, o aplauso geral, outras suscitam opiniões mais divergentes. Fazer uma lista destas, como o Expresso fez, ainda que, seguramente, com a melhor das intenções, deixa-me muitas reservas. Por mim, discordo de várias delas, mas quem sou eu! Várias. Listas deste tipo, como o Expresso já tinha anteriormente feito merecem-me, como disse, muita reserva.
Gostei bastante das obras de arte que aqui colocou.
P.Rufino